Fanfic: Senhor Das Terras Altas FINALIZADA | Tema: AyA, Romance de Época

maratona 19/40

Anahi aproximou a cabeça do membro do marido e beijou-lhe a cicatriz que

quase o castrara.

— O que você está fazendo, Anahi? — Alfonso perguntou, soltando um gemido.

— Nossa Dul me ensinou várias coisas que podem ser feitas entre marido e

mulher.

— Ela lhe contou essas coisas?

— Sim. Suas primas a ensinaram. Você não está gostando?

— É claro que estou gostando. Acho que mais do que você.

— Quero retribuir todo o prazer que você me propicia.

Apesar de todos seus esforços e de todos os anos de abstinência, Alfonso sabia

que não poderia gozar dessas delícias por muito tempo. Anahi sabia certas coisas

teoricamente, mas não tinha nenhuma experiência. Desse modo, ele a ergueu pelos

braços e a levou para a cama, e deitou-se sobre ela.

Com a mão tremula afastou-lhe as pernas e percebeu que a esposa estava

pronta para ele. Penetrou-a, decidindo que ia se controlar o suficiente para lhe dar

pleno prazer. Para seu alívio, Anahi não precisou de muito tempo. E, quando ele sentiu

suas pernas ao redor do seu corpo, apressou os movimentos e ambos chegaram ao

clímax ao mesmo tempo.

Anahi se agarrou a ele quando Alfonso soltou o corpo exaurido sobre ela. Todo o

corpo de Anahi ainda tremia e ela se pôs a pensar como ele não percebia que haviam

nascido um para o outro.

Na mentalidade dos homens, não havia relação entre paixão e amor, mas sem

dúvida nenhuma, Alfonso tinha que reconhecer que os dois se encaixavam com

perfeição. Talvez fosse necessário mais tempo, mas Anahi estava ficando impaciente e

temia que isso a fizesse agir de maneira que o afastasse em vez de aproximá-lo dela.

Alfonso se ergueu, apoiando-se nos cotovelos e beijou-lhe a boca. Não tinha

certeza do que devia fazer ou dizer. Olhou para Anahi, viu suas faces enrubescidas e

se tranquilizou. Ela tampouco sabia se isso era certo ou não.

— Seu irmão sabia o tipo de coisa que sua esposa ensinava a você? — Alfonso

perguntou, suspirando aliviado ao vê-la sorrir para ele.

— Ela me ensinou muitas coisas, mas não sei se Christopher tinha conhecimento.

Pelo menos ele nunca demonstrou. Você não gosta que eu saiba de certas coisas?

— Se eu fizer objeções. você não fará mais nada e eu não sou tonto a esse

ponto. — Ele beijou-a novamente e saiu da cama. — Talvez eu precise aprender

certas lições. — Alfonso sorriu enquanto se vestia. — Acho que eu tinha ideias erradas

sobre como uma senhora casada deve atuar na cama.

— Você não deve ter ideias mais estranhas do que as ideias que meu irmão

tinha. Anahi saiu da cama e pegou o lençol para se cobrir, como se de repente

tomasse consciência de sua nudez. Toda a vida meu tio ensinou mentiras a ele. Meu

tio era um homem que urdiu a morte em toda a nossa família e que tentou até matar

nossa Dul. Vendo a curiosidade nos olhos do marido, Anahi continuou a contar a

história enquanto se vestia. Falou da deslealdade e da perfídia do tio.

Alfonso ficou tão chocado com o que acabara de ouvir, que em silêncio calçou as

botas e foi abraçar a esposa. O pensamento do que o tio de Anahi havia feito, tentando

matar toda a família e de como poderia ter obtido sucesso não fosse a coragem de

Christopher o apavorou. Ficara chocado só de pensar que poderia passar sua vida sem ter

Anahi com ele. E ficou feliz por nunca ter dito a ela sobre sua desconfiança. Depois do

que ela passara, suas dúvidas a ofenderiam.

— Agora ele está morto — Alfonso disse, para aplacar o medo que percebera na

voz da mulher.

— Sim, assassinado por uma prostituta que dormia com meu irmão.

Anahi tentou não valorizar demais o forte abraço que ele lhe dava. Devia ser

apenas para confortá-la pelas velhas memórias que haviam aflorado.

— Seu irmão manteve a prostituta por perto depois de casado?

O choque na expressão de Alfonso agradou Anahi. Ela poderia demorar a

descobrir tudo sobre o homem com quem se casara, mas poderia contar com sua

fidelidade.

— Sim e não. Ela ficou perto, mas nunca mais foi à cama dele. E foi enforcada

depois que Dul provou que fora ela, e não Christopher, que matara nosso tio.

— Esse apoio da mulher é uma coisa boa — Alfonso declarou, ao tornar-lhe a mão

para conduzi-la para fora do quarto. — Era dever dela, mas é muito mais doce se dado

espontaneamente.

Quando Alfonso parou de falar e apertou-lhe a mão delicadamente, Anahi sentiu

uma alegria muito grande. Seria difícil conduzir seu marido pelo caminho que ela

queria. Infelizmente, não podia domar seu próprio coração e nem o desejo que sentia

por ele. Seu objetivo de conquistar o coração de Alfonso ia requerer muito mais

planejamento e esforço.