Fanfics Brasil - 129° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 129° Capítulo

789 visualizações Denunciar


Dulce Saviñon


No sábado de manhã o quadro de Chris era o mesmo. Eu não queria sair de perto dele, mas tinha que ir para casa, pois minha filha precisava de mim. Quando os pais dele chegaram cedinho com Eduardo, expliquei a situação e disse que daria um jeito de voltar mais tarde. Nora segurou minha mão no lado de fora do CTI, dizendo:


— Deixamos Lipe na casa de Anahi para virmos aqui. Falamos a ele que Chris precisou se afastar para resolver umas coisas e logo volta. Quando sairmos e pegarmos nosso neto, podemos levar Maju também para nossa casa. Os dois vão se distrair e se conhecer melhor. Será que ela estranha?


— A Maju? – Eu sorri. — Ela se dá bem com todo mundo.


— Então, cuidamos dos dois. Pode ficar à tarde com Chris. Mas, essa noite Eduardo já se prontificou a passar aqui. Eu queria ficar, mas ele insistiu.


— Eu quero muito ficar...


— Querida, dá pra ver na sua cara que nem pregou o olho. E Maju vai sentir a sua falta. Graças e Deus meu filho está sendo bem cuidado. Essa noite passe com sua filha e durma, para amanhã estar bem descansada. Não adianta nada Chris acordar e você cair doente.


— Está bem. – Concordei, sabendo que ela estava certa. Mas não dava vontade de sair de perto de Chris. E precisava me preocupar com minha filha também. Tinha que dormir com ela, cuidar de suas necessidades. E me sentia realmente exausta.


Quando Arnaldo saiu do CTI, eu voltei lá para me despedir de Antônio, que já não usava mais a máscara de oxigênio. Dava dor no peito vê-lo desacordado naquela cama e com a marca da corda no pescoço, que começava a ficar arroxeada. Lágrimas vinham descontroladas em meus olhos, a minha vontade era de matar Ludmila. Beijei-o e acariciei-o, murmurando que logo voltaria e ficaria com ele.


Eduardo me levou em casa. Disse que buscaria meu carro e traria para lá também. Entrei cansada, meus olhos ardendo, meu corpo parecendo ter levado uma surra. Tinha sido muito sofrimento e desespero, muita tensão em pouco tempo. Ainda me sentia fora de órbita, assustada, temerosa e preocupada.


Mas então Maria Júlia veio correndo me abraçar, rindo toda feliz. Eu caí de joelhos na sala e a apertei forte, enchendo-a de beijos, sentindo minhas forças retornarem. Ela precisava de mim. Chris também. E eu não podia fraquejar.


— Mamãe! Vamos brincar?


— Assim que eu acabar de tomar banho, a gente brinca? Quer ir lá em cima comigo, me ajudar a escolher uma roupa? – Sorri, beijando seus cachos perfumados.


— Eu quero! – Gritou animada. Adorava mexer nas minhas coisas, colocar meus cordões, usar meus batons.


— Tá bom. – Levantei, dando a mão à ela, olhando com carinho e agradecimento para Suzilei. Eu daria um bônus a ela no salário daquele mês. — Obrigada por tudo, querida.


— Sem problema. Não fiz nada, já ia dormir aqui mesmo. – sorriu e deu de ombros. — Está tudo bem?


— Sim, agora sim.


Conversamos um pouco e a acompanhei até a porta. Depois a tranquei e subi as escadas com Maju. Enquanto eu tomava banho, ela andava pelo banheiro falando sem parar, se admirando no espelho e escovando os cabelos.


Depois tomamos café da manhã juntas e fomos para o jardim. Dei toda atenção a ela, brinquei, conversei, fiz almoço para nós duas. Então falei daquela vez em que fomos ao restaurante e ela cantou parabéns para uma senhora, indagando se lembrava. Disse que sim, lembrou até de Toni. Aproveitei o gancho e indaguei se gostaria de passar a tarde com eles. Ficou toda feliz e aceitou na hora.


Fiz uma pequena mochilinha com uma muda de roupa e algumas bonecas, liguei para Nora e ela me deu o endereço, dizendo que já estava em casa com o marido e Lipe. E que os dois casais amigos de Chris estavam no hospital com ele. Assim, levei Maju para lá, que não parava quieta, feliz com a novidade.


Fomos para a cobertura e o casal idoso nos recebeu na maior alegria. Sorri ao ver Maju abraçando e beijando Nora como se fossem velhas amigas, fazendo o mesmo com Arnaldo, que ficou todo bobo e um pouco desconcertado.


— Entre, Dulce. – Nora me puxou do hall para a sala. Eu estava doida para estar com Chris de novo, mas curiosa para ver Lipe mais de perto, falar com ele.


O menino de quase seis anos levantou do carpete, onde brincava com vários bonecos Max Steel, olhando curioso para Maju e depois para mim. Era incrivelmente parecido com Chris, como uma miniatura. O mesmo tom azul dos olhos, cabelos negros, pele clara. Fiquei emocionada e balançada, ainda mais sabendo que não recebia nenhum amor materno. Aquela mulher só podia ser desgraçada mesmo, para desprezar o próprio filho.


— Lipe, esta é Maju. Lembra dela? – Indagou Nora, se aproximando de mãos dadas com minha filha, que já sorria para ele.


— Eu lembro... – Apertou as sobrancelhas, como se tentasse se lembrar de onde.


— Ela vai passar a tarde aqui com você, querido.


— Vamos brincar? – Ela o olhou na expectativa. — trouxe minhas bonecas!


— Homem não brinca de boneca. – Disse com uma decisão que lembrou ainda mais Chris. Era impressionante. Eu estava encantada.


Arnaldo riu, indo se sentar no sofá perto deles, explicando:


— Maju brinca com as bonecas dela e você com seus bonecos.


— Isso! – Concordou a menina, toda feliz.


Toni me olhou, um pouco tímido. Eu me aproximei e estendi a mão a ele, sorrindo.


— Oi, Lipe. Sou Dulce, a mãe de Maju.


— Oi, senhora. – Apertou minha mão, sério e educado.


— Nada de senhora. Dulce. Eu vou ter que sair. Será que você ajuda seus avós a tomar conta da Maria Júlia?


— Maria Júlia é a Maju? – Fitou-me atento.


— Sim.


— Eu ajudo. – Concordou, satisfeito em ser tratado como alguém importante. — Vou até deixar ela mexer no meu tablet.


— Eh! Eu quero! – A menina pulou.


Não resisti e acariciei os cabelos escuros e macios dele. Ficou corado, mas não se afastou. Senti uma grande vontade de abraçá-lo. Prometi a mim mesma que cuidaria de Lipe como se fosse meu filho. Eu mal o conhecia e já estava apaixonada. Já o queria para mim.


— Você é um anjo.


Disfarcei, emocionada. Maju e ele já corriam para os bonecos e deixei a mochilinha no carpete. Virei e Nora sorriu para mim.


— Já vejo como essa família vai ser linda e feliz. Chris e Lipe vão ser muito bem cuidados.


— Vão sim. – Garanti, pois eu sabia que daria tudo de mim para eles e para Maju.


Fiquei mais um pouco, conversei com Arnaldo e Nora, mas estava morta de saudade de Chris. Beijei Maju ao me despedir e, sem poder resistir, fui beijar Lipe também, que sorriu envergonhado, mas deixou. Suspirei, encantada. Então saí.


Os amigos de Chris estavam no hospital e foi muito bom revê-los. Fiquei conversando com Poncho, Anahi e Maite, enquanto Christian fazia companhia a ele. Combinavam de, quando tudo estivesse bem, nos reunirmos e me apresentar as casas e filhos deles. Cada um tinha um casal. Ana Bárbara tinha seis anos e Gaio dois, ambos filhos de Poncho e Anahi. Os de Christian e Maite eram Gabriel de 4 anos e Fabiana de um aninho. Lipe e Maju adorariam ficar entre eles.


Quando Christian retornou, eu me levantei para ir ficar com Chris. Eles se despediram e foram embora, já tinham ficado a tarde toda ali.


Voltei para perto do meu belo adormecido, minhas mãos ansiosas já buscando sua pele e a barba escura que despontava em seu rosto.


— Oi, amor. Estou aqui. – Beijei seu rosto e seus lábios suavemente, murmurando: — Volta logo para mim.


E só parecia que eu voltava a ser eu mesma ali, vendo-o vivo e respirando, apesar da marca em seu pescoço e do risco que havia corrido. Eu enchia minha mão com seu cabelo, eu o tocava e sentia, e então agradecia mais uma vez por estar vivo. Acho que nunca deixaria de agradecer.



Compartilhe este capítulo:

Autor(a): Ally✿

Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?

+ Fanfics do autor(a)
- Links Patrocinados -
Prévia do próximo capítulo

Hora da vingança nenas Amélia Venere Eu senti o cerco se fechar sobre mim. Quase tinha apanhado de Arnaldo e Nora quando vieram no apartamento na sexta-feira, furiosos, cheios de acusações. Neguei tudo, me defendi, mas não acreditaram em mim. Fiquei desesperada vendo todos meus esforços fracassarem, sem entender como pude planeja ...


  |  

Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



Para comentar, você deve estar logado no site.

  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


ATENÇÃO

O ERRO DE NÃO ENVIAR EMAIL NA CONFIRMAÇÃO DO CADASTRO FOI SOLUCIONADO. QUEM NÃO RECEBEU O EMAIL, BASTA SOLICITAR NOVA SENHA NA ÁREA DE LOGIN.


- Links Patrocinados -

Nossas redes sociais