Fanfic: Para Sempre - Os imortais (ADAPTADA) | Tema: vondy
niih_vondy e LaPersefone: Dulce ta sendo muito infantil!!!!
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Na manhã do dia 21 de dezembro desço à cozinha e, apesar da ressaca avassaladora, da cabeça que roda e da vista embaralhada, dou uma de atriz e preparo meu café da manhã normalmente: quero que a Sabine vá trabalhar convencida de que tudo está bem, de modo que eu possa voltar ao quarto e novamente me anestesiar de vodca.
Assim que ouço o barulho do carro dela na garagem, despejo o cereal no triturador da pia, subo para o quarto, tiro a garrafa que escondi debaixo da cama e a abro, contando os segundos para dar o primeiro gole do dia e afogar nele minhas dores, ansiedades e medos, esvaziando a mente por completo.
Por algum motivo, no entanto, não consigo parar de olhar para o calendário sobre a escrivaninha, a data de hoje saltando do papel, gritando e acenando para mim, só faltando me cutucar. Então pulo da cama e paro diante dele, do quadradinho vazio que não marca nenhum compromisso, nenhum aniversário, nenhuma tarefa a cumprir, nada, a não ser as palavras SOLSTÍCIO DE INVERNO em letras miúdas, informação importante para quem fez o calendário, mas não para mim.
Volto para a cama, afundo a cabeça em um monte de travesseiros empilhados e dou mais um longo gole na garrafa, fechando os olhos ao sentir o quentinho gostoso que corre por minhas veias e cala os ruídos da mente — o que Christopher costumava provocar apenas com o olhar.
Dou mais um gole, depois outro, rápido demais, nem um pouco preocupada em cumprir o que havia prometido a mim mesma menos de 24 horas antes. Mas agora que tirei do baú a lembrança de Christopher faço questão de apagá-la novamente. Então continuo a beber, gole atrás de gole, engasgando aqui, tossindo acolá, até que finalmente consigo dormir, e a imagem de Christopher evapora.
Quando acordo, percebo uma estranha sensação de paz e segurança, uma alegria interior que só os apaixonados conhecem. Como se eu estivesse cercada apenas de raios dourados de sol, muito segura, protegida, feliz. Então fecho os olhos com força, determinada a permanecer nesse mesmo lugar, a prolongar esse momento de felicidade para sempre. Até que sinto uma cosquinha na ponta do nariz, quase imperceptível, e novamente abro os olhos, saltando da cama logo em seguida, os braços recolhidos contra o peito, o coração em disparada. Quando observo, sobre meu travesseiro, uma pluma preta.
A mesma pluma que usei na fantasia de Maria Antonieta.
A que Christopher guardou como lembrança.
E agora tenho certeza de que ele esteve aqui.
Vendo as horas no relógio, custo a acreditar que pude dormir tanto. E ao correr os olhos pelo quarto vejo, pendurada em uma das paredes, a pintura que eu havia deixado no porta-malas do Miata, colocada ali para que eu visse. No entanto, não é a versão de Christopher para Mulher de Cabelos Amarelos, tal como eu pensava, mas a imagem de uma garota de pele muito branca e cabelos ruivo correndo através de um cânion escuro e nebuloso.
Igualzinho ao cânion dos meus sonhos.
E sem saber por quê, pego meu casaco, calço o primeiro par de chinelos que encontro e corro para o quarto de Sabine. Pego as chaves do meu carro, que ela havia escondido numa gaveta, e desço às pressas para a garagem, sem fazer a menor ideia de minha motivação, muito menos do destino que devo tomar.
Sigo pela Pacific Coast Highway rumo ao norte e vou direto para o centro de Laguna Beach. Costurando o tráfego geralmente engarrafado diante da praia, desviando da multidão de pedestres, viro na Broadway. Assim que consigo me livrar do movimento das ruas, piso fundo no acelerador, sempre obedecendo a meus instintos. A certa altura, já muito longe do centro, dobro à direita antes de cortar um carro, paro no estacionamento da reserva ambiental, desço do carro e coloco nos bolsos as chaves e o celular antes de seguir pela trilha à frente.
A neblina está espessa, dificultando a visão, e apesar da voz que me aconselha a voltar para casa, dizendo que é loucura andar sozinha numa escuridão dessas, não consigo parar: impelida por uma força que não sei de onde vem, sigo adiante como se meus pés se movessem por conta própria e não me restasse opção além de obedecer.
Enterro as mãos nos bolsos do casaco, tilintando de frio, e avanço na trilha, tropeçando aqui e ali, sem fazer a menor ideia de onde ela vai dar, até agora sem qualquer destino em mente. Só vou saber quando chegar.
De repente, dou uma topada contra uma pedra e caio no chão, uivando de dor. Mas quando o celular toca os uivos já deram lugar a um mero gemido.
— Sim — digo, ofegando ao me esforçar para ficar de pé.
— É assim que você atende ao telefone agora? Comigo não está funcionando, não.
— Fale, Christian. — Espano a terra que ficou em mim e continuo pela trilha, agora com um pouco mais de atenção.
— Eu só queria dizer que você está perdendo o maior babado. E como agora todo o mundo sabe que você é chegada a um agito, achei que devia chamá-la. Pra falar a verdade, eu nem devia esperar muito, pois a parada é mais engraçada que divertida. Digo, você tinha de ver, um bando de góticos, centenas deles, enchendo o cânion de ponta a ponta. Parece até uma convenção de dráculas ou algo do tipo.
— A Maite está aí também? — pergunto, sentindo um súbito frio no estômago ao mencionar o nome dela.
— Está, procurando pela Drina. Lembra a tal festa sobre a qual ela não queria contar?
Pois é. É isto aqui. A garota não consegue guardar segredo, nem os dela mesma.
— Achei que elas não estivessem mais nessa onda de gótico.
— A Maite também. Está pê da vida porque não se vestiu adequadamente.
Chegando ao topo de uma colina, avisto um vale inundado de luz.
— Você falou que está num cânion, não falou?
— Falei.
— Pois é, eu também. Quer dizer, estou quase chegando — digo, e vou descendo pela encosta da colina.
— Peralá. Você está aqui?
— Estou. Caminhando em direção à luz.
— Passou pelo túnel antes? Hahaha... Entendeu? Túnel, luz? — E quando percebe que eu não respondi, continua: — Mas, peraí, como foi que você ficou sabendo da parada?
Bem, acordei meio chapada com uma pluma fazendo cócegas em meu nariz e um quadro sinistro pendurado em uma parede do quarto, então fiz o que qualquer maluco faria em meu lugar: peguei um casaco, calcei os chinelos e saí por aí, dirigindo de camisola!
Sabendo que não posso dizer nada disso, fico muda, o que deixa Christian ainda mais desconfiado.
— Foi Maite que lhe contou, não foi? — ele pergunta. — Pois ela jurou que só tinha contado pra mim. Quer dizer, não me leve a mal, mas...
— Não, Christian. Juro que não foi ela quem contou. Simplesmente fiquei sabendo. Enfim, estou quase chegando, a gente se vê daqui a pouco... isto é, se não me perder na neblina.
— Neblina? Mas não tem neb...
Mas antes que ele possa terminar o telefone é bruscamente arrancado de minha mão.
— Olá, Dulce — diz Drina, sorrindo. — Falei que a gente iria se encontrar de novo.
Autor(a): umasonhadora
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Sei que devo correr, gritar, fazer alguma coisa. No entanto, não consigo sair do lugar, os chinelos de borracha pregados ao chão como se tivessem criado raízes. E mantenho os olhos grudados em Drina, perguntando-me não só como vim parar aqui mas também o que a garota terá em mente. — O amor é uma g ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 63
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Candy_Von Uckermann Postado em 18/03/2016 - 04:23:03
Cooooontinua por favor ' ♥♥♥♥ Se possível faz uma maratona ^-^ ♡
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Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:59:37
gata comecei a ler sua fanfic e to amando, logo eu me atualizo pra lacrar nos comentários
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Duplicata Vondy Postado em 11/03/2016 - 20:58:54
Olá vc curti fanfic de The Vampires Diáries, eu quero trazer a série pro Fanfics Brasil, então to fazedno uma fanfic muito boa Delena, e o melhor é que ta começando agora, não tem muito cap pra ler, então se vc não curti repassa pra alguém que lê fanfic e assiste a série...Beijos, vou colocar o link acima okayyy http://fanfics.com.br/fanfic/52782/alguem-para-amar-delena-the-vampires-diaries
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niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:14:59
Volta pra nós minha sonhadora,você faz falta,ou ao menos dê notícias,por favor! Espero que você esteja bem,e estarei te esperando aqui. Te adoro muito,volte logo <3
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niih_vondy Postado em 16/12/2015 - 11:13:24
Ei abor,onde você está,hum? Sinto saudades da sua fic,mas acima de tudo sinto saudades da sua interação com as leitoras.
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LaPersefone Postado em 11/12/2015 - 15:59:20
CADÊ VOCÊ COM O SEGUNDO LIVRO? FAZ ISSO COMIGO NÃO :(
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:45
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:30
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:27:05
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LaPersefone Postado em 24/11/2015 - 13:26:49
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