Fanfic: A Arte do Coração ♡ AyA | Tema: Ponny

Christian estava sentado sobre a cama e aguardava Anahí sair do banho. Sempre soube que a mãe era cruel, se é que aquela mulher poderia receber o titulo de mãe, pois isso era algo que ela nunca foi tanto com ele como com Anahí. Apertou as têmporas e cerrou os olhos, ainda tentando acreditar em tudo o que Anahí havia lhe contado enquanto estavam a caminho do hospital e depois na vinda até o hotel. Valéria é a pior criatura da terra e não descansaria enquanto não expulsasse aquela mulher da casa do pai.

Anahí saiu do banho secando os cabelos. Chris sorriu ao vê-la e ficou a admirando. Para ele não existia mulher mais linda, Anahí era um ícone de perfeição.

- Se eu não fosse seu irmão e não curtisse uma salsicha, eu te pegava fácil! – disse divertido piscando para ela. Anahí gargalhou.

- Faltou o SE eu quisesse algo, não acha? – piscou para o irmão também.

- Direta e reta, sempre tirando o doce da boca da criança! – Chris fez um bico e Anahí sentou ao seu lado, beijando sua bochecha.

- Sinto muito te desiludir maninho, mas sabe que comigo não tem enrolação. Gostou ou não, eu falo na cara! – deu dois tapinhas nas costas dele.

- E eu não sei? – estreitou os olhos enquanto encarava a irmã. Anahí sorriu fazendo biquinho – Ah, enquanto tomava banho seu celular tocou várias vezes, sempre o mesmo cara, um tal de Poncho – falou rolando os olhos – Vem cá bixa má, esta namorando e não me contou? – levou as mãos a cintura e Anahí negou.

- É um amigo apenas... – suspirou. Não era isso que ela gostaria de dizer, mas é o que Alfonso era: apenas seu amigo, o melhor e o único. Chris a olhou repreendendo como se quisesse dizer “não colou”. – Ok, eu o amo, mas não podemos ficar juntos.

- Por quê?

- Por vários motivos Chris. A mãe dele me odeia, papai jamais aceitaria que eu namorasse um homem de uma classe social menos favorecida do que a nossa, viveríamos como cão e gato – soltou o ar pela boca e deitou a cabeça no ombro do irmão – E ele deve me odiar, eu fui muito má com ele...

- Às vezes você perdoa uma pessoa porque a falta que ela faz em sua vida é maior do que o erro que ela cometeu. – disse ternamente afagando os cabelos da irmã.

- Não é tão simples Chris, durante três anos eu o afastei, maltratei... E antes de eu enfiar o carro no portão, ele pediu que eu o esquecesse... – olhou para o irmão com os olhos mareados – era meu único amigo Chris, a única pessoa que... – mordeu o lábio e as lágrimas escorreram pelo rosto.

- Ele te ama. – Chris falou afirmativo, Anahí negou – Está preocupado contigo, até mandou uma mensagem... Se não te amasse e realmente quisesse que você o esquecesse, não faria isso.

Anahí pegou o celular nas mãos, digitou o código de desbloqueio e sorriu com a mensagem. Enxugou as lágrimas, olhou para o irmão que sussurrou a ela “responde”. Releu a mensagem dele umas cinco vezes antes de lhe enviar um “estou bem”, apenas isso, nada mais.

Não demorou muito e o celular de Anahí voltou a tocar: Alfonso. Ela achou melhor não atender, não sentia-se muito bem para falar com ele. Faria o que ele havia lhe pedido, não falaria mais com ele. Amanhã não apareceria na faculdade, aproveitaria o dia com o irmão.

- Talvez ele seja a única pessoa que te faça sentir viva, que te faça bem. De uma oportunidade a ele, baixe a guarda. Pode fazer bem a você. – Chris falou carinhosamente a irmã e saiu do quarto.