Fanfics Brasil - 79° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 79° Capítulo

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Escutem *-*





Como vai você? Eu preciso saber da sua vida Peça a alguém pra me contar sobre o seu dia Anoiteceu e eu preciso só saber


Como vai você ? Que já modificou a minha vida Razão de minha paz já esquecida Nem sei se gosto mais de mim ou de você


Vem, que a sede de te amar me faz melhor Eu quero amanhecer ao seu redor Preciso tanto me fazer feliz Vem, que o tempo pode afastar nós dois Não deixe tanta vida pra depois Eu só preciso saber Como vai você


Dulce não disse nada, também um tanto abalada. Esperou eu começar a conversa. Mas eu simplesmente tinha perdido minha capacidade de pensar. Só queria puxá-la para os meus braços, enfiar os dedos em seus cabelos, beijar sua boca. Comprovar se continuava tão deliciosa como eu me lembrava. Queria apertá-la no peito e nunca mais deixá-la ir.


Mas havia um abismo entre nós. Muita coisa tinha acontecido. E acabei sendo sincero:


— Não esperava ver você aqui. Fui pego de surpresa.


— Eu também.


— Já estava aqui quando entrei? – Olhava-a sem piscar.


— Sim. Você estava distraído conversando com os japoneses. – Segurava a bolsa no colo, um tanto sem graça, até mesmo tímida. Nenhum de nós dois se preocupou com o café que o garçom deixou ali.


Como eu pude entrar ali e não vê-la? Era impossível.


Passei os olhos por seu rosto, cheio de saudade. Seu formato, o queixo, o nariz pequeno, boca bonita, os olhos grandes.


Senti muito medo de perguntar como tinha sido sua vida naquele tempo todo. Desci mais os olhos e busquei alianças em seus dedos. Só anéis. Senti um alívio terrível, mas aquilo não era garantia de nada.


Como se soubesse o que eu pensava, ela também fitou minha mão esquerda sobre a mesa, diretamente na aliança de ouro. Vi a dor em seu olhar e senti uma pontada igual dentro de mim. O silêncio nos cercava, duro e pesado, dolorido. Quando ergueu os olhos para os meus, perguntei diretamente:


— Você se casou?


— Por quê?


Eu não entendi sua pergunta e franzi o cenho. Repeti baixo:


— Por quê?


— Você pagou minha conta e provocou esse momento, nós dois sentados aqui sozinhos como velhos conhecidos. Se eu me lembro bem, você seguiu sua vida. Que diferença faz saber se estou casada e outras coisas?


Dulce tinha uma coisa que eu amava nela, era objetiva e direta. E tinha continuado assim. Se não estivesse tão tenso e nervoso, talvez tivesse sorrido. Mas falei sério:


— Não vejo você há muito tempo. Não sei da sua vida.


— E quer saber?


— Quero.


— Tudo bem, Christopher. Trabalho como Diretora de RH na mesma empresa em que fiz estágio, a PROVIT, especializada em consultoria e treinamento. Minha vida é uma correria, sempre com muito trabalho.


— Ainda mora em Laranjeiras?


— Não, aqui na Barra.


Como podia uma coisa daquela? Eu vivi minha vida ali e nunca a vi. Muitas vezes olhei em volta, busquei-a nos lugares, e o tempo todo estava tão perto. Eu poderia perguntar muitas outras coisas, pelos pais e irmão dela, etc. Mas estava cada vez mais gelado por dentro e repeti:


— Você se casou?


— Sim. – Disse baixo, fitando meus olhos.


Senti como se tivesse levado um soco. O gelo se estendeu por meus membros, apertou dolorosamente meu coração. Fiquei completamente arrasado. Sei que não tinha direito de me sentir assim, de cobrar nada dela, mas não tive como evitar. Doeu como o inferno, pareceu destruir o pouco que me restava de sanidade e lucidez.


Nós nos olhamos e havia um mar de dor e tristeza entre nós.


— Quem é ele? – Eu precisava saber de tudo. Nada aplacaria o modo que eu me sentia, mas seria pior imaginar outras coisas.


— É um inglês que estabeleceu suas empresas e lojas no Brasil há alguns anos. Tem outras espalhadas pelo mundo. Minha vida é uma loucura, às vezes vamos para a Inglaterra, essa coisa de dupla nacionalidade acaba fazendo tudo ser mais corrido. – Parecia querer falar normalmente, mas não me olhava. E falava no presente. Isso significava que ainda era casada. Era de outro homem.


A dor e a decepção dentro de mim eram absurdas. Era irracionalidade, ela tinha que ter continuado sua vida, eu sabia disso. Tinha conhecido um homem que deu valor a ela, por isso parecia feliz. Mas eu não consegui aceitar. Na minha cabeça, Dulce era só minha. Meu amor, minha vida. Mas não. Outro homem recebia sua alegria, se deitava com ela, acordava com ela... Porra, outro homem tinha tudo que eu queria.


— Quem é ele? – Parecia masoquismo, mas eu tinha que saber.


— Talvez o conheça de nome. Jhonny Parker, dono das lojas LOOK.


Eu conhecia. Tinha encontrado com ele uma ou duas vezes no decorrer daqueles anos. Suas lojas de roupas e departamentos vendiam alguns perfumes da nossa linha de cosméticos. Pensei na ironia. O destino de Dulce tinha estado mais atrelado ao meu do que jamais supus. Não sei como não tínhamos nos encontrado antes.


Jhonny Parker era um homem atraente e muito rico. Ela tinha conseguido alguém que se equiparava a mim em status e riqueza, como a esfregar que eu podia ser descartado como fiz com ela. Estava devastado, sentindo-me inferior. Talvez nem tenha pensado em mim durante aqueles anos, enquanto eu vivia uma farsa e me agarrava às lembranças dela como uma tábua de salvação.


— E seu casamento, como vai? – Sua pergunta direta me pegou desprevenido. Enquanto nos olhávamos, continuou: — Vi uma ou duas vezes reportagem sobre você. Fiquei feliz ao ver que conseguiu expandir as empresas para fora do país. E que tem um filho.


Então Dulce sabia de mim. Tinha se interessado ao menos em se informar. Não sei se isso me alegrou ou entristeceu mais.


Pensei em meu filho de quase seis anos, Felipe. De toda aquela merda que fiz com a minha vida, ter tornado as empresas multinacionais não me faziam mais feliz do que meu filho. Eu o amava e ele era minha maior alegria e conforto. Relaxei um pouco ao falar dele:


— Sim, ele tem cinco anos. Felipe,meu pequeno Lipe.


Vi que Dulce também parecia nervosa, abalada. Então não era só eu. Aquilo tudo estava sendo doloroso para ambos. Mas eu precisava saber de tudo. E mesmo sem coragem, sem estar preparado, indaguei baixo:


— Você têm filhos?


Ela baixou o olhar. Fiquei imóvel na cadeira. Quando me olhou de novo, acenou com a cabeça:


— Uma menina. Vai fazer quatro anos. Maria Júlia,minha princesa Maju.


Porra!


Fui assolado pela revolta, pela dor. Em nada Dulce ficou me devendo. Se aquilo era um indício do que sentiu quando me casei e formei família, deixando-a para trás, tinha sabido retribuir a dor direitinho. Teve tempo de se acostumar, ela própria confessou que sabia notícias minhas pelo jornal. Eu fui pego totalmente de surpresa.


A diferença é que ela devia ser feliz e realizada. Ela era a mesma garota linda e doce. Eu vivia um casamento frio e vazio, eu trabalhava como um condenado para me cansar e não pensar, o que sempre me segurou foram as lembranças dela e a presença do meu filho.


Por mais que eu quisesse reagir, não podia afastar aquele peso do meu peito, aquela certeza de que joguei tudo fora, perdi feio. Estava tenso, duro, com um bolo na garganta. Não conseguia fazer mais nada além de olhar para ela, como se quisesse compensar os nove anos em que não fiz aquilo.


Dulce estremeceu, vacilou. Algo não batia ali e vi o que era. Podia estar casada e com uma nova família, mas não era imune a mim. Estava tão abalada e perdida quanto eu, embora tentasse parecer segura e serena.


Olhou para o relógio de pulso e se levantou de repente.


— Preciso ir, Chris.


— Dulce. – Eu me levantei também. Senti certo pânico ao imaginar que sairia da minha vida de novo. Sabia que aconteceria, que nossos caminhos só se tocaram por uma coincidência, uma brincadeira do destino, mas continuavam distantes, separados.


Ela também sabia. Estava nervosa, como se chegasse ao seu limite.


— Foi bom ver você, Dulce. – Tentou se despedir de maneira educada, como se nada acontecesse, mas eu via e sentia.


— Não vá. – Falei baixo e dei um passo para frente.


Arregalou os olhos, ainda mais quando fiz menção de segurar seu braço. Praticamente deu um pulo para trás, arquejando, demonstrando pavor no olhar. Não estava calma, pelo contrário. Sacudiu a cabeça.


— Não. Adeus.


— Dulce.


Ignorou-me. Virou as costas e praticamente correu para fora do restaurante. Eu ainda a segui alguns passos, mas então parei e passei nervosamente os dedos entre os cabelos.



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Autor(a): Ally✿

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Que diabos eu estava fazendo? Se nossa vida já tinha sido complicada antes, imagine agora, com todos os problemas do passado acrescidos de casamentos e filhos? Onde eu estava com a cabeça? O problema não era a cabeça. Era aquela agonia atroz, aquele sentimento de perda, de desespero ao me ver sozinho naquele restaurante, sabendo que Dulce estava ...


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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



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  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


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