Fanfics Brasil - 49 CAPITULO Senhor Das Terras Altas FINALIZADA

Fanfic: Senhor Das Terras Altas FINALIZADA | Tema: AyA, Romance de Época


Capítulo: 49 CAPITULO

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maratona 15/40


 


— Por que o quê?


— Por que me deixou?


Alfonso resmungou interiormente, concluindo que fora um tolo em pensar que ela


não tivesse percebido.


— Não quero filhos.


Ele praguejou alto ao ver a expressão de sofrimento no rosto de Anahi. Mas


quando tentou abraçá-la, ela se esquivou.


— Por quê? — ela tornou a perguntar, lutando para se manter calma o suficiente


para tentar entender.


— Anahi, você está aqui tempo suficiente para conhecer meu pai.


— O que seu pai tem a ver com o fato de você não querer filhos? Você não teve


essa relutância dois dias atrás.


 


 


— Fui imprudente. Espero que você não tenha engravidado. Há loucura no meu


sangue.


— Que loucura? Do que você está falando?


— Do meu pai. O modo como ele age, as coisas que ele faz, ele...


— Você acha que seu pai é louco?


— Sim, acho.


— Seu pai não é louco, Alfonso. Ele nada mais é do que uma criança mimada.


— Você não entende...


— Você acha que não? — Anahi agarrou a mão de Alfonso e a levou às suas


cicatrizes enquanto falava. — Isto é loucura, Alfonso. Conheço bem o que é loucura. Eu


a vi. Fui marcada por ela aqui no meu rosto, no meu coração, e aqui nas minhas


coxas. Eu vi a loucura nos olhos do homem que fez isso, um homem que pode falar de


amor, mas causa dor. Senti o frio da loucura quando ouvia cada palavra, quando ele


decidia onde iria me marcar na próxima vez que me raptasse. Tenho convivido com a


loucura há quase dois anos e agora você me diz que eu não entendo o que é isso.


Anahi respirou fundo e continuou:


— Seu pai não é louco. Ele é mimado, egoísta e arrogante. De louco ele não tem


nada. A única coisa errada com seu pai é que ele não se importa com ninguém e com


nada, apenas com o que quer.


Anahi deitou-se de costas e cobriu os olhos com um dos braços, lutando para


não chorar. Pelo menos era confortante saber que Alfonso não rejeitara a ela, mas a si


mesmo. Ele achava que seu sangue era contaminado pela loucura. E devia sofrer


demais.


Com cuidado, Alfonso passou o braço ao redor da delgada cintura de Anahi e a


puxou para si. As palavras dela tinham produzido calafrios por todo seu corpo. Ela


tinha lhe contado sobre a perseguição de Menzie e como o homem a tinha capturado


quatro vezes. Alfonso nunca considerara o fato de como ela havia sofrido tendo a suave


pele marcada. Sim, ela tinha razão. Era loucura pura e aterrorizante.


A dor que vira no rosto de Anahi quando ela percebeu que ele lhe negara sua


semente o mortificara. Mas ao mesmo tempo ficara orgulhoso por saber que Anahi


queria um filho dele e que ficara apavorada pela possibilidade de ele lhe negar essa


alegria. Pensou em Anahi ficando com as formas arredondadas pela gravidez e a


imagem superou o medo. Mas não estava seguro se Anahi tinha realmente razão.


— Anahi, não posso manchar seu útero com o sangue de um homem louco —


ele insistiu.


Suspirando, ela afastou o braço dos olhos e olhou para ele.


— Alfonso, seu pai não é louco.


— Ele vê inimigos em toda parte. Seus modos mudam de um instante para o


outro. Está com raiva em um momento, e no momento seguinte só pensa em como


 


 


tirar as saias de alguma mulher. Não são maneiras de um homem, de um líder, se


comportar.


— Não, não são — ela concordou. — Mas tampouco é loucura. Se ele vê


inimigos em cada canto, provavelmente é porque eles existem e ele sabe que os fez.


— Anahi respirou fundo, lembrando-se do que se falava do pai dele, e que o medo de


Alfonso era real. — Tente, ao menos por um momento, pensar em seu pai não como um


homem adulto, mas apenas como uma criança grande.


Alfonso pensou que isso seria fácil de fazer, pois ele mesmo já pensara em como


seu pai era infantil.


— Devo confessar que ele age, com frequência, como se esquecesse de que é


adulto e de que teria de aceitar as responsabilidades de um homem.


— É verdade. Tudo que tenho visto esse homem dizer ou fazer é... bem... como


uma criança, uma criança muito mimada. Alguém se esqueceu de ensinar-lhe como se


comportar, ou ele rejeitou essas lições. Ele quer o que quer e quando quer,


exatamente como uma criança. Não pensa em consequências futuras, como uma


criança, e fica enraivecido quando contrariado, corno uma criança. E muda de


interesse, exatamente como uma criança. Na verdade, as diferenças que posso ver


entre seu pai e uma criança mimada é a de que ele pode fazer filhos, e por causa do


seu tamanho pode ferir ou matar alguém nos seus acessos de raiva. Ele já feriu ou


matou alguém nesses acessos?


Alfonso levou algum tempo para responder, pois teve que pensar no passado.


— Ele pode ser violento em uma batalha, mas não... não me lembro de ele ter


ferido ou matado alguém em um acesso de raiva. Ele foi um lutador e pode ferir


alguém que se interponha no seu caminho, mas geralmente apenas discursa, pragueja


e, ocasionalmente, quebra coisas. Ele nos ordenava fazer coisas cruéis às pessoas


que odiava, mas nunca o obedecemos.


— E imagino que ele nunca os castigou por tê-lo desobedecido.


— Não. Ele parecia esquecer de ter dado semelhante ordem.


— Ele estuprou alguma mulher que lhe disse não?


— Não, embora tenha ficado com muita raiva por você ter instruído as mulheres


a dizerem não — Alfonso afirmou, sorrindo.


— Mas não me fez nada.


Alfonso piscou e olhou para ela. Mesmo alertando a si próprio que não deveria


permitir que suas próprias esperanças mexessem com suas crenças, ele não podia


negar a verdade que Anahi lhe estava mostrando. Quanto mais pensava no pai como


uma criança grande, mais via que Anahi estava certa. Seu pai podia não ser


absolutamente equilibrado, mas não era louco.


— Sim, acho que você tem razão. Ele não é louco — Alfonso sussurrou.


— Não — respondeu Anahi, sentindo pena de Alfonso pelo sofrimento que havia


sentido durante anos.


 


 


— Ele nada mais é do que uma criança levada, em um corpo de homem.


— É, acho que sim. Pense, Alfonso, se seu pai fosse louco, se houvesse alguma


coisa no sangue dele, essa loucura certamente teria aparecido em pelo menos um dos


doze filhos que ele pôs no mundo ou em uma das crianças dos seus irmãos. Há


alguma com problemas mentais?


— Não. — Alfonso passou a mão pelos cabelos. — Tive esse temor por tanto


tempo que é difícil admitir que eu estou errado.


— Sim, é verdade.


— Não sou o único que teme isso.


— Oh, não, tenho certeza de que muitos outros pensam desse modo. Deve ser


esse o motivo de dizerem que ele matou as esposas. Devido à dificuldade de aceitar


que um homem adulto possa agir do modo como ele age. Ele é grande, forte e viril e


ninguém vê a criança que ainda vive nele.


— Então ele não precisa ser trancado em uma torre. Papai precisa levar uma


surra.


Anahi sorriu ante a imagem de Alfonso dando uma surra noai.


— Acho que agora é tarde demais. Fique feliz por ele ter concordado que você


tomasse as rédeas do clã.


— Suspeito que ele ficou cansado desse jogo. — Alfonso suspirou. — Papai deve


ter visto como seria difícil consertar tudo que ele estragou e não teve vontade de


enfrentar. Sua vaidade foi ferida porque gostava de ser chamado de líder, mas como


todos continuaram a chamá-lo desse modo, isso foi suficiente para ele. Nâo gostou


muito da palavra "velho" que acrescentaram ao título, mas acabou aceitando.


Anahi acariciou-lhe as costas e o sentiu estremecer levemente.


— Ao menos, ele não dirige o clã e não arruma mais inimigos para você ter que


enfrentar.


— Anahi viu os olhos dele brilharem.


— Alfonso a beijou e sorriu. — E agora, vou fazê-la gritar novamente.


 



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Autor(a): Mika

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 37



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  • queren_fortunato Postado em 09/04/2016 - 00:40:11

    Que lindooooo AyA

  • franmarmentini♥ Postado em 07/03/2016 - 13:57:25

    Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii a fic...foi linda!!

  • franmarmentini♥ Postado em 06/03/2016 - 17:49:48

    Poncho teve filho com essa maldita Helena....poxa vida ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 02/03/2016 - 08:46:58

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 29/02/2016 - 09:14:22

    Colocando a leitura em dia...

  • debaya Postado em 21/02/2016 - 05:48:49

    Q final super liiiiiiindo!!!!!!!!! Tá, eu detezto qndo as fics chegam ao final, mas o felizes para sempre...perfeita Mika...mto mto perfeita a fic! Parabéns

  • debaya Postado em 03/02/2016 - 04:33:12

    Eu fico é vasta de como Any e Poncho não conseguem enxergar que o amor é correspondido! Fala sério kkkkk Coisa mais linda os três juntinhos na cama...só falta Any contar pro Poncho q ele vai ser papai rsrs Posta maaais

  • debaya Postado em 27/01/2016 - 09:47:29

    Quanta coisa acontecendo!!!!!!!!! É filho a aparece do nada, é o pouco querendo matar o Alfonso, é vaca batendo nele...coitadinho do meu Alfonso!!!!! Ainda bem q a Any matou aquela biscate ordinária!!!! Posta mais please

  • Feponny Postado em 26/01/2016 - 23:48:59

    Aaaaaaaaaaa posta maisssss to amando. Cont ........

  • Feponny Postado em 21/01/2016 - 17:46:27

    posta mais to amando a webbbbbbbbbbbbbbbb


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