Fanfic: A Arte do Coração ♡ AyA | Tema: Ponny

Enquanto davam o último adeus a Enrique, Valéria fingia desespero ao ver o marido ser enterrado, o que irritou Anahí. Ali na frente da imprensa ela demonstrava ser a esposa fiel e digna de pena. A cena era patética de ser vista.

- Tão verdadeira como as fotos dos hambúrgueres do McDonald's. – Anahí murmurou.

Caio negou com a cabeça e soltou um riso pelo nariz. A loira cruzou os braços e deitou a cabeça sobre o ombro de Caio, ele beijou-a nos cabelos.

- Tem veneno escorrendo no canto de sua boca. – Caio praticamente sussurrou e Anahí fez um biquinho.

Ele a apertou contra si. Rodrigo parou ao lado da loira e a puxou para um abraço. Não recusou, abraçou-se a ele e deitou a cabeça sobre seu peito. Rodrigo era uma boa pessoa e sempre a tratou bem. Enquanto namoraram durante a adolescência ele a fazia sentir-se uma verdadeira princesa. O amou intensamente, mas um belo dia soube que ele tinha uma amante. Não acreditou inicialmente, apenas quando viu marcas de batom no colarinho da camisa dele e o aroma de outro perfume feminino em suas roupas que não era o seu.

O namoro acabou após algumas discussões e hoje a magoa que tinha por ele havia ido embora. De nada lhe adiantava guardar rancor de alguém, faria mal apenas a ela. Agora mais maduros eram amigos e se o destino desejasse, ele era um bom partido para casar.

Agarrou-se mais a ele e fechou os olhos. Não era exatamente nesses braços que queria estar naquele momento. Imaginou ele ali, abraçado a ela na frente de todos. Bem, se fosse ele Valéria já teria surtado. O dono dos braços fortes aos quais queria estar abraçada estava bem longe dela, e com certeza sem condições de vir ao seu encontro.

O celular vibrou em seu bolso e ela se afastou de Rodrigo para visualizar. Havia várias mensagens ali, mas uma em especial lhe chamou atenção. Um sorriso sincero brotou em seu rosto.

“Sei que novamente pediu que eu me afastasse de você, porém não consigo. Sou persistente, sabes disso. Não desisto tão fácil do que quero, e não será diferente contigo. Nesse momento queria estar aí do seu lado lhe dando um abraço, te confortando. E pouco me importaria de ser espancado e insultado na frente de seus familiares, amigos e até da imprensa. Sinto muito por seu pai minha linda. Sabe que pode contar comigo para o que precisar. Se cuida e não esqueça nunca que eu te amo.”

Seus olhos marearam com aquela simples mensagem. Levou o celular até o peito e o apertou contra si. Alfonso era a pessoa que mais queria no mundo ali nesse momento. Precisava dele, o amava demais.

Alfonso abaixou um pouco o rosto e passou o nariz próximo ao pescoço de Anahí, ela fechou os olhos, ele afastou os cabelos e a boca dele tocou-lhe o pescoço. Sentiu todo seu corpo se arrepiar, Alfonso percebeu e beijou-lhe seguidas vezes.

 - Poncho... – suspira em um sussurro.

- Nos dois, apenas nos dois e mais ninguém... – falou no mesmo tom que ela.

As mãos dele acariciam a barriga dela, por baixo da blusa, subiu para os seios apertando levemente. Anahí soltou um gemido fraco, Alfonso continuou acariciando lhe os seios, agora dando apertões, deslizou as mãos para a cintura, apertou e voltou a subir para os seios. Anahí girou um pouco o corpo, para que conseguisse roçar seu nariz no dele e consequentemente os lábios se tocaram, repetindo os movimentos que ela fizera com o nariz. Aquele delicado roçar de lábios transformou-se em um beijo ardente, proporcionando em ambos felicidade, desejo, ternura. O beijo então foi intenso, Anahí sentia como se tivesse borboletas em sua barriga. Ela sentiu seus olhos marearem, aquilo era tudo que ela queria, ficar assim para sempre, mas sabia que não poderia.

Fitou Valéria que a encarava. Enxugou as lágrimas e voltou para perto de Rodrigo. Enquanto Valéria existisse, teria que conter esse amor impossível.