Fanfic: Senhor Das Terras Altas FINALIZADA | Tema: AyA, Romance de Época
Alfonso ficou tenso quando seu pai se juntou a eles, mas Fingal sentou-se quieto,
escutando também as informações sobre os MacEnroy. Acostumado com as
mudanças rápidas de humor do seu pai, Alfonso não se iludiu e não deixou que suas
esperanças subissem alto demais, mas não pôde deixar de pensar que uma mudança
para melhor havia acontecido com seu pai.
— Você não acha que os irmãos da minha nora irão querer afastá-la do meu
filho, acha?
— Poderão até querer — respondeu Sigimor —, mas não o farão. A não ser, é
claro, que Anahi seja influenciada por eles, o que não acredito. Ela tem uma
personalidade muito forte. — Sigimor piscou para Alfonso. — Em todo caso, quando
vocês os virem se aproximar, será sábio, nesse momento, deixá-la calma e sem
nenhum rancor contra você.
— Onde está sua esposa? — Fingal perguntou, antes de olhar ao redor e ver
Anahi e Liam conversando. Você a deixou com aquele homem bonito? — Fingal olhou
para o filho. Vá buscá-la.
— Não é necessário, pai — respondeu Alfonso. — Ela não está fazendo nada
errado. Está apenas conversando. Que mal pode haver nisso? — Alfonso esboçou um
sorriso ao ver o olhar chocado do pai.
— Que mal pode haver? Eu não ensinei nada a você no decorrer dos anos?
Fingal levantou-se. Você confia demais, mas eu não tenho tempo de explicar onde
está o seu erro. Vou tirar o rapaz de lá. Não posso acreditar que um filho meu seja tão
ingênuo a ponto de deixar sua mulher conversando a sós com aquele rapaz, Fingal
resmungou, indo em direção de Anahi.
— Ele tem razão — concordou Sigimor ao ver Fingal se dirigindo até a nora.
— Talvez — Alfonso resmungou, não vendo razão para negar sua culpa e nem
para impedir o pai de ir até Anahi.
— O rapaz poderia ter ficado aqui ouvindo a conversa e não seria necessário
seu pai buscar a nora. — Sigimor ergueu a mão em uma saudação silenciosa — Mas
Liam é um bom rapaz, pode ter certeza.
— Não duvido disso, mas seria melhor se ele fosse um bom rapaz, porém feio.
— Alfonso sorriu e Sigimor o acompanhou.
Anahi franziu o cenho para o sogro, depois que Liam se afastou.
— Eu estava apenas conversando com ele.
— Você é uma mulher casada — declarou sir Fingal, cruzando os braços sobre
o peito. — Não deveria estar conversando sozinha com um homem bonito e solteiro,
garota. Por que não está perto do seu marido conversando com ele?
— Porque Alfonso nada sabe sobre os filhos do meu irmão Diarmot e Liam sabe.
Ele esteve um tempo em Clachthrom antes de viajar para Deilcladach com Sigimor.
Liam se instruiu muito enquanto esteve no mosteiro e estava ensinando os filhos de
Diarmot.
— Se ele foi tão bem recebido e era tão útil em Clachthrom, por que o deixaram
partir?
— Fingal meneou a cabeça, ao ver Anahi corar. Seu irmão ficou cansado de
olhar para a cara bonita do rapaz. Quis Liam longe da mulher dele.
— Isso é tolice. Usa e Dulce nunca trairiam seus maridos. Pelo menos Alfonso
tem o bom senso de saber disso, já que ele não perturbou minha conversa com Liam.
— Anahi admitiu que se sentia um pouco frustrada pela falta de ciúme de Alfonso, ciúme
que seus irmãos sentiam, apesar de confiarem nas esposas.
—Bem, chega de Liam. O senhor conversou com Sigimor?
— Um pouco — Fingal resmungou. — É um bom rapaz, se bem que um tanto
esquisito.
Anahi não quis discutir. Apenas meneou a cabeça.
— É necessário se acostumar. Mas ele será um bom aliado.
— Sim. Alfonso tem razão em dizer que precisamos dele. Ele poderá enfrentar
nossos inimigos com dois clãs ao lado dele. Agora será escutado e respeitado. Talvez
na próxima vez que meus rapazes tenham que sair do nosso território não haja
necessidade de que tantos homens armados os acompanhem.
Essa declaração fez Anahi perceber que o sogro se preocupava muito quando
seus filhos e seus homens saíam em alguma expedição. Ele devia observar todos os
preparativos quando os jovens partiam e devia saber que, em parte, isso se devia a
ele, por ter amealhado tantos inimigos. Alguns homens, à medida que envelheciam,
ficavam ainda mais duros e alguns mais sábios. Pelo bem de Alfonso, Anahi rezava que
seu sogro pertencesse à segunda categoria.
Uma hora depois, Anahi percebeu que estava cansada demais para continuar na
sala. Informou a Alfonso que ia se retirar e o beijou no rosto. Sorrindo ante a declaração
de Sigimor de que estava sendo negligenciado, ela beijou seu rosto também. O modo
como Alfonso a observou quando ela deixava a sala fez Anahi constatar que não poderia
esconder seu estado por muito mais tempo.
Alfonso franzira o cenho, não por ela ter beijado Sigimor, mas sim pelo cansaço
incomum que ela demonstrava. Mas havia mais uma razão para que Anahi não
desejasse confessar a Alfonso que ele ia ser pai. Considerando os cuidados com que ele
a cercara depois do rapto de Menzie, quando soubesse da gravidez não lhe daria paz.
— É melhor que pare de beijar minha mulher — declarou Alfonso ao pôr mais
cerveja no copo de Sigimor.
— Aquilo nem foi um beijo — respondeu Sigimor, sorrindo. — E uma mulher
precisa ser lisonjeada de vez em quando e necessita de um pouco mais de atenção de
um homem.
— Não creio que ela sinta falta dessas coisas.
— Oh, sim, ela sente. Não antes das cicatrizes, mas depois. Muitos homens que
cortejavam Anahi se afastaram depois que ela ficou com aquelas cicatrizes, e foram
em busca de mulheres mais bonitas. Dulce me contou isso.
— Tolos, todos eles — Alfonso resmungou, e Sigimor concordou.
Alfonso sabia o que era ser passado para trás devido à aparência física. E devia
ser ainda pior para uma mulher jovem e bonita. Na verdade, o fato de Anahi não ser
uma mulher fútil talvez tivesse piorado a situação. Ela fora forçada a perceber que
muitas pessoas não olhavam além da aparência física. Poderia não ter acreditado nos
galanteios que fazíam a ela, mas devia ter se magoado ao perceber que eram palavras
vazias. Gostaria de saber até que ponto isso ainda a magoava e temeu não ter
capacidade de compensá-la.
Alfonso estava um pouco bêbado na hora em que foi para a cama. Foi muito bom
Anahi já estar dormindo profundamente, ele pensou ao deitar-se ao lado dela.
Abraçou-a e ficou muito feliz quando a ouviu murmurar seu nome.
Tudo transcorria muito bem. Seu pai parecia, finalmente, ter amadurecido ou
talvez a revelação completa do que havia acontecido no passado o tivesse libertado da
raiva e da dor que ele acalentara por tanto tempo. Alfonso tinha certeza de que saber
que o filho estava vivo o tinha livrado de uma grande culpa, uma culpa que Alfonso
nunca soubera que ele carregava. A mudança em Fingal começara depois que Fíona
entrara na vida deles e finalmente parecia que seu pai enterrara o passado.
A união com os Cameron fora uma bênção, mesmo tendo que se acostumar
com Sigimor e com aqueles homens grandes, fortes e bonitos entrando e saindo de
Scarglas. Era muito bom ter aliados. Pelo que Sigimor lhe dissera, tudo seria igual
quando os MacEnroy chegassem. Eles e seus inúmeros parentes. Se Sigimor
estivesse certo, no momento em que Dulce aceitou-o como parte da família, os
Murray fariam o mesmo, o que incluía um grande número de outros nomes e alianças.
Não seria o mesmo tipo de aliança que ele teria com os Cameron e os MacEnroy, mas
poderia contar com a ajuda de todos, se realmente precisasse.
Essa mudança abria caminhos também para seus irmãos. A vida em Scarglas
era boa e seria melhor uma vez que pudessem ter mais paz nas vidas deles. Seus
irmãos poderiam ir a outros lugares e, em consequência disso, ter mais oportunidades.
Talvez até casamentos vantajosos, que pudessem trazer terras ou dinheiro para a
família, e mais força em alianças ténues.
Era sorte demais para que ele pudesse aceitar com tanta facilidade. Nunca as
coisas pareceram tão promissoras. Alfonso encostou o rosto nos cabelos de Anahi e
disse a si mesmo para não procurar problemas. Tinha uma esposa bela e apaixonada,
seu pai estava mudando para melhor, as duas metades da família Cameron estavam
juntas novamente e ele tinha aliados que jamais pensara conseguir. A vida era boa e
ele deveria aproveitar. Fechou os olhos, aconchegou-se mais à Anahi e afastou todos
os pensamentos negativos da sua mente.
Autor(a): Mika
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 37
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queren_fortunato Postado em 09/04/2016 - 00:40:11
Que lindooooo AyA
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franmarmentini♥ Postado em 07/03/2016 - 13:57:25
Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii a fic...foi linda!!
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franmarmentini♥ Postado em 06/03/2016 - 17:49:48
Poncho teve filho com essa maldita Helena....poxa vida ;(
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franmarmentini♥ Postado em 02/03/2016 - 08:46:58
Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa
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franmarmentini♥ Postado em 29/02/2016 - 09:14:22
Colocando a leitura em dia...
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debaya Postado em 21/02/2016 - 05:48:49
Q final super liiiiiiindo!!!!!!!!! Tá, eu detezto qndo as fics chegam ao final, mas o felizes para sempre...perfeita Mika...mto mto perfeita a fic! Parabéns
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debaya Postado em 03/02/2016 - 04:33:12
Eu fico é vasta de como Any e Poncho não conseguem enxergar que o amor é correspondido! Fala sério kkkkk Coisa mais linda os três juntinhos na cama...só falta Any contar pro Poncho q ele vai ser papai rsrs Posta maaais
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debaya Postado em 27/01/2016 - 09:47:29
Quanta coisa acontecendo!!!!!!!!! É filho a aparece do nada, é o pouco querendo matar o Alfonso, é vaca batendo nele...coitadinho do meu Alfonso!!!!! Ainda bem q a Any matou aquela biscate ordinária!!!! Posta mais please
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Feponny Postado em 26/01/2016 - 23:48:59
Aaaaaaaaaaa posta maisssss to amando. Cont ........
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Feponny Postado em 21/01/2016 - 17:46:27
posta mais to amando a webbbbbbbbbbbbbbbb