Fanfic: O Verdadeiro Amor | Tema: The Vampire Diaries

Me esbanjou aquele sorriso e olhar fatalmente sedutor. Terminou de guardar os pratos e fechou o aparelho para mim. Eu sorri sem graça e me afastei. Por que me afastei? Bem senti uma corrente quente dentro de mim e me deixou desconfortável em relação ao Stefan, com quem eu namorava, ou melhor, ficava...Bem, com quem estava tendo um lance. Não sabia descrever bem ainda, por ele não tocar muito nesse assunto, não parecer querer.

Fui para a mesa, mexendo em meu cabelo – tentando disfarçar minha cara vermelha de vergonha – e também me afastando um pouco dele, deixando de mirá-lo e tentando sair do campo de visão dele. Arrumei algo imediatamente pra fazer: dobrar os panos de prato.

 - Largaria a torcida se fosse você.

 - Por que diz isso?

 - Eu a vi praticando, foi horrível – diz ele direto e sincero.

 - Viu aquilo?

Respondi na verdade sem entender ao certo o porquê ele perdeu tempo me vendo treinar. Por outro lado, não sei por que, mas gostei de saber que ele me observava e nem dei importância para a direta e reta dele.

 - Sim.

 - Eu adorava, era divertido, mas esse ano está diferente. O que importava antes não importa mais.

 - Então não continue. Pare. Problema resolvido – diz sincero. Algo pode voltar a mudar – agora, em tom irônico.

 - Talvez – reponde sorrindo ao vê-lo fazer aquela careta cínica.

 - Mas não me parece muito realista.

 - Lamento – diz pegando-o desprevenido. – Pela Katherine.

Ele franziu a testa.

 - Você a perdeu também.

Parecia que eu o havia deixado sem palavras. Talvez não esperasse que eu falasse nela, ou talvez ele ainda a amasse, ou quem sabe sentisse algo por ela. Ele me parecia confuso, sem saber o que dizer, mas me olhava de um jeito que me fez tremer mais uma vez e por incrível que pareça eu retribuía o olhar dessa mesma forma. Não sei dizer se ele sentiu o mesmo que senti, com a minha mirada, mas torço pela resposta positiva. Ficamos por longos segundos nos olhando.

E infelizmente fomos interrompidos nessa hora. Tomei um susto e detestei a interrupção. Estava me sentindo tão bem ali, o olhando, admirando aquele jeito todo assustador e misterioso dele.

Bonnie os interrompeu perguntando se estavam precisando de ajuda. Elena riu sem graça e Damon consentiu dizendo o famoso “claro, por que não?”.

Stefan e Caroline conversavam na sala. Ele percebe o cachecol ao redor do pescoço dela. Primeiramente elogia e depois pergunta se não podia tirá-lo. Ele obteve como resposta um não. Logo a questionou e ela só respondeu que não podia tirá-lo de forma alguma. Nessa hora Damon chega.

 - O que as duas crianças estão conversando? – chega sentando-se no braço da poltrona na qual Caroline estava sentada.

 - Só estava comentando sobre o cachecol dela.

 - Elena e Bonnie estão na cozinha, poderia ir ajudá-las?

 - Pareço com alguém que lava pratos?

 - Por mim – pede Damon carinhoso.

 - Eu acho que não.

 - Veja se Elena precisa de ajuda na cozinha – diz Damon a mirando fixo nos olhos, usando de seu artifício poderoso.

 - Vou ver se elas precisam de ajuda!

 - Ótimo – responde ele rindo cínico.

 - São pessoas de verdade, Damon. Ela não é um brinquedo – dizia Stefan – Não existe só para satisfazer o seus desejos.

 - Claro que sim. Podem ser o que eu quiser e quando quiser.

 - Acha engraçado usar a Caroline para chegar até mim e a Elena?

Damon esbanja um sorriso perfeito.

 - Ótimo. Agora é hora de você ir embora.

 - Isso não é um problema. Fui convidado para entrar. Voltarei amanhã ou no dia seguinte para brincar com a sua líder de torcida quando eu quiser. Isso é normal para mim.

....

 - Não foi ruim, eu me diverti – dizia Elena sentada na cama de seu quarto.

 - Pelo menos um de nós.

 - O seu irmão não é tão ruim como eu pensei que seria.

Nessa hora Stefan colocou seu dedo sobre os meus lábios me interrompendo no que eu falaria. Seguiu segurando o meu pescoço e me beijando docemente. Ele jogou o livro que estava vendo no chão sem cessar o beijo. Como estava bom.

A chateação que estava em relação ao modo como ele me tratava certas vezes, quando o notava frio demais, não gostava – mas naquele momento tudo o que sentia sobre isso desapareceu e eu só conseguia sentir aquele aroma gostoso que ele emanava. Meu coração se acelerava a medida que o ritmo do beijo aumentava.

Não podia negar. Ele sabia beijar. Beijava muito bem, por sinal. Por incrível que pareça, em meio aquele turbilhão de sensações o irmão dele me veio à cabeça, mas não permaneceu, sumiu tão de repente quanto como apareceu.

Ele ía deitando-se sobre mim e eu, já dentro daquela onda, o empurrei e me deitei sobre ele. Acariciava o seu peitoral e ele não me deixou escolha. Arranquei minha blusa enquanto ele me olhava, deitado. Não tinha culpa, ele me deixava quente, muuuito quente. Ele segurava meu quadril. Após admirar-me tirando a blusa era a minha vez de olhá-lo tirar sua camisa. Quando ele passa a blusa pelo seu rosto, na hora que tira, o rosto de Damon aparece sorrindo e eu gritei de susto e acordei.

Isso mesmo. Aquilo era um sonho. Ou seria um pesadelo? Bem, não sei ao certo, estou muito confusa no momento. Nem sei por que eu gritei, talvez fosse o susto de uma hora ser o Stefan e na outra hora ser o Damon. Se eu estou namorando o Stefan, por que raios o Damon apareceu? Affff!!!! Nem o conheço direito, mas ele me dá nos nervos!

É isso mesmo! Estou com raiva por aquilo não ser mais do que um simples sonho, por que não era real? Bem que podia ser ele desde o começo, tenho certeza que não gritaria, como fiz.