Fanfic: A Arte do Coração ♡ AyA | Tema: Ponny

Valéria foi logo atrás da filha, estava furiosa. Aproveitaria que Enrique não estava em casa e falaria tudo que guardava a anos a Anahí. Como não a suportava, seu maior desejo era que Anahí sumisse daquela casa, morresse, fosse deserdada. Para ela a melhor solução seria que fosse morar com Christian, o filho adotivo deles. A porta do quarto de Anahí abriu-se de uma vez e fez barulho ao bater na parede. Anahí levantou da cama e olhou furiosa para a mãe.

- Chega das suas malcriações sua imprestável! Você não serve para nada além de trazer desgosto a essa família. Não só você, mas aquele imundo do seu irmão! Eu tenho nojo de vocês dois: um veado e uma vagabunda!

- Dizem que a fruta não cai muito longe do pé, então... – deu de ombros com um sorriso irônico a Valéria.

- Sinto lhe decepcionar minha queridinha, mas de mim você não herdou nada! Você é igual a... – calou-se quando se deu conta do que falaria.

- Igual a quem Valéria? Uma tia, alguma amiga sua? – questionou e empinou o nariz.

- Ao seu pai! Igual a ele! Tão petulante como... Mas ele não esta aqui para te defender, então quem dita as regras na ausência dele sou eu! – Anahí gargalhou.

- Só em teus sonhos queridinha! Essa casa é minha! –  Anahí desafiou.

- Sua? – Valeria forçou uma risada – No que depender de mim, essa casa nunca será sua! NUNCA! – agora foi a vez de Anahí gargalhar.

- Eu não teria tanta certeza disso mamãe. – falou ironicamente a palavra mamãe – Bye! – passou por ela dando tchauzinho. Seguiu andando pelo corredor e Valéria foi atrás destilando o veneno.

- Você só trouxe infelicidade pra mim, eu te odeio desde o momento que eu soube que existia! – falou assim que Anahí chegou na escada.

Anahí sabia que Valéria não gostava dela, mas por quê? Nunca havia feito mal a ela, sempre foi carinhosa, a defendia. Durante sua adolescência sofreu devido as rejeições da mãe que nunca retribuía nada a ela, sempre era fria e distante. Virou-se com os olhos mareados, seguraria o choro.

- É reciproco mamãe!

- Meu maior desejo era que você morresse quando ficou doente aos 3 anos. Até troquei seus remédios, aumentei as doses... a única coisa que consegui foi te deixar com uma infecção intestinal e tolerância a alguns alimentos... Talvez se tivesse te afogado na banheira quando tive oportunidade teria sido mais fácil te eliminar. Não suportava nem olhar pra você, aliás nunca suportei. Você me da nojo, traz péssimas recordações. Pobre Anahí – riu – sempre tão carinhosa com a mamãe... Mal sabia que eu te desprezava... – balançou a cabeça – e seu pai sempre acreditou no meu teatrinho de boa mãe...

 Ao ouvir isso Anahí sentiu uma raiva imensa, as mãos estavam caidas ao lado do corpo, cerrou os punhos. Respirou fundo e sentiu um nó na garganta se formar.

- Você nunca foi minha mãe e nunca será. Me orgulharia muito se a Nana fosse minha mãe, preferiria mil vezes ser filha de uma empregada do que de uma pessoa com um coração tão frio como você, que nem merece o titulo de mãe. - disse com raiva e angustia na voz.

- Deveria chorar? – perguntou fingindo estar triste. – Eu jamais teria orgulho de uma filha tão ridícula, fraca e insuportável... Porque não vai embora e me deixa em paz? Seria o melhor para todos não acha? Você desaparece – estala os dedos – e todos somos felizes. Eu não te suporto, você não suporta a mim. Fácil resolver isso não acha? Você vai sair por aquela porta e não vai voltar. Seu pai te dará o tão sonhado apartamento, quem sabe. Isso se você colaborar e nunca mais aparecer aqui. 

Anahí virou as costas e desceu as escadas, ignorando os gritos de Valéria. Pegou a bolsa e a chave do carro. Só voltaria para casa quando o pai estivesse ali.

Fiquei com dó da Any.... Essa mãe é uma bruxa muito má!!