Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy
Dulce Saviñon
Eu tinha recebido o telefonema de Eduardo contando que Amélia foi presa. Estava no hospital e tinha passado o tempo todo com Chris, que já tinha sido transferido para um quarto particular com direito a acompanhante. O médico João Pedro Valente tinha vindo de manhã e conversado comigo, Eduardo e os pais de Chris que os remédios foram reduzidos e ele sairia do coma induzido aos poucos. Acordaria a qualquer momento. Era o que esperávamos ansiosamente.
As crianças estavam na casa de Anahi, enquanto Poncho, Christian e Maite trabalhavam naquela segunda-feira. Eu, Arnaldo e Nora ficamos exultantes e nos sentimos vingados quando Eduardo nos falou da prisão da bandida, contando os detalhes.
Ela estava sendo seguida por uma equipe de investigadores. Quando entrou no banheiro feminino do shopping, uma das investigadoras foi junto e avisou quando saiu disfarçada, seguindo-a enquanto pegava o táxi. Eduardo foi avisado e comunicou a polícia. O tempo que ela ficou no barraco na Cidade de Deus, tudo foi organizado para pegar quem só podia ser seu comparsa.
Quando Amélia saiu de lá, um grupo a seguiu e outro pegou o bandido, que foi levado para a delegacia e confessou tudo. Não apenas a tentativa de assassinato de Chris, mas outros trabalhos sujos que fez para ela, como espancar e ameaçar uma amante dele no passado. Entregou o celular em que Amélia usou para ligar para mim e contou como tudo foi feito em detalhes.
Eu e os pais de Chris vimos tudo na internet, a prisão dela sendo passada ao vivo, algemada e sendo levada pela polícia. Arnaldo precisou se sentar e de um copo de água, enquanto murmurava:
— E pensar que fiz tanto para que essa assassina ficasse com meu filho. Ela quase o matou.
— Acalme-se. Não sabíamos de nada. Amélia nos enganou. – Nora o confortou e depois o levou até o restaurante do hospital para tomar um café e se acalmar.
Voltei ao quarto, indo direto até a cama. Beijei os lábios de Chris, que toda hora eu molhava com algodão. Fisioterapeutas vinham diariamente movimentar os membros dele, que era virado e mexido para que os músculos se mantivessem saudáveis. Um cobertor massageador tinha sido colocado sobre suas pernas para ativar a circulação. Era banhado na cama pelas enfermeiras e fiz sua barba naquela manhã.
Acariciei seu cabelo negro e falei emocionada:
— Acorde logo, meu amor. Por favor.
Esperávamos aquilo ainda naquele dia, mas Dr. João Pedro disse que podia até demorar um pouco mais, dependia de quanto tempo o corpo dele expulsaria o medicamento, que tinha sido reduzido desde o dia anterior. Os exames estavam bons, o cérebro sem lesões, coração e pulmões funcionando corretamente.
De pé ao lado da cama, eu o fitava com amor, correndo meus dedos em seu cabelo. Vi quando se remexeu e apertou os lábios bem feitos. Cerrou as sobrancelhas, amarrando a cara, como se pensasse algo que o irritava.
Perdi o ar. Meu coração parou, então acelerou loucamente. Fiquei imóvel, sem parar de fitá-lo, em uma expectativa absurda, que chegava a doer. Vi suas pálpebras tremerem. Eu também tremi, minhas pernas bambearam. Murmurei rouca, suplicante:
— Chris... Chris...
E então aconteceu. Seus olhos se abriram de repente, não confusos e perdidos, mas intensos como sempre, azuis como o mar, fixando-se de imediato em mim.
Foi assim, como ver o mar a primeira vez que meus olhos se viram no seu olhar...
Comecei a chorar, algo parecendo explodir dentro de mim de pura felicidade, me engolfando como uma onda de amor e esperança. Arfei, ri e chorei, debrucei-me sobre ele abraçando-o e beijando-o, sem parar. Ergueu uma das mãos ao me cabelo, trouxe-me mais para si, murmurou com voz baixa e rouca:
— Dulce...
— Você voltou... – Agarrei seu rosto entre as mãos, maravilhada. Fitei seus olhos azuis, mas, tudo estava embaçado, até que pisquei e minhas lágrimas pingaram em seu rosto. Senti seus dedos na nuca e agradeci a Deus, tremendo sem parar, maravilhada e feliz como nunca fiquei. — meu amor...
— Não chore. – Sua voz estava enrouquecida e franziu o cenho, um pouco confuso. — O que aconteceu?
— Muita coisa. – Beijei seus lábios, suas faces, nariz, testa, todo ele, com adoração e saudade, com tanto amor que meu peito chegava a doer.
— Dul... – Seus dedos escorregaram ao meu rosto, preocupado, tentando se recordar. — O jantar... Você ligou para mim.
— Sim.
— Fui ao escritório.
— Lembra o que aconteceu lá?
Pensou um pouco. Acenou.
— Estava escuro lá dentro. Ia acender a luz, mas senti um golpe na nuca. Depois mais nada. O que houve? Estou em um hospital?
— Sim, Chris. Espere, vou te explicar tudo. Mas, tenho que avisar às enfermeiras. Primeiro temos que cuidar de você.
Apertei a campainha sobre a cabeceira da cama, sem tirar os olhos dele, sem soltá-lo. Sorri e o beijei de novo nos lábios. Seu rosto se suavizou um pouco.
— Ao menos estou vivo.
— Está. E é assim que vai ficar. Tem a vida toda para me compensar por 9 anos longe, ouviu? E por esses três dias dormindo.
— Três dias? – Pareceu surpreso. Então brincou: — Não acredito que fiquei três dias sem beijar e amar você.
Meu coração disparou ao ver seu sorriso meio de lado, seus olhos azuis, a vida em seu corpo, ele de volta para mim. Abracei-o forte, chorando e rindo. E foi assim que a enfermeira nos encontrou, saindo logo para chamar o médico.
Tudo aconteceu como um furacão. João Pedro Valente vindo com uma enfermeira e examinando-o, conversando com Chris, fazendo perguntas até ficar satisfeito vendo que estava lúcido. Seus movimentos também não foram afetados e Chris já queria levantar, para divertimento do médico.
— Quando terei alta?
— Primeiro terá que acostumar seu estômago com água e alimentos. Se aceitar a água, passaremos a sucos e sopas. Então se levantará aos poucos. Se tudo correr bem, terá sua alta.
— Mas quando? – Estava impaciente, louco para sair dali.
— Fique bom até amanhã. Então podemos conversar. – João Pedro sorriu.
— Quero sair hoje. – Franziu o cenho, um pouco irritado. — Já perdi tempo demais aqui. Preciso ver meu filho.
Eu sorri e acariciei seu cabelo.
— Não se preocupe, traremos Lipe aqui.
— Precisa sair daqui bom, para não voltar. – Alertou o médico.
Saiu, dizendo que a enfermeira traria água e mais tarde viria o suco. Chris reclamava comigo que queria sair da cama, quando seus pais entraram. Nora abafou um grito de alegria e correu para o filho chorando. Tínhamos levantado a cabeceira da cama e Chris ficou meio tonto, mas já tinha melhorado. Ficou emocionado ao ver os pais.
Arnaldo também o abraçou. E soluçou como criança, dizendo baixinho:
— Me perdoe, meu filho. Me perdoe...
— Que isso, pai...
Eu chorei em silêncio com a cena. Era muita coisa para o casal idoso, muita coisa para passarmos. Tinha sido uma provação imensa, desencontros e dor, sofrimento, medo. Mas agora Amélia estava presa. Nosso caminho estaria livre da sua maldade. E todos nós poderíamos viver longe de suas armações.
Uma nova vida se abria.
Encontrei os olhos azuis de Chris enquanto abraçava e confortava seus pais e era tão amado por eles. Sorri com lágrimas nos olhos. E ele me disse que me amava. Sem palavras. Através do olhar e da alma. Através da nossa conexão.
Nunca fui tão feliz em minha vida.
Vamos Chorar mores
Autor(a): Ally✿
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
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taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11
ei cade vc vem finalizar a web..
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gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32
Finaliza a web!! GoxxxTo tanto
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taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53
ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .
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anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57
ally cade vocee
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cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32
Leitora nova! Por favor continua
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vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34
AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS
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millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10
Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(
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isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39
continua
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julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29
Continua
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millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44
Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final