Fanfics Brasil - 133° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 133° Capítulo

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Vomitando Arco-íris com essa nova família *----* 


 




Christopher Uckermann


Naquele dia bebi água e, após um momento de enjoo, consegui tomar mais. Depois foi a vez de um suco de maçã e à noite veio uma sopa rala. Só então me dei conta que estava faminto. Também tive ajuda e consegui me levantar. No início fiquei tonto e um pouco fraco, mas logo retomei minhas forças e passei a andar pelo quarto numa boa. O soro foi retirado e tomei uma bela chuveirada no banheiro, sentindo-me novo.


Enquanto escovava os dentes e penteava o cabelo, fitei a marca que esmorecia em meu pescoço, perturbado quando soube de tudo que aconteceu e o quanto estive perto de morrer. Eduardo tinha vindo da delegacia e contado o depoimento do comparsa de Amélia, que disse como me acertou na nuca, a injeção de ar que ela aplicou em meu pescoço e o enforcamento para disfarçar tudo e forjar suicídio. Ela tinha ultrapassado todos os limites. Ido além do que eu podia imaginar. Por sorte tinha errado, pois como médica sabia bem onde ficava a veia. Talvez na hora o nervosismo ou a pressa a tenha atrapalhado. Caso contrário, eu estaria morto.


Recebi visitas dos meus amigos, que acabaram me fazendo rir e me distraindo. O tempo todo Dul ficou perto de mim, sentada ao meu lado no sofazinho segurando minha mão ou acariciando meu cabelo quando fiquei um pouco cansado e fui para a cama. Quase não tivemos tempo de ficar sozinhos e eu queria tê-la mais junto a mim, mas me conformei em não largá-la, enquanto todos me colocavam a par do que tinha acontecido e daqueles dias em que fiquei em coma. Depois foram embora e fiquei com Eduardo, Karine e Dulce.


Fiquei muito emocionado quando meus pais voltaram mais tarde com Lipe e Maju. Eu estava em uma poltrona de jeans e camiseta, e ele não estranhou tanto, apesar de ser a primeira vez que entrava em um hospital. Ficou um pouco sem graça, mas me levantei cheio de saudade e então veio para meu colo.


Eu o ergui e abracei forte, fechando os olhos. Pensei o quão perto estive de nunca mais fazer aquilo, de morrer e deixá-lo nas mãos daquela louca, que com certeza o faria infeliz. Seus bracinhos me apertaram e falou meio confuso:


— Você se machucou, pai?


Afastou o rosto para me olhar. Fitei os olhos tão parecidos com os meus, mas ainda tão puros e inocentes... Acenei com a cabeça e sorri com carinho.


— Sim, mas já estou bom. Amanhã volto pra casa.


Ele concordou, atento. Explicou:


— Estou morando na casa da vovó e do vovô e eles me deixam fazer tudo. Eu e a Maju estamos deixando a Silvana doida.


— Ah, é? – Meu sorriso se ampliou. — Até imagino isso. Coitada da Silvana.


Beijei-o na bochecha e o coloquei no chão, acariciando seu cabelo macio. Fitei a garotinha de cabelos claros e ar sapeca que tinha ido para o colo de Dulce. As duas eram lindas e senti um baque por dentro, pensando que fariam parte do meu futuro. Nem dava para acreditar que finalmente eu ia ter a família que quis.


Ela me olhava, prestando atenção.


— Você está com o pescoço dodói. – Disse um pouco preocupada. — Caiu?


— Digamos que sim. – Sorri. Dulce a colocou no chão e Maju veio até mim, curiosa. Eu sentei na ponta do sofá para poder olhá-la de frente, estendendo minha mão. — Tudo bem?


— Tudo. – Segurou minha mão, vindo mais perto. Era linda, tinha o sorriso feliz de Dulce. Fiquei emocionado, pois ela era parte da mulher que eu amava e poderia ter sido minha filha. Tanta coisa não se realizou. Mas, me conformei pensando que ainda daria tempo.


— Você é o pai do Lipe, né? Vai morar com a gente? Agora to morando com o vô Arnaldo e a vó Nora.


Eu ri, lançando um olhar aos meus pais. Os dois sorriam bobos. Dulce comentou:


— Essa aí é muito oferecida.


— Você gostaria de morar em uma casa bem grande comigo, sua mãe e o Lipe? – Acariciei sua mãozinha, encantado com ela.


— Eu ia gostar. – Emendou Lipe, se encostando em meu joelho e olhando para nossas mãos unidas. Meio enciumado, segurou minha outra mão. — E com o vovô e a vovó também.


— É, todo mundo junto! – Maju abriu um largo sorriso.


— Eu também? – Brincou Eduardo.


— Também! – Disse animada.


— E tia Karine também. – Emendou Lipe. — E tia Annie, tio Poncho, tio Christian, tia Mai, e a Silvana...


— E a Suzilei. – Completou Giovana.


Os adultos riam. Eu também, meus olhos indo de um a outro, uma parte minha e outra da Cecília. Pensei de novo no Senhor tempo, que podia unir ou separar destinos para sempre. O meu estava ali, resgatado de um passado, de um erro que cometi. Mas foi me dada uma nova chance. Mais de uma: a de reencontrar a mulher da minha vida, única que amei; de unir nossos filhos, que desde o início tinham que ser só nossos; a de sobreviver a uma tentativa de assassinato e estar ali vendo aquilo, tendo duas mãozinhas nas minhas.


Senti a felicidade e a esperança se espalhando dentro de mim. Eu ganhava um mundo de novas possibilidades e oportunidades. E daquela vez as agarraria com unhas e dentes. Daria valor a cada dia, cada sorriso, cada pequena vitória. Por que tinha entendido o que realmente importava e que o tempo era implacável. Tudo que perdemos não voltaria. Mas, teríamos novas coisas, o que viria dali para frente.


Olhei com amor para Dulce e ela me fitava fixamente, seu rosto lindo expressando sua felicidade e emoção. Trocamos um olhar quente, cheio de promessas, garantindo um ao outro sem palavras que tudo daria certo. E eu realmente acreditei.


Ficamos juntos até às 18 horas, quando meus pais, Eduardo, Karine e as crianças se despediram. Depois de beijos e abraços, ficamos sozinhos. Mas, então veio a sopa para tomar e depois gelatina. Eu me senti outro depois do alimento e das visitas, revitalizado. Insisti que Dulce saísse para jantar no restaurante do hospital e ela foi. Escovei os dentes e me recostei um pouco na cama, cansado. Depois de dias desacordado, meu corpo dava sinais e eu me sentia mais fraco que o habitual. Acabei caindo no sono.


Quando acordei, já passava das nove horas da noite. O quarto estava na penumbra, a tevê da parede ligada baixinho. Dul estava sob o cobertor no sofá que virava cama, mexendo em seu celular com fones de ouvido, concentrada. Imaginei que estivesse ouvindo música e a observei um momento, seus lábios mexendo suavemente cantando quase sem som. Acho que nunca cansaria de olhar para ela. Tive uma vontade incontrolável de tocá-la, senti-la, saber o que ouvia. Levantei devagar.


Na mesma hora me olhou. Já ia se erguer, mas falei baixo:


— Fique aí. Estou indo.


Seus olhos castanhos brilhavam no escuro. Fiquei satisfeito por não me sentir tonto. Deixei os chinelos ao lado do sofá, ergui a ponta do corredor e logo me deitava na cama, cobrindo a nós dois. Fiquei de lado, de frente para ela, meus olhos nos seus.


Acariciei sua face macia, sentindo um misto de amor, saudade e paixão. Passei os dedos até a orelha pequena, tirando um dos fones e levando para meu ouvido, onde o acomodei. Um ficou no dela e outro no meu. Ao mesmo tempo senti seu corpo, seu calor, seu cheiro. Na mesma hora reagi com uma ereção*, o sangue correndo mais rápido nas veias, o coração batendo forte.


A música invadiu meus sentidos, junto com tudo que despertava em mim:


Eu não sei parar de te olhar  Eu não sei parar de te olhar


Não vou parar de te olhar  Eu não me canso de olhar


Eu não sei parar De te olhar...


Eu a olhava dentro dos olhos, como se a música fosse para mim. Nunca me cansaria de olhar para ela. Nunca deixaria de amá-la. Maldades, milagres, tempo, destinos, escolhas, tudo que viesse e acontecesse não seria o bastante para me arrancar de Dulce. Eu era dela. Completa e irremediavelmente. Só a morte, e talvez nem mesmo ela, me impediria de finalmente realizar aquele amor, vivendo-o totalmente.


Não falei nem me contive. Bombardeado por sentimentos que extravasavam de dentro de mim, eu enfiei meus dedos em seu cabelo, mantive-a ali cativa, indo até sua boca e a tomando-a com amor, com emoções quentes e vorazes, cada parte do meu ser ligada àquele beijo. Senti seu gosto e era como voltar ao paraíso após uma longa e exaustiva viagem ao inferno. Eu morri e renasci. Eu era ainda mais dela, era todo repleto da nossa história, do que nos tornava um, do nosso recomeço.



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Autor(a): Ally✿

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



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  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


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