Fanfic: Senhor Das Terras Altas FINALIZADA | Tema: AyA, Romance de Época

Anahi não hesitou em passar os braços ao redor do seu pescoço. O calor dos lábios dele fez

com que seu corpo fosse percorrido por um estranho arrepio. A sensação deixou-a

fraca e seus joelhos quase dobraram.

Então, de repente, ele a soltou. Anahi se agarrou à mesa para sustentar seu

corpo trémulo e não cair no chão. O calor do desejo era evidente nos olhos de Alfonso,

mas ele parecia atemorizado.

— Eu não deveria ter feito isso — ele murmurou com a voz estrangulada. — Não

vai acontecer novamente.

Anahi respirou profundamente para se acalmar, enquanto olhava para ele que se

retirava. Agora tinha a prova de que ambos sentiam-se atraídos um pelo outro. Estava

claro também que ele não queria estar e que lutaria para se dominar.

Anahi sorriu e alguma coisa lhe disse que Alfonso Fingal era sua alma gémea. Se

ele pensava poder fugir do destino, ela estava pronta para mostrar-lhe o contrário.

— Onde está sir Alfonso?

Anahi ignorou o sorriso no lindo rosto de Christian. Durante três dias ela

conseguira ficar o mais tempo possível perto de Alfonso. A cada dia ficava mais ardilosa.

Mas, começava a recear ter se enganado e que o beijo que haviam trocado não o

afetara tanto quanto a ela. Pior, ele poderia tê-la apenas elogiado ao dizer que as

cicatrizes que ela tinha no rosto não eram tão feias. Homens podem vangloriar-se das

próprias cicatrizes, mas não gostam dessas marcas em uma mulher.

— Ele saiu há uma hora — respondeu Christian. — Levou seis homens com ele.

Pretende verificar se há sinais dos Gray.

Anahi franziu o cenho ao olhar na direção dos portões.

— A pergunta é: ele está fugindo de mim ou do pai dele? — ela resmungou.

— Ambos — Christian respondeu, e riu quando a viu corar. - Alfonso não serve para

moças — disse o sorridente Nathan, os olhos azuis brilhantes e vivos. — Se pretende

agarrá-lo, prepare-se para lutar.

Por um momento ela quis responder para o garoto, mas depois de pensar um

pouco desistiu e apenas suspirou. Alfonso nunca acreditaria nela. Era constrangedor que

os irmãos dele tivessem percebido seu jogo, mas eles poderiam ser úteis. Não haviam

demonstrado contrariedade e isso lhe dava algum conforto.

— O que quis dizer com "Alfonso não serve para moças?" — Anahi perguntou a

Nathan. — Ele não gosta de mulheres?

— Opa... Ele gosta sim. Mas sua aparência faz com que as moças fujam dele e

Alfonso não tem habilidade para cortejá-las.

— Por causa da cicatriz?

Os irmãos menearam a cabeça afirmativamente. Anahi falou, contrariada:

— Meu irmão tem cicatriz e isto não faz com que minha cunhada Dul deixe de

gostar dele. E nossa Dul veio de uma tribo de homens bonitos. Alguns são de tirar a

respiração das mulheres. Alfonso, sendo o líder, deveria fazer com que as mulheres

mudassem de opinião.

— Bem, suponho que ele poderia levar uma mulher para a cama se pedisse —

disse Nathan. — As mulheres aqui sabem seus lugares.

Christian riu vendo a expressão de Anahi.

— Uau, rapaz! Estamos arriscando a vida falando desse jeito.

— Você está dizendo que as mulheres de Scarglas não podem dizer não a um

homem? — ela perguntou, apoiando as mãos sobre os quadris e olhando fixamente

para o jovem Nathan.

— Bem, algumas o fazem, mas o pai diz... — Nathan titubeou e deu um passo

para trás.

Ela ergueu a mão para fazê-lo calar-se.

— Não repita essa besteira. Sei bem em que lugar que ele acha que uma mulher

deveria estar. Não havia percebido que as mulheres aqui aceitam essa idiotice como

se fosse uma verdade. Alguém devia ensiná-las a dizer não. Mas... Onde está Mab?

— Oh... Acho que está no herbário.

Anahi quase sorriu quando seu jovem guarda corou.

— Por que mencionar Mab faz você corar?

— Não estou corando — disse Nathan, empurrando Christian que ria dele.

— Se não estiver corando, então devo pensar que está com febre. Isso significa

que preciso mandá-lo para a cama, depois de um bom purgante — Anahi ameaçou,

tendo que fazer um grande esforço para não rir do assustado rapaz.

— Mab está no herbário fazendo uma poção para mim.

— Você é um rapaz corajoso — Anahi murmurou. — Uma poção para quê?

— Bem, é uma pomada para a minha pele — ele corou novamente. — Para

clarear as manchas.

Anahi examinou a pele bonita de Nathan.

— Não tem a pele ruim, Nathan. Quantos anos você tem?

— Faço dezenove no mês que vem.

— Bem, a melhor cura para manchas é ficar mais velho. Também deve manter a

pele muito limpa. Esfregue-a com sabonete pelo menos uma vez por dia. Use água

quente e enxágüe bem. Se as manchas piorarem depois disso tudo, ponha um pouco

de ufsque nelas.

— Uísque? Como isso ajudará?