Fanfic: Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA) | Tema: vondy
— Ah, é? Então, foi por isso que ela mudou seu look inteiro, porque aceita você do jeito que é?
Maite fecha os olhos e conta até dez para não avançar em Christian. Depois, olha para ele, levanta-se, recolhe seus pertences e diz:
— Christian, me deixe. E você também, Dulce.
— Ah, senhoras e senhores, acompanhem a mais dramática saída! — zomba Christian.
— Caramba, você está brincando, né? Perguntei se a garota ainda estava aqui, só isso! E você solta os cachorros pra cima de mim! Ficou doida, mulher? Sente aí, vá! Relaxe.
Maite balança a cabeça e se apoia na mesa, deixando à mostra a tatuagem no pulso, já pronta, mas ainda vermelha e inflamada.
— Como é mesmo que isso chama? — pergunto, olhando para a cobra que morde o próprio rabo. Sei que se trata de um símbolo qualquer, uma espécie de criatura mítica, mas não me lembro do nome.
— Uróboro — responde Maite. E quando esfrega o dedo na tatuagem, juro que vejo a tal cobra espichar a língua em minha direção.
— O que isso significa?
— É um símbolo antigo da alquimia — diz Christian. — Representa a vida eterna, a criação a partir da destruição, a vida a partir da morte, a imortalidade, algo assim.
Maitee eu ficamos boquiabertas, mas ele simplesmente dá de ombros e diz:
— O que foi? Sou um cara informado, ora.
Novamente reparando na tatuagem, digo:
— Parece que está inflamada. Você devia dar uma olhada nisso.
Mas logo percebo que falei besteira, pois Maite baixa a manga da blusa com um gesto brusco e, com a aura flamejante, diz:
— Não tem nada de errado com a minha tattoo, ela está perfeita. Eu estou bem. Aliás, desculpem-me por tocar no assunto, mas não pude deixar de reparar que nenhum de vocês dois está preocupado com Christopher, que, por sinal, faz dias que não dá as caras nesta escola! Que história é essa?
Christian baixa os olhos para o celular, eu faço cara de paisagem. Maite não deixa de ter razão. E a observamos balançar a cabeça, pegar seu cupcake e sair a passos firmes.
— Você pode me explicar o que acabou de acontecer aqui? — pergunta Christian, vendo Maite ziguezaguear apressada pelo labirinto de mesas, rumo a lugar nenhum.
Mas nem me importo com isso. Só consigo ter um pensamento: a cobra no pulso de minha amiga, virando a cabeça para me encarar com olhos vidrados.
Paro o carro diante de casa e encontro Christopher à minha espera, recostado no BMW.
Sorrindo, ele vem a meu encontro, abre minha porta e diz:
— E aí, como foi a aula?
Pego minhas coisas e desço sem dizer nada.
— Ah, ainda está brava comigo — ele diz enquanto me segue até a entrada de casa.
Embora não encoste um dedo em mim, sinto o calor que emana de seu corpo.
— Não estou brava — resmungo, abrindo a porta e jogando minha mochila no chão.
— Ainda bem. Porque fiz reserva para dois num lugar aí e, como você não está brava comigo, suponho que vá aceitar meu convite.
Olho para ele, examinando os jeans escuros, as botas e um suéter preto e molinho, que só pode ser de cashmere, e imagino qual será a surpresa da vez.
Ele retira meus óculos e fones de ouvido e os joga no aparador do hal .
— Confie em mim, você não vai precisar de toda essa defesa — diz. Depois baixa meu capuz, passa o braço por minha cintura e me conduz porta afora, rumo ao BMW.
— Pra onde está me levando? — pergunto e me esborracho no banco do passageiro, completamente sem postura, sempre ansiosa para ceder às extravagâncias dele. — Tenho um monte de deveres da escola a fazer...
Ele acomoda-se na direção e diz:
— Relaxe, você pode estudar depois, prometo.
— Depois, quando? — Olho furtivamente para ele e me pergunto se um dia ainda vou me acostumar a tanta beleza, ao calor desse olhar, a essa lábia com a qual sempre consegue o que quer.
Christopher sorri e dá partida no carro sem nem girar a chave na ignição.
— Antes das badaladas de meia-noite, prometo — responde. — Agora aperte o cinto, porque vamos decolar.
Christopher pisa fundo, muito fundo, quando dirige. Portanto, quando entramos no estacionamento e deixamos o carro com o manobrista, fico com a impressão de que chegamos ali em cinco minutos.
— Que lugar é este? — pergunto, admirando os prédios verdes e a placa em que se lê ENTRADA LESTE. — Entrada para o quê?
— Acho que sua resposta vem vindo ali. — Christopher ri, envolvendo-me com os braços enquanto quatro puros-sangues suados passam por nós, puxados por seus cavalariços, seguidos de um jóquei de jaqueta verde e rosa, calças de montaria brancas e um par de botas pretas sujas de lama.
— Um hipódromo? — digo espantada. Assim como no outro dia, quando fomos para a Disney, eu jamais poderia imaginar que seria trazida para um lugar destes.
— Não é um hipódromo qualquer. É o hipódromo de Santa Anita, um dos melhores do mundo. — Ele acena positivamente com a cabeça. — Agora vamos, porque temos reserva para as 15h15 no FrontRunner.
— No quê? — pergunto, estática.
— Relaxe, é só um restaurante. — Christopher ri. — Ande, venha, não quero perder as apostas.
— Hmm, por acaso isso não é ilegal? — digo, mesmo sabendo que estou parecendo uma estraga-prazeres. Mas Christopher é tão inconsequente, tão impulsivo e tão... despreocupado com a lei.
— Comer é ilegal? — Ele ri, mas vejo que já está ficando um tanto impaciente.
— Não, estou falando de apostar, jogar, que seja, você sabe.
Ele ri e balança a cabeça.
— Isto aqui é um turfe, Dulce. Um lugar de corridas de cavalo, não é uma rinha de galos. Agora venha. — Ele aperta minha mão e me puxa para um elevador.
— Mas não é preciso ter vinte e um anos?
— Dezoito — ele resmunga e aperta o botão do quinto andar.
— Então. Tenho dezesseis e meio.
Christopher balança a cabeça e inclina-se para me dar um beijo.
— Regras existem para serem quebradas. Caso contrário, a vida seria muito chata.
Pronto, chegamos.
Atravessamos um corredor e alcançamos um amplo salão decorado com diferentes tonalidades de verde. Christopher para de frente para o pódio e cumprimenta o maître como se estivesse diante de um amigo que não vê há muito tempo.
— Ah, sr. Uckermann, que prazer em vê-lo! Sua mesa já está pronta, venha comigo.
Christopher toma minha mão e me conduz pelo salão, repleto de casais, aposentados, homens solitários, grupos de mulheres, pais com seus filhos... nenhuma mesa livre senão a nossa, que fica bem na altura da linha de chegada, com uma linda vista para a pista e para as colinas verdes do horizonte.
Autor(a): umasonhadora
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Último de hoje!!! — Tony virá imediatamente para atendê-los. Posso trazer seu champagne? Christopher olha para mim e faz que não com a cabeça. Ligeiramente corado, diz: — Hoje, não. — Pois bem. As apostas começam em cinco minutos. — Champagne? — sussurro, arqueando as sobrancel ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 63
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Candy_Von Uckermann Postado em 18/03/2016 - 04:23:03
Cooooontinua por favor ' ♥♥♥♥ Se possível faz uma maratona ^-^ ♡
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Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:59:37
gata comecei a ler sua fanfic e to amando, logo eu me atualizo pra lacrar nos comentários
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Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:58:54
Olá vc curti fanfic de The Vampires Diáries, eu quero trazer a série pro Fanfics Brasil, então to fazedno uma fanfic muito boa Delena, e o melhor é que ta começando agora, não tem muito cap pra ler, então se vc não curti repassa pra alguém que lê fanfic e assiste a série...Beijos, vou colocar o link acima okayyy http://fanfics.com.br/fanfic/52782/alguem-para-amar-delena-the-vampires-diaries
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niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:14:59
Volta pra nós minha sonhadora,você faz falta,ou ao menos dê notícias,por favor! Espero que você esteja bem,e estarei te esperando aqui. Te adoro muito,volte logo <3
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niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:13:24
Ei abor,onde você está,hum? Sinto saudades da sua fic,mas acima de tudo sinto saudades da sua interação com as leitoras.
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LaPersefone Postado em 11/12/2015 - 15:59:20
CADÊ VOCÊ COM O SEGUNDO LIVRO? FAZ ISSO COMIGO NÃO :(
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:45
A
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:30
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:05
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:26:49
I