Fanfics Brasil - 42° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 42° Capítulo

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Capítulo nojinho mas faz parte nenas 


 




Amélia Venere


Uma coisa que ninguém poderia me acusar era de ser burra.


Naquele sábado observei bem Christopher e comecei a fazer meus planos. Era mais do que certo que havia algo errado com ele e não era coisa boba. Estava frio e distante. Tinha me evitado na sexta e agora fazia o mesmo, deixando-me na suíte com meus livros de Medicina.Comecei a entender que, se não me situasse, poderia ficar para trás. Era hora de começar a sondar e agir, se eu queria meu futuro garantido.


Estava irritada, pois odiava ter que sair do meu pedestal para sujar minhas unhas, mas tinha horas em que fazer isso era necessário e esperei o momento propício.


Christopher tinha saído para levar a mãe na casa de uma amiga. E eu saí como quem não quer nada, em busca de Arnaldo. Não custava nada ter uma conversinha inocente com ele.


No corredor, encontrei Eduardo, que vinha com fone de ouvido, assoviando uma música. Sorri docemente para ele, na verdade pensando o quanto era vagabundo e sem objetivos. De todos da família, era quem eu menos gostava. Parecia sempre me tratar com ironia e, mesmo sem nunca ter me maltratado, adorava jogar piadinhas. Era a velha antipatia, que tanto eu quanto ele, muito educados, disfarçávamos perante os outros.


— Bom dia, Edu.


— Bom dia, Amélia.


— Só curtindo uma música, não é?


— É, Legião Urbana. Gosta? – Parou perto de mim, sorrindo.


— Não muito. – Dei de ombros, um sorriso também colado no rosto.


— Que pena. Achei essa música bem adequada pra você.


Isso me fez olhá-lo com mais atenção. Indaguei com cuidado:


— Por quê?


— Ouça. – E me entregou os fones de ouvido.


Eu os peguei, desconfiada. E ouvi uma parte da música:


(...) Mas não é bem assim que as coisas são Seu interesse é só traição e mentir é fácil demais Mentir é fácil demais Mentir é fácil demais Mentir é fácil demais Tua indecência não serve mais Tão decadente e tanto faz Quais são as regras? O que ficou? O seu cinismo essa sedução Volta pro esgoto, baby Vê se alguém lhe quer O que ficou é esse modelito da estação passada (...)


Furiosa por dentro, eu arranquei os fones do ouvido e o fitei, olhando-me com seu sorriso odioso. Não demonstrei minha irritação. Disse friamente:


— Você e suas piadinhas sem graça, Edu.


— Quem disse que é uma piada? – Ergueu uma sobrancelha.


Ele me provocava para que eu me descontrolasse. Mas nunca conseguia. Sorri ainda mais e balancei a cabeça, suspirando como se falasse com uma criança:


— Está bem, querido. Agora preciso ir. Divirta-se com suas músicas.


Não levei o assunto adiante, embora minha vontade fosse a de demonstrar bem o meu desprezo. Aquele mimado metido a esperto veria o que era bom quando me casasse com Christopher. Ele que se metesse comigo então.


Segui pelo corredor, meus saltos batendo na madeira. Contive a irritação e, como quem não quer nada, segui para o escritório, onde estantes enormes guardavam uma infinidade de livros. É claro que sabia que Arnaldo estava lá, era seu lugar preferido da casa, sempre envolvido em seus negócios e fumando seu charuto. Mas fingi surpresa e parei na porta, exclamando:


— Ah, desculpe, Arnaldo! Não sabia que estava aqui. Vim pegar um livro.


— Entre, Amélia. – Sorriu, parando de digitar um pouco em seu notebook, o charuto cubano pendurado no canto da boca.


Aproximei-me com uma expressão de coitadinha, meu olhar baixo.


— Obrigada.


— Tudo bem?


Parei em frente a sua mesa e apoiei as mãos no encosto da cadeira. Fitei-o como se estivesse confusa. Mordi os lábios.


— Na verdade, não sei.


— Como assim?


Aproveitei-me de sua preocupação. Suspirei, desolada.


— Promete que não dirá nada?


— Claro. – Fitava-me atentamente.


— Arnaldo, tenho sentido Christopher tão distante esses dias. Às vezes fico me indagando se quer mesmo ter um compromisso sério comigo.


— Mas é claro que quer! Meu filho é assim mesmo, fechado, sério demais. Sempre foi. – Sorriu.


— Não sei. Já estamos juntos há dois anos. E nem somos noivos ainda. Estou começando a pensar se esse relacionamento é sério somente para mim. – Parecia desolada.


— Acalme-se. Christopher  é um homem de palavra. – Pensou um pouco e decidiu: — Mas vou conversar com ele. O que disse é certo. Está mais do que na hora de firmarem tudo publicamente, com um noivado.


— Mas não quero que ele pense que estou pressionando. Longe de mim!


— Não se preocupe. Sei como lidar com ele. – Sorriu.


Eu sorri de volta, sem fingimento. Sabia a fonte para manter Christopher sob rédeas curtas. O pai. Era a pessoa que ele mais respeitava e admirava. Enquanto estivesse do meu lado, tudo estaria bem.


Durante o almoço, estávamos todos à mesa. Na cabeceira, Arnaldo. Ao seu lado direito, Christopher e eu. Ao lado esquerdo estavam Nora e Eduardo. O assunto como sempre girava sobre coisas da empresa e depois sobre uma viagem que Nora andava cobrando ao marido, de visitar os parentes dele que viviam na Espanha. 


Christopher estava mais calado que o habitual, sério demais. Eu o deixava quieto, mas me irritava. Odiava me preocupar e ter que cansar minha beleza com algo que achei que já estava garantido.


Já estávamos na sobremesa quando Arnaldo disse alto:


— Eu estava pensando que poderíamos fazer uma festa, Nora.


— Festa? – A esposa o fitou. Tinha belos olhos azuis, de quem Christopher puxara. — Para comemorar o quê?


— Podemos arrumar um motivo. – Sorriu e olhou para o filho mais velho. — Quem sabe um noivado. Já está mais do que na hora.


Eu não sorri. Na verdade controlei bem minha satisfação com uma expressão tranquila. Senti Christopher rígido ao meu lado, virando a cabeça para olhar seu pai.


— O que me diz, filho?


— Ah, seria maravilhoso! – Emendou Nora, animada. — Adoraria organizar uma reunião bem íntima, com nossos amigos mais chegados.


— Não. – Disse Christopher secamente.


O silêncio reinou na sala. Fiquei com vontade de jogar vinho na cara de Eduardo ao vê-lo sorrir na minha frente. Arnaldo pareceu confuso e fitou o filho mais velho.


— Mas vocês namoram há dois anos.


— Só fico noivo depois que me formar.


— Mas, isso é só no fim do ano. – Disse Nora. — Uma coisa não tem nada a ver com a outra, querido.


— Para mim tem. – Ele estava mais sério que o habitual, seu olhar duro, a voz decidida. — Não precisamos ter pressa.


— Prefere assim? – Indagou Arnaldo.


— Sim, é assim que eu quero.


Não perguntou o que eu queria e me enfureci, pois estava em suas mãos e não queria me arriscar. Olhei-o com docilidade e encontrei seus olhos azuis, dizendo baixinho:


— O que você decidir, para mim está bom.


— Então, vamos esperar. – Nora sorriu e disse ao marido: — Pare de querer apressar as crianças, Arnaldo.


— Foi só uma ideia. – Disse ele, mas também parecia um pouco preocupado, como se percebesse que poderia haver algo mais ali. No entanto, sacudiu a cabeça e sorriu. — Certo, vamos deixar mais para frente.


Passei o resto do dia irritada, me roendo, querendo decidir as coisas à minha maneira, mas sendo obrigada a aceitar. Sentia raiva de Christopher, de seu jeito de ser o soberano em tudo. Não tinha abaixado a cabeça nem para o pai. Era de dar nos nervos, pois eu odiava me sentir ameaçada.


Na hora de deitar, eu o esperei na cama linda e perfumada em uma camisola sexy. Queria ver se me dispensaria de novo.


Olhou-me friamente, vindo deitar apenas com uma cueca boxer branca, passando os olhos por meu corpo. Não havia paixão ali, mas determinação. Sorri, esperando. E não me decepcionou. Tirou a cueca e veio nu para a cama, ainda sem estar excitado.


Era impossível não admirar aquela perfeição toda. Mas eu merecia. Para Amélia Venere só o melhor. Por isso eu teria Christopher, custasse o custasse. Deixei que afastasse a coberta e o recebi, dando-me conta que estava excitada.


Foi bruto e mecânico. Me fez chupá-lo até deixá-lo de p/au duro e me pegou com firmeza. De tudo que foi jeito. Cheguei a choramingar quando meteu em meu ânus enquanto agarrava meu cabelo e me fazia ficar de quatro. Doía, por que era grande e grosso demais, mas também dava um prazer danado. Eu gostava daquela sua agressividade, do modo como me usava, como se estivesse com raiva. Ele tinha que entender isso, que eu era para ele e nunca me negaria. Desde que me desse o mundo. E me fizesse sua esposa.


Não teve carinho ou abraços depois. Cada um dormiu do seu lado, mas aquilo não me fazia falta. Tinha gozado e estava um pouco mais tranquila. Com calma e determinação, alcançaria meus objetivos.


Notei que estava realmente estranho, perturbado, distante. Mas não perguntei nada.


Eu não era de falar.


Era de agir.



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Autor(a): Ally✿

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



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  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


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