Fanfic: Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA) | Tema: vondy
Último de hoje!!!
— Tony virá imediatamente para atendê-los. Posso trazer seu champagne?
Christopher olha para mim e faz que não com a cabeça. Ligeiramente corado, diz:
— Hoje, não.
— Pois bem. As apostas começam em cinco minutos.
— Champagne? — sussurro, arqueando as sobrancelhas.
Mas Christopher simplesmente dá de ombros e abre o programa dos páreos.
— Que tal o Spanish Fly? — Ele olha para mim e, sorrindo, emenda: — Estou falando do cavalo, não do afrodisíaco.
Mas estou ocupada demais para responder, observando o cenário à minha volta, procurando assimilar todos os detalhes. O restaurante não só é enorme, como também está completamente lotado bem no meio da semana. Aliás, no meio da tarde! E essas pessoas todas apostando? Será que não trabalham? Tenho a impressão de que vim parar num mundo novo de cuja existência eu nem sequer suspeitava. Fico pensando se é aqui que Christopher passa todo o seu tempo livre.
— Então, o que você diz? Quer apostar? — Ele olha rapidamente para mim antes de fazer algumas anotações.
— Apostar? — Faço que não com a cabeça. — Eu não saberia nem por onde começar.
— Bem, eu poderia explicar tudo: as estatísticas, os prognósticos, a genealogia dos animais... Mas como não temos muito tempo, por que você não dá uma olhada rápida neste programa e diz apenas o que sente, os nomes que chamam sua atenção. Sempre deu certo comigo.
Com o programa nas mãos, corro os olhos pelos nomes e levo um susto quando três deles praticamente saltam à minha frente numa ordem específica:
— Que tal Spanish Fly em primeiro lugar, Acapulco Lucy em segundo e Son of Buddha em terceiro? — digo, sem fazer a menor ideia de como cheguei a essas escolhas, mas bastante confiante nelas.
— Lucy em segundo, Buddha em terceiro... — ele murmura, anotando tudo no boleto de apostas. — E quanto você quer apostar? O mínimo é de dois dólares, mas você pode ir bem mais alto que isso, claro.
— Dois dólares está ótimo — digo, subitamente insegura, nem um pouco disposta a fazer um rombo em minhas finanças só por causa de um palpite.
— Tem certeza? — pergunta Christopher, parecendo decepcionado.
— Tenho. — Concordo com a cabeça.
— Bem, acho que você fez boas escolhas, então vou apostar cinco. Cinco, não, dez.
— Não faça isso! — digo. — Quer dizer, nem sei por que escolhi esses nomes!
— Pois vamos descobrir daqui a pouco — ele retruca e levanta-se da mesa. Pego minha carteira, mas Christopher não me deixa pagar. —Você me reembolsa depois, quando receber sua parte do rateio. Agora preciso ir ao guichê. Peça o que quiser quando o garçom aparecer.
— E você, vai querer o quê? — pergunto, mas Christopher sai tão rápido que nem mesmo me ouve.
Quando ele volta, os cavalos já estão todos perfilados na linha de saída. Em poucos segundos é dada a largada, e eles irrompem de seus respectivos boxes, inicialmente formando um grande borrão escuro na pista, mas se distanciando uns dos outros logo depois da primeira curva, disparados rumo à linha de chegada. Imediatamente fico de pé quando vejo que meus três escolhidos estão tomando a dianteira e quase tenho uma síncope quando eles cruzam a chegada exatamente na ordem em que apostei.
— Caramba, a gente ganhou! A gente ganhou! — exclamo, sorrindo enquanto Christopher se inclina para me dar um beijinho de comemoração. — É sempre tão divertido assim? — digo e observo Spanish Fly trotar para a área de premiação e receber as guirlandas de flores com as quais será fotografado.
— Quase sempre. — Christopher faz que sim com a cabeça. — Mas nada supera a primeira vez que a gente ganha, essa é sempre a melhor.
— Bem, no meu caso, nem deve ser tanto dinheiro assim — digo, já arrependida de não ter confiado em minha intuição e arriscado alguns trocados a mais.
— Já que só apostou dois dólares, deve ter ganhado algum valor em torno de oito...
— Oito dólares? Só isso? — Aperto os olhos, um tanto desapontada.
— Oitocentos, Dulce— completa Christopher, rindo. — Para ser mais exato, 880 dólares e 60 centavos. Você acertou a trifeta, isto é, os três primeiros lugares na ordem correta.
— Tudo isso só com dois dólares? — pergunto, agora entendendo por que ele tem uma mesa cativa neste lugar.
Christopher faz que sim com a cabeça.
— E você, ganhou quanto? — pergunto. — Apostou dois dólares também?
— Não. — Ele sorri. — Na verdade, perdi. Feio. Sou ganancioso, apostei na quadrifeta. Quer dizer, acrescentei outro cavalo além dos três que você sugeriu, mas ele ficou para trás. Mas não se preocupe, na próxima eu me recupero.
Dito e feito. Quando fomos ao guichê depois do oitavo e último páreo, embolsei um total de 1.645 dólares e 80 centavos, enquanto Christopher embolsou muito mais, já que acertou os cinco primeiros cavalos na ordem exata em que eles chegaram. E como foi o único a se arriscar nessa modalidade, o primeiro em muitos dias, ganhou 536 mil dólares e 41 centavos — com uma aposta de apenas dez dólares.
— Então, gostou do programa? — ele pergunta, seu braço me envolvendo para me conduzir à saída.
— Agora entendo por que você anda tão sumido das aulas. Afinal, não tem nem comparação, né? — Começo a rir, talvez por conta da adrenalina em função de minhas vitórias. Acho que enfim encontrei uma utilidade rentável para meus poderes mediúnicos.
— Venha comigo, quero comprar um presentinho para você com a grana que acabei de ganhar. — Christopher me leva para a gift shop do hipódromo.
— Não precisa, por favor...
Mas ele aperta minha mão e sussurra em meu ouvido:
— Faço questão. Além do mais, estou podendo, não estou? Só tem uma condição.
Olho para ele.
— Qual?
— Nada de moletons com capuz, O.K.? — ele diz, rindo. — Qualquer coisa, menos moletom.
Depois de muitas risadas e de sugestões como um boné de jóquei, um cavalo em miniatura, uma ferradura de bronze para pendurar em meu quarto, acabamos decidindo por uma pulseira de prata com cristaizinhos. Mas só depois de me assegurar de que eram cristais mesmo, e não diamantes, pois aí já seria demais, apesar de todo o dinheiro que ele acabara de faturar.
— Agora, aconteça o que acontecer, você nunca vai se esquecer desse dia — ele diz, e coloca a pulseira em meu braço enquanto esperamos pelo carro.
— Como eu poderia me esquecer de um dia desses? — pergunto, olhando fixamente para meu pulso, depois para ele.
Entramos no carro, e só então percebo certa melancolia no olhar de Christopher, uma tristeza tão comovente que essa, sim, merece ser esquecida.
A viagem de volta me parece ainda mais rápida que a de ida e, chegando em casa, tenho uma súbita vontade de que esse dia nunca termine.
— Olhe só para isso — diz Christopher, apontando para o relógio. — Bem antes da meia-noite, como prometido. — E quando ele se inclina para me beijar, retribuo com tanto entusiasmo que por pouco não arrasto o garoto para o banco do carona.
— Posso entrar? — ele sussurra, tentando-me com beijos que começam na orelha, descem pelo pescoço e chegam à clavícula.
Solto-me daquele abraço e faço que não com a cabeça, perplexa comigo mesma.
Sabine está em casa e preciso estudar, mas não é só isso. Já é hora de me impor um pouco. Não posso continuar cedendo tão facilmente às vontades dele.
— A gente se vê na escola amanhã — digo ao sair do carro, antes que ele me faça mudar de ideia. — Lembra, Bay View? Aquele lugar que você costumava frequentar?
Christopher desvia o olhar e solta um suspiro.
— Não vai dizer que pretende sumir... de novo? — pergunto.
— Essa história de escola é tão maçante, não sei como você consegue.
— Como eu consigo? — Olhando de relance para fora, vejo que Sabine nos espia pela janela. Assim que ela se afasta, volto o rosto para Christopher e digo: — Bem, faço apenas do modo como você também costumava fazer: levanto da cama, troco de roupa e vou. E às vezes basta prestar um pouquinho de atenção na aula que a gente acaba aprendendo algo. — Assim que digo isso, percebo que acabei de mentir. Porque, na verdade, não aprendi nada durante quase um ano naquela escola. Quer dizer, é difícil aprender alguma coisa quando a gente meio que sabe tudo. Embora isso não seja algo que a gente tenha em comum.
— Tem de haver um jeito melhor — ele resmunga, uma expressão de súplica no olhar.
— Bem, só pra seu governo: matar aulas, ou abandonar a escola, não é o jeito melhor pra nada. Não se você quiser entrar para uma universidade e fazer algo da vida. — Outra mentira. Bastam mais dois ou três dias como este no turfe para que Christopher, ou qualquer outra pessoa, possa viver bem. Muito mais que bem.
— Tudo bem — ele diz, rindo. — Vamos fazer do seu jeito. Pelo menos por enquanto. A gente se vê amanhã.
Ainda estou a meio caminho da porta de casa quando ele pisa fundo no acelerador e sai em disparada rua afora.
Autor(a): umasonhadora
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niih_vondy: Christian é um amooor <3, Maite é invejosa e essa Drina só traz dor de cabeça dfhudfhudfh. LaPersefone: Sabe que Dulce tem dons... Drina ta sempre metida ZzzZZZzZ taina_vondy: Eu acho tb, Dul tem que começar a se valorizar mais.. Luna Candy: Obaaa, se é a fic que tu pediu pra mim promover, to acompanhando e to amand ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 63
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Candy_Von Uckermann Postado em 18/03/2016 - 04:23:03
Cooooontinua por favor ' ♥♥♥♥ Se possível faz uma maratona ^-^ ♡
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Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:59:37
gata comecei a ler sua fanfic e to amando, logo eu me atualizo pra lacrar nos comentários
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Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:58:54
Olá vc curti fanfic de The Vampires Diáries, eu quero trazer a série pro Fanfics Brasil, então to fazedno uma fanfic muito boa Delena, e o melhor é que ta começando agora, não tem muito cap pra ler, então se vc não curti repassa pra alguém que lê fanfic e assiste a série...Beijos, vou colocar o link acima okayyy http://fanfics.com.br/fanfic/52782/alguem-para-amar-delena-the-vampires-diaries
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niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:14:59
Volta pra nós minha sonhadora,você faz falta,ou ao menos dê notícias,por favor! Espero que você esteja bem,e estarei te esperando aqui. Te adoro muito,volte logo <3
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niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:13:24
Ei abor,onde você está,hum? Sinto saudades da sua fic,mas acima de tudo sinto saudades da sua interação com as leitoras.
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LaPersefone Postado em 11/12/2015 - 15:59:20
CADÊ VOCÊ COM O SEGUNDO LIVRO? FAZ ISSO COMIGO NÃO :(
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:45
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:30
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:05
N
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:26:49
I