Fanfic: A Arte do Coração ♡ AyA | Tema: Ponny

- Porque nunca me contou filha? – pediu ternamente enquanto a abraçava, sentado no sofá.

- Contar o que papai? – separou-se do abraço do pai e o encarou. Enxugou as lágrimas.

- Sobre sua mãe, sobre... – ele tentava buscar as palavras certas, em como contar a filha tudo o que sabia, que Christian havia contado, aberto os olhos do pai.

- Tudo bem papai, já passou. Só não me peça para voltar aquela casa.- pediu angustiada.

- Depois de tudo o que eu soube, jamais pediria isso a você meu anjo. – olhou para Christian que assentiu para o pai – Any, porque nunca me contou que ouviu minha conversa com Valéria sobre você... – ele calou-se e olhou mais uma vez para Christian.

Anahí estreitou os olhos, olhou do pai para o irmão. Os dois trocavam olhares cumplices desde que chegaram, havia algo ali e ela tinha quase certeza do que se tratava. O pai não conseguia falar sobre o assunto, então ela teria que, como dizem, jogar verde para colher maduro. Mas com ela seria bem mais direta. O celular de Enrique tocou e ele ignorou a chamada, teriam que aguardar para falar com ele.

- Sobre a Valéria não ser minha mãe? – disparou friamente. Enrique assentiu – Para quê papai? – levantou-se e encarou o pai, as lágrimas escorriam novamente pelo rosto, todas as humilhações, os insultos, toda aquela dor acumulada vinham a tona - Vocês fizeram questão de esconder isso de mim por anos, e com certeza continuariam com a mentira, com a imagem de família perfeita perante a sociedade, se o Chris não tivesse te contado. – pausou para buscar ar, enxugou as lágrimas. O celular de Enrique tocou pela segunda vez, Anahí bufou – O senhor não sabe o quanto eu sofri, o quanto doeu saber da pior forma de tudo. Eu cansei papai, cansei de fingir para todos que eu tenho uma família perfeita, uma mãe exemplar, um pai presente. Vocês nunca ligaram pra mim, e muito menos pro Chris. – Enrique se levantou e foi até ela que se afastou – É ótimo encher a boca e dizer que tem filhos lindos, maravilhosos enquanto eles são criados por empregados e pra amenizar a culpa, a sua culpa nos enxia de presentes. – a voz dela já estava alterada, carregada de magoa – Eu nunca quis presentes papai, eu queria você comigo, queria um abraço carinhoso de uma mãe. Eu tive muita sorte de ter a Nana comigo, porque que se não fosse por ela, talvez hoje eu não estaria mais aqui. Valéria já teria conseguido realizar o maior sonho da vida dela: se livrar de mim!

- Filha, eu entendo que esta com raiva. Me perdoa! Se não te contei foi para te proteger. – foi até ela e Anahí o empurrou. Ela estava com muita raiva. E mais uma vez o celular tocou, aquele toque estava deixando Anahí mais impaciente ainda.

- Me proteger de que papai? Do mundinho perfeito e cor de rosa que você criou? – ela soltou um riso nervoso - Pois se enganou, porque ele nunca foi cor de rosa, foi totalmente cinzento, negro! – falou rispidamente. O celular de Enrique voltou a tocar. – Atende logo essa porcaria! – gritou irritada.

Enrique se afastou, foi até a varanda para atender o celular. Anahí olhou pelo vidro, o pai parecia nervoso. Christian foi até a irmã e a abraçou, não precisava dizer nada. Os dois sempre foram tão unidos, que se entendiam com olhares.

- Chris, amanhã leve a sua irmã para ver os apartamentos, vou pedir pra depositar uma grande quantia na sua conta. – se aproximou dos dois – Quero que escolham o melhor, o mais confortável, não me importo com o valor. E você pode decora-lo da forma que quiser Any...

Anahí balançou a cabeça. A pouco havia falado ao pai sobre presentes e agora ele estava novamente oferecendo isso a eles. Respirou fundo, nada do que dissesse faria alguma diferença. O pai sempre seria uma espécie de pa*u mandado de Valéria.

- Vou precisar viajar, saio daqui a pouco. Assim que comprarem o apartamento, me mandem uma mensagem com o endereço – foi ate eles e deu um beijo na testa de cada um. Abraçou Christian calorosamente.

- É tão simples assim resolver as coisas não é papai? O senhor e Valéria se merecem. – Anahí falou rispidamente. Enrique sentiu-se rejeitado, abriu os braços para poder abraçar a filha, mas ela se virou – Vai papai, os negócios são mais importantes do que seus filhos. 

E mais uma vez eu fiquei com dó da Any =/ 

Tamires Silva: Ela ainda vai continuar, dizem que coisa ruim não morre, não é mesmo? kkk // Ainda vai demorar um pouco até eles ficarem juntos =)