Fanfics Brasil - 22° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 22° Capítulo

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Mal cheguei dentro do meu carro, tirando o paletó e a gravata, eu liguei para ela.


— Christopher... – Disse meu nome com aquela voz doce, feliz. Isso bastou para animar o meu dia.


Ao fundo dava para ouvir uma música tocando. Acho que nunca mais poderia ouvir alguma MPB sem pensar nela.


— Oi, Dulce. Está se divertindo aí?


— Muito! – Deu uma risada. — Dando faxina.


— Faxina como? – Franzi o cenho, abrindo os dois primeiros botões da minha camisa social azul.


— Faxina de faxina, Christopher. Limpando tudo. – Parecia divertida com meu tom.


— Por que não paga alguém para fazer isso?


— Meus pais não são ricos e eu tenho obrigação de fazer e de economizar no que eu puder. Eles pagam a minha faculdade, o aluguel do meu apartamento em uma boa localização e me mantem aqui com sacrifício. Por que vou explorá-los? É o mínimo que posso fazer.


Eu a ouvi, gostando ainda mais dela. Admirando-a. Era uma moça como poucas, ligada à família, dando valor ao que tinha.


— Eu saí mais cedo do trabalho hoje. Vamos sair, aproveitar a tarde.


— Tudo bem. Continuo a faxina amanhã. Se programou para alguma coisa?


— Não.


— Então me dá só uma hora pra organizar as coisas aqui. – Pediu.


— Tudo bem. Daqui a pouco estou aí.


— Te espero.


Eu aproveitei o tempo e fui almoçar, coisa que ainda não tinha feito, em um restaurante ali perto. Dobrei as mangas da camisa, pus uma música para tocar no carro e então segui para Laranjeiras. Esperei dentro do carro e achei estranho quando Dulce desceu usando roupa de ginástica.


Estava linda, com um top por baixo de uma camiseta e bermuda coladinha, fazendo o contorno arredondado dos seus quadris. Os cabelos ondulados estavam soltos e sorria como sempre ao vir até o carro, carregando duas sacolinhas das Lojas Americanas e duas toalhas de banho.


Fiquei tão surpreso que nem saí do carro para recebê-la, mas logo ela abria a porta e pulava dentro, batendo-a atrás de si.


— Oi! – Deu-me um beijo estalado nos lábios, toda feliz. — Topa fazer um programa de turista saudável?


Eu tinha pensado da gente ir para o cinema, tirar uns amassos e depois sair para comer alguma coisa. Talvez até no final Dulce mudasse de ideia com seu jogo duro e me convidasse para o apartamento dela. Mas fui contagiado por sua alegria.


— Não sei o que você está pensando. Mas alguém está vestido com a roupa errada para sair. Eu estou com roupa de trabalho e você de academia. – Falei com um sorriso de canto. E ela só riu.


Tirou de uma das sacolas uma sunga de praia preta, uma blusa Hering branca, um par de Havaianas e uma bermuda tipo de praia. Eu arregalei os olhos. Caralho *, nunca vesti nada das Lojas Americanas. Minhas roupas eram de grife. Aliás, eu só tinha entrado nas Lojas Americanas poucas vezes para comprar chocolate.


Dulce deu uma gargalhada ao ver a minha cara e acabei rindo também.


— Está falando sério? – Apontei para as roupas.


— Muito sério. – Mas sorria amplamente.


— E como vou me trocar?


— Você vai ver.


Eu me divertia com o passeio inesperado. Olhei-a um pouco e então ergui a mão, acariciando seu rosto. Na mesma hora sua expressão mudou sob meu olhar intenso, ficando corada quando falei baixo:


— Quero meu beijo.


— Mas, eu já te beijei.


— Aquilo não é o que quero.


— E o que é? – O clima dentro do carro já havia mudado. Parecia hipnotizada enquanto passava o polegar em sua face, meus outros dedos penetrando em seu cabelo.


— Você sabe, Dul.


Não saí do meu lugar. Visivelmente excitada, veio até mim. Acariciou meu rosto com carinho, depositou a outra mão em meu peito sobre a blusa, direto em cima do coração. E então fitou meus lábios antes de se aproximar mais e inclinar a cabeça para me beijar.


Era delicada, suave. E na mesma hora tomei a dianteira, abrindo meus lábios e saqueando os dela com paixão, não dando-lhe chance nem de respirar. Imobilizei sua cabeça com a mão grande espalmada em sua nuca e pescoço, sentindo-me mais feliz do que algum dia estive, meu dia tendo realmente significado a partir do momento que ela entrou em meu carro. Tudo pareceu mais bonito e colorido, mais intenso.


Chupei sua língua com meus sentimentos exaltados, meu corpo excitado, minha mente concentrada só nela, como se o mundo todo deixasse de existir. Senti que gemia, que seus dedos se encrespavam em meu peito, que reagia com a mesma luxúria e entrega que eu.


Queria continuar. Desejava passar o dia beijando-a e fazendo amor com ela, agoniado em meu tesão e em meu desejo, maior do que tudo que já senti na vida. Mas quando a coisa começou a ficar realmente fora de controle, eu me forcei a parar. Saboreei seus lábios sem pressa, prendi o inferior entre os dentes e depois o lambi devagarinho. Só então me afastei um pouco e fitei seus olhos castanhos nublados de desejo.


— Me diga para onde vamos. – Ordenei baixo, rouco.


Tive a vontade insana que dissesse para irmos ao seu apartamento, ali tão perto. Por um momento, acho que Dulce também vacilou. Como se pudesse ler o que eu queria e desejasse também. Mas murmurou:


— Ainda não estou pronta.


Eu sabia. Era seu limite. Acenei com a cabeça e a soltei.


— Está chateado? – Voltou ao seu lugar, sem tirar os olhos de mim.


— Não.


Estava excitado, duro, doido para acabar com aquela tortura. Mas ao mesmo tempo via a insegurança em seu olhar, sabia que havia uma história por trás daquilo e, surpreendentemente, não queria ver mágoa ou tristeza nela. Já tinha minha parcela de culpa em nossa história, pois estava ali sem ser sincero, sem contar quem eu era, que tinha compromisso com outra pessoa. E não queria ser mais culpado ainda, mas que viesse para mim conscientemente.


— Para onde vai me levar? – Brinquei para descontrair o clima pesado pela tensão sexual.


— Floresta da Tijuca. Conhece as cachoeiras das Paineiras?


— Conheço o caminho, mas nunca estive lá. – Respondi, pondo o carro em movimento. Era um programa que, mesmo morando no Rio, eu nunca fiz nem tinha pensado em fazer. Era passeio de turista.


Saindo das Laranjeiras, seguimos em direção ao Alto da Boa Vista e era uma paisagem exuberante, maravilhosa, com direito a ver vários cartões postais do Rio, como o Cristo Redentor, a Lagoa Rodrigo de Freitas e as praias de Copacabana, Ipanema e Leblon. Do outro lado ficava a Tijuca. Era estar no meio de uma floresta em uma via urbana.


O sistema de som do carro, Meridian, de última geração, tocava uma música internacional mais agitada, em uma qualidade impressionante dentro do Land Rover. Mas recostada em seu assento de couro Oxford, Dul pediu:


— Posso colocar uma MPB?


Eu sorri e lancei um olhar a ela. Comentei:


— Eu quando vinha para cá pensava que não poderia mais ouvir uma música popular brasileira sem pensar em você. É claro que pode. Há uma infinidade de opções aí.


— Oba!


Começamos a falar do nosso dia e ela contou como foi a aula daquela manhã, enquanto selecionava uma coletânea e colocava para tocar. Suspirou quando a voz de Maria Bethânia ecoou límpida dentro do carro.


— Amo essa música!


E enquanto eu dirigia meu carro potente e luxuoso naquela estrada belíssima cercada de árvores e paisagens impressionantes, nós dois protegidos ali dentro, Dulce se recostou no banco e começou a cantar baixinho com sua voz melodiosa:


Depois de ter você Pra que querer saber Que horas são?


Se é noite ou faz calor Se estamos no verão Se o sol virá ou não Ou pra que é que serve Uma canção como essa?


Depois de ter você Poetas para quê? Os deuses, as dúvidas Pra que amendoeiras pelas ruas?


Pra que servem as ruas? Depois de ter você...


Eu me senti abalado. Percebi que meus sentimentos se exaltavam ali naquele nosso mundinho. Estávamos protegidos, felizes, em uma realidade só nossa. Tudo parecia ter ficado para trás, fora daquele carro. E aquela música só serviu para mexer mais comigo, para me fazer pensar sobre o que realmente valia a pena.


O que importava todo o resto, se eu estava ali com Dulce, mais feliz do que já fui um dia? Pra que querer saber que horas são? Depois dela, como eu poderia seguir em frente? Em que momento eu poderia deixar de sentir tudo aquilo e tirá-la da minha vida?



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Autor(a): Ally✿

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



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  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


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