Fanfics Brasil - XVII Senhor Das Terras Altas FINALIZADA

Fanfic: Senhor Das Terras Altas FINALIZADA | Tema: AyA, Romance de Época


Capítulo: XVII

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Aturdido, Alfonso achou que nao deveria ter ficado tão otimista ao ler novamente a


mensagem que tinha nas mãos.


Fora apenas na noite anterior que pensara que tudo ia muito bem na sua vida?


Agora, um fantasma do passado invadia sua vida novamente.


Helena tinha tido um filho seu. Pelo menos era isso que dizia o bilhete. A criança


estava agora residindo com um velho casal, em uma pequena fazenda nas suas


próprias terras. Alfonso não se surpreendeu em saber que Helena abandonara o filho. A


questão era por que demorara tanto tempo para fazê-lo?


Alfonso saiu do escritório para procurar Christian. A súbita aparição dessa criança


levantou suspeitas. Helena era uma Gray e já o tinha traído antes. Era possível que


isso fosse uma armadilha, uma outra mentira para pôr sua vida em perigo.


Encontrou Christian no quarto, preparando-se para se deitar com uma das


empregadas da casa. Depois de mandar a garota embora, Alfonso olhou para Christian,


meneando a cabeça em desaprovação. Era tempo de tentar evitar que os homens


usassem as empregadas da casa. Se elas ficassem longe dos olhos e das mãos,


Christian e os outros ficariam mais atentos às suas obrigações.


— Você está ficando piedoso demais, Alfonso — disse Christian, esboçando um


sorriso diante do olhar de desaprovação do irmão. — Ela também queria.


— Eu sei disso — respondeu Alfonso. Por isso ela tem três filhos. Você quer mais


um bastardo no mundo?


Alfonso percebeu que sua voz demonstrava ódio e rancor quando viu o olhar


surpreso do irmão.


— Acabei de receber uma mensagem que me deixou muito inquieto. — Ele


entregou o bilhete ao irmão.


Um palavrão saiu da boca de Christian quando terminou a leitura do bilhete.


— Você acredita nisso?


— Sim e não. Há uma chance de ser verdade. Ejacular fora nem sempre evita


bebés.


— Então por que ela nunca lhe contou? Por que nunca trouxe o garoto aqui?


Não posso acreditar que os Gray iriam querer uma criança sua na casa deles.


— Não. E se isso realmente aconteceu, se essa criança passou os últimos sete


anos vivendo no meio dos Gray, faça ideia do que deve ter sofrido. Na verdade, não


sei por que não foi morto ao nascer. Os Gray vêem os MacFingal como animais


daninhos.


 


 


— Então, isso deve ser mentira, deve ser outra armadilha.


Alfonso foi até a janela do quarto e olhou para fora.


— Temo que sim, mas não posso ter certeza, posso? E se a criança realmente


existir? Como vou deixar de pensar nisso agora que tenho essa dúvida?


— Então envie alguns homens e traga o menino para cá — Christian sugeriu.


— E o apresento a Anahi?


— Acho que ela entenderá, pois foi uma coisa que aconteceu há oito anos.


— Será? É aí que reside o problema. Dúvidas demais. Ela ouviu falar de Helena


e por isso não há necessidade de esconder o caso. Mas uma criança? Mulheres não


gostam de saber que seu homem deu um filho a outra mulher. Para nós é apenas um


erro, mas as mulheres não vêem dessa maneira. Talvez você não se lembre de todas


as discussões entre papai e suas esposas, mas eu me lembro. Os filhos bastardos do


marido são um grande insulto, muito mais do que a infidelidade.


— Já sei que você vai querer ir até o garoto pessoalmente, não é?


— Sim. Se for uma armadilha, não posso enviar alguém no meu lugar. Se for


verdade e Helena deixou meu filho, preciso, vê-lo e resgatá-lo. Não poderei decidir


nada antes de ver o garoto e saber se realmente é meu.


— E você será capaz de saber?


— Os MacFingal imprimem seus traços nos filhos. Até Ned, o filho de Mab,


parece um MacFingal apesar dos cabelos claros. Papai sabe disso apesar dos


resmungos. Preciso decidir como farei isso, como chegar a ele sem cair em nenhuma


armadilha que possa estar armada para mim.


— Eu irei com você — disse Christian, enquanto calçava as botas. — Se formos


apenas nós dois, poderemos chegar despercebidos e dar uma boa olhada antes de


corrermos qualquer perigo. Eu conheço o lugar e podemos fazer isso. O único


problema vai ser decidir a que distância deixaremos nossos cavalos.


— Sim, precisamos de um plano. Não poderei viver com isso na cabeça.


Ao saírem do quarto, Christian deu um tapa amistoso nas costas do irmão.


— Nós resolveremos isso. É claro que, se for verdade, essa criança terá que vir


para cá. Explicar para Anahi está nas suas mãos.


E isso, pensou Alfonso, era o que mais o preocupava. Seu instinto lhe dizia que


Anahi aceitaria a criança, cuidaria dela e não lhe daria muito trabalho, pois era um


caso antigo. Mas essas considerações não foram suficientes para banir seus receios.


Temia que isso pudesse separá-los e que tirasse o calor do seu matrimónio.


Afastando essas preocupações, Alfonso se concentrou em sair de Scarglas sem


escolta, apenas ele e Christian. Se houvesse uma armadilha, os Gray estariam


esperando um grupo de homens, já que os MacFingal não andavam sozinhos. Depois


de dizer aos homens que iam apenas até a vila, ele e Christian montaram em seus


cavalos e partiram.


Ao chegarem na mata ficaram um pouco menos tensos, sabendo que não


 


 


seriam vistos com facilidade.


Estavam a uma boa distância do casebre onde o bilhete dizia que seu filho


estava, e fizeram o resto do percurso a pé. Ele e Christian rastejaram pela mata com ma


habilidade que teria deixado MacFingal orgulhoso. Finalmente pararam, usando um


grande muro de pedra como escudo para poderem observar a casa.


— Não vejo nada — disse Christian.


— Nem eu, e os Gray nunca foram bons em se esconder.


— Se eles estivessem escondidos, a essa hora já teríamos sido capturados.


Alfonso viu um homem de cabelos brancos sair da casa, deixando a porta aberta.


Os dois irmãos não viram nada suspeito no interior da casa. O casebre tinha apenas


uma sala e um quarto. Não havia lugar para pessoas se esconderem.


— O velho Robbie não age como se tivesse alguma coisa para esconder e vi


apenas a velha lá dentro. Acho que há uma criança sentada à mesa, mas está escuro


demais para ter certeza — declarou Christian. — Vamos esperar mais um pouco ou ir?


— Vamos agora. Não tem ninguém aqui além do velho Robbie e da esposa. —


Alfonso ergueu-se, mas hesitou.


— Mudou de ideia?


— Não. Tenho que ir, não tenho? Estou me preparando. Eu preferia que não


houvesse uma criança, mas acho que ficarei desapontado se não for verdade.


— Acho que entendo você. — Christian deu um passo em direção do casebre. —


Há apenas um modo de saber. Christian saudou o velho Robbie ao se aproximar.


Alfonso respirou fundo e seguiu o irmão. No momento em que cumprimentou o


velho, Alfonso sentiu o estômago doer de antecipação. O velho olhou para ele e meneou


a cabeça, como se já tivesse ouvido a pergunta. Alfonso endireitou as costas e seguiu o


velho em direção da casa.


— Lá está ele. — O velho senhor apontou um dedo sujo para um garotinho que,


sentado à mesa, comia um pedaço de bolo.


Um olhar foi tudo que Alfonso precisou para saber o que queria. Caminhou até a


mesa e sentou-se do lado oposto do menino. Olhou para ele e viu a beleza de Helena


sob seus próprios traços fisionómicos. O garoto era muito bonito. Cabelos pretos e


finos lhe chegavam aos ombros. Sim, ele se parecia com um MacFingal.


Emocionado, Alfonso aceitou um copo de cerveja que o velho Robbie lhe oferecia,


e tomou um grande gole para tentar se acalmar. Helena deveria ter lhe contado a


respeito da criança, deveria ter enviado o menino anos atrás. Agora a criança tinha


quase sete anos e olhava para Alfonso com suspeita e mágoa. Havia também uma certa


suavidade no olhar do garoto.


Como contaria isso a Anahi? Como levaria a criança para casa?



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Autor(a): Mika

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— Qual é seu nome, garoto? — Alfonso perguntou, assim que Christian moveu-se para guardar a porta. — Garotinho.     — Tem certeza? É um nome estranho. Há algum outro nome pelo qual as pessoas chamavam você? — Bastardo. — O menino olhou para o velho casal. — Eles me chamam de Garotinho. Gos ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 37



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  • queren_fortunato Postado em 09/04/2016 - 00:40:11

    Que lindooooo AyA

  • franmarmentini♥ Postado em 07/03/2016 - 13:57:25

    Ameiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiiii a fic...foi linda!!

  • franmarmentini♥ Postado em 06/03/2016 - 17:49:48

    Poncho teve filho com essa maldita Helena....poxa vida ;(

  • franmarmentini♥ Postado em 02/03/2016 - 08:46:58

    Haaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa

  • franmarmentini♥ Postado em 29/02/2016 - 09:14:22

    Colocando a leitura em dia...

  • debaya Postado em 21/02/2016 - 05:48:49

    Q final super liiiiiiindo!!!!!!!!! Tá, eu detezto qndo as fics chegam ao final, mas o felizes para sempre...perfeita Mika...mto mto perfeita a fic! Parabéns

  • debaya Postado em 03/02/2016 - 04:33:12

    Eu fico é vasta de como Any e Poncho não conseguem enxergar que o amor é correspondido! Fala sério kkkkk Coisa mais linda os três juntinhos na cama...só falta Any contar pro Poncho q ele vai ser papai rsrs Posta maaais

  • debaya Postado em 27/01/2016 - 09:47:29

    Quanta coisa acontecendo!!!!!!!!! É filho a aparece do nada, é o pouco querendo matar o Alfonso, é vaca batendo nele...coitadinho do meu Alfonso!!!!! Ainda bem q a Any matou aquela biscate ordinária!!!! Posta mais please

  • Feponny Postado em 26/01/2016 - 23:48:59

    Aaaaaaaaaaa posta maisssss to amando. Cont ........

  • Feponny Postado em 21/01/2016 - 17:46:27

    posta mais to amando a webbbbbbbbbbbbbbbb


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