Fanfic: Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA) | Tema: vondy
Visto o moletom e saio cambaleando para a praia. Sob a luz rosada do crepúsculo, procuro por Christopher de uma ponta a outra. Mas não o encontro. Voltando à caverna, deparo com o bilhete que ele deixou sobre minha mochila:
Fui surfar. Volto logo. — C
Ainda com o papel na mão, corro de volta à praia e esquadrinho o mar em busca de surfistas, sobretudo do meu surfista. Mas vejo apenas dois vultos distantes, tão louros e pálidos que jamais poderiam ser Christopher.
Quando entro em minha rua, fico surpresa ao avistar alguém nos degraus da porta de entrada; quando chego mais perto de casa, porém, fico mais surpresa ainda ao constatar que esse alguém é Riley.
— E aí? — digo, pegando a mochila e batendo a porta do carro um pouquinho mais forte do que o necessário.
— Calma! — ela diz, encarando-me. — Achei que você fosse me atropelar!
— Desculpa, achei que fosse o Christopher— explico, já entrando no hal .
— Xi i... O que foi que ele aprontou desta vez? — ela brinca.
Não me dou o trabalho de responder e destranco a porta. Não vou entregar o ouro tão fácil assim.
— O que houve? — pergunto, levando Riley para dentro. — Você se trancou do lado de fora?
— Engraçadinha... — Riley revira os olhos, vai para a cozinha e se acomoda em um dos bancos altos da bancada.
Jogo minha mochila sobre a mesa e, vasculhando a geladeira, pergunto:
— Que bicho mordeu você hoje? — Olho para Riley, imaginando um motivo para ela estar tão quieta, pensando que talvez meu mau humor seja contagioso.
— Bicho nenhum — ela responde, olhando fixamente para mim, o queixo plantado entre as mãos.
— Não é o que parece. — Em vez do pote de sorvete que realmente quero, pego uma garrafa de água e me recosto na bancada de granito. Só então reparo no estado em que Riley se encontra: a fantasia de Mulher Maravilha toda amarrotada, a cabeleira preta toda embaraçada.
— Então, o que você pretende fazer? — Riley muda de assunto. Está de tal modo inclinada no banco que ameaça cair e se machucar a qualquer instante. Não que isso possa acontecer, claro. — Quer dizer, esse é o sonho de qualquer adolescente, não é? A casa só pra você, ninguém pra vigiar... — Em seguida mexe as sobrancelhas de um jeito malicioso, mas ao mesmo tempo forçado, como se quisesse disfarçar seu real estado de espírito.
Dou um gole na água, sem saber ao certo o que dizer. Chego a pensar em me abrir com ela e tirar dos ombros o peso de todos os meus segredos: os bons, os ruins e os absolutamente revoltantes. Seria ótimo se eu pudesse me aliviar um pouco, dividir com alguém esse fardo que até agora venho carregando sozinha. Mas olhando para Riley lembro que ela passou boa parte da vida esperando para completar treze anos, vendo cada ano que passava como um a menos para chegar à importante adolescência. Talvez por isso ainda esteja aqui. Não teve a chance de realizar seu sonho em vida, por minha culpa, e agora só lhe resta uma alternativa: fazê-lo através de mim.
— Bem, sinto muito desapontá-la — respondo afinal. — Mas a essa altura você já sabe o fracasso que sou no quesito sonhos de adolescência. — Olho para Riley timidamente e fico vermelha quando ela sacode a cabeça, concordando. — Quando a gente morava no Oregon eu mandava bem à beça, não mandava? Tinha um monte de amigos... Um namorado... Era chefe de torcida! Pois é. Tudo isso ficou pra trás. Acabou. J-Á E-R-A. Agora, os dois amigos que consegui fazer em Bay View estão brigados, o que significa que raramente falam comigo. E mesmo que, por razões totalmente inexplicáveis, por obra de um verdadeiro milagre, eu tenha tido a sorte de descolar um namorado lindo, gostoso e tudo mais... bem, na verdade nem tudo está como deveria ser. Tipo assim, quando ele não age estranhamente ou quando não some sem dar explicação, evaporando no ar, ele tenta me sequestrar da aula e me levar pra algum lugar. Para apostar em cavalos de corrida, passeios absurdos assim. Sei não, acho que ele é má influência. — De repente percebo, tarde demais, que falei muito mais do que devia.
Mas quando olho para Riley novamente, vejo que ela nem mesmo está ouvindo: apenas encara a bancada enquanto passeia o indicador pelos desenhos do granito, a cabeça claramente em outro lugar.
— Olha, promete que não vai ficar brava comigo? — diz, afinal, com olhos tão arregalados e sombrios que me dão arrepios. — Passei o dia todo com a Ava.
Ah, não quero ouvir. Definitivamente, não quero ouvir isso!, penso, os lábios apertados. Apoio-me na bancada e me preparo para o que está por vir.
— Sei que você não gosta dela, mas... Sei lá, acho que algumas opiniões da Ava são boas, ela até me fez pensar nelas. Sabe, nas escolhas que fiz. E quer saber? Quanto mais eu penso, mais acho que ela tem razão.
— Tem razão em quê? — pergunto, apesar do nó que sinto na garganta. Hoje o dia começou mal, depois só piorou. E infelizmente ainda está longe de acabar.
Riley levanta o rosto, mas desvia o olhar logo em seguida, ainda passando os dedos pelo granito, quando diz:
— A Ava falou que eu não devia estar aqui. Que meu lugar não é aqui.
— E você, acha o quê? — Mal consigo respirar, desejando não ter de ouvir nada disso. Não quero perder minha irmã, não posso perdê-la, não agora. Nem nunca. Riley é tudo o que me restou.
— Bem, eu... — Ela para de mexer os dedos e olha para mim. — Acontece que eu gosto de estar aqui. Nunca vou ser adolescente, claro, mas pelo menos posso viver sua adolescência. Um pouco como pegar uma carona nela, entende?
Ouvindo isso, fico arrasada, culpada; eu estava certa em minhas suspeitas. Mas tento brincar para levantar um pouco a bola.
— Poxa, Riley, com tanta carona melhor por aí...
Minha irmã revira os olhos e suspira:
— Não é? — Mas logo baixa os olhos e diz: — Mas... e se a Ava estiver com razão? E se for mesmo errado eu ficar aqui o tempo todo?
Antes que eu possa responder, no entanto, a campainha toca na porta da frente, distraindo-me por alguns segundos. E quando dou por mim Riley não está mais lá.
— Riley! Riley! — grito, olhando por toda a cozinha. — Cadê você? — Continuo gritando, rezando para que ela reapareça, pois nossa conversa não pode parar onde parou.
— Riley, volte aqui! Por favor! — Porém, quanto mais eu tento, mais percebo que estou gritando com as paredes.
A campainha toca de novo, uma vez, depois duas. É o toque de Maite. Preciso atender.
— O porteiro me deixou entrar — ela vai logo dizendo, irrompendo no hal , os olhos borrados de rímei por causa das lágrimas, os cabelos agora ruivos totalmente despenteados. — Encontraram a Evangeline. Ela está morta.
— O quê? Tem certeza? — Estou prestes a fechar a porta quando Christopher estaciona o carro lá fora e vem correndo em nossa direção. — A Evangeline... — começo a dizer, tão chocada com a notícia que acabo me esquecendo de que decidi odiá-lo.
Autor(a): umasonhadora
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— Eu sei, eu sei — ele diz. E vendo o estado de Maite, pergunta: — Tudo bem com você? Ela faz que não com a cabeça e seca os olhos com a manga da blusa. — Quer dizer, eu nem conhecia a garota direito, a gente saiu algumas vezes juntas, só isso. Mesmo assim... É horrível demaisl Só de pensar q ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 63
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Candy_Von Uckermann Postado em 18/03/2016 - 04:23:03
Cooooontinua por favor ' ♥♥♥♥ Se possível faz uma maratona ^-^ ♡
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Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:59:37
gata comecei a ler sua fanfic e to amando, logo eu me atualizo pra lacrar nos comentários
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Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:58:54
Olá vc curti fanfic de The Vampires Diáries, eu quero trazer a série pro Fanfics Brasil, então to fazedno uma fanfic muito boa Delena, e o melhor é que ta começando agora, não tem muito cap pra ler, então se vc não curti repassa pra alguém que lê fanfic e assiste a série...Beijos, vou colocar o link acima okayyy http://fanfics.com.br/fanfic/52782/alguem-para-amar-delena-the-vampires-diaries
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niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:14:59
Volta pra nós minha sonhadora,você faz falta,ou ao menos dê notícias,por favor! Espero que você esteja bem,e estarei te esperando aqui. Te adoro muito,volte logo <3
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niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:13:24
Ei abor,onde você está,hum? Sinto saudades da sua fic,mas acima de tudo sinto saudades da sua interação com as leitoras.
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LaPersefone Postado em 11/12/2015 - 15:59:20
CADÊ VOCÊ COM O SEGUNDO LIVRO? FAZ ISSO COMIGO NÃO :(
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:45
A
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:30
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:05
N
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:26:49
I