Fanfics Brasil - 130° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 130° Capítulo

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Hora da vingança nenas




Amélia Venere


Eu senti o cerco se fechar sobre mim. Quase tinha apanhado de Arnaldo e Nora quando vieram no apartamento na sexta-feira, furiosos, cheios de acusações. Neguei tudo, me defendi, mas não acreditaram em mim. Fiquei desesperada vendo todos meus esforços fracassarem, sem entender como pude planejar tudo tão bem e acabar assim. Todos pareciam achar que era óbvio o que fiz.


Nem criei confusão quando quiseram levar Felipe. Eu só precisava ficar logo sozinha, me acalmar. Não preguei os olhos durante a noite, analisando tudo, até me convencer que não havia nada para provar minha participação. Embora todos me acusassem, aquilo não era suficiente para me pegar. Ainda havia uma chance para mim.


O problema era Daniel “Treta Chique”. Aquele desgraçado me chantageando ferrava tudo, me colocava em risco. Teria que ir ao banco pegar uma grana e ainda me arriscar encontrando com ele, correndo o risco de ser seguida e pega em flagrante. Tinha sido uma burra em dar o celular para ele se livrar, mas fiquei com medo que fosse rastreado até ali. Nunca achei que aquela anta pensasse, muito menos ousasse me chantagear.


Tentei maquinar todas as formas possíveis para não me pôr em risco. Mas não teve jeito. Na segunda-feira, após ligar para o gerente, passei no banco e saquei 100 mil Reais. Dali segui para o shopping e deixei meu carro no estacionamento. Entrei, olhando em volta, fingindo ver vitrines, mas ligada se alguém me seguia. Não percebi nada anormal. Mesmo assim fui ao banheiro feminino e me tranquei em um reservado. Lá tirei da bolsa uma muda de roupa e troquei minha calça e camisa por um vestido. Pus a mesma peruca preta que tinha usado para entrar no prédio como da equipe de limpeza e pus óculos escuros. Guardei tudo, inclusive minha bolsa, em uma grande sacola que tinha levado dobrada.


Saí para o banheiro onde havia um grande fluxo de mulheres. Elas conversavam, se emperiquitavam em frente ao espelho, entravam e saíam. Ninguém me deu muita atenção, mas saí cuidadosa, sempre atenta à minha volta. Teria que deixar o carro lá. Por isso me encaminhei para fora do shopping e peguei um táxi, entregando o endereço que o bandido me dera. Era um barraco localizado ao pé da Cidade de Deus. Fui para lá cheia de medo. E peguei o telefone do motorista de táxi, garantindo que daria um bom dinheiro se ele viesse me buscar quando eu ligasse. Combinamos e desci em frente ao barraco de tijolos aparente e sem muro, em uma rua suja e feia, com vala a céu aberto.


Crianças descalças e descabeladas corriam por ali, gente pobre e esquisita passava. Eu tremia enojada e amedrontada, engolindo meu asco ao seguir e ter que pular a vala com cheiro de esgoto para chegar até a calçada. A que ponto eu tinha chegado! Devia ter me controlado mais e buscado uma maneira mais fácil de me livrar de Christopher. Tudo tinha dado errado e continuava dando. Onde errei tanto?


Agarrada à minha sacola, olhando em volta com desespero, subi os dois degraus de barro até a porta de ferro e vidro, onde bati. Eu tremia, querendo acabar o quanto antes com aquilo. Já pensava em contratar um assassino profissional para dar fim no “Treta Chique”. Ou então aquela chantagem nunca teria fim e eu acabaria sendo pega.


O homem de dois metros abriu a porta. Ele a tomava por inteiro, tanto em tamanho como em largura. Usava um bermudão de futebol branco e mais nada, descalço no chão sujo de cimento e sem camisa. As camadas de banha caíam de sua barriga e seu peito parecia de mulher, pendurado sobre a barriga grande. A pele morena tinha marcas arroxeadas de cortes e antigas feridas. Seu rosto era sério e fechado, a cabeça toda raspada, os olhos maus enterrados na cara larga. Uma das sobrancelhas era falhada, cortada por uma cicatriz. Era extremamente feio e nojento. Quando abriu a boca e falou, parte de seus dentes quebrados apareceram e o bafo fétido quase me derrubou:


— Entre, madame.


Estremeci. Sabia que não tinha jeito e entrei na sala apertada onde havia apenas uma tevê em cima de um caixote e um sofá sujo e puído. Contive a respiração com o cheiro forte de suor e de urina. Na mesma hora me virei para o bandido enorme e tirei o envelope com dinheiro da sacola, estendendo a ele, exigindo alto:


— Aqui está o que pediu. Agora me devolva o celular.


Olhou-me e sorriu. Os dois dentes da frente eram cacos, os outros apodrecidos. Acho que nunca na vida dele tinha escovado os dentes. Era um horror ambulante e lamentei o dia em que o contratei. Só podia estar louca!


— Madame, acha mesmo que devolveria o celular? Qualé, mulé! Tu ainda vai me dar muita grana! – Agarrou o envelope com sua mão gorda e pesada, passando os olhos por mim da cabeça aos pés. — Prefiro tu loirinha! Tira a peruca e os óculos.


— Se você acha que... – Comecei, furiosa. Ele apontou para uma porta de madeira crua e disse autoritário:


— Aproveita e tira tudo. Deita lá na cama e me espera.


— O quê?! – Arranquei os óculos escuros, fitando-o com ódio. — Só pode estar maluco!


— Ou obedece logo ou mando o celular de presente para a polícia. A Madame escolhe.


Só podia ser um pesadelo. Olhei com nojo para aquele brutamontes feio e fedido, paralisada. Não, não podia ser. Busquei uma escapatória. Tentei ser mais suave, convencê-lo:


— Por favor, Daniel. Somos parceiros e amigos. Vamos fazer assim: Saio agora e volto logo com mais grana. Dê o seu preço.


— Depois peço mais. Esse basta por enquanto, mulé. – Sorriu e lambeu os lábios grossos. — Agora quero outra coisa. Fica peladinha lá dentro que hoje tu vai me satisfazer. Sempre quis saber como era uma riquinha branquinha e cheirosa. Parte pro quarto.


— Mas...


— Quer me deixar nervoso? Puto*? Ainda não entendeu quem manda aqui, branquela? – Eu o olhava horrorizada e estremeci dos pés a cabeça quando berrou: — Vai logo!


Corri para o quarto, quase vomitando. O lugar era nojento e fedido como ele, o lençol embolado e sujo fedendo a suor, tudo fechado e abafado. Não podia ser. Tinha que haver uma solução. Mas qual? Qual?


Tirei a peruca e toda a roupa em um misto de pavor e fúria. Jurei a mim mesma que tão logo saísse dali eu contrataria um assassino para acabar com aquele bandido chantagista, mas antes ia mandar cortar o pinto dele. O desgraçado! Como podia ousar me tocar, me usar, me obrigar? Eu queria gritar e vomitar. Queria matá-lo com minhas próprias mãos.


Fiquei nua e tremendo. Não ousei encostar em nada, parada perto da cama de pé. Quando entrou, ergui o queixo, sem dar a ele a satisfação de me ver tremendo ou com medo. Mas estremeci de asco ao ver aquela montanha nua, as camadas de sua barriga felizmente escondendo o sexo. Era feio, grotesco, sujo.


“Vou te matar! Te trucidar!”, prometi mentalmente. E quando veio e ergueu as mãos grosseiras para mim, quase morri.


Fechei os olhos e mergulhei nos piores momentos da minha vida, em um pesadelo que nunca imaginei viver.


Eu tinha amado ser escrava de Christopher sexualmente e obedecê-lo. Mas, era muito diferente ser escravizada pelo homem horrível e fedido, que me jogou na cama e me obrigou às piores atrocidades. Apesar de ter o pinto pequeno, fez um estrago, pois me amassou na cama, pesou sobre mim, me obrigou a chupar. Parei várias vezes tendo convulsões, lutei e chorei. E ele riu e se esbaldou, fez sujeira, fez o que quis. Me deu palmadas brutas com aquelas mãos de raquete. Agarrou meu cabelo. Usou e abusou de mim, até que eu suplicava para parar, enojada, desesperada, pagando ali todos os meus pecados. Depois da beleza e sensualidade de Christopher, eu chegava ao fundo do poço com aquele homem asqueroso.


Deixou-me suada e suja na cama, fedida como ele. Saiu satisfeito, fumando um cigarro, dizendo que logo me procuraria de novo. Eu me vesti como um robô, tão arrasada que nem conseguia pensar direito. Liguei para o taxista e saí do barraco. Andei sem destino até o fim da rua, sem me preocupar com mais nada. Então peguei o táxi e fui para casa.


Sentada no banco de trás, fiz o que nunca julguei possível. Chorei copiosamente e pedi a Deus para me ajudar a sair daquela enrascada, sentindo-me o ser mais injustiçado do mundo.



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Autor(a): Ally✿

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O Começo do fim. Enquanto isso... Daniel “Treta Chique” guardou vinte mil Reais na carteira e os outros oitenta mil enfiou embaixo de um taco solto sob o fogão da cozinha. Sentou no sofá da sala coçando o saco através da bermuda, satisfeito, sentindo ainda o perfume gostoso da branquela. Pegou seu celular, pensando tudo que ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



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  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


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