Fanfic: Amor por Acaso. - Laliter - (Adaptada) . | Tema: Laliter ♥

Capítulo 02 - Amor por Acaso. - Laliter. 

Lali achava que não podia piorar, mas piorou. Dormiu com um desconhecido e acabara de descobrir que não usaram preservativo. Aquilo só podia ser um pesadelo do qual demorava em acordar. Colocou a mão na testa e o olhou. Dessa vez ele já não tinha mais a mesma cara de sono de antes, e sem dúvidas, estava ainda mais bonito. Tinha um corpo maravilhoso que ela pudera desfrutar, mas que não se lembrava de absolutamente nada. Suspirou e fechou os olhos, não usaram camisinha e ela não tomava anticoncepcional, sem contar as doenças que poderiam estar envolvidas.

- Em primeiro lugar, não tenho nenhuma doença. – ele se adiantou avisando.
- Eu também não. – olhou-o.
- Agora o problema é a gravidez. – sentou-se na beirada da cama.

- Não posso engravidar de um homem que eu não conheço. Isso é loucura demais pra mim! 
- Pra mim também, mas vamos pensar. Pode ser que os soldadinhos não tenham ido pro quartel. – deu de ombros.
- O quê? – bastante confusa.
- Ah, tenho que explicar tudo ao pé da letra. – negou com a cabeça – Pode ser que os espermatozóides não tenham encontrado seu óvulo. Agora entendeu ou quer que eu desenhe? – levantou as sobrancelhas.
- Eu entendi! Obrigada! – respirou fundo – Eu preciso ir embora. – quando ia se levantar, desistiu – Eu não preciso ir embora, é meu quarto. Você que tem que ir.
- Ok. Já está me expulsando. – ele levantou-se – Eu vou me vestir, não se preocupe. – pegou as roupas jogadas no chão e foi para o banheiro.

Pouco depois, Peter voltou para o quarto. Já vestido, com a roupa do dia anterior, verificou se tudo estava em seus bolsos e olhou para ela.

- É melhor eu te dar meu cartão. Afinal, não sabemos se teremos uma surpresa ou não. – ele comentou abrindo a carteira e tirando um cartãozinho. – Me liga. – entregou à ela.
- Tudo bem. – pegou-o.
- Acho que o fato de morarmos em Nova York vai facilitar um pouco as coisas. – comentou com ela – E mesmo que não esteja grávida, me ligue para avisar.

- Pode deixar. – olhando-o – Foi um prazer conhecer você, mesmo devido às circunstancias. Acho que é melhor eu te dar meu telefone também, eu não sei em que endereço vai chegar o papel do casamento, então se chegar na sua casa, me ligue. 
- Tudo bem. 

Lali ditou para ele o número e Peter salvou no celular. Se ela não estivesse grávida e o casamento fosse cancelado rapidamente, não se veriam mais. Era uma pena, Lali era uma mulher muito bonita e ele gostaria de saber como teria sido tê-la nos braços.

- Até mais, Lali. – ele comentou – Também foi um prazer conhecer você.

Peter saiu do quarto e ela olhou para o cartão. Tinha o endereço da rádio e o número de celular dele. Levantou-se, tomou um banho e voltou a dormir. Tinha que descansar e organizar as ideias. Sua vida poderia mudar completamente se realmente engravidasse, principalmente sem conhecer direito o pai do seu filho.

Pouco mais de um mês, Lali já começara a sentir alguns enjoos. Com certeza eram sinais de sua gravidez. Sentia-se desesperada pensando na possibilidade de gerar um filho mal conhecendo o pai dele. Respirou fundo e decidiu fazer um teste de farmácia e o resultado já era o que esperava: positivo. Estava grávida. Fechou os olhos e não quis chorar. Apenas pensou no futuro incerto, no futuro confuso e na história louca que acontecera. Quando as pessoas perguntassem e ela dissesse a verdade sobre como acontecera, seria julgada da pior maneira possível. Resolveu fazer outro teste e o resultado fora o mesmo. Passou o dia todo pensando nisso. Colocava a mão na barriga e já podia sentir um sentimento crescendo por aquela pequena sementinha. Porém sentia-se amedrontada pelo que viria a seguir.
Depois que acordou, comeu alguma coisa e ficou sentada no sofá, olhando para a TV, mas sem prestar atenção no filme. Sua mente estava fixa em sua nova situação. Sua vida mudaria, suas prioridades mudariam, todos os seus planos seriam refeitos. Colocou a mão na barriga e ficou alisando. Não tinha nenhum sinal de gravidez, mas ela podia sentir que ali dentro crescia uma nova vida. Deixou uma lágrima cair pensando no tamanho da vontade que tinha de ser mãe. Imaginou-se casada, depois de uma bela lua-de-mel, dar a notícia de uma gravidez para seu marido e ambos comemorarem a chegada do filho. Ironicamente, ela seguira esses passos, porém de maneira diferente da que esperava. Não conhecia seu marido, não conhecia o pai de seu filho e só tinha cinco informações básicas sobre ele: Nome, ocupação, idade, local onde mora e número de telefone.

Acordara disposta a falar com Peter naquele mesmo dia. Precisava de alguém para dividir isso. Não sabia o que fazer e ele, por ser o pai daquele bebê, iria ajudá-la a encontrar uma solução. Estava nervosa, fazia mais de um mês que não o via. Fora um encontro, que ela não lembrava de nada, mas que gerara um fruto que os uniria pelo resto da vida. Lali já amava aquela criança. Era seu filho e não tinha culpa pelas condições em que foi concebido. Antes de vestir-se, se olhou no espelho e colocou as mãos na barriga, alisou-a devagar e respirou fundo. Ali dentro dela, crescia uma vida, que dependeria dela, que a olharia como um exemplo. Colocou uma calça jeans, uma sapatilha rosa clara e uma blusa branca. Pegou sua bolsa salmão e colocou nos ombros após terminar a maquiagem. 
Demorou um pouco até finalmente chegar ao endereço exato, mas ao parar em frente ao edifício, sentiu um frio na barriga. Não sabia como seria encontrá-lo de novo, mas sentia que ao vê-la, Peter saberia o motivo de ela estar ali. Perguntou na recepção onde ficava o andar da rádio e foi informada de que era o décimo segundo. Suas mãos suavam frias dentro do elevador, e quando a porta se abriu, ela caminhou devagar, vendo algumas pessoas caminhando pelos corredores e uma recepcionista falando ao telefone.
Aproximou-se devagar e viu a mulher desviar sua atenção do papel em suas mãos para ela. Assim que terminou a ligação, colocou o telefone no ganho e perguntou:

- Em que posso ajudá-la? 

- Eu gostaria de falar com Juan Pedro Lanzani. – explicou.
- Seu nome, por favor?
- Mariana Espósito. – respondeu juntando as mãos na frente do corpo.
- Vou informar a ele de que está aqui. – pegou o telefone e fez a ligação.

Lali ficou esperando por algum tempo até que finalmente sua entrada foi liberada. A recepcionista indicou por onde ela deveria ir caminhando pelo corredor e finalmente chegara ao estúdio. Olhou em volta e viu alguns bancos, um homem se aproximou dela e sorriu levemente.

- Olá! Você deve ser a Srta. Esposito! 
- Sou sim. – respondeu um pouco sem graça.
- Me chamo Tincho Batte, sou locutor e amigo de Peter. Ele disse para vir falar com você, pois ainda está no ar. – explicou-se.
- Ah sim, muito prazer. – sorriu.
- Pode esperar, ou pode ir até lá vê-lo através do vidro. Na verdade Peter não gosta muito de ser observado o tempo todo, mas às vezes faço isso para irritá-lo. – sorriu mais abertamente.
- Eu gostaria de olhar um pouquinho. Gostaria de saber como funcionam as coisas. – comentou.
- Pode vir comigo. 

Tincho caminhou chamando Lali que o seguiu. Entraram em uma sala e ela logo pôde ver o grande vidro liso, onde do outro lado ficava o estúdio. Peter estava lá, de perfil, falando e usando uma blusa azul clara, com uma calça preta. Agora estava completamente acordado, sem nenhum sinal de ressaca e com os sentidos muito bem aguçados. Ficara impressionada com o quanto ele era lindo. Havia notado sua beleza no dia que acordara ao seu lado, mas agora, com ele sem aquela cara de sono, muito bem barbeado, com um bigode e cavanhaque, com um belo sorriso e um corpo maravilhoso, que ela notava que Peter não era um homem qualquer. A camisa era um pouco justa ao corpo e chamava atenção para os braços musculosos. 

Não sabia quanto tempo ficou ali, olhando-o de maneira abismada, mas acordou do transe ao ouvir a voz de Tincho falando com ela. Comentava sobre algumas coisas da rádio e sobre o estúdio, e Lali estava começando a se interessar por aquele universo, tão escondido. Peter estava no estúdio e assim que os comerciais entraram no ar, virou o rosto e viu a mulher que havia “conhecido” em Las Vegas. Devidamente maquiada, com os cabelos ondulados, um sorriso encantador enquanto conversava com Tincho. Incrivelmente bela. Ficava frustrado sabendo que teve essa mulher em sua cama durante uma noite e não se lembrava de absolutamente nada. Passou a mão no rosto e bebeu um gole da garrafa que estava na bancada. Continuou o programa por mais alguns minutos e assim que este acabou, pegou sua garrafa de água e saiu do estúdio, aproximando-se do amigo e dela. Bebeu um gole e Tincho olhou-o.

- Bem, daqui a pouco está na minha vez de entrar no ar. Então deixo vocês por aqui e vou me preparar. – comentou – Foi um prazer conhecer você, Lali. – virando-se para ela.
- Igualmente, Tincho. – ela sorriu – Até mais!
- Até! – ele deu dois tapinhas no braço de Peter – Depois nos falamos.
- Tudo bem. – respondeu e ficou esperando o amigo se afastar.

Continua....... - Capítulo 03. 

 Respondendo Comentários. 

Lalites: #Postado 

Jucinairaespozani: #Postado,sim estão casados e agora esperando um filho juntos. 

Shelencoa: #Postado 

Missinglaliter: #Postado,sim essa web promete mesmo e muito. Que bom que já está amando. 

 Escritoria Original: Estrelinha Vondy. Adaptadora Original: Familia Laliter BRA