Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy
Fui rápido em direção à Rodoviária Novo Rio. Talvez eu ainda pegasse Dulce lá. Era uma escolha errada e eu sabia, mas a única que poderia tomar naquele momento.
Depois de deixar meu Land Rover em um estacionamento, me informei onde chegavam os ônibus de Conceição de Macabu e fui rapidamente para lá, meus olhos atentos em cada pessoa, ansiando por vê-la, precisando desesperadamente daquilo.
O ônibus já estava lá, vazio. Aproximei-me do motorista, que conversava em frente à porta com um fiscal e os interrompi, sem tempo para boas maneiras:
— Esse é o ônibus que veio de Conceição de Macabu?
— É, sim. – Eles me olharam.
— Merda! – Fiquei puto e passei a mão pelo cabelo, olhando em volta. — Chegou há muito tempo?
— Uns dez minutos. Se está procurando alguém, a saída é por ali, onde as pessoas vão para pegar táxi ou ônibus. – Informou o fiscal.
— Obrigado. – Corri para lá.
As portas duplas de vidro se abriram para a calçada. E foi então que a vi. Estava linda como sempre, seus longos e ondulados cabelos soltos espalhados, abaixada falando com um menino de rua. Por ali havia muitos assim, para roubar um turista distraído ou desavisado ou para ganhar alguns trocados empurrando bagagens até os táxis. Aquele era um garoto de uns oito anos, negro, com aparência de esfomeado, usando short velho, camiseta puída e chinelos furados.
Minha primeira reação foi de preocupação com Dulce. Era uma tristeza ver crianças naquelas condições, mas muitas eram violentas e espertas, já tinham aprendido com a vida a fazer maldades. Mas então vi o sorriso no rosto dela e o sorriso no dele, enquanto a ouvia falar.
Sua bagagem estava no chão, assim como uma grande bolsa térmica. Já tinha me contado que trazia comidas feitas pela mãe para não precisar cozinhar durante a semana que estudava, além de algumas outras coisas como biscoitos e doces feitos pelas tias. Ela era a primeira sobrinha a vir estudar no Rio e parecia ser muito mimada e querida pela família.
De dentro da Rodoviária e com o trânsito de pessoas entrando e saindo na minha frente, eu a via de longe, linda, falando com o menino. Abriu a bolsa térmica e tirou de dentro um pacote de biscoitos e alguns potes de plástico. Deu tudo ao menino e deu também um beijinho em sua bochecha. Era pequeno e a olhava como se estivesse diante de uma fada.
Sorriu, agarrou seus novos bens como se fossem tesouros e disse algo. Então se afastou, olhando para trás, apaixonado por ela. Dulce acenou e se levantou, olhando-o com certo ar de tristeza, apesar do sorriso.
Eu estava imobilizado. Foi um dos gestos mais lindos de doação que já vi. Nossa empresa já fazia vários trabalhos humanitários, mas naquele momento decidi que investiria ainda mais em responsabilidade social de projetos com crianças, principalmente com as menores de dez anos.
Estava abalado, não apenas por vê-la de novo, mas por entender por que ela me fizera tanta falta. Não era apenas seu corpo, suas pernas, seu sorriso. Era sua espontaneidade e alegria, sua forma de ver a vida, sua personalidade única, que mexiam comigo. Dulce era como o Sol brilhando em minha vida, iluminando e aquecendo. E como se poderia viver sem o Sol?
Caminhei até ela e as portas de vidro se abriram de novo, me dando passagem. Já se abaixava para pegar sua bagagem, mas me antecipei e segurei a alça da bolsa, erguendo-a. Arregalou os olhos ao me ver, enquanto eu dizia:
— Deixa que eu levo pra você.
Ficou muda, paralisada. Eu me dei conta que meu coração disparava, que só de estar perto dela a vida parecia voltar a ser bela, colorida, dinâmica. Tive uma vontade louca de puxá-la para mim, beijá-la até perder o ar e enlouquecer. Mas então fitei seus olhos castanho e ali fiquei, perdido, impressionado.
Muitas emoções passaram por eles e eu reconheci muitas como as que eu sentia. Então ela se recuperou e vi que estava magoada. Ergueu um pouco o queixo, apertou os lábios para que parassem de tremer e disse baixo:
— O que está fazendo aqui?
— Vim buscar você.
Eu a olhava fixamente. Vi que recuava, tentava se proteger. Mas agora que eu estava ali não a deixaria fugir de mim.
Respondendo *-*
mohh_: Continuando miga cap pra vc morrer aqui kkkkkkkkk
Autor(a): Ally✿
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Capítulo fofis para dar uma pausa na sofrência haha Peguei também sua bolsa térmica e estendi a ela minha mão livre, sendo imperativo: — Vem comigo. — Não. Quero minhas bolsas. – Sua voz saiu mais fria do que eu gostaria. Mas seu olhar ardia no meu. — Não. — Pensa que é assim, Christo ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
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taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11
ei cade vc vem finalizar a web..
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gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32
Finaliza a web!! GoxxxTo tanto
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taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53
ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .
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anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57
ally cade vocee
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cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32
Leitora nova! Por favor continua
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vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34
AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS
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millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10
Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(
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isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39
continua
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julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29
Continua
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millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44
Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final