Fanfic: O Verdadeiro Amor | Tema: The Vampire Diaries

Em casa despedia-me de minha tia Jena, pois iria encontrar-me com Bonnie. Ela como sempre disse para me divertir, mas depois deu a louca nela e veio com: “não fique fora até tarde, pois o dia seguinte terá aula”. Disse a ela que se saiu muito bem com o sermão e ela sorriu. Quando abri a porta, adivinha...Ele estava ali. Tomei novamente um susto.

 - Desculpe, estava prestes a bater. Queria me desculpar também pelo sumiço de hoje à tarde. Sei que foi muito estranho.

 - Sem problema – respondi sem graça. Entendi. Não consegue ver sangue.

 - Por aí – disse sorrindo. Como está sua perna?

 - Tudo bem, foi só um arranhão...Como soube onde eu moro?

 - Sabe, cidade pequena, perguntei a primeira pessoa que eu vi passando. Achei que quisesse isso de volta – perguntou pegando o meu diário.

 - Nossa, sou tão descuidada...Er...Obrigada.

 - Não se preocupe, eu não o li.

 Duvidei que ele não o tenha lido, qualquer pessoa teria lido. Ele me disse que não gostaria que lessem o dele, por isso não o fez. Quêêê??? Ele tem um diário? Ele escreve num diário?

 - Se não escrever as coisas acabo, eu as esqueço. As lembranças são importantes.

Aquilo foi como uma ligação. Senti-me ligada a ele, naquele momento. Muita coincidência ele gostar de escrever num diário assim como eu, pensar como eu, as esbarradas...Esse cara mexeu comigo. Fiquei sem graça pelo hiato novamente e entrei para guardar meu diário.

 - Não precisa ficar aí fora – disse ao entrar.

 - Estou bem – respondeu ele se apoiando no marco da porta.

Voltei para ver por que ele não havia entrado, e ele sem jeito me perguntou se eu iria sair para algum lugar. Acabei o convidando para ir junto ao meu encontro com Bonnie.

Inconformado Matt perguntava a Bonnie se Elena tinha dito algo dele para ela. Logo Bonnie pediu para que ele ligasse e resolvesse entre eles, pois não queria se meter.

 - Fico sem jeito de ligar, ela terminou comigo.

 - Dê mais um tempo a ela, Matt.

Cheguei ao Mystic Grill e quando adentrei procurei por minha miga e a encontrei sentada na mesa conversando com meu ex-namorado. Não entendi muito bem por que os olhares estavam todos voltados para mim, ou melhor, para Ele...bem...ou para nós dois.

 - Mais tempo, não é? – perguntou Matt chateado.

Bonnie não soube o que responder. Matt levantou-se e foi até os dois apresentar-se e cumprimentá-los.

Senti-me muito mal com aquela olhada que Matt me deu. Senti raiva, tristeza e certa desconfiança da parte dele, principalmente na hora de me cumprimentar.

Depois desse desconforto sentei-me à mesa com minhas amigas que pareciam investiga-lo, era como ele estivesse num confessionário e elas fossem as policiais investigativas procurando por um deslize qualquer ou algum tipo de esperança para que dessem o bote.

 - E seus pais? – perguntou Caroline.

 - Faleceram.

 - Tem irmãos? – Elena perguntou.

 - Nenhum com quem eu fale – respondeu ele rindo para elas. Eu moro com o meu tio.

 - Stefan. Sendo novato, talvez não saiba da festa amanhã...

 - Festa de volta às aulas em Falls.

Stefan me perguntou se eu iria e Bonnie, pra frente, respondeu que era óbvio que sim. Fui obrigada a rir e quando fico nervosa sempre coloco meu cabelo atrás da orelha. Após isso olhei para ele.

Na casa dos Salvatore o tio Zach chegou segurando um jornal na mão.

 - Você prometeu.

Stefan terminou de colocar a camisa e pegou o jornal para ver do que se tratava.

“CORPOS ENCONTRADOS MULTILADOS POR ANIMAL”

 - Foi um ataque de animal – afirmou Stefan.

 - Não me venha com essa. Conheço bem essa tática. Multila os corpos para parecer um ataque de animal. Você me disse estar sobre controle.

 - E estou.

 - Por favor, tio Stefan, Mystic Falls é um lugar diferente agora. Está sossegado há anos, mas ainda há pessoas que lembram. E você estando por aqui...Trará tudo à tona.

 - Não é a minha intenção. Não preciso me explicar – diz sério o olhando.

 - Sei que não pode mudar o que é, mas não pertence mais a esse lugar.

 - E a qual lugar pertenço?

 - Não posso dizer o que fazer. Você voltar aqui foi um erro – diz jogando o jornal na cadeira e saindo.

Stefan foi até seu armário para pegar um livro de capa vermelha. Dentro dele havia uma foto de uma mulher, muito idêntica a Elena, quem ele “acabara” de conhecer. A foto foi tirada em 1864, era de uma mulher chamada Katherine.

Na festa houve um acidente novamente com a irmã de Matt, a Vicki. Foi atacada por um “animal”. Jeremy a achou no meio da floresta e a trouxe pedindo ajuda.

Stefan imediatamente correu para casa.

 - O que está havendo? – seu “sobrinho”, o que se passava por tio perguntou quando o viu com a cara de assustado.

 - Alguém foi atacado Zach, e não fui eu.

Stefan subiu até a sala. De repente um corvo voou atravessando o cômodo pairando sobre a varanda. Atrás de si havia um vulto. Quando virou deu de cara com seu irmão.

 - Damon!

 - Olá, irmão – responde com uma cara sarcástica e ameaçadora dando um sorriso canto de boca.

 - Não acha o corvo um pouco exagerado?

 - Espere para ver o que eu posso fazer com a névoa.

 - Por que veio?

 - Não podia perder o seu primeiro dia de aula – respondia andando pela ampla sala. Seu cabelo está diferente, gostei.

 - Faz 15 anos, Damon.

 - Graças a Deus. Não podia passar mais um dia nos anos 90. Aquele visual grunge horrível... – dá um largo sorriso – Não combinava com você. Lembre-se Stefan, é importante ficar longe dos federais.

 - Por que está aqui?

 - Sinto falta do meu irmãozinho.

 - Detesta cidades pequenas. Não há nada para você fazer.

 - Consegui me manter ocupado.

 - Deixou a garota viva hoje – relata Stefan se irritando. Muito descuidado de sua parte.

 - Pode ser um problema...pra você – dizia Damon dando essas pausas na fala. (pausas que me mataaaammmm!!!!)

 - Por que está aqui agora? – insiste.

 - Podia perguntar o mesmo, no entanto...Estou certo de que sua resposta se resume à uma palavra...Elena.

Finalizou a frase dando um sorriso largo, perfeito.

 - Tirou o meu fôlego. Elena. Ela é descendente de Katherine...Está dando certo? Ficar próximo? Faz você se sentir vivo? – pergunta num tom de acusação.

 - Ela não é Katherine.

 - Espero que não...Sabemos como isso acabou. Quando foi a última vez que teve algo mais forte que um esquilo? – ironiza.

 - Sei o que está fazendo. Não vai funcionar.

 - Não sente falta?

 - Pare.

 - Vamos fazer. Juntos – empurra o irmão. Vi duas garotas. Sejamos objetivos, vamos até Elena – diz dando alguns tapas, defendidos por ele.

 - Pare! – dá um empurrão forte em Damon.

 - Imagine o sabor do sangue dela!

Stefan estava prestes a se transformar. Seu irmão o havia deixado muito nervoso.

 - Eu posso sentir! – implica.

 - Mandei parar! – grita com os olhos modificados e na cor vermelha. Seus dentes incisivos haviam crescido.

Stefan transformado parte para cima do irmão. Ele empurra o irmão e voam através da sala e se projeta quebrando a vidraça e caindo do segundo andar da casa, no jardim de frente.

Stefan acabou caindo no chão sozinho. Damon havia desviado da investida de seu irmão e o observava, gostando de irritá-lo. Ele havia caído em sua brincadeirinha e Damon adora quando isso acontece.

 - Impressionante! – dizia Damon encostado aos arbustos ao lado dele. Daria nota 6, faltou estilo. Mas me surpreendi. Bem legal o que fez... – Damon o imitava fazendo caretas – com o rosto. Foi maneiro.

 - Você acha que tudo é um joguinho, Damon? Em qualquer lugar que vá as pessoas morrem.

 - É um dom.

 - Aqui não. Não permitirei.

 - Parece uma provocação.

 - Damon, por favor. Depois de todos esses anos não podemos ter uma folga? – pede Stefan.

 - Prometi a você uma eternidade de sofrimento, apenas estou cumprindo minha palavra.

 - Fique longe da Elena – dizia Stefan.

Damon olha para a mão dele.

 - Onde está o seu anel?

Agora que Stefan percebe.

 - Oh! O sol aparecerá em breve e ao pó retornarás... – ironizava Damon.

Stefan estava como o Damon gostava. Para quem adora um medo, suspense, e ver as pessoas encurraladas, tristes...esse era o prato cheio para Damon. Depois de notar a cara assustada de seu irmão, solta uma risada e pede para relaxar.