Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy
Dulce Saviñon
Foi uma semana maravilhosa. Só não foi melhor por que Chris não podia mais ficar matando aula e teve de ir à faculdade, mas nos falávamos todos os dias e combinamos de sair na quinta-feira. Fomos para a Lapa e assistimos a um show na Fundição Progresso do Nando Reis. Foi delicioso.
A Lapa era um bairro boêmio do Rio de Janeiro, palco da antiga malandragem, cheio de bares espalhados uns ao lado dos outros. Andamos de mãos dadas por lá, falando de tudo e de nada, querendo apenas a companhia um do outro. Sentamos em um bar de calçada para conversar e tomar uma cerveja com petisco e fizemos o que já tinha se tornado comum entre nós: ouvimos música.
Depois perambulamos apenas para ver as modas e matar o tempo até o show começar. Era impressionante como o assunto entre nós fluía, por mais simples que fosse. E como nos dávamos bem, trocando olhares quentes, carícias, beijos. Parecíamos tão ligados um ao outro que era impossível manter distância, havia sempre a necessidade de um toque.
Eu não me cansava de admirar Chris. Mesmo sendo rico, elegante, andava ali como se não passasse de um estudante qualquer. Eu o sentia mais relaxado e à vontade do que quando começamos a nos ver, talvez mais feliz. E isso me enchia de alegria e esperança, pois eu também era muito mais feliz com ele. Aliás, felicidade era o que enchia minha vida naquele instante, o que me fez pensar em uma música do Marcelo Jeneci, principalmente o trecho: “Felicidade é só questão de ser”.
Haverá um dia em que você não haverá de ser feliz Sentirá o ar sem se mexer Sem desejar como antes sempre quis Você vai rir, sem perceber Felicidade é só questão de ser Quando chover, deixar molhar Pra receber o sol quando voltar Lembrará os dias que você deixou passar sem ver a luz Se chorar, chorar é vão porque os dias vão pra nunca mais
Melhor viver, meu bem Pois há um lugar em que o sol brilha pra você Chorar, sorrir também e depois dançar Na chuva quando a chuva vem Melhor viver, meu bem Pois há um lugar em que o sol brilha pra você Chorar, sorrir também e dançar Dançar na chuva quando a chuva vem Tem vez que as coisas pesam mais Do que a gente acha que pode aguentar Nessa hora fique firme Pois tudo isso logo vai passar
Você vai rir, sem perceber Felicidade é só questão de ser Quando chover, deixar molhar Pra receber o sol quando voltar Melhor viver, meu bem Pois há um lugar em que o sol brilha pra você Chorar, sorrir também e depois dançar Na chuva quando a chuva vem Melhor viver, meu bem Pois há um lugar em que o sol brilha pra você Chorar, sorrir também e dançar Dançar na chuva quando a chuva vem Dançar na chuva quando a chuva vem Dançar na chuva quando a chuva Dançar na chuva quando a chuva vem
Às vezes eu me achava otimista demais. Mesmo em momentos de choro e dor, eu não desanimava, não me quebrava. Havia uma esperança dentro de mim, uma certeza de que valia à pena lutar pela vida, transformar lágrimas em riso. Eu me recusava a passar meus dias me lamentando, pois cada hora passada em tristeza era uma hora a menos de vida. É claro que ninguém consegui ser feliz sempre e eu também me entregava à dor quando ela vinha, mas nunca estendia mais do que o necessário.
E era impossível falar em tristeza com Chris ao meu lado. O fato único de concentrar aqueles penetrantes olhos azuis em mim, ou tocar minha pele, ou beijar meu cabelo, já bastava para me deixar em euforia. Nunca senti por outra pessoa aquela conexão. Era como se houvesse algo invisível mas muito forte nos ligando, mesmo longe. Uma energia viva, que pulsava, atraía, fazia com que tivéssemos absoluta consciência um do outro. Não havia declarações verbalizadas, expostas, mas muito sentimento na superfície, impossível de não perceber, de não notar.
Eu o amava, mesmo sem nunca ter dito. E quando olhava para mim, quando fazia questão de tocar minha pele ou simplesmente observar o que eu fazia, eu sentia o amor dele. Talvez estivesse me enganando, vendo só o que eu queria ver, mas era tão forte e claro, tão potente aquela força entre nós, que era impossível não perceber.
Enquanto andávamos pelas calçadas da Lapa de mãos dadas, eu pensava sobre isso. Era como se nosso mor fosse por códigos, por mensagens do corpo e do olhar, dos gestos e dos toques. Um amor que precisava ser decifrado, ou melhor, precisava só de coragem para ser verbalizado. Mas existia, estava lá cada vez mais latente, em cada manifestação de carinho e de paixão.
Indaguei-me por que nos contínhamos tanto. Qual era a força que nos impedia de mergulhar de vez naquela loucura. E no fim eu achava que algo ainda travava Chris, por isso também não completava a relação sexual. Não era só por que eu tinha imposto aquele limite. Ele sabia tanto quanto eu que ficava louca quando me beijava e acariciava. Perdia a cabeça, deixava fazer o que quisesse. Quem se continha era ele.
Eu queria conhecê-lo melhor. Não era muito de falar de si mesmo e da família. E quando tínhamos nossos momentos juntos, ficávamos tão alucinados para consumir um ao outro, que o resto perdia vez. Mas depois, quando estava sozinha, eu pensava em suas reações e ficava cheia de perguntas, de dúvidas. Costumava acreditar que tudo aconteceria na hora certa e não me apressava. Ainda estávamos construindo nosso relacionamento e com ele a confiança, que nunca seria conquistada sem algum trabalho da nossa parte.
Assim, eu me dava a ele sem reservas, mas também sem palavras. O “Eu te amo” estava lá dentro de mim e eu não tinha vergonha de dizer, eu queria até gritar, por que era tão único e verdadeiro como respirar, sobreviver. Mas tinha medo que não estivesse preparado, que isso o afastasse. Esperava o momento certo, um avanço maior na nossa relação para expressar isso sem medo.
No entanto, o sentimento permanecia e eu o alimentava só em estar ao lado dele, em receber seu olhar intenso, seu sorriso lindo. Chris era como sopro de vida para um moribundo, impossível de querer e de resistir. E eu não resistia mesmo, eu me dava com tudo, guardando pra mim só aquela frase, que um dia sairia no momento certo. E que um dia eu esperava ouvir de volta. Enquanto isso, amava e vivia o que tinha pra mim e o que recebia dele.
Paramos em uma calçada perto do Fundição Progresso, onde ocorreria o show, mas ainda era cedo. Não sentamos no barzinho lotado ali perto, onde tocava um samba de raiz ao fundo e as pessoas riam, falavam alto e se divertiam. Ficamos de pé perto de um poste e esperei enquanto ele entrava e voltava com duas cervejas.
Envolveu-me em seus braços, pôs as costas no poste e me deixou à sua frente. Tomei um gole da cerveja gelada e me voltei em seus braços só para olhá-lo. Era incansável aquele desejo de não apenas senti-lo, mas de vê-lo também. Todos os meus sentidos gritavam por ele. Sorri e disse algo que esperava para conversar:
— Combinei com meus pais de voltar para casa no sábado de manhã e não amanhã à noite. É aniversário de uma amiga minha da faculdade e nós combinamos de comemorar em um quiosque na Praia de Copacabana. Quer ir comigo?
Chris sorriu meio de lado, daquele jeito que fazia seus olhos se apertarem um pouco e o deixava ainda mais lindo.
— Claro. Que horas?
— Finalzinho da tarde. Podemos nos encontrar lá.
— Não, eu venho aqui te buscar. Saio um pouco mais cedo do trabalho.
Eu sorri e provoquei:
— Acho que estou te levando para o mau caminho. Falta aula, sai cedo do trabalho...
— Tudo por uma boa causa. – Sua voz era baixa, um tanto sensual. A mão livre, que não segurava a cerveja, passava lentamente por minhas costas. Eu amparava a minha sobre os músculos do seu peito, meu olhar perdido no dele. Continuou: — Logo eu, tão controlador com horários e compromissos! Com você faço tudo ao contrário.
— E isso é bom?
— Muito bom. Conheço um outro lado meu que eu nem sabia que existia.
Meu sorriso se ampliou, não só pelo que dizia, mas pelo que passava para mim. Meu peito se encheu de amor e beijei suavemente seus lábios. Nossos corpos estavam colados e bastou isso para que o desejo nos varresse com força total, independente do fato de estarmos na rua, cercados de gente.
Não prolonguei a carícia ou logo seria difícil manter o controle. Não dissemos mais nada, apenas terminamos nossa cerveja e voltamos a caminhar de mãos dadas. A felicidade não precisava de muito para existir. E a cada passou e toque dos seus dedos eu me sentia mais feliz.
Comentem !!!
Bjs da Ally
Autor(a): Ally✿
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Capítulo fofis pra vcs ♥ O show do Nando Reis foi maravilhoso. A Fundição Progresso era um casarão antigo pintado de azul, onde por dentro dois andares davam vista para o palco. Era um local informal, alegre, onde ninguém ligava para sentar. Todo mundo queria ficar em pé cantando e se divertindo ao som dos grandes arti ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
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taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11
ei cade vc vem finalizar a web..
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gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32
Finaliza a web!! GoxxxTo tanto
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taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53
ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .
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anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57
ally cade vocee
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cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32
Leitora nova! Por favor continua
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vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34
AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS
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millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10
Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(
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isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39
continua
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julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29
Continua
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millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44
Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final