Fanfics Brasil - Cap 25 - Perfeitamente vestido como minha histórica cara-metade Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA)

Fanfic: Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA) | Tema: vondy


Capítulo: Cap 25 - Perfeitamente vestido como minha histórica cara-metade

30 visualizações Denunciar


— Igualzinha à sua personagem predileta da Disney — digo, passando pó compacto no rosto até deixá-lo bem pálido, imaginando a melhor maneira de tirar minha irmã do quarto para que eu possa me trocar e, pelo menos dessa vez, quem sabe?, surpreendê-la.


— Vou tomar isso por um elogio — ela diz sorrindo.


— Faz muito bem. — Puxo os cabelos para trás e prendo com um grampo junto da nuca, preparando-me para a enorme peruca loura que vou usar.


— E sua fantasia, é de que, afinal? — pergunta Riley. — Conte logo, garota, porque esse suspense todo já está me matando! — Imediatamente ela irrompe numa gargalhada, dobrando-se para a frente e para trás, quase caindo da cama de tanto rir. Minha irmã adora fazer piadinha com a morte. Acha bastante engraçado. Mas geralmente não acho graça alguma. Fingindo que não ouvi, viro para ela e digo:


— Você me faria um favorzinho? Dê um pulo lá no quarto da Sabine e veja se ela decidiu usar o narigão de bruxa, desses com uma verruga cabeluda na ponta. Falei que a fantasia era linda e tal, mas que o nariz de bruxa não era uma boa ideia. Os homens nunca acham muita graça nisso.


— Ela tem alguém? — pergunta Riley, visivelmente surpresa.


— Não se usar aquele nariz horroroso. — Observo minha irmã se levantar da cama e arrastar sua cauda de sereia na direção da porta. — Mas não faça qualquer barulho nem nada que possa assustá-la, ouviu bem? — acrescento, e sinto um frio na barriga ao vê-la atravessar a porta sem se dar o trabalho de abrir. Quer dizer, só porque já a vi fazer isso um milhão de vezes não significa que já tenha me acostumado.


Vou para o closet e de lá tiro a fantasia que tinha escondido bem no fundo, dentro de um saco fechado com zíper. Um vestido lindo, preto, de decote quadrado, corpete justíssimo, mangas três-quartos transparentes e uma grande saia rodada, igualzinha à do vestido que Maria Antonieta usou para o baile de máscaras (ou o que Kirsten Dunst usou para o baile do filme). Depois de alguns minutos me debatendo com o zíper de trás, vou para o espelho, coloco a peruca louríssima, passo um pouco de batom vermelho, coloco uma máscara preta fininha sobre os olhos e um par de brincos bem compridos, de diamantes falsos. Satisfeita com o resultado final, sorrio, rodopiando várias vezes diante do espelho, o que faz o vestido preto e brilhante se mover também.


Assim que volta ao quarto, Riley balança a cabeça e diz:


— Tudo certo... finalmente! Quer dizer, primeiro ela pôs o nariz, depois tirou, depois colocou de volta, depois ficou um tempão se olhando de perfil no espelho, só para tirar de novo. Juro que tive de contar até dez pra não arrancar a porcaria do nariz das mãos dela e jogar pela janela.


Só de ouvir isso sinto um calafrio na espinha. Tomara que ela não tenha feito nenhuma bobagem parecida. Em se tratando da Riley, a gente nunca sabe. Tomando impulso com a cauda verde e reluzente de sereia, ela se esborracha na cadeira da escrivaninha.


— Mas não se preocupe — diz. — Quando saí, ela já tinha largado o nariz na bancada do banheiro, perto da pia. Depois um cara ligou pedindo informações sobre como chegar aqui e ela ficou horas falando das maravilhas que você fez na casa, dizendo que não sabia como você tinha conseguido fazer tudo isso sozinha, blá-blá-blá... Você deve estar adorando, não está? Receber todos os elogios pelo trabalho que nós duas fizemos juntas.


— Ela se cala de repente e me encara por um bom tempo. — Então, Maria Antonieta — diz afinal, correndo os olhos pela minha fantasia — Quem diria, hem? Nunca soube que você tinha jeito pra fazer bolos.


Reviro os olhos e digo:


— Pra sua informação, a Sabine nunca disse nada a respeito de bolo nenhum. Foi só uma invenção maldosa de uma dessas colunas de fofoca. Não dá pra acreditar em tudo o que essa gente publica, né? — Não consigo parar de me olhar no espelho: pela milésima vez, dou uma conferida na maquiagem, uma ajeitada na peruca, esperando que tudo esteja em seu devido lugar. Mas de repente vejo o reflexo de Riley, e algo na expressão dela me faz parar. — Está tudo bem com você? — pergunto.


Ela fecha os olhos, morde o lábio inferior e, balançando a cabeça, diz:


— Caramba, olhe só pra nós duas. Você aí, vestida de rainha adolescente trágica e eu aqui... Daria qualquer coisa para ser uma adolescente.


Quando tento alcançá-la, acabo abraçando o nada. Estou tão acostumada com a presença de Riley que às vezes esqueço que ela não está realmente aqui, que não faz mais parte deste mundo e, portanto, nunca vai ter a chance de completar treze anos. Mas quando lembro que a culpada de tudo isso sou eu, sinto-me um zilhão de vezes pior.


— Riley, eu...


— Esquece o que eu disse, vai — ela diz, balançando a cabeça e rodopiando a cauda, e sorri. — Anda, os convidados já vão chegar.


Maite veio com Evangeline, sua amiga codependente doadora, que, quem diria?, também está vestida de vampira; e Christian trouxe Eric, um carinha que conheceu na aula de teatro, provavelmente muito bonito sem a máscara e a capa de Zorro, ambas de seda preta.


— Não acredito que você não convidou o Christopher — diz Maite, balançando a cabeça, antes mesmo de dar boa-noite. Faz uma semana que ela está brava comigo, desde que soube que o Christopher não estava na lista.


Reviro os olhos e respiro fundo, já cansada de bater na mesma tecla, de ter de repetir pela milionésima vez que o cara não quer nada com a gente, que agora é figurinha fácil não só na mesa de almoço de Stacia, mas também na carteira dela; além disso, não para de presentear a garota com os botões de rosa que tira de toda sorte de lugares, e sua Mulher de Cabelos Amarelos, a tela que vem pintando na aula de arte, está cada vez mais parecida com sua nova musa. Inclusive — desculpe se deixei de mencionar isso —, apesar das tulipas vermelhas, do bilhete misterioso e do olhar íntimo que trocamos naquele dia, faz quase duas semanas que ele não fala comigo.


— Mesmo que eu tivesse convidado, ele não teria vindo — digo afinal, torcendo para que minha amiga não perceba a tristeza que deixei escapar na voz. —Tenho certeza de que está por aí em algum lugar com a Stacia, ou com a loira, ou com a... — Balanço a cabeça, me recusando a continuar.


— Peraí — diz Maite, com os olhos apertados. —Você disse loira? Quer dizer que tem uma loira na parada também?


Simplesmente dou de ombros. Por mim ele poderia estar com qualquer uma, já que não está aqui comigo.


— Você precisa ver o cara — ela diz a Evangeline. — É uma coisa! Lindo como um artista de cinema, sexy como um astro de rock... Sabe até fazer truques de ilusionismo! — E suspira.


Evangeline arqueia as sobrancelhas, espantada.


— Vai que ele é um truque de ilusionismo! Ninguém é tão perfeito assim.


— Mas o Christopher é. Pena que você não vai ver com os próprios olhos. — Maite mais uma vez olha torto para mim, os dedos brincando com afita de veludo preto que amarrou no pescoço. — Mas se um dia você vir, não esqueça que ele é meu, tá? Peguei a senha muito antes de conhecer você.


Observando Evangeline — a aura turva e escura, a meia arrastão, o short preto curtíssimo, a camiseta transparente —, sei que ela não tem a menor intenção de prometer o que quer que seja. 


Se eu lhe emprestasse uns dentes falsos e um pouco de sangue pra jogar no pescoço— diz Maite, olhando para mim —, você também podia virar uma vampira, sabia? —


Mentalmente ela oscila feito um pêndulo: ora quer ser minha amiga, ora tem certeza de que sou sua pior inimiga.


Agradeço a gentileza e conduzo as duas vampiras para o outro lado da sala, torcendo para que Maite se interesse logo por algo e mude de assunto. Sabine está conversando com amigos, Maite e Evangeline estão batizando o suco delas e Christian está dançando com Eric. Riley, por sua vez, diverte-se com a capa de Zorro de Eric, abanando-a pelas pontas e olhando ao redor para ver se alguém está notando.


Estou prestes a chamar a atenção dela, mandando que se comporte caso queira continuar na festa, quando a campainha toca e nós duas apostamos uma corrida para atender. Chego primeiro, mas nem sequer me lembro de zoar a pentelha, porque é Christopher quem está à porta. Flores em uma das mãos, chapéu de bordas douradas na outra, os cabelos bagunçados. Em vez das roupas pretas de sempre, uma camisa de frufrus brancos, um casaco de botões dourados, algo que pode ser descrito como culotes de montaria e sapatos pretos de bico fino. Penso na inveja que Christian vai sentir ao vê-lo, mas, quando finalmente percebo em quem Christopher se inspirou, sinto o coração retumbar no peito.


— Conde Fersen — sussurro, mal conseguindo articular as palavras.


— Marie. — Ele abre um sorriso e se dobra numa longa mesura.


— Mas... ninguém sabia... e você nem foi convidado — balbucio. Imediatamente olho por sobre os ombros dele, procurando por Stacia, pela loira, sei lá por quem, convicta de que ele não tinha vindo por minha causa.


Mas Christopher simplesmente sorri, entrega-me as flores e diz:


— Então deve ter sido uma feliz coincidência.


Não me resta alternativa senão mandá-lo entrar. Atravessamos a sala de estar e a de jantar e seguimos para dentro, minhas bochechas ardendo em chamas, o coração batendo tão forte que por pouco não vem à boca. Como isso foi possível? Como arrumar uma explicação lógica para que Christopher tenha aparecido em minha festa assim, perfeitamente vestido como minha histórica cara-metade?


— Meu Deus! Christopher está aqui! — exclama Maite, os braços balançando, o rosto brilhando de felicidade. Quer dizer, tanto quanto pode brilhar o rosto de uma vampira de presas à mostra e sangue pingando dos lábios. Mas tão logo repara na fantasia e se dá conta de que Christopher está vestido como o Conde Axel Fersen, o amante nem-tão-secreto-assim de Maria Antonieta, ela murcha na mesma hora e me fulmina com o olhar.


— Então, quando foi que vocês combinaram tudo? — pergunta, vindo em nossa direção e tentando manter a voz neutra e calma, mais por Christopher que por mim.


— Não combinamos nada — digo, torcendo para que ela acredite, mesmo sabendo que não vai. Quer dizer, diante de uma coincidência tão bizarra como essa até eu estou começando a duvidar. Começo a me perguntar se não dei uma bandeira qualquer, mesmo sabendo que a resposta é não.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): umasonhadora

Este autor(a) escreve mais 2 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

— Pura coincidência — intervém Christopher, e passa o braço pela minha cintura. Apenas por alguns segundos, mas o bastante para deixar meu corpo inteiro formigando. — Você só pode ser o Christopher — diz Evangeline, postando-se ao lado dele, correndo os dedos pelos frufrus da camisa. — Achei que a Mait ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • Candy_Von Uckermann Postado em 18/03/2016 - 04:23:03

    Cooooontinua por favor ' ♥♥♥♥ Se possível faz uma maratona ^-^ ♡

  • Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:59:37

    gata comecei a ler sua fanfic e to amando, logo eu me atualizo pra lacrar nos comentários

  • Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:58:54

    Olá vc curti fanfic de The Vampires Diáries, eu quero trazer a série pro Fanfics Brasil, então to fazedno uma fanfic muito boa Delena, e o melhor é que ta começando agora, não tem muito cap pra ler, então se vc não curti repassa pra alguém que lê fanfic e assiste a série...Beijos, vou colocar o link acima okayyy http://fanfics.com.br/fanfic/52782/alguem-para-amar-delena-the-vampires-diaries

  • niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:14:59

    Volta pra nós minha sonhadora,você faz falta,ou ao menos dê notícias,por favor! Espero que você esteja bem,e estarei te esperando aqui. Te adoro muito,volte logo <3

  • niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:13:24

    Ei abor,onde você está,hum? Sinto saudades da sua fic,mas acima de tudo sinto saudades da sua interação com as leitoras.

  • LaPersefone Postado em 11/12/2015 - 15:59:20

    CADÊ VOCÊ COM O SEGUNDO LIVRO? FAZ ISSO COMIGO NÃO :(

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:45

    A

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:30

    U

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:05

    N

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:26:49

    I


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais