Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy
Merda* começando em 3,2,1.
Christopher Uckermann
Eu cheguei ao apartamento disposto a ter uma conversa séria com Amélia. Por mim, teria ido a Minas falar com ela e seus pais de que não era mais possível manter o casamento. Ia tentar salvar os acordos comerciais entre as duas empresas, mas sem o laço matrimonial. Tinha até dito a Dulce que não poderia vê-la naquela noite, para poder resolver aquilo.
As coisas entre mim e Dulce tinham chegado a um ponto em que não havia mais volta. Eu a queria em minha vida. E queria entrar na dela por completo, sem estar preso a outro compromisso. Tínhamos decidido passar aquele final de semana juntos e viajar. Ela não ia para a casa dos pais e nós nos tornaríamos amantes de vez. Por isso minha pressa em terminar tudo com Amélia o quanto antes.
Mal entrei no apartamento, a empregada avisou que meu pai queria falar comigo no escritório. Fui para lá, estranhando o fato dele ter saído mais cedo da empresa naquele dia. Ainda mais quando entrei e o vi muito sério, parecendo até nervoso.
Passava o lenço pela testa suada e estava vermelho. Franzi o cenho, fechei a porta e me aproximei, recebendo um olhar esquisito.
— Aconteceu alguma coisa, pai?
— Sim. Sente-se. – Esperou que eu me acomodasse e indagou de pronto: — Por que não me contou?
Não era preciso ser um gênio para entender. Sua expressão, seu desagrado e preocupação, o fato de me chamar para conversar. Continuei sério e perguntei:
— Como o senhor soube?
— Tive minhas fontes. Por isso chamou Amélia aqui hoje? Ia desmanchar com ela, sabendo tudo que isso implica, sem nem ao menos falar comigo?
— Claro que eu falaria com o senhor e com o pai dela. Mas achei mais justo conversar com ela primeiro.
Olhava para mim abismado, como se não pudesse crer no que eu dizia. Mas, eu me sentia aliviado por finalmente pôr tudo às claras. Como imaginei, me sentia mal por causar aquilo a ele. E tratei de tentar explicar:
— Pai, eu vou tentar manter a VENERE como nossa aliada. Claro que com o casamento tudo seria mais fácil e natural, mas...
— Não acredito que estou ouvindo isso. Você não é nenhum tolo. Sabe que a primeira coisa que Walmor fará é romper as ligações conosco. O que sempre sustentou os acordos foi o laço de matrimônio, a certeza de que você uniria e administraria as duas empresas, que mais tarde ficaria para seu filho, fruto das duas famílias. Sem o matrimônio, não há união nem Império.
Estava vermelho, nervoso, a respiração agitada. Fiquei preocupado.
— Acalme-se. Eu vou pensar em alguma coisa.
— Como vou me acalmar? Não consigo acreditar que vai jogar todos os nossos planos e sonhos na lama por causa de uma mulher! Tenha suas amantes, mas mantenha o foco, Chritopher! – Estava bem alterado, suando muito. Passou de novo o lenço no rosto.
— Não é uma mulher qualquer, pai.
— Mulher tem aos montes por aí! – Exclamou alto, olhando-me irritado, decepcionado. — Acha que também não me enrabichei quando mais novo? Que não tive minhas paixões? Mas na hora de casar, soube escolher quem seria minha companheira, quem somaria comigo. Essa mulher já começou diminuindo seus sonhos e objetivos!
— Ela não tem nada a ver com os negócios. E não é assim como fala.
— Claro que é! – Bateu com a mão na mesa, ainda mais nervoso, descontrolando-se. — Tudo o que fizemos e planejamos,tudo o que preparamos até aqui vai por água abaixo! Daqui a pouco não teremos nem mais empresas! Eu vou morrer sem ver meu filho fazer tudo em que me fez acreditar que faria! Está indo pelo mesmo caminho do Eduardo, irresponsável, se deixando levar por um rabo de saia!
— Pai... – Eu estava também irritado, apesar de entendê-lo, de saber que teria aquela reação. Mas tentei apaziguar as coisas, pois me preocupava com ele, tão transtornado estava. — O senhor precisa confiar em mim.
— Como, Chritopher? Depois desse golpe, como posso confiar em você? Está cego! Vai prejudicar todo mundo por causa de uma mulher! Fique com ela como amante, mas se case, cumpra com o que o destino reservou a você!
— Não posso fazer isso.
— Mas é claro que pode! – Gritou, fora de si, muito corado.
Eu me assustei quando o vi respirar fundo e seu rosto se contorceu, fazendo uma careta. Levantei na hora, meu coração disparado, o terror me envolvendo quando ele arregalou os olhos, vermelho demais, sua cabeça dando uma sacudida abrupta.
— Pai!
Corri para sua cadeira, mas ele já desabava dela tendo uma convulsão, a ponto de perder os sentidos. Corri como um louco, mas já estava no chão, se debatendo como se estivesse tendo um ataque epilético, olhos arregalados, rosto contorcido em espasmos horríveis.
— Pai! Pai! – Comecei a virá-lo, nervoso, tentando evitar que batesse mais com a cabeça, puxando-o para mim em um desespero que nunca senti.
Tudo foi confuso e rápido. Mesmo em meio ao terror, eu o contive e apertei furiosamente a campainha que chamava os empregados. Liguei imediatamente para a emergência e pedi uma ambulância, enquanto o continha e o abraçava, apavorado, nervoso como jamais fiquei na vida.
Foi uma correria de empregados, minha mãe entrando e chorando, sendo consolada por Amélia, Eduardo correndo para nós. Foi quando meu pai começou a vomitar e eu o virei para não engasgar. Logo parava e desmaiava. Minha mãe gritou. Eu fui envolvido pelo pânico e por um momento pensei que tivesse morrido.
Pálido e nervoso, consegui levantar com ele em meu colo, mesmo Com Eduardo tentando ajudar. Senti que respirava e fui engolfado pelo alívio, enquanto minha mãe continuava a chorar, meu irmão falava para esperar a emergência, mas eu já saía do escritório com meu pai desacordado nos braços, o medo me fazendo ter mais forças do que eu tinha.
Só sabia que precisava salvá-lo. Não poderia ficar ali esperando. Eduardo correu na frente para abrir as portas e minha mãe e Amélia vieram atrás. Tudo parecia acontecer em câmera lenta e com outra pessoa, como se fosse um filme. Mas o desespero dentro de mim, que me dava um pavor horrível, só confirmava que era bem real.
Chegamos ao estacionamento do prédio no momento em que a ambulância encostava. Os paramédicos rapidamente o colocaram na maca e fizeram os primeiros socorros. Eu estava tão fora de mim que nem pensei que minha mãe deveria ir na ambulância com eles. Simplesmente não podia deixar meu pai, sair de perto dele, com um medo atroz de que, se eu fizesse isso, ele morreria. Entrei junto e mais tarde soube que minha mãe seguiu atrás com Amélia no carro de Eduardo.
Sentado na ambulância, vendo meu pai desacordado com seu rosto contorcido para o lado direito, enquanto o paramédico o deixava no soro e com uma máscara de oxigênio, eu segurei a mão dele, o medo me corroendo por dentro, a culpa vindo com tudo. Sabia que tinha sido por minha causa. Se ele morresse, eu nunca me perdoaria.
— Ele está com os sinais vitais estabilizados. – Disse o paramédico, como se lesse meus pensamentos. — Tudo indica um Acidente Vascular Cerebral, mas sem risco de óbito.
Eu não disse nada. Não conseguia me mover ou tirar os olhos do meu pai. Não conseguia nem pensar com coerência. O pavor estava lá muito presente para que eu pudesse me acalmar, deixando-me angustiado, uma dor horrível contorcendo minhas entranhas.
Foi levado ao melhor hospital da Barra para atendimento de emergência. Fiquei do lado de fora, na sala de espera com meu irmão, minha mãe e Amélia. Esta chegou perto de mim e pôs a mão em meu braço, indagando suavemente:
— O que houve? Ele começou a passar mal de repente?
— Sim, o que houve? – Minha mãe também veio para perto amparada por Eduardo, seus olhos inchados de tanto chorar.
Senti os três olhares sobre mim e fui varrido pela culpa. Fiquei arrasado, paralisado, sem poder fazer nada a não ser esperar e rezar para que não acontecesse o pior.
— Chritopher? – Insistiu minha mãe.
— Quando cheguei, ele já estava vermelho e agitado. – Expliquei baixo. — Não nos entendemos sobre um assunto e se alterou. Então começou a passar mal.
— A culpa não foi sua, cara. – Disse Eduardo, como se soubesse que assunto poderia ser e também como eu me sentia. — Papai já tem uma idade avançada. Qualquer outro aborrecimento poderia fazer isso.
Eu o fitei, mas nada do que dissesse diminuiria a minha culpa. Amélia também completou de modo suave:
— Claro, querido, a culpa não foi sua. Todo mundo sabe que nunca faria mal ao seu pai. Precisa se acalmar.
Fitei seus olhos verde-escuros. Tive vontade de contar o que foi motivo da divergência com meu pai, mas, não era hora nem momento. E eu não tinha condições. Só precisava ouvir que ele estava bem e fora de perigo.
— Vai dar tudo certo, meu filho. – Minha mãe beijou meu rosto.
Respostas *-*
vondyvida: EU TÔ SOFRENDO DNV COM VCS eu tenho de vontade dar no/pro Christopher shuashuas matar o pai dele e a Amélia esse boostas affs
Tava pensando em fazer um grupo no whats *-* o que vcs acham amores? vcs participariam? devo fazer quando tiver mais leitoras?
Autor(a): Ally✿
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
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taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11
ei cade vc vem finalizar a web..
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gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32
Finaliza a web!! GoxxxTo tanto
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taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53
ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .
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anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57
ally cade vocee
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cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32
Leitora nova! Por favor continua
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vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34
AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS
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millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10
Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(
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isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39
continua
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julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29
Continua
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millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44
Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final