Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy
Hello ><
Trouxe uma Introdução para o capítulo de amanhã haha
Dulce
No rádio do motel que Chris tinha ligado não tocava MPB e sim uma música internacional da Tracy Chapman, lindíssima chamada Baby Can I hold you. Suada e quieta, maravilhada e feliz, eu me encostava sobre ele, recostado meio sentado sobre os travesseiros. A música só parecia tornar o clima mais íntimo e romântico ainda, como se fosse possível.
— Música sempre me lembra você. – Chris disse baixo, seus dedos brincando em meu cabelo, seu peito subindo e descendo sob meu rosto em uma respiração cadenciada. Havia uma sintonia única entre nós, perfeita. — Principalmente MPB.
— Eu adoro. – Murmurei, minha mão em sua barriga dura, minha vida toda parecendo se concentrar só naquele momento, em que finalmente estávamos juntos, sem a culpa que eu sentia antes, embora as preocupações continuassem.
— Eu sei. Sempre foi uma maneira de tentar diminuir a saudade. Ouvir música parecia te deixar mais perto de mim. Fiquei viciado em procurar você nas letras e melodias, em imaginar que aquela foi criada exatamente para dizer como eu me sentia.
Ergui a cabeça até encontrar seus olhos tão lindos, tão azuis. Fui engolfada pela emoção, por suas palavras que demonstravam que nem nove anos foram suficientes para me esquecer. E era o mesmo comigo. Subi os dedos por seu peito e pescoço, até o queixo e maxilar já espetando pela barba que começava a nascer. Acariciei seu rosto com amor.
— Eu também te procurei nas músicas durante anos. Ouvia e achava que aquela era para mim, para demonstrar o quanto eu te amava.
Nós nos fitamos nos olhos e ele indagou sério:
— E qual delas mais lembrava de mim?
— Eram tantas, cada uma um pouco. – Respondi.
— Sim. Mas tem uma que ouvimos uma vez no carro e que a letra era exatamente como eu estava. Como sempre fiquei esse tempo todo.
— Qual? – Indaguei curiosa.
— Tente adivinhar. – Provocou. Sorriu meio de lado daquele jeito tão seu e meu coração deu um salto e despencou. — Se conseguir, eu te dou uma recompensa.
— Ah, é? Hum... – Sorri também, apoiando o queixo em seu peito, olhando-o enquanto ainda acariciava o meu cabelo. Senti o desejo contrair os músculos da minha barriga, muito consciente de que estávamos nus, da lascívia que mesmo sem ser despertada estava sempre lá. Tentei me concentrar. — Agora fiquei curiosa.
— Arrisque. – Seu tom era baixo e sensual.
— Ouvimos tanta música no carro. Elas sempre foram nossas companheiras. Preciso de uma dica.
— Sem dicas.
— Chris... – Acabei sorrindo. — Você joga sujo.
— Pra mim é interessante que acerte.
— É de um cantor ou cantora?
— Cantor.
— Certo. – Tentei me concentrar. — É do Nando Reis?
— Não.
— Zé Ramalho?
— Não.
— Ivan Lins? Djavan?
Fez que não com a cabeça, divertindo-se.
— Paralamas do sucesso? Skank? Pode ser um grupo?
Negou.
— Ah, Chris! – Mordi os lábios, me concentrando. Sua mão escorregou por minhas costas até o contorno das ancas. Perdi o ar e encontrei seus olhos acesos. Falei baixinho: — Assim vou me distrair.
— Sei.
Não parou, sua mão erguendo-me mais para cima quase deitada em seu peito, podendo deslizar livremente em minha bunda. O desejo só aumentou, me fez estremecer de leve. Supliquei:
— Dê mais uma dica.
— O que eu vou ganhar em troca pela dica? – Ergueu uma sobrancelha.
O clima entre nós era mais denso, cheio de tensão sexual. Fitei seus olhos intensos e estremeci por dentro, sem acreditar que estávamos ali mesmo, isolados do mundo, nus naquela cama, tão unidos pela intimidade e pelo amor que nada parecia capaz de nos atingir. Não consegui sentir culpa ou preocupação, só uma alegria infinita, algo que parecia se derramar dentro de mim como uma fonte ininterrupta.
Escorreguei a mão para baixo. Contornei os músculos duros, a pele lisa, até que meus dedos deram com seu pau sobre a barriga, já ereto. Arregalei um pouco os olhos e seu sorriso se ampliou. Acabei sorrindo também, mas excitada, achando o máximo tê-lo ali para tocar à vontade. Passei os dedos por seu comprimento, pela veia grossa que descia da cabeça até a base, ficando com a garganta seca. Murmurei um tanto rouca:
— Vai ganhar um beijo no Soberano.
Chris deu uma risada.
— Não esqueceu o apelido?
— Como eu poderia? – Provoquei. — Soberano só um.
— Senti falta disso. – Havia carinho na maneira que me fitou, em meio a tudo. E uma certa nostalgia também, quando disse mais sério: — Como pude ficar nove anos longe de você, Dul?
Não respondi. Por que para mim sempre foi um tormento. Mesmo com minha vida, com meu desejo de reconstruí-la, nunca deixei de pensar nele e de procurá-lo. Acabei confessando baixo:
— De alguma forma, sempre esteve comigo.
— Eu sinto a mesma coisa. Muitas vezes saía na rua e alguma mulher com o cabelo parecido com o seu, ou o andar, chamava minha atenção e fazia meu coração disparar. Achava que era você. Eu não podia te procurar ou fraquejaria, jogaria tudo para o alto. Mas, te buscava assim mesmo, como se o destino fosse me ajudar e colocar você de repente em meu caminho. E ele fez isso, só que com um pouco de atraso.
Sua voz grossa, cheia de emoção, mexeu comigo. Tive vontade de chorar, pois tinha sido o mesmo comigo. Quando o buscava nos jornais e fitava suas fotos, era como se migalhas fossem jogadas, um lembrete do que eu não tinha. Confessei com meus olhos nos dele:
— Quando estava grávida de Maju, pensei muito como seria se fosse sua filha. Se estivesse ao meu lado. Eu me sentia culpada por Jhonny, mas era mais forte do que eu. E no dia em que fui tê-la, com medo e com contrações, só chamei você em pensamento.
Ficamos quietos, apenas nos olhando. Tinha parado com os dedos em volta do seu membro, a mão dele imóvel e cheia da minha bunda. Mas naquele momento a emoção mais palpável não era o desejo, mas sim a saudade que aquele amor tinha provocado e nos corroído por anos.
— Segui minha vida em frente, Dul. Mas, nunca deixei de imaginar você nela. Sempre me fez uma falta absurda. E eu sempre me perguntava a mesma coisa.
— O quê? – Indaguei emocionada.
E Chris respondeu cantando baixinho:
Que é que eu vou fazer pra te esquecer? Sempre que eu já nem me lembro, lembras pra mim Cada sonho teu me abraça ao acordar Como um anjo lindo Mais leve que o ar Tão doce de olhar Que nenhum adeus pode apagar
Caetano Veloso, Pra te lembrar. A música então era aquela.
Senti meus olhos marejarem, meu peito pesado, cheio, doendo. Por tudo. Pela saudade, pela distância, pelo que nem o tempo conseguiu apagar. Mas, pela felicidade suprema de estar ali naquele momento com Chris, ouvindo sua voz dizer o que sentiu através de uma música. E quando parou, foi minha vez de cantar baixo, sentida, como se falasse para ele também da falta absurda que me fez:
Que é que eu vou fazer pra te deixar? Sempre que eu apresso o passo, passas por mim E o silêncio teu me pede pra voltar Ao te ver seguindo Mais leve que o ar Tão doce de olhar Que nenhum adeus pode apagar
Entendi como uma pessoa podia viver longe da outra, mesmo amando sem fim. Foi assim conosco. Seguimos em frente, sorrimos, trabalhamos, fizemos amor com outra pessoa, mas continuamos ligados naquele passado, que hora ou outra nos alertava gritando a falta que nos fazia, fosse em um olhar ou numa música. Imaginei que fosse assim quando alguém que amamos morria. Continuávamos a viver, mas aquele espaço vazio nunca mais era preenchido.
COMENTEM!
BJ no Core ><
Autor(a): Ally✿
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
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taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11
ei cade vc vem finalizar a web..
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gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32
Finaliza a web!! GoxxxTo tanto
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taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53
ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .
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anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57
ally cade vocee
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cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32
Leitora nova! Por favor continua
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vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34
AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS
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millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10
Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(
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isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39
continua
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julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29
Continua
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millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44
Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final