Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy
Amélia Venere
Eu peguei a seringa pronta da mão do “Treta Chique” e caí de joelhos ao lado de Christopher. O brutamontes era bom mesmo, tinha feito ele apagar só com um golpe na nuca. Na hora da autópsia, quando o pescoço estivesse todo roxo, ia passar despercebido. Assim como aquela picadinha ali. Afinal, que melhor morte sem deixar rastro que inserir ar na veia, causando uma bolha que ia parar no cérebro ou no coração, causando morte quase que instantânea? Ele nem ia sofrer muito.
Tinha estudado a semana toda como fazer. Mas agora ali, olhando-o desacordado, senti as mãos tremerem. Encostei em seu pescoço quente, em seus cabelos densos e escuros, e uma parte de mim vacilou.
— Vai logo, não temos tempo. Alguém pode entrar. – Resmungou o brutamontes.
Respirei fundo, dando-me conta que havia ido longe demais para recuar. Lembrei de seu olhar frio e de desprezo para mim, de que ia me deixar. E com raiva, enfiei a agulha em seu pescoço e apertei, jogando ar para dentro dele. Levantei cambaleando, tremendo, fora de mim. Christopher continuou da mesma maneira imóvel.
“Treta Chique” não perdeu tempo. Se abaixou e jogou-o no ombro. Subiu na cadeira já pronta sob a corda pendurada na viga grossa de madeira do teto. Ali havia um laço perfeito de forca.
Estupefata, gelada, eu o observei segurar Christopher e passar o laço em volta do seu pescoço. Satisfeito, soltou seu corpo, que inerte pesou e apertou o laço. O bandido desceu e derrubou a cadeira sobre o corpo de Christopher que já devia estar morto com a injeção de ar. A forca marcaria o pescoço e disfarçaria o resto. Para todos os efeitos, ele se matou em um ato de desespero.
Não consegui tirar os olhos de seu rosto que avermelhava por asfixia. Num último momento, quis tirá-lo dali, mas me dei conta que já o tinha matado. Meus olhos se encheram de lágrimas, quis sentir só ódio e satisfação, mas a dor me corroeu por dentro.
— Vamos logo. Se ele não morreu, o fará de três a cinco minutos. Temos que estar longe quando chegarem.
“Treta Chique” agarrou meu braço e me levou dali. Havia um grande risco de encontrarmos alguém do buffet ou convidado ali, mas saímos numa boa pelos fundos. E enquanto descia as escadas de serviço ao lado dele, eu chorava copiosamente. E murmurei:
— Adeus, meu amor.
Enquanto isso na sala:
— Onde Christopher está? – Indagou Maite. Ela e Christian tinham voltado há um tempo e contavam que viram Amélia sair do prédio de carro.
— Foi atender um telefonema. Deve estar no escritório. – Disse Poncho, que já tinha estado ali outras vezes.
— Sozinho? – Havia um sinal de alerta no rosto dela. Foi só uma intuição, mas o bastante para alertar os outros.
— Ah, porra*! – Sem querer esperar para conferir, todo mundo assustado e esperando o pior, Poncho correu na frente, seguido logo por Christian, Eduardo, Anahi e Maite.
— O que está havendo? – Indagou Karine, sem entender nada.
— Que confusão nessa casa, Lavínia! – Exclamou André e, curioso, foi atrás, seguido pela namorada.
Os outros acabaram fazendo o mesmo.
Poncho foi o primeiro a ver Christopher pendurado na forca. Gritou e correu ensandecido, apavorado, dominado pelo terror. Ajeitou a cadeira e na hora o segurou e ergueu, para que não pesasse sobre a corda.
Xingando um monte de palavrões, igualmente aterrorizado, Christian puxou rápido outra cadeira e soltou o nó apertado em volta do pescoço do amigo. Seu corpo desabou sobre Poncho e ajudou-o a descer Christopher, enquanto Edu ficava enlouquecido e chorando, tentando ajudar.
— Eu sou médico! – Berrou André, correndo até eles. — Deite-o no chão! Rápido!
E foi o que fizeram. Tiveram que se afastar, todos mudos e assustados, nervosos, enquanto o homem baixinho fazia respiração boca a boca em Christopher e massagem cardíaca.
— Meu Deus! – Eloísa, a mãe de Amélia, desmaiou. O marido a arrastou para um canto, também desesperado com as cenas chocantes. Lavínia não sabia se ajudava a mãe ou rezava por Christopher, chorando. Karine estava horrorizada e imóvel perto da porta, murmurando para si mesma:
— Ele se matou ...
Anahi abraçou Poncho, tentando controlar o choro, vendo o estado do marido, pálido e tremendo. Sabia como ele gostava de Christopher como de um irmão.
— Calma, ele vai conseguir... – Murmurou, tentando acreditar e confortá-lo.
— Filha da puta*! – Maite estava possessa, mal conseguindo respirar, ao mesmo tempo que sentia um medo atroz pelo amigo. – Ela enganou todo mundo!
Mas viu o estado de Christian, ajoelhado ao lado do médico que prestava os primeiros socorros, e tentou se controlar. Teve certeza que tudo foi um teatro armado e todos caíram direitinho, inclusive ela.
— Meu amor... – Confortou Christian o quanto pôde, abraçando-o. Ele não tirava os olhos de Christopher. Então Maite se deu conta que ninguém, de tão chocado, tinha chamado o socorro. E rapidamente ligou para a emergência.
— Ele está vivo? – Indagava Eduardo ajoelhado do outro lado, fora de si, chorando convulsivamente. — Porra*, ele está vivo?
— Está. Tinha acabado de acontecer. – O médico dava a massagem cardíaca, concentrado. – Seu rosto não estava arroxeado e está respirando.
— Graças a Deus...
— Não comemore. Ligue logo para a emergência. Estou tentando mantê-lo vivo, mas não tenho noção de quantos minutos esteve aqui, provavelmente uns dois. Pode ter lesão cerebral por falta de oxigenação. Rápido!
— Já estou ligando! – Disse Maite.
Foi uma cena horrível de se ver. Todos se desesperavam enquanto Christopher permanecia no chão imóvel, seus olhos fechados, seu pescoço marcado, o médico que por sorte ou obra do destino tinha parado ali, lutando por sua vida.
Eloísa acordou nervosa e chorando e Lavínia ajudou o pai a levá-la para a suíte de Amélia. Karine tinha vindo até o marido e o confortava da melhor maneira possível. O clima era pesado e triste, terrível. E foi assim que Amélia o encontrou ao entrar no escritório.
Autor(a): Ally✿
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— O que está acontecendo aqui? Christopher! – Gritei, correndo até ele, estancando ao ver a forca pendurada na viga. Comecei a gritar: — Meu Deus, o que você fez! Meu marido tentou se matar! Diga que ele não se matou! Diga! — Ele está vivo. – Disse André do chão e voltou a fazer respiraç&at ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
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taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11
ei cade vc vem finalizar a web..
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gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32
Finaliza a web!! GoxxxTo tanto
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taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53
ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .
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anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57
ally cade vocee
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cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32
Leitora nova! Por favor continua
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vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34
AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS
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millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10
Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(
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isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39
continua
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julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29
Continua
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millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44
Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final