Fanfic: A Arte do Coração ♡ AyA | Tema: Ponny

Rodrigo saiu do quarto antes de que Anahí pudesse falar algo. As informações recebidas martelavam em sua cabeça.

- Eu acho que ele ou ela terá olhos verdes iguais ao pai, e cabelos iguais aos seus, e cacheados. – Rodrigo falou enquanto acariciava a barriga de Anahí, tinha um sorriso nos lábios – Vai ser uma criança linda e muito amada.

Anahí o olhou estreitando os olhos, buscando entender o porquê dos olhos verdes.

- Ele sempre soube que não era dele, me protegeu...

Involuntariamente seus olhos se fecharam e uma lágrima escorreu, que logo Anahí tratou de secar.

Muito em breve ninguém mais se machucaria ou sofreria. Poderia ir para longe, abrir mão daquela fortuna toda, ficar apenas com um pouco para seu sustento. Era o que Valéria queria, pois lhe daria mais da metade, como se estivesse dando esmolas a um mendigo. A humilharia antes de partir, para depois refazer sua vida bem longe, distante de seu irmão, do pai e de seu grande e único amor.

E como um choque de realidade, as palavras de Alfonso bombardearam-na, como um balde de agua fria.

- Sabe que deve ter sido bom essa criança não vir ao mundo, ela sofreria demais com uma mãe sem coração e frívola como você. – Anahí o olhou raivosa – Você merece ficar sozinha, sem ninguém. Nem essa criança suportou você e quis partir.

- Cala a boca, sai daqui! – Anahí gritou.

- Eu vou, antes que eu seja contaminado por tanta hipocrisia, ignorância.

Anahí bem que tentou controlar as lágrimas, mas foram inevitáveis. As palavras duras e ásperas de Alfonso a machucaram tanto quanto a perda do bebê. Ele a julgou, insultou sem saber o que realmente aconteceu, e quem fora a única culpada para que o fruto do amor deles não estivesse mais ali.

Ainda de olhos fechados, e um pouco mais calma, Anahí ouviu a porta abrir. Ela deu uma rápida olhada e era uma enfermeira, não deu muita importância e cerrou os olhos novamente. Fingiria que estava dormindo, para não ouvir as lamentações de uma nova enfermeira, ou para evitar que lhe dessem mais remédios.

A mulher aproximou-se e o perfume dela fez com que todo o corpo de Anahí se arrepiasse.

O que ela estava fazendo ali?

- Você é um verme Anahí e merece o mesmo fim de outras pessoas que ousaram cruzar o meu caminho. Sua querida mãezinha, seu pai, Nana – ela riu – o próximo é Rodrigo. Esse infeliz pagará com a vida por ter dado com a língua nos dentes, e eu não posso correr riscos, não é mesmo querida filhinha? Uma pena você estar dormindo, vou acabar contigo. Quando menos esperar você estará em outro mundo.

A loira teve vontade de abrir os olhos e mostrar a ela que estava acordada, mas talvez fosse pior. Ainda estava fragilizada e para Valéria seria fácil tirar-lhe a vida. Um arrepio percorreu todo o corpo de Anahí ao sentir ela pegar em seu braço. Abriu minimamente os olhos e ela estava com uma seringa nas mãos.

O que Valéria faria com ela?

O sorriso vitorioso nos lábios da madrasta lhe entregavam, coisa boa realmente não era. Seria aquele o seu fim?

Hum, o que vai acontecer com a Anahí? Valéria seria capaz disso? Será o fim da nossa mocinha? haha