Fanfics Brasil - Cap 51 - Minha vontade é abraçar minha irmã Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA)

Fanfic: Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA) | Tema: vondy


Capítulo: Cap 51 - Minha vontade é abraçar minha irmã

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Christopher faz que não com a cabeça e olha para a porta como se precisasse dela para viver.


Tudo bem, sei que já é hora de jogar a toalha, mas não resisto a uma última tentativa:


— Mas por quê? — pergunto, ansiosa por uma explicação qualquer. Christopher olha para mim, tenso, e diz:


— Porque minha casa está uma bagunça. Um pandemônio. Não quero que você veja e faça uma ideia errada de minha pessoa. Além disso, não vou ter cabeça para arrumar nada com você por perto, né? Você só me distrai. — Ele sorri, mas obviamente está falando da boca para fora, pois os olhos, impacientes, estão dizendo outra coisa. —A gente se fala hoje à noite. — Ele dá as costas e sai rumo à porta da cozinha.


— E se eu quiser segui-lo, você vai fazer o quê?


Meu risinho nervoso evapora tão logo ele se vira para dizer:


— Não me siga, Dulce.


Assim que Christopher vai embora, pego o celular e ligo para Maite, que mais uma vez não atende. Desta vez nem me dou o trabalho de deixar um recado. Já deixei um milhão deles; ela que me ligue se quiser. Portanto, depois de tomar um banho, vou para a escrivaninha, determinada a colocar os estudos em dia. Mas não vou muito longe, pois meus pensamentos voltam para Christopher e suas misteriosas esquisitices, as quais não posso mais ignorar.


Tipo: como é que ele sempre sabe o que estou pensando, sendo que eu, com toda a minha mediunidade, não consigo captar absolutamente nada da cabeça dele? Como, em apenas dezessete anos de vida, ele teve tempo de morar em tantos lugares diferentes e aprender tanta coisa, como arte, futebol, surfe, culinária, literatura, história e o diabo a quatro? E a rapidez com que ele se move, literalmente formando um borrão no ar? E as rosas, as tulipas, a caneta mágica? Sem falar no fato de em uma hora ele falar como um garoto de sua idade, mas depois se transformar num Darcy, ou num Heathcliff ou qualquer outro personagem das irmãs Brontë. E aquele dia em que ele se desviou de Riley como se a tivesse visto? E a aura dele, cadê? E essa Drina, que também não tem aura? E, por falar nela, tenho certeza de que Christopher está me escondendo algo sobre a relação que os dois têm. E agora, para completar, não quer que eu vá até a casa dele. Mesmo depois que a gente dormiu junto.


Tudo bem, a gente só dormiu, mas ainda assim acho que mereço resposta para algumas de minhas perguntas, senão todas. Não vou chegar ao ponto de invadir a escola para bisbilhotar o registro dele, mas... conheço alguém que faria isso por mim.


Só não sei se devo envolver Riley nesta história. Além disso, não faço a menor ideia de como invocá-la, já que nunca precisei fazer isso antes. Será que devo, assim, chamar por ela? Acender uma vela? Fechar os olhos e fazer um pedido?


Acender vela, não, seria sinistro demais. Portanto, vou para o centro do quarto, aperto os olhos com bastante força e digo:


— Riley? Riley, se você estiver ouvindo... preciso muito falar com você. Na verdade, preciso de um pequeno favor. Mas se você não quiser ajudar, tudo bem, vou entender. Não vou ficar bolada com você, porque sei que é meio estranho. Olha, estou me sentindo meio pateta aqui, falando comigo mesma, então, se você estiver ouvindo, será que pode mandar algum tipo de sinal?


E quando Kel y Clarkson começa a berrar em meu aparelho de som, cantando a música que Riley sempre costumava cantar, abro os olhos e dou de cara com minha irmã, bem à minha frente, rindo histericamente.


— Poxa, Dulce, você estava a um segundo de fechar a cortina, acender uma vela e buscar o tabuleiro Ouija!


— Ai, estou me sentindo uma idiota — digo, roxa de vergonha.


— Era o que você parecia, mesmo — ela diz às gargalhadas. — Então, deixe eu ver se entendi direito: você quer que sua irmãzinha aqui espione seu namorado, é isso?


— Como você sabe? — pergunto assustada.


— Ah, me poupe. — Riley revira os olhos e se esborracha na cama. — Por acaso você acha que é a única aqui que consegue ler pensamentos?


— E como você sabe disso? — digo, já um tanto nervosa. Que mais será que ela sabe?


— Foi a Ava que contou. Mas não fique brava, tá? Porque isso explica muito do estilo equivocado que você tem vestido ultimamente.


— E esse seu estilo equivocado aí? — pergunto, apontando para o modelito Guerra nas Estrelas com que ela apareceu hoje.


Mas Riley simplesmente dá de ombros e diz:


— Então, você quer ou não quer saber onde seu namorado mora?


Vou para a cama e me sento ao lado dela.


— Honestamente? Estou meio na dúvida. Quer dizer, claro que eu quero saber onde ele mora, mas não sei se é certo meter você nesta história.


— Mas... e se eu já soubesse? — ela diz, movendo as sobrancelhas.


— Não me diga que você andou bisbilhotando a escola? — pergunto, pensando no que mais ela teria feito no tempo em que ficamos sem nos ver. Mas ela apenas ri.


— Fiz muito melhor. Segui o cara até a casa dele.


— Quando? Como?


Ela balança a cabeça, impaciente.


— Até parece que eu preciso de um carro pra ir aonde me dá na telha, né, Dulce? Além do mais, sei que você está toda apaixonadinha aí. Até entendo, porque o cara, vamos combinar, não é de jogar fora. Mas... lembra aquele dia em que ele deu a impressão de ter me visto?


Faço que sim com a cabeça. Afinal, como poderia me esquecer de um fato desses?


— Então, também achei muito estranho. Portanto, resolvi fazer uma pequena investigação.


— E aí? — pergunto, morta de curiosidade.


— E... bem, não sei direito como dizer, espero que você não me interprete mal. Mas esse tal de Christopher... sei lá, ele é um tanto estranho. Quer dizer, o cara mora numa mansão enorme em Newport Coast, o que já é bastante esquisito pra alguém da idade dele. Porque, bem, como foi que ele conseguiu tanta grana? O cara nem trabalha!


Imediatamente me lembro daquele dia no hipódromo. Mas acho melhor não tocar no assunto.


— Mas isso nem é o mais estranho — continua Riley. — O mais esquisito de tudo é que a casa está completamente vazia! Não tem nenhuma cadeira, nenhuma mesa, nada.


— Coisa de homem, né? — digo, apesar de não ver motivo algum para defender Christopher.


— Sim, mas não deixa de ser muito estranho. A única mobília que ele tem consiste em uma televisão de tela plana e um daqueles suportes de parede pra colocar o iPod. Sério.


Mais nada. E, acredite, andei pela casa inteira. Quer dizer, menos num quarto lá, que estava trancado.


— E desde quando você precisa destrancar a porta pra entrar em algum lugar? — Afinal, até paredes a garota pode atravessar quando quer.


— Acredite, não foi a porta trancada que me impediu de entrar. Eu mesma me travei. Caramba, Dulce, não é porque estou morta que não posso sentir medo.


— Mas... não tem tanto tempo assim que ele se mudou pra cá — digo, mais uma vez fabricando desculpas feito uma boboca codependente da pior espécie. — Talvez não tenha tido tempo pra comprar móveis e tudo mais. Talvez por isso não quisesse que eu fosse lá, que visse a casa do jeito que está. — Repassando mentalmente o que havia acabado de dizer, não tive como não pensar: Caramba, meu caso é mais grave do que eu pensava.


Riley balança a cabeça, impaciente, e olha para mim como se estivesse prestes a revelar, de uma tacada só, toda a verdade sobre Papai Noel, o Coelhinho da Páscoa e a Fada dos Dentes. Mas desiste e diz:


— Talvez você devesse ir lá pra ver com os próprios olhos.


— Como assim? — pergunto, certa de que ela está escondendo algo.


Mas Riley nada diz: apenas se levanta da cama, vai para o espelho e, com muitas caras e bocas, ajeita a fantasia.


— Riley? — digo, determinada a descobrir o porquê de tanto mistério.


— Olhe — ela diz finalmente, virando-se para mim. — Talvez eu esteja enganada. Sei lá, sou apenas uma pré-adolescente, não tenho muita experiência. E provavelmente não é nada, mas...


— Mas...


Ela respira fundo.


— Ainda acho que você devia ver com os próprios olhos.


— E como é que a gente chega lá? — pergunto, já pegando as chaves do carro.


— A gente, vírgula. Tire essa ideia da cabeça. Tenho certeza de que ele pode me ver.


— Pode me ver também, Riley, esqueceu-se disso?


Mas ela finca o pé e diz:


— Nem pensar. Posso desenhar um mapa se você quiser.


Riley não é lá a melhor das cartógrafas; então, em vez de desenhar um mapa, faz uma lista das ruas pelas quais devo seguir e indica onde devo virar à direita ou à esquerda, pois sempre me confundo com essa história de Norte, Sul, Leste e Oeste.


— Tem certeza de que não quer vir comigo? — insisto, pegando a bolsa e saindo rumo ao corredor.


Ela fadulcez que sim com a cabeça e desce as escadas atrás de mim.


— Ei, Dulce.


Eu me viro.


— Você bem que podia ter me contado sobre sua mediunidade. Se eu soubesse, não teria zoado você tanto por causa de suas roupas.


— E você, pode mesmo ler minha mente? — pergunto, já à porta do hal .


— Só quando você tenta se comunicar comigo — ela responde, sorrindo. E explica: — Deduzi que cedo ou tarde você iria querer que eu espionasse seu namorado. Mas Dulce...


De repente, ela fica séria, aparentemente preocupada. Viro-me novamente em sua direção.


— Olhe, Dulce... Se eu sumir por uns tempos... não é porque estou chateada com você, tentando puni-la nem nada assim, tá? Prometo que vou continuar dando uns pulinhos aqui, só pra saber se está tudo bem e tal. Mas devo ficar um tempinho sem aparecer. Acho que vou andar meio ocupada.


Sinto um frio na barriga, o pânico ameaçando chegar.


— Mas vai aparecer de novo, não vai?


— Claro que vou. Só que... bem, prometo voltar, só não posso dizer quando — ela diz, e abre um sorriso visivelmente forçado.


— Você não está pensando em me abandonar, está? — Prendo a respiração, aflita, e só solto o ar quando vejo Riley negar com a cabeça. — Ótimo. Então... boa sorte!


Minha vontade é abraçar minha irmã e convencê-la a ficar, mas, sabendo que não posso, sigo adiante e entro no carro.



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Autor(a): umasonhadora

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Christopher mora em um condomínio fechado. Detalhe que Riley se esqueceu de contar. Talvez porque um enorme portão de ferro e um pequeno batalhão de seguranças uniformizados não sejam nenhum obstáculo para ela. Então, para mim também não vão ser. Sorrindo para a moça à portari ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • Candy_Von Uckermann Postado em 18/03/2016 - 04:23:03

    Cooooontinua por favor ' ♥♥♥♥ Se possível faz uma maratona ^-^ ♡

  • Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:59:37

    gata comecei a ler sua fanfic e to amando, logo eu me atualizo pra lacrar nos comentários

  • Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:58:54

    Olá vc curti fanfic de The Vampires Diáries, eu quero trazer a série pro Fanfics Brasil, então to fazedno uma fanfic muito boa Delena, e o melhor é que ta começando agora, não tem muito cap pra ler, então se vc não curti repassa pra alguém que lê fanfic e assiste a série...Beijos, vou colocar o link acima okayyy http://fanfics.com.br/fanfic/52782/alguem-para-amar-delena-the-vampires-diaries

  • niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:14:59

    Volta pra nós minha sonhadora,você faz falta,ou ao menos dê notícias,por favor! Espero que você esteja bem,e estarei te esperando aqui. Te adoro muito,volte logo <3

  • niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:13:24

    Ei abor,onde você está,hum? Sinto saudades da sua fic,mas acima de tudo sinto saudades da sua interação com as leitoras.

  • LaPersefone Postado em 11/12/2015 - 15:59:20

    CADÊ VOCÊ COM O SEGUNDO LIVRO? FAZ ISSO COMIGO NÃO :(

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:45

    A

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:30

    U

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:05

    N

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:26:49

    I


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