Fanfics Brasil - Cap 56 - Ah, foi Drina que mandou falar. Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA)

Fanfic: Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA) | Tema: vondy


Capítulo: Cap 56 - Ah, foi Drina que mandou falar.

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Foi estranho atravessar a aula de inglês sem Christopher a meu lado, segurando minha mão, sussurrando em meu ouvido, fazendo eu me desligar do mundo. Acho que fiquei de tal modo habituada à presença dele que acabei esquecendo como Stacia e Honor podem ser cruéis. Mas quando vejo as duas trocando sorrisinhos irônicos e torpedos (do tipo: Aberração idiota, não foi à toa que ele se mandou), percebo que só me resta buscar refúgio no capuz, no iPod e nos óculos escuros.


E também não posso deixar de perceber a ironia da situação. Não é que eu não tenha entendido a piada. Pois, para alguém que teve uma crise de choro no estacionamento, implorando ao namorado imortal que sumisse do mapa, de modo que ela pudesse ser uma garota normal outra vez... bem, obviamente a piada sou eu.


Em minha nova vida sem Christopher, todos os pensamentos ao redor, os ruídos e as cores que a todo o instante assolam meus sentidos, são tão incômodos e avassaladores que meus ouvidos estão sempre chiando, os olhos não param de lacrimejar e as enxaquecas atacam tão de repente, invadindo minha cabeça, sequestrando meu corpo, provocando tantos enjoos e tonteiras que mal consigo agir.


Engraçado. Eu estava com tanto medo de contar a Christian e Maite sobre meu rompimento com Christopher que uma semana inteira se passou sem que o nome dele sequer fosse mencionado. E, mesmo assim, fui eu quem tocou no assunto depois. Acho que eles já estavam tão acostumados às faltas dele que nem chegaram a estranhar este último e mais prolongado sumiço.


Portanto, certo dia, durante o almoço, limpei a garganta, olhei para eles e dei a notícia:


— Só pra informação de vocês, Christopher e eu terminamos. — E antes que eles pudessem falar, levantei a mão e disse: — E ele foi embora.


— Embora? — ambos disseram, dois pares de olhos arregalados à minha frente, dois queixos caídos, os dois se recusando a acreditar.


Mesmo sabendo que meus amigos estavam preocupados comigo e que eu devia a ambos uma boa explicação, finquei o pé e dei o assunto por encerrado.


Com a sra. Machado, no entanto, não foi assim tão fácil. Alguns dias depois de Christopher ter ido embora ela se aproximou de meu cavalete e, fazendo o possível para evitar contato visual com o desastre do meu Van Gogh, disse:


— Sei que você e Christopher eram muito próximos e que deve estar difícil para você, então achei que devia lhe dar isto aqui. Aposto que vai achar extraordinário. — E me entregou uma tela.


Simplesmente larguei a tela no chão, apoiada sobre o cavalete, e continuei a pintar.


Claro que o trabalho de Christopher era extraordinário; tudo o que ele fazia era extraordinário.


Por outro lado, uma pessoa que vagou pelo mundo durante séculos teve tempo suficiente para aprender um monte de coisas.


— Você não vai nem olhar? — ela perguntou, surpresa com minha falta de interesse na obra-prima que Christopher havia criado a partir de outra obra-prima.


Virando-me para ela, abri um sorriso forçado e disse:


— Não, mas obrigada pelo presente.


Quando o sinal enfim tocou, fui embora com a tela debaixo do braço e a joguei no porta-malas do carro sem ao menos dar uma espiada. E quando Christian quis saber o que era, apenas inseri a chave na ignição e disse:


— Nada de importante.


Caramba, com isto eu não contava: a solidão que agora estou sentindo. Não me dava conta de quanto dependia do Christopher e da Riley para preencher as lacunas, para remendar os cacos de minha vida. Embora minha irmã tivesse avisado que sumiria durante um tempo, depois que se passaram três semanas, entrei em pânico.


Pois dizer adeus a Christopher, meu namorado gato, imortal e muito possivelmente do mal, foi mais difícil do que estou disposta a admitir. Mas dizer adeus a Riley é muito mais do que sou capaz de suportar.


Sábado, quando Christian e Maite me convidam para acompanhá-los em sua peregrinação anual pelo Festival de Inverno, o Winter Fantasy, não penso duas vezes antes de aceitar. Já é hora de sair de casa, deste buraco em que me encontro, e voltar ao mundo dos vivos. Essa será minha primeira vez no festival, e, por isso, eles mal podem esperar para me mostrar todas as atrações.


— Não é tão bom quanto o Sawdust Festival, no verão — diz Christian, depois que compramos nossos ingressos e atravessamos o portão.


— Porque é melhor — diz Maite, saltitando à nossa frente e virando o rosto para sorrir.


— Bem, tirando o frio, pra mim tanto faz — diz Christian—, já que os dois têm sopradores de vidro. E essa sempre é minha parte favorita.


— Por que será, hem? — ironiza Maite, rindo e passando o braço pelos ombros de Christian.


Vou caminhando ao lado deles, a cabeça girando em razão de toda a energia gerada pelo acúmulo de pessoas, de todas as cores, visões e ruídos que me cercam como em espiral. Chego a pensar que deveria ter ficado em casa, onde tudo é quieto e mais seguro.


Visto o capuz do moletom e estou prestes a ligar o iPod quando Maite se vira para mim e diz:


— Sério? Você realmente vai fazer isso aqui?


Em atenção a ela, e a Christian também, retiro os fones e os coloco de volta no bolso. Por mais que eu queira blindar a confusão à minha volta, não quero que meus amigos se sintam excluídos também.


— Andem logo, vocês duas! — diz Christian. —Vocês têm de ver o soprador de vidro! É sensacional! — Indo atrás dele, passamos por um Papai Noel bastante convincente e por diversos ourives, até pararmos diante de um homem que fabrica vasos multicoloridos usando apenas a própria boca, um longo tubo metálico e fogo. — Eu preciso aprender a fazer isso — suspira Christian, completamente maravilhado.


Parada ao lado dele, fico olhando a espiral de cores liquefeitas que aos poucos toma a forma de um vaso, depois passo ao estande vizinho, onde estão expostas umas bolsas bastante legais.


Pesco da prateleira uma bolsa pequena marrom de couro supermacio e penso que pode ser um ótimo presente de Natal para Sabine, algo que ela jamais ousaria comprar, mas que talvez queira secretamente.


— Quanto é esta aqui? — pergunto, e estremeço quando minha voz reverbera na cabeça como se fosse o som interminável de um trompete.


— Cento e cinquenta.


Olhando para a vendedora (uma mulher de túnica de batique, jeans desbotados e um pingente de prata com o símbolo da paz), vejo que ela está disposta a baixar o preço, e muito. Mas meus olhos ardem tanto e minha cabeça lateja de tal modo que não tenho disposição para pechinchar. Na verdade, minha vontade é uma só: voltar para casa.


Devolvo a bolsa à prateleira e já vou me afastando quando a tal mulher diz:


— Mas pra você é 130.


Mesmo sabendo que ela está disposta a dar um desconto bem maior, agradeço educadamente e sigo adiante.


Até que alguém se aproxima por trás e diz:


— Poxa, você e eu sabemos que ela chegaria a 95. Por que desistiu tão rápido?


E, quando me viro, vejo uma mulher baixinha, de cabelos muito vermelhos, cercada de uma radiante aura púrpura.


— Ava — ela se apresenta, e estende a mão.


— Eu sei — digo, fazendo questão de não cumprimentá-la.


— Como tem passado? — ela pergunta, sorrindo como se eu não tivesse acabado de ser incrivelmente fria e grosseira, o que me irrita ainda mais.


Dou de ombros e viro o rosto para o estande do soprador de vidros, procurando por Christian e Maite, e sinto a primeira pontada de pânico quando não os vejo.


— Seus amigos estão na fila da barraquinha de comida mexicana. Mas não se preocupe, vão pedir algo para você também.


— Eu sei — digo, mesmo não sabendo de nada. Minha cabeça lateja demais para captar o que quer que seja.


E assim que faço menção de me afastar ela me toma pelo braço e diz:


— Dulce, quero que você saiba que minha oferta ainda está de pé. Realmente gostaria de ajudá-la. — Ela sorri.


Meu primeiro instinto é soltar o braço e sair correndo, para o lugar mais longe possível, mas assim que ela me tocou minha cabeça parou de latejar, os ouvidos pararam de chiar e os olhos pararam de produzir lágrimas. Mas de repente lembro quem ela é realmente: a mulher terrível que roubou minha irmã. Então, com uma cara de ódio, desvencilho-me dela e digo:


—Você não acha que já ajudou até demais? — Franzo os lábios, encarando-a. — Já roubou a Riley de mim, o que quer agora? — Engulo em seco, tentando não chorar.


Ava olha para mim, as sobrancelhas franzidas de preocupação, a aura num lindo e vibrante tom de violeta.


— Ninguém rouba uma pessoa de outra. Riley é dona do próprio nariz. Além disso, sempre vai estar a seu lado, mesmo que você não possa vê-la — diz e ergue o braço para me tocar novamente.


Mas não lhe dou ouvidos. Tampouco deixo que ela toque em mim novamente, por maior que seja o efeito calmante de suas mãos.


— Olha... deixe-me em paz, tá — digo, afastando-me. — E fique longe de mim. Tudo estava bem entre mim e Riley antes de você aparecer.


Mas ela não se mexe. Fica exatamente onde está, encarando-me daquele jeito irritante de tão calmo.


— Sei de suas dores de cabeça — diz baixinho. —Você não precisa viver assim, Dulce. Posso ajudar, acredite em mim.


No entanto, por mais que eu queira me ver livre dessas dores, assim como do constante ataque de pensamentos alheios, dou meia-volta e fujo em disparada, desejando nunca mais ter de vê-la.


— Quem era aquela? — pergunta Maite, mergulhando um pedaço de tortilha no potinho de molho enquanto me sento a seu lado e dou de ombros.


— Ninguém — sussurro, a palavra esfuziando em meus ouvidos.


— Parece com aquela vidente da festa.


Recebo o prato de comida que Christian me entrega e tiro o garfinho de plástico da embalagem.


— A gente não sabia o que você ia querer, então pedimos um pouco de tudo — ele diz. — Então, comprou a bolsa?


Faço que não com a cabeça e imediatamente me arrependo, pois a dor é quase insuportável.


— Cara demais — digo, cobrindo a boca enquanto mastigo, lacrimejando com a reverberação que se produz em minha cabeça. — E você, comprou um vaso? — Nem preciso ler os pensamentos de Christian para saber que ele não comprou, já que não vejo sacola alguma a seu lado.


— Não. Só gosto de ver o cara soprando aquele tubo. — Ele ri e dá um gole em sua bebida.


— Peraí, galera. É o meu celular que está tocando? — Maite vasculha entre as tralhas de sua bolsa enorme, quase um armário portátil.


— Claro que é o seu celular — diz Christian. — Quem mais nesta mesa teria um ringtone de Marilyn Manson? — E dá uma mordida no recheio do taco, ignorando o taco propriamente dito.


— Parou com os carboidratos? — pergunto, observando-o comer.


— Parei. Só porque a Tracy Turnblad é gorda não significa que eu tenha de ser também.


Dou um gole no Sprite e olho para Maite. E quando vejo a expressão de felicidade no rosto dela logo deduzo quem está do outro lado da linha. Ela nos dá as costas, tapa o outro ouvido e diz:


— Caramba, achei que você tivesse sumido... Estou na rua com Christian... Dulce está com a gente, também... É, estão bem aqui do meu lado... certo. — Ela tapa o bocal do celular e, com os olhinhos brilhando, vira-se para nós e diz: — A Drina está mandando um beijo! — Depois espera que a gente mande de volta, mas isso não acontece. Então revira os olhos, levanta-se da mesa e sai andando. — Eles estão mandando um beijo, também — diz.


Christian balança a cabeça e olha para mim.


— Eu não mandei beijo pra ninguém. Você mandou?


Digo que não e misturo o feijão com o arroz.


— Lá vem encrenca. — Ele olha para a Maite e novamente sacode a cabeça, em tom de desaprovação.


Mesmo intuindo que Christian tem razão, não sei ao certo o que ele quis dizer com "encrenca". Pois a energia deste lugar está borbulhando e rodopiando feito uma sopa cósmica, grossa e empelotada demais para digerir.


— Como assim? — pergunto.


— Não é óbvio?


Dou de ombros, a cabeça latejando demais para ser possível captar qualquer obviedade.


— Essa amizade entre as duas... sei lá, é muito sinistra. Quer dizer, uma paixãozinha inocente entre duas garotas é uma coisa. Mas isso que rola entre elas? Não faz sentido algum. É sinistro demais.


— Sinistro como? — Separo um pedaço do taco e olho para ele.


Christian afasta o arroz para o canto e dá uma garfada apenas no feijão. Só então responde:


— Sei que o que vou dizer é horrível, mas juro que não estou falando por mal... Mas é quase como se ela estivesse transformando a Maite numa espécie de discípula.


Arqueio as sobrancelhas.


— Discípula?


— É. Uma devota, uma adoradora, um clone, uma miniatura dela... Sei lá, isso tudo é muito...


— Sinistro — completo.


Ele dá um gole em sua bebida, olha para Maite e depois para mim.


— Repare só como ela está igualzinha a Drina — diz. — As roupas, as lentes de contato, os cabelos ruivo alaranjado, a maquiagem... E anda se comportando do mesmo jeito também. Ou pelo menos tentando.


— É só isso, ou tem algo mais? — pergunto, cogitando se Christian sabe de algo específico ou se está apenas captando uma vibe no ar.


— E precisa de mais alguma coisa? — pergunta ele, admirado.


Dou de ombros e abandono o taco no prato, já sem nenhuma fome.


— Cá entre nós, tem coisa mais sinistra que aquela tatuagem? Cara, o que é aquilo? — sussurra Christian, virando o rosto para ver se Maite não está ouvindo. — Quer dizer, eu sei que é um uróboro, mas o que será que isso significa pras duas? Será que é a última moda do vampire chic? Porque Drina nem gótica é. Aliás, nem sei o que ela pretende ser, com aqueles vestidinhos caretas de seda, com aquelas bolsas que combinam com os sapatos. Será que é uma espécie de culto? Uma sociedade secreta? E aquela infecção nojenta? No-jen-to. Nem um pouco normal, como ela acha. Sei não, mas acho que foi por causa dessa infecção que ela ficou doente.


Franzo os lábios e fico olhando para Christian, sem saber direito o que dizer, o que revelar daquilo que descobri. Por outro lado, fico me perguntando que motivos posso ter para guardar os segredos do Christopher— os quais conferem uma dimensão totalmente nova para a palavra sinistro. Segredos que, pensando bem, não têm nada a ver comigo. Mas como demoro muito a falar, Christian prossegue com seu discurso, fazendo com que eu mantenha o cofre trancado, pelo menos por hoje.


— Essa coisa toda nem é... saudável — ele diz, fazendo uma careta de nojo.


— Que coisa? — pergunta Maite, acomodando-se a meu lado e jogando o celular de volta na bolsa.


— Não lavar as mãos depois de usar o banheiro — responde Christian sem titubear.


— Era sobre isso que vocês estavam falando? — Maite olha com desconfiança para nós dois. — Até parece que vou acreditar.


— Verdade! A Dulce nunca lava as mãos, e eu estava falando dos riscos que ela está correndo. E dos riscos que a gente está correndo por causa dela. —  Christian balança a cabeça, em tom de desaprovação, e olha para mim.


Reviro os olhos, roxa de vergonha, mesmo sabendo que se trata de uma mentira deslavada. Maite mergulha a cabeça na bolsa e, depois de retirar uns três ou quatro batons, um BaByliss e um monte de balinhas velhas há muito tempo sem o papel, finalmente encontra o cantil de prata que estava procurando, desenrosca a tampa e começa a despejar em nossos copos uma boa quantidade de um líquido transparente e sem cheiro.


— Tudo isso é muito engraçado, mas é óbvio que vocês estavam falando de mim — ela diz e abre um sorriso. — Mas querem saber? Estou tão feliz que não vou ligar.


Ergo o braço, determinada a impedi-la de batizar meu refrigerante. Faz tempo que jurei nunca mais botar uma gota de vodca na boca, desde aquela vez no acampamento de verão de minha escola no Oregon, em que passei a noite inteira vomitando depois de ter bebido mais do que devia de uma garrafa que Rachel havia contrabandeado. Mas, assim que toco o pulso de Maite, fico apavorada ao ver um calendário pipocar à minha frente, com o 21 de dezembro circulado em vermelho.


— Relaxe, garota! Deixe de ser careta! Se joga um pouco, vá! — ela diz, e revira os olhos. —Vocês não vão perguntar por que estou tão feliz?


— Não, porque você vai contar de qualquer jeito — diz Christian, empurrando o prato depois de ter comido toda a proteína e deixado o resto para os pombos.


— Tem razão, Christian, vou mesmo. Mas não custa nada perguntar, né? Bem, foi Drina quem ligou. Ela ainda está em Nova York, entregando-se às compras como se não houvesse amanhã. Até comprou uns produtinhos pra mim, dá pra acreditar? — Com os olhos brilhando, Maite espera qualquer manifestação de entusiasmo, mas como Christian e eu nada dizemos, ela apenas faz uma careta e continua: — Olha, ela mandou beijos pra vocês dois, que não se deram o trabalho de mandar beijos de volta. Aliás, não fiquem achando que ela não percebeu, tá? — E depois de nos fulminar com o olhar, diz: — Daqui a alguns dias ela estará de volta. Acabou de me convidar pra uma festa hiperdescolada, mal posso esperar.


— Quando? — pergunto, fazendo o possível para não demonstrar o pânico que de fato estou sentindo. Aposto que é no dia 21 de dezembro.


Mas Maite simplesmente sorri e balança a cabeça.


— Sinto muito, mas não posso dizer. Prometi que não ia dizer.


— Por quê? — Christian e eu perguntamos juntos.


— Porque é uma festa superexclusiva, nome na porta e tudo, e eles não querem um bando de penetras tentando entrar.


— E por acaso é assim que você vê a gente? Como "um bando de penetras"?


Maite dá de ombros e toma um demorado gole de sua bebida.


— Isto está errado! — protesta Christian. — Somos seus melhores amigos, então, por lei, você tem de contar tudo pra gente!


— Não desta vez — diz Maite. —Jurei que não contaria. Mas estou tão pilhada que acho até que vou explodir!


Tento captar algo dos pensamentos dela, mas não consigo. Minha cabeça dói demais, meus olhos estão lacrimejando muito e as auras de todo mundo se confundem numa só.


Nem me lembro da vodca quando dou um gole no refrigerante, que desce arranhando pela garganta, viaja por minha corrente sanguínea e imediatamente me deixa tonta.


Preocupando-se ao ver minha cabeça balançar, Maite pergunta: — Você ainda está doente? Melhor pegar leve, então. Talvez ainda não esteja totalmente curada.


— Curada do quê? — Olho rapidamente para ela, tomo um segundo gole de Sprite, depois um terceiro, meus sentidos perdendo o fio a cada nova golada.


— Da gripe! Da febre! Dos sonhos! Lembra aquele dia em que você desmaiou na escola? Falei que o enjoo e as tonteiras eram só o início, não falei? Aliás, se você tiver os sonhos, prometa que vai me contar, porque eles são irados!


— Que sonhos?


— Eu não lhe contei sobre os meus?


— Não com detalhes. — Depois de mais um gole, observo que, apesar da tonteira, minha cabeça está mais clara, mais focada, aos poucos livrando-se das visões, das cores, dos ruídos e dos pensamentos alheios.


— Foi muito frenético! Não vá ficar brava comigo, mas o Christopher estava em alguns deles. Não que algo tenha rolado entre a gente, não foi um sonho daqueles. Na verdade, ele estava me defendendo, tipo assim, lutando contra as forças do mal pra me salvar, sabe? Muito bizarro. — Ela ri. — Ah! por falar nisso, Drina esteve com ele em Nova York.


Olho fixamente para Maite e sinto um frio repentino no corpo inteiro, apesar da vodca que corre no sangue. Mas quando dou outro gole o frio vai embora, levando junto minha dor e minha aflição.


Então bebo mais um pouquinho.


E um pouquinho mais.


Depois digo, apertando os olhos:


— Por que foi que você me contou isso? Mas Maite apenas dá de ombros e diz:


— Ah, foi Drina que mandou falar.



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Autor(a): umasonhadora

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juhcunha: o que achavas que era?  niih_vondy: também não gosto dela   LaPersefone: Christopher é um idiota!!!! udhfudhf   Continuando,,,,, <3 -------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Depois do festival, voltamos ao carro de Maite, damos uma ráp ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 63



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  • Candy_Von Uckermann Postado em 18/03/2016 - 04:23:03

    Cooooontinua por favor ' &#9829;&#9829;&#9829;&#9829; Se possível faz uma maratona ^-^ &#9825;

  • Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:59:37

    gata comecei a ler sua fanfic e to amando, logo eu me atualizo pra lacrar nos comentários

  • Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:58:54

    Olá vc curti fanfic de The Vampires Diáries, eu quero trazer a série pro Fanfics Brasil, então to fazedno uma fanfic muito boa Delena, e o melhor é que ta começando agora, não tem muito cap pra ler, então se vc não curti repassa pra alguém que lê fanfic e assiste a série...Beijos, vou colocar o link acima okayyy http://fanfics.com.br/fanfic/52782/alguem-para-amar-delena-the-vampires-diaries

  • niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:14:59

    Volta pra nós minha sonhadora,você faz falta,ou ao menos dê notícias,por favor! Espero que você esteja bem,e estarei te esperando aqui. Te adoro muito,volte logo <3

  • niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:13:24

    Ei abor,onde você está,hum? Sinto saudades da sua fic,mas acima de tudo sinto saudades da sua interação com as leitoras.

  • LaPersefone Postado em 11/12/2015 - 15:59:20

    CADÊ VOCÊ COM O SEGUNDO LIVRO? FAZ ISSO COMIGO NÃO :(

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:45

    A

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:30

    U

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:05

    N

  • LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:26:49

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