Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy
Amélia Venere
O coquetel no Salão das Rosas, no Jockey Club Brasileiro estava sendo um sucesso. Empresários de vários ramos tinham sido convidados e estabeleciam mais de uma conexão enquanto comemoravam o novo acordo entre a CORPÓREA e uma pequena linha de produtos naturais estabelecida no norte do país, que tinha sido incorporada à empresa. Trazia uma nova característica ao grupo, pois antevia a onda de valorização de produtos naturais e exóticos. Era mais uma conquista de Antônio.
Eu não podia negar que ele tinha mais visão do que todos aqueles velhos juntos, inclusive meu pai e Arnaldo Uckermann. Enquanto eles se agarravam ao tradicional, Christopher saía na vanguarda e se arriscava. Nunca se metia em um investimento que se mostrasse decadente. Sempre via mais a frente e trazia lucros fenomenais à empresa. Como a compra daquela pequena companhia do Norte. Tinha tudo para se tornar um cartão de visitas da CORPÓREA no futuro. E claro, da VENERE também, pois tudo seria uma coisa só.
Tomando meu champanhe, elegante em meu longo Dior, eu o mantinha sob minhas vistas. Estava frio e distante, cada vez mais. Mal falara comigo, só o necessário. E tinha me ignorado sexualmente na noite anterior. Eu o sentia escapar por entre os dedos. Era certo que havia outra mulher na jogada e uma bem esperta, que queria tirar o que era meu.
Meu pai e Arnaldo conversavam animadamente com Christopher em um grupo de mais dois empresários, todos animados, felizes da vida com a aquisição. Era óbvio que meu futuro noivo estava também feliz com o contrato que fora fruto de sua visão e de seu empreendimento, mas era mais contido que os outros. Como se não estivesse completo ali. Imaginei que estivesse sentindo falta da putinha que estava comendo.
Enquanto minha mãe, Nora Uckermann e minha irmã Lavínia falavam de moda, eu me concentrava em meus pensamentos e mantinha Christopher em minha mira. Estava na hora de agir. Descobrir quem era a mulher que queria se meter em meu caminho e dar um jeito de afastar o perigo. Eu confiava em mim mesma e em minha inteligência para sair vitoriosa, mas nunca era bom ser arrogante demais.
Decidi contratar o detetive que as vezes investigava fraudes e outras coisas para meu pai. Ninguém precisava saber de nada. Seria apenas para saber onde eu estava pisando e quem era minha rival. Um bom estrategista primeiro analisava o terreno antes de atacar, para não ser pego de surpresa. E era o que eu faria. Depois, tendo conhecimento do que enfrentar, eu poderia escolher minhas táticas de guerra. E aniquilar o inimigo de vez.
Sorri comigo mesma e tomei mais um gole do meu champanhe. Era até divertido imaginar que haveria uma batalha para animar as coisas. Desde que armei para minha irmã e a tirei do meu caminho, sem que a idiota nem se desse conta disso, as coisas andavam paradas demais. Mesmo sendo fria, prática e funcional, eu gostava de um pouco de emoção de vez em quando.
Deixei as mulheres falando sozinhas enquanto caminhava sinuosamente até Christopher, admirando-o a distância. Estava lindíssimo como sempre e senti uma estranha excitação fora de hora, por vários motivos. Por sua aparência e por ser bom de cama; por sua inteligência e liderança fazendo a empresa crescer e o dinheiro entrar mais; mas também por que antevia que, mesmo com tudo aquilo e sendo poderoso, eu tiraria algo dele. Nem saberia o que tinha acontecido, pois eu não me mostraria, claro. Eu agiria na base de tudo, de forma silenciosa e ardilosa. A única coisa que saberia era que eu estaria ao seu lado e só poderia recorrer a mim.
Seria interessante vê-lo longe do que queria e dependente de mim. Aquilo era extremamente enaltecedor para o meu ego. Mostrava mais uma vez como as pessoas podiam ser idiotas e eu esperta. Tinha pena dos ignorantes daquele mundo. Era tão fácil manipulá-los!
É claro que eu ainda não tinha um plano definido. Primeiro precisava conhecer e afastar a inimiga. Só então mostrar minhas garras.
— Querido... – Sorri e parei ao lado dele, dando-lhe o braço.
Christopher me olhou sério, como vinha fazendo há algum tempo, distante. Nunca fomos amigos de verdade ou íntimos. Tínhamos um acordo benéfico para ambos, nos respeitávamos e transávamos sem problemas. Era um bom acordo. Mas agora aquela frieza era quase permanente. Se estivéssemos casados, talvez eu nem me importasse. Pois já seria a senhora de tudo. Mas por enquanto, precisava me preocupar.
— Está feliz com a anexação da nova empresa? – Meu sorriso era doce. Sabia que nunca seria mal educado comigo. No máximo distante.
— Claro. Tenho certeza que ainda será uma parte importante da CORPÓREA. – Disse polidamente, sem sorrir.
— Confio no seu faro. – completei.
— Eu também. – Arnaldo sorria, satisfeito, passando o braço em volta do ombro do filho, todo orgulhoso. — Esse menino vale ouro!
— Sempre quis ter um filho homem igual ao Christopher. – Meu pai se juntava ao grupo de admiradores dele. — Deus não me deu essa alegria. Mas veja só, vai ser meu genro. Um filho postiço!
Todos riram, inclusive eu. Menos Christopher. Eu o sentia rígido, imóvel, seu maxilar cerrado. Minha preocupação aumentou. Não era nenhuma besteirinha. Eu sentia um sério risco de ver meus planos irem por água abaixo. Controlei-me, embora sentisse a raiva me envolver gelidamente por dentro. Pu/ta. Só podia ser uma pu/ta para causar um dano daqueles.
Fingi não notar nada. Eu não o cutucaria, não lhe daria chances de me falar nada. Tinha que fingir que era uma boba ignorante e agir no momento correto, sem me expor. Para que eu fosse o porto seguro dele quando precisasse.
— Vamos ver o que esse menino vai aprontar agora para nós. – Dizia Arnaldo, ainda todo orgulhoso. — Quando menos esperamos, ele aparece com um contrato novo ou uma surpresa.
Sorri com os outros, mas meus olhos continuaram frios, focados. Eu esperava que as surpresas se limitassem aos negócios e a mais dinheiro entrando. Pois qualquer outra seria rapidamente aniquilada por mim.
Sabia que naquele final de semana se manteria longe de mim. Eu deixaria. Mas no próximo sábado já teria informações suficientes para começar a agir. Eu queria ver quem ia vencer aquela parada, se tornar a senhora Uckermann e ter o herdeiro dele. Eu ou a putinha. Claro que seria eu.
Autor(a): Ally✿
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
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taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11
ei cade vc vem finalizar a web..
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gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32
Finaliza a web!! GoxxxTo tanto
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taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53
ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .
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anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57
ally cade vocee
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cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32
Leitora nova! Por favor continua
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vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34
AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS
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millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10
Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(
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isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39
continua
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julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29
Continua
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millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44
Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final