Fanfic: Senhor Das Terras Altas FINALIZADA | Tema: AyA, Romance de Época

maratona 8/40

Alfonso achou que a surpresa que sentiu ao ver Anahi entrar em seu quarto tinha

sido percebida por todos. Apesar de Christian e Simon terem dito que não haviam

encontrado Mab, ele a estava esperando. Ele estava ansioso para ter as ataduras

removidas e decidiu que não iria esperar até encontrarem Mab.

Anahi sorriu docemente para ele enquanto se aproximava da cama, e ele sentiu

o desejo consumi-lo por dentro. Era óbvio que mantê-ia a distância não fora suficiente

para curá-lo da paixão que sentia por ela. Afinal de contas, nos oito dias que passara

sem vê-la não deixara de pensar nela nem por um minuto. O tempo não apagara da

memória o gosto dos lábios de Anahi e nem a maciez de sua pele. Ele rapidamente

cobriu-se para esconder sua ereção.

— Onde está Mab? — Alfonso perguntou.

— Não a encontramos — ela respondeu. — Achamos que ela foi a algum lugar

procurar ervas para suas poções. Sinto muito, mas você terá que se contentar comigo,

apesar de achar desagradável.

— Eu não acho desagradável — ele resmungou, e acrescentou: — É que estou

acostumado com Mab.

— É claro.

Alfonso ficou tenso quando Anahi descobriu sua perna. O toque leve dos seus

dedos enquanto ela removia as ataduras o fez cerrar os dentes para aplacar o desejo

que sentia. Para seu desânimo, a remoção dos curativos não causou nenhuma dor

que pudesse diminuir sua paixão. Quando a trança que ela usava veio para a frente e

roçou na sua perna, ele estremeceu.

Anahi removeu a última atadura e tentou se concentrar em estudar a cicatriz,

mas falhou. Teve que fazer um grande esforço para não acariciar a longa e forte perna

de Alfonso. Era uma pema musculosa, coberta de pêlos escuros.

Anahi pensou que acariciar a perna dele seria uma maneira de seduzi-lo e Mab

havia sido muito clara a esse respeito. Ela teria que usar de sedução, se necessário.

Um empurrão-zínho na direção certa. Orando para não ficar constrangida, Anahi pôs a

mão no começo da perna dele.

A respiração ofegante dele chamou sua atenção. E ela estava prestes a olhá-lo,

quando Alfonso a puxou para perto de si, pegando na sua trança. Ela estremeceu diante

do olhar brilhante de desejo. Se ele podia olhar para ela daquele jeito e ainda assim

mandá-la embora, Anahi temeu não ter esperança de sucesso.

— Eu disse a você que seria melhor Mab tratar dos meus ferimentos — Alfonso

resmungou.

— Mab não está aqui e não vejo diferença se é Mab ou eu a tirar seus curativos.

— Nao? Se Mab estivesse aqui, eu não teria sido compelido a fazer isso.

Anahi soluçou quando se sentiu puxada pelo braço de Alfonso que a fez deitar-se

sobre ele. Foi um movimento tão brusco que os sapatos grandes que Anahi usava

caíram dos seus pés. Ela apoiou as mãos sobre seu peito largo e forte para equilibrarse,

Alfonso gemeu e a beijou.

O beijo foi mais intenso e exigente que os outros que ele lhe dera. Anahi teve

esperança de que ele finalmente perdesse seu controle e fosse capitular. Havia tanto

desejo, tanta urgência naquele beijo, que ela achou que seria difícil não sucumbir ao

seu próprio desejo.

Ela lutou para manter seu juízo intacto porque queria estar alerta o suficiente a

tudo que pudesse suceder entre eles. Embora não tivesse certeza de poder fazê-lo

parar se ele começasse a seduzi-la, ela queria manter sua presença de espírito para

dar-lhe o melhor.

Anahi correu os dedos pelo peito musculoso e sentiu um calafrio percorrer seu

corpo. Queria acariciar todo o corpo dele, mas a posição em que ele a mantinha não

permitia.

Como se fosse uma resposta às suas preces, ele se virou e os dois ficaram de

lado, olhando um para o outro. Ela passou os braços ao redor dele para ficar ainda

mais perto e um gemido lhe escapou quando ele passou a beijar-lhe o pescoço. Anahi

perdeu todo o bom senso e entregou-se ao desejo e às carícias de Alfonso.

— Você deveria correr, Anahi-dos-dez-punhais — Alfonso disse ao desabotoar o

vestido que ela usava, desesperado para vê-la, tocá-la e sentir sua pele macia.

— Por quê?

Anahi ficou um pouco ansiosa com o que ele poderia pensar quando visse suas

cicatrizes. Dominou esse medo, erguendo-se para que ele a despisse com mais

facilidade. Se a visão de suas cicatrizes fizesse com que ele a repelisse era melhor

que acontecesse agora. Ela saberia que ele não era o homem que ela imaginara e ela

teria dado seu coração a uma ilusão.

Olhando para Anahi, que agora vestia apenas um cami-solão fino que revelava

mais do que escondia, Alfonso mal conseguia se conter.

— Oh, porque você despertou a besta que habita em mim.

— Oh, isso parece intrigante.

Alfonso abriu a boca para tentar explicar-se melhor, mas Anahi puxou-o pelos

quadris e ele apenas conseguiu emitir um longo gemido. Era tarde demais para ela

salvar-se. O desejo dela o impedia de pensar direito. Ele tirou a fina peça de roupa,

jogou-a para o lado e olhou para ela. Uma pequena olhada o fez ver que nada poderia

impedi-lo de continuar. Apenas uma vez ia fazer o que queria, o que necessitava e ao

diabo com as consequências.

A tensão que tomara conta do corpo de Anahi enquanto Alfonso olhava para ela

escapou rapidamente diante do seu olhar.

— A besta ainda está desperta? — Anahi perguntou em um sussurro.

— Oh, sim. Desperta e agitada.

Ela não entendeu muito bem o que ele queria dizer, mas um segundo depois

isso não mais importava. Ele se pôs a acariciar-lhe os seios e Anahi ficou admirada

com o calor intenso que dominava seu corpo todo. Certa de que ele não a rejeitaria

novamente. Anahi soltou o último fio de seu controle e deixou a paixão falar mais alto.

Alfonso seguia cada carícia de suas mãos com beijos e investidas de língua.

Anahi estava de costas e houve um som de alguma coisa se rasgando quando

ele empurrou as cobertas para os pés da cama. Ela olhou brevemente para o corpo

dele. Ele era um homem muito grande e Anahi decidiu que era provavelmente para o

melhor que ela não o tivesse visto até esse momento. Alfonso se pôs a beijar e a sugarlhe

os seios.

Ele tentava desesperadamente controlar-se, mas era impossível. O som dos

gemidos de Anahi, o modo como seu pequeno corpo se movia sob ele, o deixava cego.

Ele estava frenético, e Anahi o acompanhava. Apenas depois que ele a penetrou,

quebrando sua virgindade e a ouvindo gritar é que ele recuperou um pouco de

sanidade. E estava preparando-se para dizer-lhe as palavras apropriadas quando ela

passou as esguias pemas ao redor dele. O modo como ela arqueou o corpo e o puxou

para si fez com que ele a penetrasse mais profundamente. Alfonso sentiu-se perdido e

tudo que seu corpo precisava era daquela mulher.

Anahi olhou para o teto sobre a cama de Alfonso. Acariciava lentamente as costas

dele aninhada nos seus braços. A sensação dos corpos unidos, saber que ela lhe dera

prazer a deixavam muito feliz. Mesmo assim, havia uma sensação de insatisfação.

Ela arregalou os olhos quando percebeu o que a afligia. Alfonso não a fizera gritar.

Ela podia lembrar-se de Dul lutando para explicar o que uma mulher podia sentir nos

braços do homem que ama, o tipo de sentimentos que faziam Dul gritar ao fazer amor

com Christopher. Alfonso não lhe dera isso.