Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy
O fato de sermos de famílias ricas e tradicionais também ajudou, mas a amizade era uma coisa inexplicável, surgia do nada e era fomentada independente de personalidades diferentes ou opiniões. E foi assim com a gente. Um acabou conhecendo a vida do outro, e aquele laço se fortaleceu. Até o Clube Catana conhecemos juntos, por volta dos dezoito anos de idade, quando os hormônios eram mais loucos do que podíamos controlar e procurávamos novas formas de divertimento. Acabamos gostando de lá, não apenas pela liberdade sexual, mas por ser um lugar exclusivo, fechado e luxuoso. O que acontecia no Catana ficava no Catana.
E mesmo agora, anos depois, ainda aparecíamos por lá. Christian era o que mais frequentava o lugar, por ter se interessado pelo BDSM e ser um Dom no local. Poncho ia de vez em quando para farrear e se divertir em suas orgias. Eu sempre preferi mais intimidade. Já tinha ido para a cama com mais de uma mulher algumas vezes e usado apetrechos sexuais, mas gostava mesmo era de pegar uma só e mandar ver nela, fazendo tudo o que tinha vontade. Para isso não precisava de público.
Depois que fiquei noivo de Amélia aquelas incursões no Catana diminuíram mais ainda. Eu tinha a empresa para me preocupar, o Mestrado e o MBA, os finais de semana com Amélia e muitas vezes precisava viajar a trabalho. O tempo acabava ficando apertado. Depois que conheci Dulce então, nem havia pensado no clube. Mas naquele dia podia ser uma boa opção.
Quando cheguei em casa do trabalho, Amélia ainda não tinha chegado de Viçosa. Tomei um banho, troquei de roupa e, antes de sair, fui falar com minha mãe, que estava na sala de estar com duas amigas conversando sobre as obras de caridade em que eram envolvidas. Cumprimentei a todas e avisei minha mãe de que precisaria sair.
Nora Uckermann me olhou, elegante em seu vestido discreto e cinzento, seus cabelos curtos e escuros bem penteados. Apesar de ter 71 anos, aparentava uns dez ou quinze a menos.
— E a Amélia? – Perguntou.
— Vou ligar para ela.
— Está bem. Pode nos fazer companhia aqui. Vai a uma reunião?
— Não, vou encontrar Poncho e Christian.
— E ela não quer ir junto? – Observava-me.
— Não perguntei. – Dei um beijo em sua face, sem maiores explicações. Ela pareceu um pouco preocupada, mas não insistiu no assunto. Era louca para ter netos e, como meu pai, esperava aquele casamento. Mas procurava não se meter em minhas coisas.
— Certo, então. Dê lembranças minhas aos meninos.
— Pode deixar.
Eu me despedi dela e das outras senhoras e saí.
O Catana já estava bem movimentado. Poncho tinha escolhido uma mesa grande cercada por um sofá redondo a um canto e já estava lá com duas mulheres, uma em seu colo, a outra a seu lado, os três em um papo animado e sensual. Não eram escravas do Catana, ou seja, as prostitutas de luxo que tinha ali para entreter os clientes de todas as formas. Eram convidadas também, bonitas, parecendo achar graça do que meu amigo mulherengo dizia.
— Christopher ! – Poncho sorriu ao me ver. — Vem aqui conhecer minhas amigas.
Eu me aproximei e as cumprimentei com um aceno de cabeça. Logo fomos apresentados, enquanto eu me sentava. A que estava no colo de Poncho se chamava Elena. Era bonita, com um jeito alegre e extrovertido, muito simpática. Parecia caidinha por meu amigo.
A que estava ao lado deles era igualmente simpática, bonita e inteligente, chamada Cristina. E não demorou muito mais três amigas delas se aproximaram e me olharam com interesse, enquanto éramos apresentados. Simone era um pouco mais tímida que as outras e me olhou de um jeito desejoso, como se eu fosse um pote de doce bem saboroso. Era uma graça e sorriu, cheia de charme. Bárbara piscou o olho para mim e sentou-se ao meu lado. Mas a terceira, Mariana, deixou claro o que queria assim que conseguiu um espaço na ponta, quase sentando em meu colo.
— Eu sabia que devia vir hoje aqui. Alguma coisa me avisava que era minha noite se sorte.
Eu fixei meus olhos nela e a menina ficou toda nervosa. Deu para perceber que era uma dessas mulheres apaixonadas, sem frescuras, que mergulhavam de cabeça quando estavam a fim de um homem. Em qualquer outro dia eu aproveitaria aquilo. Ou uma das outras ali, todas interessantes. Mas eu me sentia estranho. Como se faltasse uma parte de mim.
— Quer uma bebida? – Perguntei sério, pensando que talvez aquilo fosse tudo que eu precisava para me sentir normal de novo.
— Quero sim.
— E vocês? – Simone e Bárbara concordaram, sorrindo.
Eu chamei uma garçonete com top e short de napa vermelho e ela anotou os pedidos. Por um momento pensei qual seria o seu nome e isso me fez pensar em Dulce. Se estivesse ali, com certeza já estaria fazendo isso.
— Cadê o Christian? – Perguntei a Poncho, que se deliciava com as meninas. Ele e Elena só faltavam se atracar ali mesmo.
— Tá por aí afiando seu chicote. Tem um monte de menina atrás dele querendo ser a sub de hoje. – Disse divertido.
Conversei com as meninas e recebi umas cantadas bem diretas, principalmente de Mariana. Mas por incrível que pudesse parecer, aquela noite não era para mim. Eu me sentia fechado, preocupado, sem vontade de nada a não ser ficar sozinho. Imaginava que Dulce àquela hora devia estar nas casas dos pais e só voltaria no domingo à noite. Enquanto Amélia estaria em minha casa, esperando para passar o final de semana.
— Você está bem? – Indagou Mariana, depois de um momento que fiquei calado, pensativo.
— Tudo bem. – Acenei com a cabeça.
— Christopher ? – Indagou uma voz masculina ali perto e virei a cabeça para fitar um homem de quase um metro e noventa parado ali perto, com cabelos escuros e olhos cor de chumbo. Tinha uma expressão fechada, mas eu sabia que era natural nele, seu jeito. Era empresário também e investidor. Tínhamos feito alguns negócios juntos.
— Rafael. – Levantei e apertei sua mão. — Não sabia que frequentava o Catana.
Rafael Romano explicou:
— É a primeira vez que venho. Vim com uns amigos.
Passou os olhos em volta da mesa e cumprimentou Poncho e as meninas com um aceno de cabeça. Senti que seu olhar se fixava em Mariana e a moça ficou corada, olhando de mim para ele como se não soubesse se decidir onde devia parar. Sorri comigo mesmo e os apresentei.
Autor(a): Ally✿
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Rolou o maior clima e foi melhor assim. Deixei-os conversando e fui andar pelo clube, querendo afastar aquele mal estar de dentro de mim, mas sem conseguir me concentrar em nada. Encontrei Christian na masmorra, separando as cordas que usaria na sessão de shibari, cercado de garotas que cochichavam entre si e tentavam chamar a atenção dele. — J&aa ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
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taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11
ei cade vc vem finalizar a web..
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gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32
Finaliza a web!! GoxxxTo tanto
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taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53
ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .
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anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57
ally cade vocee
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cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32
Leitora nova! Por favor continua
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vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34
AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS
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millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10
Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(
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isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39
continua
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julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29
Continua
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millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44
Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final