Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy
Oi Mores, Vim transformar em pó os pedacinhos que sobraram dos cores de vcs :`(
LEIAM OUVINDO ESSA MÚSICA *-* TÔ OBRIGANDO MSM BESOS
Dulce Saviñon
Eu cheguei ao meu apartamento na terça-feira à tarde. Tinha passado uma semana na casa dos meus pais, cuidando da minha mãe após uma cirurgia para retirada de um mioma, o que acabou fazendo com que perdesse também o útero. Felizmente tinha se recuperado rápido e eu precisaria voltar ao trabalho no dia seguinte.
Tinha conseguido uma licença de uma semana para ficar com ela, que depois seria descontada das minhas férias. Estava há menos de um ano trabalhando em uma empresa de Recursos Humanos que prestava serviços a outras e tinha começado como estagiária, mas, agora já era uma funcionária fixa. Como trabalhava bem e tinha conseguido contrato com empresas grandes, fui efetivada e meu salário melhorou consideravelmente.
Minha função era fazer uma avaliação psicológica dos empregados que deveriam ser contratados, desde cargos importantes e de confianças até cargos mais simples. Minha sorte foi ter conseguido fechar contrato com a LOOK, uma grande empresa que administrava lojas de artigos, vestuários, acessórios e calçados. Era inglesa e muito conhecida no mundo, mas que ainda começava a se estabelecer no Brasil. Fiquei responsável por ela e fiz um trabalho tão bem feito que o próprio dono acabou vindo me conhecer e dar os parabéns.
Eu gostava de conhecer pessoas, fossem empregados ou patrões e tratava todo mundo do mesmo jeito. Mas, senti que Jhonny Parker, o todo poderoso da LOOK, estranhou meu jeito. Conversamos em inglês, a língua dele que eu falava fluentemente,e ele não cansou de me elogiar. Disse que em seu país não havia pessoas tão simpáticas e radiantes como eu.
A primeira vez que nos vimos, eu o achei muito bonito e charmoso. Tinha por volta de 36 ou 37 anos, era alto mas não muito, esguio, com cabelos loiros e pequenos olhos azuis acinzentados, que diminuíam ainda mais quando sorria. Tinha um aperto de mão forte, um olhar carismático e me fitou com interesse, como se realmente gostasse do que via.
Almoçamos juntos quando eu prestava serviço para sua empresa, em um almoço que deveria ser sobre negócios, mas onde quis saber tudo de mim e me deixou sem graça. Parecia um lorde inglês bem vestido e até pomposo. Apesar de agradável e simpático, não era como nós, brasileiros, mais expansivos e comunicativos. Havia certa frieza e comodidade em seus gestos, mas mesmo assim gostei dele.
Disse para mim que achava meu jeito encantador e só teceu elogios à minha personalidade e ao meu trabalho, ainda mais por ser ainda muito jovem. Fiquei feliz e sem graça, mas em geral correu tudo bem.
Depois daquele dia, me chamou para sair mais algumas vezes, mas recusei, embora tivesse gostado de sua companhia. Jhonny parou de insistir, mas sempre dava um jeito de me ver quando eu comparecia em sua empresa. E quando os empregados estavam contratados e o acordo com a firma que eu trabalhava terminou, me convidou para jantar fora novamente, afirmando que eu não podia mais negar, já que não havia mais vínculos empregatícios entre a gente.
Insistiu tanto que aceitei. Mas no jantar, percebendo suas segundas intenções, eu deixei bem claro que não me envolveria com ninguém. Fui educada e simpática, mas firme. E entre seu charme inglês e muita conversa, acabei desabafando com ele o que só tinha contado para minha família. Sobre Christopher e o amor que eu ainda sentia por ele.
Era vergonhoso admitir que nunca mais namorei ninguém naqueles dois anos. Até tentei sair com alguns rapazes, mas tudo era tão morno e sem graça, tão superficial, que nunca era o bastante. Eu não usaria outra pessoa. Eu queria seguir em frente, mas algo me travava. E no fundo eu sabia o que era. A esperança.
Tinha passado a acompanhar eventualmente a vida dele pelas redes sociais e internet. Dificilmente Christopher aparecia na mídia, era até bastante reservado. Mas procurei saber e descobri que não tinha se casado ainda. Era idiotice minha esperar, até por que ele estava noivo de outra mulher, mas no fundo eu achava que largaria tudo por mim. Que o pai se recuperaria totalmente e ia incentivá-lo. Que ele notaria que me amava mais do que tudo. E que eu daria mais uma chance para ele.
No fundo, eu não o tinha perdoado. E mesmo entendendo-o, eu também não perdoava ele continuar com Amélia e aquela farsa. Eu sentia raiva e tristeza. Eu sentia pena. Queria saber se estava bem e feliz. Era muita confusão na minha cabeça, tanta que nem eu me entendia. E por isso não conseguia abrir espaço para outra pessoa na minha vida.
Sem querer, contei tudo para Jhonny. Ele não disse nada. Só me ouviu com aquele seu jeito calmo e comedido, silencioso. Depois do desabafo pedi desculpas, mas ele as descartou. E me deu só o que eu precisava, muita conversa e nenhuma crítica.
Acabamos desenvolvendo uma certa amizade. Eu tinha pena por que ele era novo no Brasil e não conhecia quase ninguém, mesmo sendo muito rico. Frequentava a alta sociedade e tal, mas era fechado e até meio tímido. Comigo se abria um pouco mais, me falava de suas constantes viagens pelo mundo e na falta de uma família. Só poderia ficar dois meses no Rio, enquanto estabelecia suas empresas. Depois só poderia voltar ocasionalmente, já que não tinha cidadania.
Uma vez, brincando, me pediu em casamento. Disse que um faria companhia ao outro e o fato de se casar com uma brasileira facilitaria sua permanência no país mais tempo, principalmente nos primeiros anos, quando precisaria ficar mais frequentemente por ali. Entendi que apostava em se dar bem e expandir pelo Brasil. E completou, seus olhos claros nos meus:
— E ainda posso fazer você esquecer esse amor impossível, querida.
Falávamos em inglês, mas cada dia mais seu vocabulário em português aumentava. Eu apenas sorri, como se brincasse. Mas Jhonny insistiu:
— Pense no assunto.
É claro que eu queria casar. Tinha sonho de ter uma família grande e feliz. Mas queria casar por amor. Quando imaginava meu futuro, era com Christopher ao meu lado. Mesmo longe, sabendo de tudo que eu sabia, aqueles sonhos insistiam em permanecer e eu não me enganava. Era honesta demais para isso. É claro que minha resposta para ele só poderia ser uma naquele momento: não.
Mas, isso não criou um clima ruim entre a gente. Continuamos mais amigos. O máximo que fazia era beijar minha mão quando me deixava em casa e era assim que ganhava minha confiança aos pouquinhos, sendo um gentleman e um amigo de verdade.
Naquela terça, quando cheguei, combinamos de sair para jantar. Dentro do apartamento, tendo ainda uma hora para tomar banho e me arrumar, eu sentei no sofá para abrir a correspondência acumulada de uma semana que peguei na portaria. Já ia separar tudo quando um envelope grande e duro chamou minha atenção.
Era extremamente de bom gosto, branco e com letras douradas. Quando vi que se tratava de um convite, meu coração falhou uma batida e empalideci. A dor me golpeou duramente quando li que era o convite de casamento de Christopher Uckermann e Amélia Venere para o sábado, dali a quatro dias.
Fiquei imóvel, congelada no tempo e no espaço. Então seria realidade. Depois de dois anos vivendo em suspense, esperando receber uma notícia como aquela, ela se concretizava. Mas era como se não tivesse esperado. Estava surpresa, chocada. Olhando fixamente para aquelas letras que se embaralhavam e embaçavam diante de mim, entendendo por que quando lágrimas pingaram no papel. Era definitivamente o fim.
Mesmo assim, não aceitei. Pensei que seria alguma mentira, alguma brincadeira sem graça. No final das contas Christopher não se casaria, ele perceberia que me amava e ia fazer de tudo para voltar para mim. Chorei copiosamente lutando com minha consciência que tentava me fazer parar de ser boba, sem sucesso.
Larguei o convite no chão com as outras contas e deitei no sofá chorando, sofrendo, vendo meus sonhos serem de novo massacrados. Ele estava seguindo em frente e eu sabia que tinha que fazer o mesmo, que faria. Mas, saber e fazer eram coisas bem diferentes.
Depois de muito chorar e tentar aceitar, veio a raiva. O ódio por que no final das contas eu o esperei, mas Christopher não esperou por mim. Tive vontade de ir atrás dele, esfregar aquele convite em sua cara, mas entendi que ele nunca me mandaria aquilo. Tinha sido obra de outra pessoa. E como não tinha remetente, concluí que só podia ser a noiva. Por algum motivo ela sabia de mim e me mandou a prova da sua vitória. Era um aviso claro: Você perdeu.
Quase tive pena de Christopher. Uma mulher assim não poderia ser boa coisa, como Eduardo falou. Mas a minha raiva era tanta naquele momento que logo disse a mim mesma que os dois se mereciam. E foi a raiva que me fez levantar e parar de chorar. Lutei para ser forte, tomei banho, me arrumei com esmero e me maquiei com cuidado para esconder as marcas das lágrimas.
No entanto, quando entrei no importado com motorista, ao lado de Jhonny no banco detrás, imediatamente notou que havia algo errado. Segurou meu queixo e me fez olhá-lo, indagando preocupado:
— O que houve, Dulce?
Sacudi a cabeça, lutando para não chorar. Mas insistiu. E enquanto o carro percorria as ruas da Zona Sul, contei a ele sobre o convite com voz embargada. Os ingleses não eram muito propensos a demonstrar emoções em público, eram contidos. E eu tentava não deixá-lo incomodado. Ao fim, disse sereno:
— Vai ser melhor assim. Agora vai seguir sua vida, querida.
Ele tinha certa razão. Tudo tinha parecido estático e suspenso naqueles dois anos. Mas ainda me sentia arrasada, presa na situação. E disse baixinho:
— Eu vou.
— Ao casamento? – Pareceu surpreso.
— Sim.
— Fazer o quê?
— Assistir com meus próprios olhos. Só assim posso seguir em frente.
— Dul... – Jhonny segurou minha mão e sacudiu a cabeça loira. — Vai apenas se machucar mais. Fique longe. Não fará diferença.
— Para mim fará. Eu quero ver. – Olhei-o, decidida, dolorida, meu peito apertado. — Quero ver como ele esquece de mim e se casa com outra.
— Talvez não esqueça de você. – Acariciou minha mão. — Mas, tenha que seguir em frente.
— Mas, eu também tenho. E para isso quero ver.
Pensei que insistiria mais, no entanto acenou com a cabeça e disse calmo:
— Então eu vou com você.
— Não precisa, eu...
— Vou sim. Você vê e depois vamos embora. Não estará sozinha.
Eu o olhei com carinho e gratidão. Tive vontade de abraçá-lo, mas já tinha percebido que ficava meio sem graça com demonstrações efusivas de carinho. Era uma grande diferença cultural entre nós, mas eu respeitava. E concordei em silêncio. Era uma loucura que eu sentia que tinha que fazer antes de virar aquela página da minha vida.
Respondendo *-*
Duda Uckermann: Aquela nojenta é o demônio tu vai ver agora na segunda fase SIM EU DISSE MUITO HOT, e é um hot bem hotado viu querida MDS espere e verá q a primeira vez deles vem com tudoney haha mas agr vamos chorar cmg pq eu choro horrores nessa parte :(
Autor(a): Ally✿
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Quem não chorar com esse capítulo merece prêmios :'( Agora escutem essa que nossa rainha DM escreveu *-* Era a primeira vez que eu entrava no Copacabana Palace. E apesar da beleza e do esplendor de tudo, não conseguia prestar atenção em nada. A minha sensação era a de estar indo para um funeral e n& ...
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Comentários do Capítulo:
Comentários da Fanfic 442
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taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11
ei cade vc vem finalizar a web..
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gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32
Finaliza a web!! GoxxxTo tanto
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taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53
ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .
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anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57
ally cade vocee
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cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32
Leitora nova! Por favor continua
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vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34
AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS
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millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10
Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(
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isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39
continua
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julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29
Continua
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millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44
Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final