Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy
O Começo do fim.
Enquanto isso...
Daniel “Treta Chique” guardou vinte mil Reais na carteira e os outros oitenta mil enfiou embaixo de um taco solto sob o fogão da cozinha. Sentou no sofá da sala coçando o saco através da bermuda, satisfeito, sentindo ainda o perfume gostoso da branquela.
Pegou seu celular, pensando tudo que ainda poderia se divertir e lucrar com ela. Mas sempre foi um homem precavido. Por isso ligou para a única pessoa que amava no mundo:
— Mãezinha?
— Dandão? Filho, você sumiu!
— Vou aparecer, mãe, pode deixar. – Ela morava em Cascadura e era costureira. Dava um duro danado na máquina de costura e ele a adorava, mas não podia morar com ela, para não prejudicá-la. Sempre tinha bandido e polícia na sua cola. Nunca disse o que fazia, mas achava que ela desconfiava. Sempre estava mandando grana para ajudar nas contas dela, que ainda criava duas netas, filha do seu irmão que foi assassinado em um assalto a ônibus. Avisou: — Se eu não aparecer aí essa semana, vem aqui em casa. Naquele lugar que falei, no taco solto sob o fogão, tem um qualquer pra senhora.
— Por que tá falando isso, menino? Se meteu em coisa errada?
— Nada, mãezinha. Só sou prevenido, a gente não sabe o que o destino arma.
— Se cuide, Dandão. Prometa pra mamãe.
— Prometo.
Conversou mais com a mãe e desligou. Quando ficava um tempo sem aparecer, fazia isso. Sempre tinha uma grana guardada pra ela. Ao menos assim ele a deixaria bem. Ainda mais agora, com a branquela como fonte. Ia até comprar uma casa nova pra mãezinha.
Bateram na porta. Ele não esperava visitas. Suspirou e pegou sua pistola. Abriu uma fresta, a mão armada ao lado do corpo. Três policiais militares o esperavam, armados. Um deles avisou:
— Vamos dar um pulo na delegacia. Sua casa está cercada. Se quiser arrumar confusão, vai se ferrar.
— Tem um mandato?
Daniel não era tão burro quanto eles achavam. Sabia que não sairia vivo dali se reagisse também. Quase fez isso, só para levar uns com ele. Mas pensou na mãezinha, que só tinha a ele para olhar por ela e que até hoje chorava a morte do seu irmão. Acenou com a cabeça.
— Vou pegar uma roupa e meus documentos.
Sua casa foi revistada. Levaram sua carteira com grana, o enfiaram dentro do carro de polícia. Lá foi obrigado a prestar depoimento e puxaram sua ficha. Era procurado pela polícia por roubo, assassinato, latrocínio e mais uma infinidade de coisas. O delegado avisou:
— Vai passar tua vida toda atrás das grades. Mas, pode ter um atenuante. Você foi relacionado à tentativa de homicídio do empresário Christopher Uckermann. Se confessar, dizer quem foi o mandante, podemos fazer um acordo.
Mais uma vez pensou e analisou. Deu de ombros, sem nada a perder. E quando abriu a boca, contou tudo.
********************************************************************************
Eu tive que voltar ao shopping. Me livrei das roupas fedidas, pus as minhas, tirei a peruca. Entrei em meu carro e voltei para a cobertura.
Fiquei horas no banho, me esfregando e jurando vingança. Depois na banheira de molho. Minha mente não parava de trabalhar. Mesmo quando pus uma roupa elegante e passei em frente ao escritório ainda lacrado pela polícia. Segui para a sala, buscando uma maneira de me livrar do bandido desgraçado e de me safar de tudo aquilo. Não queria fugir. Mas estava vendo que talvez fosse a única solução.
Furiosa, pensei em tudo que eu perderia. A pompa e o privilégio de ser Amélia Venere Uckermann. Indagava-me o tempo todo como falhei tanto. Tinha me deixado levar por minha vaidade,meu orgulho em ser superior e sair impune. E agora estava pagando.
A empregada surgiu na sala e avisou:
— Senhora Uckermann, ligaram agora da portaria avisando que o senhor Eduardo está subindo.
Quase gritei de ódio e o impedi de entrar. Já estava em meu limite, furiosa, sem paciência para aturar mais nada. No entanto, o cerco se fechava sobre mim e todo cuidado com o que falar e fazer seriam pouco. Observei a empregada ir abrir a porta da frente, preparando-me para enfrentá-lo.
Surpreendi-me quando entrou acompanhado de dois policiais. Gelei da cabeça aos pés. Tentei me acalmar, meus nervos já abalados por tudo que passei naquele dia. Mas então Eduardo disse com toda satisfação:
— Agora você vai para o lugar ao qual merece. A cadeia.
Não respirei. Consegui ainda manter o tom frio ao indagar:
— Está maluco?
— Amélia Venere Uckermann, a senhora está presa por tentativa de homicídio do seu marido Christopher Uckermann. – Um dos policiais disse alto, ao se aproximar de mim com outro. — Vamos ler os seus direitos.
— Mas isso é um absurdo! Não há provas! Sou inocente!
Falei de modo estridente, tremendo, com medo. Ia gritar mais, no entanto o policial já puxava meus braços para trás e me deixava chocada ao me algemar. Eduardo dizia friamente:
— Seu comparsa já confessou tudo. Acabou, Amélia. Sua máscara caiu.
— Não! – Gritei, apavorada. — É mentira dele! É mentira!
— Diga isso ao seu advogado. – O policial me puxou pelo braço para fora.
Saí com eles, sem poder acreditar, piscando aturdida. O choque me paralisava, o medo me fazia tremer. Não era possível que depois de tudo que planejei e depois de tudo que eu tinha passado aquela tarde na cama do bandido, ele tinha confessado tudo na polícia e ferrado com minha vida. Não. Tinha que ter uma saída.
— Mais um presentinho pra você. – Eduardo murmurou e não entendi.
Até que saímos em direção ao carro da polícia e na mesma hora fomos cercados por um bando de jornalistas que bateram várias fotos minhas, gritaram perguntas, me filmaram e enfiaram microfones de emissoras e jornais perto do meu rosto. Todos queriam saber por que tentei matar meu marido, como bolei o enforcamento, se tinha mais cúmplices e muito mais.
Segui chocada sob o espocar dos flashes, gelada e com olhos arregalado de pavor. Eu estaria em todos os jornais e tevê, não como a mulher mais rica e elegante do Brasil, a socialite mais disputada e comentada. Mas, como uma bandida. Uma presidiária.
— Não! – Gritei e me debati, mas fui bem segura pelos policiais. — Me solta! Me solta!
As perguntas e gritarias continuaram. Era como um caleidoscópio louco, tudo girando e me deixando tonta, tudo parecendo alguma cena dantesca, infernal. Não pude acreditar em tudo aquilo, naquela humilhação pública. Mas quando o policial abaixou minha cabeça e me empurrou algemada para dentro do carro, no bando de trás, a realidade veio com tudo. A Amélia ali não era a socialite. Ela não passava de um criminosa.
Autor(a): Ally✿
Este autor(a) escreve mais 3 Fanfics, você gostaria de conhecê-las?
+ Fanfics do autor(a)Prévia do próximo capítulo
Dulce Saviñon Eu tinha recebido o telefonema de Eduardo contando que Amélia foi presa. Estava no hospital e tinha passado o tempo todo com Chris, que já tinha sido transferido para um quarto particular com direito a acompanhante. O médico João Pedro Valente tinha vindo de manhã e conversado comigo, Eduardo e os pais de Chris que os ...
Capítulo Anterior | Próximo Capítulo
Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
Para comentar, você deve estar logado no site.
-
taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11
ei cade vc vem finalizar a web..
-
gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32
Finaliza a web!! GoxxxTo tanto
-
taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53
ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .
-
anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57
ally cade vocee
-
cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32
Leitora nova! Por favor continua
-
vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34
AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS
-
millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10
Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(
-
isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39
continua
-
julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29
Continua
-
millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44
Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final