Fanfics Brasil - 135° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 135° Capítulo

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As crianças comemoravam felizes, como se fosse dia de festa no apartamento de cobertura dos meus pais. Eu estava de alta e aceitei o convite dos meus pais para ficar ali, pois não queria voltar para meu apartamento frio, onde com certeza Dul não se sentiria à vontade para ficar. Eu também não queria ir para a casa onde ela viveu com seu marido. Assim, ali foi a melhor opção.


Maju e Lipe corriam de um lado para outro, subiam na cama, riam, se escondiam, falavam fazendo com que os adultos achassem graça. Dulce não tinha ido trabalhar naqueles dois dias para ficar comigo e durante o almoço avisei que no dia seguinte, quarta-feira, também voltaria a trabalhar. Todos tentaram me convencer a tirar o resto da semana para me recuperar, mas já me sentia novo em folha, pronto para retomar minha vida em toda sua intensidade.


Convenci Dul a passar aquela noite comigo ali e nem cheguei a ir para o apart hotel que aluguei. Eu queria ver logo uma casa pra viver com ela, como se o tempo fosse fugir, fosse nos dar uma rasteira se esperássemos demais. Sentia ânsias de recuperar a minha vida, ser feliz, viver.


Foi um dia de paz e felicidade, com meus pais, Dulce e as crianças. À noite Karine e Eduardo vieram jantar conosco. E depois que foram embora, que meus pais se recolheram e pusemos nossos filhos para dormir, fomos para uma suíte de mãos dadas. Fechei a porta e levei Dulce até a cama, onde deitamos lado a lado, um de frente para o outro. Apenas nos olhamos, quietos, tanta coisa dentro de nós que as palavras se tornavam desnecessárias por um momento.


Ergui a mão e acariciei seu rosto. Dulce virou o rosto e beijou minha palma, emocionada. Quando me fitou de novo, disse baixinho:


— Estive tão perto de perder você de novo... Não consigo nem pensar nisso. Eu morreria, Chris. Não aguentaria.


— Nem a morte poderia me afastar de você, Dul. Mas, esqueça. – Corri os dedos em sua pele e cabelo. — A distância, a saudade e a separação acabou. Daqui para frente estaremos sempre juntos. Vamos viver lado a lado, casar, criar nossos filhos, ter outros. Nada nos impedirá de viver nosso amor. Até meu último suspiro, eu quero você comigo.


— E eu quero você sempre, sempre... – Aproximou-se um pouco mais e beijou meus lábios, seus olhos percorrendo meus traços com amor, fixando-se nos meus com sentimentos que transbordavam. — Eu te amo tanto, Chris... Tanto que não sei mais respirar se não estiver perto de mim. Foi horrível cada segundo longe de você. Nunca mais quero passar por isso.


— Não vai passar. – Lentamente, desci os dedos por seus lábios, queixo e pescoço. Sem tirar meus olhos dos dela, comecei a desabotoar seu vestido.


Como tinha ficado desacordado, não passei pela agonia dela, da minha família e dos meus amigos, que tiveram que me ver em coma por três dias, sem saber o que seria de mim quando acordasse. O tempo ali não foi contado para mim, nem existiu. Mas eu os entendia. Pois senti algo parecido nos anos que fiquei longe dela.


Passei o olhar por sua pele macia ao tirar o vestido por seus ombros e escorregá-lo fora de seus braços. Deixei-a só com a calcinha e o sutiã brancos, admirando-a, desejando-a tanto que doía. Fitei novamente seus olhos, dizendo rouco:


— Durante nove anos eu senti essa saudade, Dulce. Mas a mantive guardada dentro de mim, pois era uma maneira de seguir em frente sem você e com minhas escolhas. Era como se eu a deixasse vir à tona, minha vida inteira perdesse o sentido.


— Eu senti a mesma coisa. – Confessou.


Acariciei seu cabelo comprido, brincando com uma mecha, ambos mergulhados demais nos olhos um do outro, deixando que as emoções aflorassem, extravasassem de dentro de nós.


— Você me acostumou a ouvir músicas e senti-las como minha. – Sorri meio de lado. — Tem uma do Luiz Melodia que me deixava triste, que me fazia sempre ter vontade de te procurar. Em alguns momentos eu parava a correria do dia a dia, ouvia essa música e pensava em jogar tudo para o alto. Mas então, pensava na minha vida, nas minhas responsabilidades, nas minhas escolhas. E achava que você nunca mais ia querer me ver, que já tinha uma outra vida além de mim. Chegava a achar que o que vivemos foi um sonho, que as lembranças não corresponderiam mais à realidade dos fatos vividos.


Ela me olhava muito quieta, mas emocionada, suas mãos pousadas em meu peito sobre a camisa, a penumbra e o silêncio do quarto sendo testemunhas de coisas que foram tão íntimas, que nunca contei a ninguém. O tempo nunca me impediu de pensar nela. Muitos diriam que era longo demais para preservar um amor e até eu tentei me convencer daquilo. Mas bastou um olhar, uma palavra, um reencontro e o sonho voltou a ser realidade.


— Que música foi essa?


— Quase fui lhe procurar. – Sorri com certa tristeza, pois o título dizia tudo.


Eu adoro essa música. Também pensava em você quando ouvia. Tantas músicas me lembravam você nesses anos todos, Chris. – Falou docemente, a voz cheia de sentimentos e saudades, até mesmo uma pontada de dor. — Você vinha sem que eu esperasse, de repente. Uma lembrança, uma canção, uns olhos azuis, um cheiro... E lá estava você dentro de mim, me lembrando do que era viver sem sua presença junto a mim.


— Errei tanto amor. Perdi tanto tempo. – Sentia meu peito apertado, dolorido. Parei com a mão em sua face, emoldurando-a, minha voz expressando o que vinha do mais profundo do meu ser. Eu tinha necessidade de falar, de que ela soubesse como me senti. Depois de tudo que passei, aquilo parecia gritar por sair. — Às vezes pensava se o tempo, a minha dor, os meus desejos e os meus sonhos transformaram as minhas lembranças. Modificaram minha história. Roubaram minha verdade. Nessas horas eu pegava meus objetos e revivia ainda mais aqueles momentos.


— Que objetos? – Perguntou baixinho.


— Aquelas roupas das Lojas Americanas. Guardo até hoje comigo.


Dulce arregalou os olhos.


— Jura? – Murmurou, tocada.


— Juro.


Mordeu os lábios, com lágrimas nos olhos. Eu tinha vergonha, pois por dentro minha vontade era de chorar também, lavar minha alma, tirar tudo que ainda tinha dentro de mim, como se assim eu me renovasse para a vida que sempre desejei e que agora era minha. Continuei baixinho:


— Aquelas roupas guardadas me davam a certeza de que o que vivi não foi um sonho, mas a verdade. Era o que me restava junto com as lembranças e a saudade. Eu sentia sua presença e vinha o desespero, mas depois me acalmava por que ao menos eu tinha aquilo, algo que eu podia tocar, que me acalmava e confortava, que me dava a certeza de que vivi. Vivi tudo aquilo. Sua presença sempre esteve comigo. Eu olhava para trás com olhos saudosos e flertava com a esperança. E se eu te encontrasse? E se o destino colocasse você na minha frente? Então revivia no corpo e na alma as alegrias daquele tempo.


— Pare. – Pediu emocionada, sem poder conter as lágrimas que desciam por seu rosto.


— Eu não posso parar, Dul. – Ergui as mãos e enxuguei suas faces, também doído, mas apaixonado, feliz por que aquilo era passado e ela estava ali comigo. Trouxe-a mais para perto de mim, com o peito arfante, a alma inundada, a voz engrossada pela emoção. Meus olhos mantiveram os dela nos meus, penetrando-os intensamente. Dulce desabafou:


— Muitas vezes perguntei a mim mesma: Será que Chris lembra de mim? Eu queria também a confirmação de que o sentimento que parecia ter por mim foi real. Eu sabia que amores vêm e vão. Mas o que tinha ficado de nós para você? Havia um medo dentro de mim de que tudo tivesse ficado só comigo, ainda mais quando via suas fotos, sua família, seu sucesso. Eu me sentia excluída, afastada, esquecida.


— Nunca! – Abracei-a forte, com o coração disparado, a respiração irregular. Apertei sua cabeça contra meu peito, seu corpo fundido ao meu, fechando os olhos por um momento, com ódio de mim mesmo. — Pensei que o tempo tiraria você de dentro de mim, mas ele nunca fez isso. Eu vivi com a ausência do seu amor, mas essa ausência era presente. Era saudade, lembrança, pensamento.


Segurei seu cabelo na nuca e puxei-o para trás para poder fitar seus olhos de modo penetrante, firme, emocionado.


— Quantas vezes perguntei a mim mesmo como você estaria. Como seguiu em frente, se driblou a dor e o amor como eu, se sentiu angústia e tristeza. Por que você, Dulce, ficou escondida na minha lembrança, guardada no meu sentimento e protegida pelo meu desejo. Permaneceu exatamente assim dentro de mim e acho que foi isso que me fez passar por esses nove anos sem saber de nada, lutando para não desistir e te procurar. Por que no fundo sempre esteve comigo, mesmo na minha covardia, mesmo quando eu tentava me convencer que o que fomos havia acabado. Mas nunca acabou. E quando te vi de novo, eu soube disso. Não caminhei e segui em frente esses anos todos. Eu paguei uma penitência de joelhos, longe de você.


Ela não disse nada. Seus lábios e queixo tremiam. Seus olhos estavam novamente marejados. Então me agarrou bem forte e me beijou na boca apaixonada, tocada, desesperada. Exatamente como eu me sentia.



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Autor(a): Ally✿

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



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  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


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