Fanfics Brasil - 6° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 6° Capítulo

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Minha ambição me fazia sonhar em ser o todo poderoso das empresas e levá-las além do que meu pai ou Walmor Venere imaginavam. Eu ganharia o mundo. Nada me pararia e meu destino eu tracei ainda jovem. Era decidido o bastante para percorrê-lo.Amélia estudava Medicina em Viçosa e não queria saber das empresas como profissional. Parecia satisfeita em unir as fortunas pelo casamento e era a esposa perfeita para alguém como eu, do meu meio, ótima anfitriã, educada, fina, obediente. Além de tudo, nos dávamos bem. Não havia motivos para não ficarmos juntos. Éramos o elo de ligação dos meus sonhos e dos sonhos de nossas famílias.


Toda sexta-feira ela chegava de Viçosa e ficava ali conosco. Meu quarto era uma grande suíte e lá já tinha muitas coisas dela, como se já fôssemos casados. Dormíamos juntos e só ficávamos longe durante a semana, quando ela voltava para sua faculdade de Medicina em Minas e eu me dedicava ao meu trabalho na empresa durante o dia e meu MBA e Mestrado à noite na PUC.Duas vidas planejadas e organizadas. E eu gostava assim, de ter o controle sobre tudo e saber exatamente onde estava pisando e como seria cada passo meu, sem surpresas ou acontecimentos desagradáveis. Quando queria extravasar um lado meu apaixonado, que com Amélia não surgia com frequência, eu saía com alguma outra mulher, sem compromisso. E não me sentia culpado. Encarava aquilo como um maneira de me livrar das tensões e pressões que às vezes se acumulavam sobre mim. E o melhor lugar para isso era ir de vez em quando ao Clube Catana com meus amigos Poncho e Christian. Se Amélia sabia ou desconfiava, não me deixava perceber. E assim íamos levando.


Disse a ela que tomaria um banho e me afastei. Mas enquanto estava embaixo do chuveiro, não foi nas empresas ou em Amélia em que pensei e sim em Dulce. Custava a crer que fui eu mesmo que me enfiei naquele Corsa branco e insisti em ter seu telefone. E me conhecendo, sabia que esperaria tenso aquele telefonema, ansioso para vê-la novamente. Nosso encontro fugiu ao meu controle, me fez agir por impulso, levado por uma necessidade muito forte de conhecê-la. E eu nem compreendia direito aquilo. Nem me importava.Só sabia que seu rosto, suas pernas, seu sorriso estavam vívidos demais em minha mente. Algo nela me encantou, talvez aquela felicidade gratuita e espontânea. Vi-me curioso para saber como era sua vida, entender o que fazia seus olhos brilharem tanto. Queria de novo aquele sorriso para mim e o desejo absurdo de estar com ela novamente me deixava até preocupado.


Talvez devesse desejar que não me ligasse e nunca mais a visse. Mas o que senti era tão forte e perturbador, que sabia que não era aquilo que eu queria. Era quase uma necessidade agora revê-la e comprovar se tudo aquilo tinha sido realmente real. Talvez não passasse de um momento e, quando a conhecesse melhor, percebesse que era como todas as outras pessoas. Ou não.Esperei todo o final de semana da maldita micareta. Como eu morava de frente para a praia, via os trios elétricos passando e a multidão atrás, pulando e dançando, se espalhando pela rua e pela areia. Mesmo com Amélia e alguns amigos na área de lazer da cobertura em que vivia, eu não parava de pensar em Dulce e no fato dela não ter me ligado nem no sábado nem no domingo.Passei os olhos por todas aquelas pessoas e, mesmo sabendo que era ridículo, procurei por ela na multidão. Como se pudesse atraí-la até ali com o pensamento e encontrá-la entre tantos outros com meu radar. Mas é claro que aquilo não aconteceu. E comecei a achar que eu nunca mais a veria, o que só me deixou ainda mais perturbado.


Sua fisionomia, seus olhos alegres e seu sorriso não saíam da minha mente. Podia sentir seu cheiro naquele carro, algo doce e sutil, como se estivesse ali comigo. Era impressionante como havia me marcado. Tanto que não tive paz com Amélia e não transei com ela naquele fim de semana. Como sempre esperava partir de mim e nunca tomava a iniciativa, ela não disse nada. Mergulhou em seus livros e estudos e me deixou pensar em Dulce, como se todo o resto não importasse.No final da tarde, enfrentei novamente a porcaria do engarrafamento para levar Amélia ao aeroporto. E dirigi olhando à minha volta, desejando quase com ferocidade ver o Corsa branco e aquelas pernas com os pés delicados apoiados no porta-luvas. Mas não a vi novamente. Eu a tinha perdido no meio da multidão, sem saber nada dela a não ser seu primeiro nome. Odiava depender de um telefonema assim, mas era o que acontecia. Se não me procurasse, dificilmente eu a encontraria. E não ter o controle sobre aquilo era de me deixar doente. Despedi-me de Amélia e voltei irritado em outro engarrafamento, sem a companhia de Dulce para fazer tudo valer à pena.


A semana transcorreu sem surpresas. Trabalhei, estudei e segui minhas obrigações e minha vida cotidiana. Na quinta-feira à noite depois da micareta, eu não tinha aula e cheguei em casa por volta das 18 horas. Esqueci minhas chaves do carro e celular na sala e fui tomar banho. Quando voltei, Eduardo estava lá jogado no sofá, com meu celular na mão. Disse com um largo sorriso sacana:


— Você namora sério, é o mais velho, o mais responsável, e mesmo assim não dispensa mulher nem em um engarrafamento!


Olhei para meu celular em sua mão e meu coração deu um salto sem que eu pudesse controlar. “É ela!” Pensei. Tinha finalmente me ligado.


— Dulce? – Eu indaguei me aproximando e pegando meu celular. Olhei-o preocupado. O que ele teria dito pra ela?


— Sim. Estava tomando banho e Dulce ligou. Eu atendi e ela pensou que fosse você, se apresentou como a garota que você conheceu num engarrafamento. – Seu sorriso era divertido. — Está ficando pior do que eu, mano.


— O que você disse a ela? – Encarei-o tenso.


— Que era seu irmão e me apresentei. Muito simpática. E aí eu falei que quando terminasse seu banho, ligaria pra ela. – Deitou-se no sofá, mesmo sabendo que nossa mãe odiava aquilo e logo daria uma bronca nele. Não se importava muito com nada. Mas piscou para mim. — Fique tranquilo, não te entreguei.


Sacudi a cabeça e fui logo para meu quarto, fechando a porta atrás de mim e indo me sentar na poltrona em um pequeno terraço com vista para o mar, de onde vinha uma brisa suave. Percebi que estava ansioso ao discar o número gravado ali, como se não fosse um homem de 26 anos, mas um garoto de 16, encantado com a primeira paquera. Acho que nem naquela idade eu fiquei tão ligado em uma garota.


— Oi, Christopher. – Sua voz melodiosa, com aquele timbre doce, mexeu com todos os meus sentidos. Eu a vi claramente na minha frente e um desejo avassalador, uma saudade surpreendente, me golpearam na hora. Fiquei assustado com a intensidade de tudo que senti. Mas me controlei. Apertei o aparelho com força e fui o mais natural possível:


— Oi, Dulce. Pensei que não me ligaria mais.


— Eu geralmente cumpro minhas promessas. – Havia um tom de riso em sua voz. — Como você está?


— Bem. E você?


— Tudo legal.


— Vou te buscar para gente sair. – Falei, sem querer perder tempo, ansioso de um jeito que não gostava, mas que era impossível de controlar.


— Isso é uma pergunta?


Seu tom de brincadeira me fez lembrar do que respondi e do que ela disse depois no carro: “Então não precisa de uma resposta”. Reformulei o convite, acabando por sorrir para mim mesmo meio de lado:


— Quer sair comigo hoje, Dulce?


— Eu adoraria, Christopher.


Senti o alívio me engolfar. Assim como uma estranha euforia. Ela me deixava de um jeito estranho, como não estava acostumado a me portar.


— Onde eu te pego?


— Laranjeiras. Vou te falar o endereço.


E me disse. Eu nem precisei anotar, tinha uma memória muito boa para essas coisas. Eu ia ter que atravessar tudo novamente da Barra para Laranjeiras, mas não me importei. Valeria a pena para estar com ela novamente.


— Estou chegando aí.


— Eu espero. Tchau, Christopher.


— Tchau.


Desliguei com pressa de vê-la logo. Enfiei um jeans escuro, uma camisa branca e um sapato macio de couro, já pegando minha carteira, celular e chaves. Felizmente era quinta-feira e Amélia continuava em Viçosa. Pensar na minha quase noiva não me desanimou. O que eu tinha com ela, apesar de ser sério, não me inibia. Dulce parecia algo fora da minha vida comum, como uma surpresa, um presente fora de hora. Ao mesmo tempo que isso me assustava um pouco e desorientava, era extremamente estimulante, diferente, encantador. Nada me impediria de estar novamente com ela, entender o que estava acontecendo.Saí sob o olhar risonho de Eduardo, ignorando-o. Costumava dizer que eu era certinho demais e se divertia quando eu fazia algo que ninguém esperava, em ocasiões raras.



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Autor(a): Ally✿

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Atravessei a cidade toda e cheguei à rua das Laranjeiras, buscando seu número até encontrar um prédio antigo de oito andares, bem cuidado. Estacionei minha Land Rover na calçada e saí, me identificando com o porteiro. Ele interfonou para ela, que não me mandou subir. Encostei na porta do carro, cruzei os braços e espere ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



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  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


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