Fanfics Brasil - 125° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 125° Capítulo

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Eu estava sentada no sofá da sala, muda, furiosa, um tanto amedrontada com a maneira que as coisas terminaram. Não era para ser assim. Ia chegar de repente e encontrar todos chorando sobre o corpo de Chistopher, querendo saber por que ele foi fazer a loucura de se matar. Então eu ia chorar, gritar, me lamuriar e dizer que tentei avisar que ele não estava bem, fora de seu juízo perfeito. O suicídio seria confirmado pela polícia e eu seria a vitoriosa.


No entanto, ele estava vivo. Os dois policiais nos mandaram ficar na sala esperando e foram investigar o escritório. Já tinham chamado a Perícia e iam isolar o local. Não achariam pelos do Daniel “Treta Chique” pois ele era careca. E usara luvas o tempo todo, não deixara impressão digital. Até aí tudo bem. Tínhamos evitado as câmeras nas escadas de serviço que eu conhecia. Meu medo era que tivesse alguma a mais que eu não sabia.


Raciocinava tentando encontrar falhas. Para todos os efeitos, eu tinha estado fora da cena. E se eles não encontrassem meu comparsa, não poderiam provar nada. Meu erro foi ter ligado para a putinha. Precisei fazer isso para atrair Christopher ao escritório. Lembrei do que disse a ela, com a voz disfarçada por um lenço:


“Ligue para Christopher. Ele precisa de você. Rápido, é urgente!”


Somente isso e desliguei. É claro que ela se desesperou e ligou. Mas, a desgraçada não tinha ficado satisfeita com isso, tinha chamado a polícia e a ambulância que, junto com os primeiros socorros feitos por André, poderia ter salvado a vida de Christopher. Isso eu não tinha planejado.


Ninguém podia provar também que fui eu que liguei para ela. Eu o fiz de um celular que o brutamontes me arrumou e ele o levou embora para dar fim. Não havia nada contra mim. Nenhuma prova. Então relaxei um pouco mais, só o suficiente até entender que Christopher vivo enrolava ainda mais tudo. Ia contar que foi atacado. E quem tinha motivos para isso? Eu!


— Meu Deus, que tragédia... – Se lamentava minha mãe pela milésima vez.


Eu lancei um olhar a ela, irritada, com vontade de mandá-la calar a boca. Depois olhei em volta, para todos reunidos ali, pois os policiais ainda falariam com a gente. Quis expulsar todo mundo da minha casa, mas tive que suportar em silêncio. Os únicos que não estavam ali eram Eduardo e Karine, que os policiais permitiram ir ao hospital.


Olhei com ódio para Maite, meu rosto doendo e latejando do soco, o olho direito inchado doía até quando piscava. Ela estava recostada perto da janela, falando com Anahi. Mas não tirava os olhos de mim, como se me convidasse a me aproximar. Jurei que a pegaria. Ela me pagaria por aquilo.


— Cadê o meu pai?


Todos olharam para o garoto de quase seis anos parado na entrada da sala de mãos dadas com a babá. Seus cabelos escuros eram despenteados e usava um pijama e chinelos. Era a cópia fiel de Chistopher e franzi os lábios ainda mais irritada. Quase mandei que sumisse dali, mas me contive.


— Desculpe, senhora Uckermann. – Silvana me olhou nervosa. — Tentei de tudo, mas com essa confusão não consegui mais segurar o Lipe dentro do quarto.


— O que você quer? – Forcei-me a indagar ao garoto.


— Meu pai. – Disse de cabeça baixa.


— Ele saiu. – Falei e esperei que isso o fizesse se conformar. Mas continuou lá, olhando em volta de rabo de olho.


— Oi, Lipe. – Anahi se aproximou dele e se ajoelhou ao seu lado, com um sorriso carinhoso nos lábios. Fitou-a de imediato. — Olha, seu pai teve que sair, mas daqui a pouco estará de volta. Soube que você tem cada brinquedo lindo em seu quarto, é verdade?


 


— É, tia Anahi.


— Podia me mostrar alguns.


— Tem jogos também. – Pareceu mais animado. — Quer ver?


— Eu quero. – Ela se ergueu e deu a mão a ele. Os dois se afastaram seguidos pela babá. Eu apenas suspirei, ainda irritada, furiosa ao extremo.


O frio de medo retornou quando os policiais voltaram à sala. Avisaram:


— O escritório foi lacrado e ficaremos aqui, esperando a perícia. Enquanto isso colheremos depoimentos rápido de vocês. Serão chamados depois a comparecer na delegacia. Precisamos de um local separado para conversar. Onde a senhora indica? – Um deles, o mais velho, indagou.


— Pode ser na biblioteca ou na sala de tevê. – Falei o mais serena possível.


Ele olhou detidamente meu rosto inchado:


— Quem fez isso com a senhora?


Senti os olhares sobre mim, principalmente de Maite, Poncho e Christian. Fervi por dentro, mas soube que não poderia dizer nada. Eles negariam. E isso me colocaria em evidência, a polícia se perguntaria se haveria motivos para ser agredida. Respondi suavemente:


— No meio da confusão acabei caindo e me machucando.


— Entendo. Podemos começar com a senhora. Assim, já nos indica onde podemos colher os depoimentos.


— Claro. – Eu me ergui. E os levei até à biblioteca particular da casa, onde havia uma mesa de leitura com quatro cadeiras a um canto. As paredes do chão ao teto eram repletas de livros.


Os dois sentaram-se de um lado da mesa e eu de outro. Um deixou um gravador sobre o tampo, outro abriu um bloco de anotações. O mais velho e calvo se apresentou:


— Sou o policial Custódio e este o policial Fernandes. Diga seu nome e idade, por favor.


— Amélia Venere Uckermann, 34 anos.


O mais novo, encarregado de fazer as anotações, que era bem magro e tinha bolsas sob os olhos, começou:


— Conte o que aconteceu essa noite. Desde o início.


— Sim. Bem, meu marido andava muito estranho e se meteu com uma mulher.


— Estranho como?


— Calado, triste, falando em divórcio. Sentia que no fundo não queria, mas estava sendo dominado. – Meu tom era desolado.


— Pela amante?


— Sim.


— E a senhora sabe quem ela é?


— Sei. Chama-se Dulce Saviñon.


Fernandes anotou. Custódio continuou com as perguntas:


— E o que aconteceu?


— Chamamos nossos familiares e amigos para comunicar que vamos nos separar. Eu comecei a falar com eles, inclusive comentei que não achava que Christopher estava em seu juízo perfeito para pedir a separação, mas então me emocionei muito. – Balancei a cabeça, triste. — São nove anos de casamento e temos um filho. É duro saber que vai perder tudo por causa de outra mulher.


— Continue.


— Bem, eu me emocionei muito. Uckermann se irritou, brigou comigo. E saí correndo.


— Para onde?


— Para fora do apartamento. Passei a mão na chave do carro que fica no aparador, só pensando em ir para bem longe.


— E alguém a viu sair?


— Minha irmã Lavínia me acompanhou. – O tempo todo eu mantinha a voz baixa e o olhar triste, torcendo as mãos no colo. — Desceu comigo, mas eu queria ficar sozinha. Um casal amigo de Christopher também se aproximou, Christian e Anahi. Mas eu os deixei, peguei meu carro e saí do condomínio.


— E foi para onde?


— Dirigi sem rumo para espairecer. Depois parei em frente à praia e fiquei dentro do carro mesmo, olhando o mar.


— Alguém a viu?


— Receio que não. Como eu disse, não saí do carro.


— E ficou fora por quanto tempo?


Sacudi a cabeça, fingindo confusão.


— Como vê, policial, não tenho relógio. Não sei ao certo.


— Aproximadamente.


— Talvez 30 minutos ou 40, por essa média.


— E o que encontrou quando viu?


— O escritório estava cheio, Christopher no chão e o médico tentando ajudá-lo. E vi... Ah, meu Deus! – Enfiei o rosto nas mãos, desesperada. Não consegui chorar, mas fingi meu horror. — Aquela forca! Não dá para acreditar que um homem como meu marido fizesse um loucura dessas!


— E então?


— Tudo aconteceu rápido. – Esfreguei o rosto, desolada, olhando-os. — A ambulância chegou e descemos. E então vocês entraram também e nos mandaram de volta para cá.


— E havia certa confusão. Quem foi a moça que seguiu com a ambulância?


— A amante. Eu é que deveria estar lá! – Olhei-os, suplicante. — Ela esperou a confusão e tomou meu lugar.


— E como ela soube tão rapidamente do ocorrido?


Eu gelei, mas não demonstrei. Sacudi a cabeça.


— Isso eu não sei.


— Algo mais a acrescentar?


— Que eu me lembre, não.


— A senhora será chamada amanhã para comparecer na delegacia, de forma oficial. Não precisa levar advogado, mas é uma opção sua. Pedimos que não saia da cidade nos próximos dias. É o de praxe nesses casos, até termos tudo esclarecido.


— Sim, eu entendo.


— Pode pedir para uma das pessoas da sala entrar?


— Claro.


Eu queria acrescentar que nada daquilo era necessário, que meu marido tentou cometer suicídio, mas fiquei com medo que me achassem preocupada demais. Assim, só acenei com a cabeça e saí.



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Autor(a): Ally✿

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



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  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


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