Fanfic: Boss - Vondy | Tema: Adaptação

Os olhos de Christoper travaram em mim no momento em que voltei para as festividades. Muitos convidadosjá estavam bêbados, e alguns tinham se deslocado até a piscina para tomar um banho completamente vestidos. Christopher estendeu a mão e me puxou para diminuir a distância entre nós:

- Onde você estava?

- Eu só precisava de um minutinho sozinha

Não havia tempo para discussão quando o cozinheiro rolou um carrinho com nosso bolo de casamento em direção ao centro. Ele era branco, tinha sete camadas e foi decorado com flores de pêssego. Christopher e eu o cortamos sob uma nova rodada de aplausos, seguido por "bacio, bacio", e colocamos o primeiro pedaço de bolo no nosso prato. Christopher pegou um garfo e me alimentou, meio como um sinal de que ele iria fazer isso por mim, e eu, em seguida, o  alimentei com um pedaço, como um sinal de que eu iria cuidar dele como uma boa esposa.

Era quase meia-noite quando ecoaram os primeiros gritos que sugeriam que Christopher e eu deveríamos nos retirar para o quarto:

- Você se casou com ela, agora vá para a cama com ela!!!! - Christian gritou, jogando os braços  para cima e esbarrando em uma cadeira.

Ele tinha bebido o seu quinhão de vinho, uísque, Grappa  e qualquer outra coisa  que pudesse pôr as mãos. Christopher, por outro lado, estava sóbrio. Enterrando a pequena esperança que eu tinha abrigado que ele estaria bêbado demais para consumar nosso casamento. Christopher respondeu sorrindo, todo predador, faminto, desejoso, o que fez meu coração acelerar no peito. Logo a maioria dos homens e até mesmo muitas mulheres se juntaram ao coro.

Christopher se levantou da cadeira e eu fiz o mesmo, embora quisesse me agarrar a ela com desespero, mas eu não tinha escolha. Alguns olhares de compreensão e compaixão de outras mulheres foram dirigidos a mim, mas eles eram quase tão ruim quanto os gritos.

Maite se levantou de sua cadeira, mas a mãe agarrou seu braço, segurando-a de volta. Vitor Uckermann gritou algo sobre um lençol, mas o som e as cores esmaecidas tormaram conta de mim, como se eu estivesse presa em um nevoeiro. O aperto de Christopher em minha mão quando ele me levou para a casa era a única coisa que me mantinha em movimento. Meu corpo parecia no piloto automático. Uma grande multidão, que consistia principalmente de homens, nos seguiu com seu coro de "cama, cama", cada vez mais alto quando entramos na casa e subimos a escada para o segundo andar, onde o quarto principal ficava. O medo estava latejante no meu peito.

Eu senti o gosto de cobre e percebi que tinha mordido forte o interior da minha bochecha. Finalmente chegamos em frente às portas duplas de madeira escura do quarto principal. Os homens continuaram a bater palmas e nos ombros de Christopher. Ninguém me tocou. Eu teria desmaiado se eles o fizessem. Christopher abriu a porta e eu entrei, feliz por colocar um pouco de distância entre o olhar malicioso da multidão e eu. A gritaria ecoou na minha cabeça e fiz de tudo o que eu podia para não apertar as mãos sobre os ouvidos, "cama, cama".

Christopher bateu a porta . Agora estávamos sozinhos para nossa noite de núpcias.