Fanfic: Senhor Das Terras Altas FINALIZADA | Tema: AyA, Romance de Época
maratona 3/40
Fazia oito anos que não desejava uma mulher com tanta intensidade, e não
estava conrente por sentir-se desse modo novamente. Desejos e emoções tomam um
homem fraco e tolo. Alfonso focou a cicatriz de seu rosto. Helena lhe tinha ensinado
que, devido à paixão e ao amor que nutrira por ela, fora traído e entregue aos inimigos.
Não podia se permitir a cair no mesmo erro novamente.
Uma voz interior lhe disse que Anahi não era Helena, mas ele lutou para ignorála.
Anahi parecia ser honesta e amorosa, mas também se recusara a dizer quem ela
era. Havia boas razões para tal recusa, mas ele não podia ignorar o fato de que
poderia haver também alguma razão sinistra.
Quando estava para dizer que já tinha comido o suficiente, a porta do quarto se
abriu com tanta força que bateu na parede. Alfonso ficou tenso quando viu seu pai
entrando. O modo como Fingal olhou para Anahi lhe disse que seu pai estava em um
dos seus ataques de fúria. Ninguém podia ter certeza do que sir Fingal era capaz de
fazer quando estava irado. Alfonso acreditava que ele não iria ferir Anahi, mas não tinha
confiança nele.
— Você está se metendo em coisas que não são da sua conta, mulher — sir
Fingal gritou, apontando para Anahi.
— E que coisas seriam essas? — Anahi perguntou, satisfeita pela calma com
que conseguira falar ao velho líder.
— Você andou conversando com as mulheres.
— Eu não sabia que era proibido.
— Não seja insolente. Sabe muito bem do que estou falando. Eu disse a Bonnie
que fosse para a minha cama e ela disse não. Disse não para mim!
Alfonso olhou para o pai, mastigando um pedaço de carneiro que, na verdade, não
queria comer. Seu pai parecia uma mistura de fúria e perplexidade e pelo canto do
olho viu Anahi sorrir tenuemente. Parecia que ela tinha agido propositalmente para
enfurecer o homem e isso deixou Alfonso aturdido. Mais aturdido ainda ele ficou ao notar
que ela não parecia ter sido afetada pela fúria de Fingal.
— É direito dela, não é? — Anahi perguntou, com uma expressão inocente.
— Isso foi o que você disse a ela. Você disse que não há lei que a obrigue a
partilhar a cama com homem nenhum.
— Não acho que eu esteja errada. Tenho certeza de que não existe tal lei.
— Há a minha lei! Esta casa é minha e quero tudo do meu jeito. Você pare de
meter essas ideias nas cabeças das mulheres ou se arrependerá. — Ele se virou para
sair, parou, cheirou a camisa e acrescentou:
— E eu sei que você é a culpada pelas minhas roupas, inclusive as de cama,
estarem com esse maldito cheiro de lavanda. Pare com isso, também. — Ele bateu a
porta ao sair.
Alfonso meneou a cabeça quando ela tentou dar-lhe outra colher do guisado. Ele a
observou pondo a tigela do lado e pegar uma caneca. Parecia sentir-se culpada. Não
olhava para ele nos olhos e estava corada. Alfonso pegou a caneca, mas ela não a
largou nem quando ele a levou até a boca.
Alfonso não tirava os olhos dela, mas quase terminara de beber quando ela
suspirou e relutantemente o fitou.
— Eu nunca pensei em conversar com as mulheres — Alfonso declarou.
Anahi suspirou novamente, ao constatar que ele não estava com raiva.
— Bem, eu não quis parecer desrespeitosa, mas achei que devia alertar as
mulheres, para impedir que seu pai tenha relações consanguíneas.
— É exatamente o que eu penso — Alfonso concordou, sorrindo, para logo em
seguida se arrepender. — Confesso que nunca me ocorreu que as mulheres
pudessem não querer partilhar a cama com ele. Meu pai sabe como dizer galanteios e
eu achei que todas elas queriam se deitar com ele, devido ao seu charme.
— Acho que algumas querem. Não falei com elas sobre pecado. Eu
simplesmente lhes disse que não deviam se deixar usar pelo velho líder e nem por
qualquer outro homem, que elas tinham o direito de dizer não. Afinal de contas, a
igreja prega e louva a virtude e certamente a igreja é mais poderosa que o velho líder.
— Você está me dizendo que isso funciona de onde você vem? Esta prática é
comum, os homens fazem uso das empregadas, dentro dos seus muros. Algumas
delas são oferecidas aos hóspedes.
— Só porque é uma prática comum não quer dizer que seja certa. De onde eu
venho as mulheres são tratadas com respeito e podem dizer sim ou não, dependendo
delas. Um homem não usa sua posição ou poder para levar mulheres para a cama. As
mulheres, ou a maioria delas, não ousam recusar o líder ou seu pai, ou seu irmão, ou qualquer homem que as governem. Mas as prostitutas fazem sexo por dinheiro. Os
homens que as usem.
— Ou então devem galantear as mulheres, como faz meu pai? — Alfonso
percebeu que estava curioso para saber que opinião Anahi tinha sobre seu pai.
— Bem, talvez. — Vendo que ele terminara de beber, Anahi pegou a caneca e
se virou para sentar-se com mais conforto na beirada da cama para poder olhar melhor
para ele. — Uma parte de mim acha que uma mulher que tenha sua virtude roubada
por nada mais que palavras bonitas e um sorriso cativante merece todos os problemas
que advirão. E outra parte de mim acha que o homem que rouba a virtude de uma
moça com mentiras, e foge deixando-a sofrer quaisquer que sejam as consequências,
deveria ser castigado. — Ela deu de ombros. — Freqüentemente, esse homem rouba
da mulher o único valor que ela pode ter. E isso me enraivece.
— As mulheres também mentem para conseguirem o que querem.
— Sim, e isso também está errado. — Anahi juntou as mãos no colo e se
preparou para fazer uma pergunta que não podia mais segurar. — Por que seu pai
está pintado de azul?
Alfonso levou um momento para entender a súbita mudança de assunto e sorriu
por dentro. Ele estranhara Anahi não ter feito essa pergunta antes e achou que ela
simplesmente estava ignorando seu pai. Mas acabara ficando ansiosa demais para
saber porque um homem pintava todas as partes visíveis do seu corpo. E
provavelmente as que não eram visíveis também.
— Hoje teremos lua cheia — ele respondeu e praguejou internamente porque
ela continuou olhando fixamente para ele à espera de uma resposta mais
esclarecedora. — Meu pai e vários outros homens pintam o corpo de azul quando é
noite de lua cheia e vão dançar no círculo de pedras. Nus.
— E o que o padre tem a dizer desses atos?
— Aquele velho tolo dança com eles.
Anahi achou que não seria gentil rir, pois Alfonso estava claramente humilhado
com a conduta do pai.
— Por que eles fazem isso?
— Meu pai ouviu uma história que diz que os velhos costumavam fazer isso
para que os deuses lhes dessem força e ferocidade nas batalhas, e... — ele hesitou.
— E o quê?
— Mais virilidade.
Anahi cobriu a boca com uma das mãos e olhou para baixo. Sentia que não ia
poder conter a risada por muito tempo e levou a outra mão à boca também. Seria rude
e até cruel rir, mas como alguém podia evitar? A imagem de um grupo de homens
idosos, pintados de azul. saltando nus sob a lua cheia, era simplesmente hilariante.
Lutou para se controlar, mas acabou não conseguindo e rompeu em risos.
Pelo menos ela não ficara horrorizada ou com medo, pensou Alfonso, que não
sabia se devia sentir-se ofendido pelo pai, mas acabou dando de ombros. O que os
homens planejavam fazer naquela noite era ridículo. E seria engraçado também, se
não alimentasse os rumores sobre bruxaria. Depois de um momento, ele foi
contagiado pela risada de Anahi e se juntou a ela.
Quando parou de rir, Anahi endireitou o corpo para descobrir que seus rostos
estavam perigosamente próximos. Ele estava rindo e Anahi o achou tremendamente
bonito. Ele teria consciência disso? Quando seu sorriso foi se apagando, ela ficou
tensa. Ele a puxaria para mais perto ou a afastaria dele? Gostaria que ele decidisse o
que queria dela. O modo como era caloroso em um momento e frio no outro era uma
provação para Anahi.
Autor(a): Mika
Este autor(a) escreve mais 24 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
maratona 4/40 Alfonso gentilmente ergueu o queixo dela e com a outra mão limpou as lágrimas que a risada havia provocado. Olhou fixamente para a boca de Anahi e quando ela umedeceu os lábios, ele xingou sua própria fraqueza, e suavemente aproximou-a ainda mais dele, puxando-a pela nuca. Apenas um beijo, ele disse para si mesmo ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 37
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
queren_fortunato Postado em 09/04/2016 - 00:40:11
Que lindooooo AyA
-
franmarmentini♥ Postado em 07/03/2016 - 13:57:25
Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii a fic...foi linda!!
-
franmarmentini♥ Postado em 06/03/2016 - 17:49:48
Poncho teve filho com essa maldita Helena....poxa vida ;(
-
franmarmentini♥ Postado em 02/03/2016 - 08:46:58
Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
-
franmarmentini♥ Postado em 29/02/2016 - 09:14:22
Colocando a leitura em dia...
-
debaya Postado em 21/02/2016 - 05:48:49
Q final super liiiiiiindo!!!!!!!!! Tá, eu detezto qndo as fics chegam ao final, mas o felizes para sempre...perfeita Mika...mto mto perfeita a fic! Parabéns
-
debaya Postado em 03/02/2016 - 04:33:12
Eu fico é vasta de como Any e Poncho não conseguem enxergar que o amor é correspondido! Fala sério kkkkk Coisa mais linda os três juntinhos na cama...só falta Any contar pro Poncho q ele vai ser papai rsrs Posta maaais
-
debaya Postado em 27/01/2016 - 09:47:29
Quanta coisa acontecendo!!!!!!!!! É filho a aparece do nada, é o pouco querendo matar o Alfonso, é vaca batendo nele...coitadinho do meu Alfonso!!!!! Ainda bem q a Any matou aquela biscate ordinária!!!! Posta mais please
-
Feponny Postado em 26/01/2016 - 23:48:59
Aaaaaaaaaaa posta maisssss to amando. Cont ........
-
Feponny Postado em 21/01/2016 - 17:46:27
posta mais to amando a webbbbbbbbbbbbbbbb