Fanfic: O Verdadeiro Amor | Tema: The Vampire Diaries

Elena Gilbert. O ano passado terminou com uma perda terrível para ela. Ela e seus pais sofreram um acidente automobilístico recentemente, na ponte de entrada da cidade. Elena foi a única sobrevivente. Teve algumas lesões, mas nada sério. Seu irmão ainda está atordoado, não conseguiu digerir a perda.

Após o acidente Elena havia se isolado completamente do mundo. Estava deprimida, sentia-se sem chão, sem forças para levantar, não enxergava motivos para tal.

Alguns meses havia se passado e Elena estava decidida a não se martirizar tanto, tentava minimizar o sentimento de culpa. Colocou em sua cabeça que esse ano tinha que ser diferente seria diferente. Era o único jeito de superar.

Mais um ano letivo começava. Elena e seu irmão caçula Jeremy morava com sua tia Jena, irmã mais nova de sua mãe, Miranda Gilbert.

Jena ainda cursava sua faculdade e nesse ano – que estava como mentora de seus sobrinhos – à partir daquele momento cuidaria deles, seria a responsável legal. E isso a estava deixando desesperada.

Imagine. Era tudo muito recente para ela. Perda de sua irmã. Término de sua faculdade. Responsabilidade de, agora, cuidar de seus sobrinhos. Não sabia como agir, o que eles pensavam. Poderiam achar que estava tentando ocupar o lugar da mãe deles, o que era verdade, mas de um jeito sútil e num sentido figurado, pois o lugar “de mãe” não poderia ser ocupado e isso não era sua intenção. Só queria que tudo desse certo. Estava morrendo de medo. Já se sentia sobrecarregada.

Elena desceu para tomar o café da manhã e encontrou-se com seu irmão e sua tia na cozinha.

Jena estava doida arrumando as coisas, tentava fazer tudo dar certo. Só havia preparado o café, não tinha terminado de arrumar a mesa. Ao mesmo tempo em que tentava arrumar a mesa tentava se arrumar para a faculdade, o que acabou não dando muito certo.

Jeremy pegou a jarra da cafeteira e se serviu. Elena também encheu o seu copo e comentou com a tia.

 - Você não tinha uma apresentação hoje?

 - Tenho um encontro com o meu professor orientador às...Agora! Ai minha nossa, estou atrasada. Droga! – dizia enquanto arrumava o cabelo e terminava de guardar seus livros na bolsa.

 - Não se preocupe, ficaremos bem. Vá!

 - Desculpem meninos.

Jeremy passou pela irmã e essa lhe perguntou:

 - Você está bem?

 - Não comece Elena.

Ela fazia o tipo de irmã super-protetora e seu irmão caçula fazia o tipo de adolescente-problema. Anda um tanto revoltado com tudo o que havia acontecido.

Durante a madrugada houve um assassinato na autoestrada, próximo à floresta, ao norte da cidade. A polícia foi notificada sobre um automóvel parado no meio da estrada, com os faróis acesos e as portas abertas e um possível casal desaparecido.

No noticiário pela manhã apareceu a foto das vítimas, o homem de 24 anos chamava-se Darren e a mulher de 22 anos, chamava-se Brooke.

Elena tinha como melhor amiga Bonnie. Uma morena, de cabelos escuros e lisos, não tão alta e com os olhos arrebatadoramente na cor de mel. Ela é linda, meiga e doce. Era pra ela que confiava alguns de seus segredos e com quem pôde contar nesses últimos acontecimentos.

Bonnie dirigia seu carro à caminho da escola enquanto falava sem parar sobre o que sua avó havia lhe contado.

 - Você acredita...Minha avó acha que eu sou uma vidente. Acha não, do jeito que ela falava parecida convicta disso. Disse que nossos ancestrais eram do Ceilão...Tudo bem, não é nada demais é somente louco demais! Ela falava sem parar e eu me perguntava: “Por que não a internam?”

Elena olhava para o vasto pasto ao lado direito, perdida em pensamentos.

 - Mas daí eu comecei a pensar que havia previsto o Obama o que de fato aconteceu. Também acho que a Flórida se dividirá em várias ilhas de...Elena! Volta para o carro! – chamou-a.

 - Eu fiz de novo? Desculpe Bonnie.

 - Estava dizendo... Sou uma vidente agora!

 - Humm, então preveja algo sobre mim – fala Elena fazendo sua amiga rir.

 Bonnie a olhava rindo e disse:

 - Eu vejo...

Nessa hora um animal bate do vidro do carro assustando-as e fez com que Bonnie pisava no freio bruscamente e tentou controlar o carro jogando-a para o lado direito à sua mão.

 - O que foi isso? – pergunta a morena recuperando-se do susto. Meu Deus! Miga, você está bem?

 - Sim, estou bem – diz respirando fundo.

 - Acho que foi um pássaro. Veio do nada!

 - Tudo bem. Não posso me assustar com carros o resto da vida.

 - Eu prevejo que esse ao vai ser o máximo! Fim dos tempos de tristeza e solidão e você será mais do que feliz.

Elena abriu um largo sorriso enquanto olhava para sua amiga. Bonnie voltou para a estrada.

Na escola um aluno novo dirigia-se para a diretoria. Enquanto andava pelo pátio da escola percebia os olhares e cochichos das pessoas. Talvez estivesse chamando atenção daquelas pessoas por sua vestimenta um tanto ‘bad boy’. Usava uma jaqueta de couro preta, uma camisa marrom escura por baixo. Uma calça jeans com botas pretas e finalizando o look com óculos escuro.

As duas conversavam próximas aos armários onde Bonnie pegava seus cadernos e guardava suas coisas. Elena encostada nele olhava para a amiga quando ela sinalizou com os olhos para que ela olhasse quem estava do outro lado do corredor.

Elena vê seu ex-namorado Matt e acena para ele, num gesto de cumprimento por revê-lo. Ele parece a fuzilar com o olhar, a mira seriamente, pega seus cadernos dentro do armário e vira-se de costas sem retribuição ao aceno.

 - Ele me odeia – comenta Elena triste.

 - Não é ódio. Ele apenas é durão demais para admitir que você tenha terminado com ele.

Nesse momento chega uma menina loira, exuberante, com uma voz doce e ansiosa.

 - Elena! Meu Deus – a abraça forte e continua – Como você está? É tão bom te ver – diz a olhando nos olhos – Ela está bem? – vira-se falando com Bonnie.

Bonnie congelou o sorriso largo e antes que se pronunciasse Elena fala:

 - Caroline, estou bem aqui.

Caroline vira-se para ela.

 - E estou bem, obrigada.

 - De verdade?

 - Sim, muito melhor.

A abraça novamente.

 - Coitadinha.

 - Certo, Caroline – tenta se afastar do abraço sutilmente.

 - Vejo vocês mais tarde?

 - Certamente.

Ela se afasta e Bonnie continua com o sorriso de antes.

 - Sem comentários – comenta Elena sem graça.

No pátio da escola, próximo as quadras...

 - Vicki, saberia que a encontraria com os viciados – dizia Tyler (um menino bonitão e forte, que fazia parte do time de futebol americano da escola) se aproximando e abraçando sua namorada.

 - Peter ligou querendo os baseados dele de volta – comenta ao seu arqui-inimigo Jeremy.

 - Peter? Há quanto tempo é viciado no TRL? É fã do Carson Daly?

Tyler parte para cima de Jeremy.

 - Ty, ele está brincando, seja legal – dizia Vicki o segurando – É o irmãozinho da Elena.

 - Eu sei quem ele é, mas ainda quebro a cara dele – finaliza a frase beijando sua namorada e deixando Jeremy sem graça.

No corredor...

 - Espera, quem é aquele? – pergunta Bonnie olhando para o garoto misterioso na sala da diretoria.

 - Só dá para ver as costas – comenta Elena sem ligar muito.

 - São costas gostosas.

 - Seu histórico está incompleto – dizia a diretora ao rapaz – Falta o histórico de vacinas, e precisamos de cópias dos seus documentos – olha para os papéis.

 - Por favor, olhe novamente – o rapaz dizia tirando seus óculos – Tenho certeza de eu tudo o que precisa está aí – olha no fundo dos olhos dela.

Ela diz baixando os olhos aos papéis:

 - Você está certo, está tudo aqui mesmo.

 - Sinto que é de Seattle e que toca guitarra.

 - Vai mesmo insistir nesse lance de psíquico, né? – pergunta rindo da amiga.

 - É, vou.

Elena viu seu irmão e saiu atrás dele.

 - Por favor, seja gostoso – dizia Bonnie esperando ansiosa o rapaz virar.

Elena entra no banheiro masculino atrás de seu irmão e o vê pingando colírio.

 - Sai fora garota! – dizia um menino saindo de dentro da cabine individual.

Elena segura o rosto de seu irmão e procura por alguma alteração em sua pupila.

 - Que legal, o primeiro dia de aula e já está drogado!

 - Não estou.

 - O que é isso? É cocaína?

 - Pare, se mete com a sua vida.

 - “Se mete com sua vida?” É linguagem de drogado? Deve achar tão bonito... – diz fuçando em sua mochila.

 - Pare! Não tenho nada aqui, está louca?

 - Ainda não me viu louca, Jeremy! – diz nervosa. Estava dando um tempo a você, mas cansei de vê-lo se destruir.

Ele tenta sair e ela o empurra novamente.

 - Não, não! Quer saber? Continue...Vá em frente. Mas saiba que estarei sempre perto para estragar a sua festa – diz o olhando nos olhos. Entendeu?

Outro menino dá descarga e sai da cabine individual.