Fanfics Brasil - 8° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 8° Capítulo

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Atrás de mim, o barzinho cheio e animado. Respirei fundo, busquei meu tão famoso autodomínio e dei um passo para o lado, deixando-a passar. Só então bati a porta. Seria difícil aguentar a noite sem por minhas mãos nela.


Entramos e fomos ocupar uma mesa perto da janela aberta, de onde entrava uma brisa suave. Era um desses bares com som ao fundo de MPB, ambiente aconchegante e jovial, cerveja gelada e tira gosto saboroso, com muitos jovens.


— Já veio aqui, Dulce?


— Não. – Sacudiu a cabeça e sorriu para mim. — Não sou muito de sair. Acho que a garota do interior ainda habita em mim.


— Nem com um namorado?


— Não tenho namorado.


Eu sorri devagar, satisfeito. Ela deu uma risada.


— Gostou disso, não é?


— Nem imagina o quanto. – Retruquei e trocamos um olhar quente.


Naquele momento o garçom se aproximou e pedimos dois chopes. Quando se afastou, Dulce apoiou os braços na mesa, me olhando com ar feliz, dizendo:


— Sabe que passei a semana toda rindo sozinha a cada vez que lembrava você deixando seu carro com a Pietra e vindo se sentar ao meu lado naquele engarrafamento? É sempre louco e impulsivo assim?


— Nunca.


— Difícil acreditar.


— Foi seu efeito sobre mim, Dulce.


— Ah, tá... – Deu outra risada.


— Falo sério. – Recostei-me, franzindo as sobrancelhas, meus olhos fixos nela. — Meu carro é mais alto que o Corsa e vi suas pernas sobre o porta-luvas. Fiquei então com o carro emparelhado para não perder a bela visão.


— Jura? – Deu uma leve gargalhada, corando, seus olhos brilhando. – E eu sem saber de nada!


— Juro. E então você saiu e me ganhou de vez. Ainda mais quando falou do meu sorriso. Me pegou desprevenido.


— Ah, mas seu sorriso é lindo mesmo. Quando vi você, pensei duas coisas.


— O quê? – Esperei, atento.


— Que tinha um sorriso maravilhoso, assim meio de lado. E que nunca vi olhos tão lindos, de um azul tão claro e aceso. – Pareceu meio sem graça, mas não deixou de sorrir. — Sou meio impulsiva às vezes e falo sem pensar. Deve ter pensado que foi uma cantada.


— E não foi?


— Não. Foi um elogio espontâneo, o que eu sentia.


Acreditei nela. Uma coisa que chamava a atenção desde que a conheci era realmente seu jeito espontâneo.O garçom se aproximou com o chope e deixou os cardápios sobre a mesa, indagando se desejávamos mais alguma coisa. Dulce voltou a atenção para ele e sorriu com simpatia.


— Não, obrigada. Qual é o seu nome?


O garçom se surpreendeu, como se ela perguntasse qual era a cor da sua cueca. Acho que não estava acostumado a ser alvo de um interesse tão verdadeiro, o que também me surpreendia. Era um senhor e a fitou sorrindo, enquanto respondia:


— Geraldo, senhorita.


— Oi, Geraldo. Nós vamos ver o cardápio e já chamamos você.


— Tudo bem. Fiquem à vontade. – E quando se afastou, não era apenas mais um profissional sorrindo só por costume, mas sim verdadeiramente.


Ela se voltou para o cardápio e o abriu, como se não tivesse feito nada demais. Eu não lembro nem de Amélia um dia ter olhado para um garçom, muito menos perguntado o nome dele. E isso foi algo que aprendi sobre Dulce depois. Ela realmente se importava com as pessoas, em saber seus nomes e em tratar bem. Era algo dela, não sei se da sua personalidade mesmo ou por morar em um lugar onde todos se conheciam e se tratavam pelo primeiro nome. Mas não deixava de ser encantador.


— O que vamos pedir? – Ergueu os olhos para mim, bem humorada. – Desculpe a sinceridade, mas estou faminta. Cheguei da faculdade mais tarde hoje, liguei pra você e, com a pressa de te encontrar logo, nem comi nada.


— Estava com pressa para me ver? – Gostei daquilo.


— Estava. – Confessou.


— Então por que não me ligou antes?


Deixou o cardápio sobre a mesa, erguendo os olhos para mim. Foi sincera:


— Esperei para ver se ia te esquecer.


Ficamos quietos, olhando um para o outro. Ao fundo tocava uma bela música do Djavan, chamada Um Amor Puro. As pessoas riam e conversavam. O local estava cheio e movimentado. Mas estranhamente éramos só nós dois ali. Senti algo quente e forte se revolvendo dentro de mim, diferente de tudo que já senti. E consegui perguntar baixo:


— Esqueceu?


— Não. – Lambeu os lábios, nervosa, mas não desviou os olhos ou se escondeu. – Lembrei ainda mais. Então soube que teria que ligar mesmo.


— Fez um teste consigo mesma.


— Sim.


— Ainda bem que venci. Que fiquei firme com você, mesmo que só em pensamento.


— Deve estar acostumado com isso, não é, Christopher Uckermann? – Apoiou o queixo na mão, um sorriso lento nos lábios. — Tenho a impressão que é um homem acostumado a ter tudo do seu jeito.


— E isso é um defeito? – Ergui uma sobrancelha, sem desgrudar meu olhar penetrante do dela.


— Pode ser. – Sorriu ainda mais. — Mas combina com você. Não me incomoda. Bem, vamos pedir? Minha fome está aumentando. O que sugere?


Minha fome também estava aumentando. A fome que eu sentia por ela e que me consumia cada vez mais. No entanto, mais uma vez me contive.Decidimos por Bolinhos de mandioca recheados com berinjela, pimentão e queijo fresco, acompanhados por um molho especial agridoce, além de batatinhas com catupiry, bacon e tomate cereja.Geraldo anotou os pedidos todo solícito, dando uma atenção especial a Dulce. Ela o tinha ganhado, ainda mais com seus sorrisos. Era uma sedutora nata, principalmente por não se dar conta disso.


Conversamos banalidades sobre os melhores petiscos de bares, gostos e músicas. Ouvindo Djavan, ela disse que adorava MPB e quis saber o que eu preferia. Também gostava de MPB, além de música clássica e Rock clássico também. Era fácil falar com ela e eu me sentia à vontade, como se nos conhecêssemos há muitos anos.


Quando Geraldo voltou, pedimos mais uma rodada de chope e começamos a comer.Dulce adorou tudo. Apesar de esguia, não pareceu o tipo que vivia de dieta, pois pouco ligou para os bolinhos fritos ou o molho picante, aproveitando para fazer altos elogios a Geraldo, que ficou todo bobo, como se ele é que tivesse preparado a comida. Acabei rindo comigo mesmo.


Falamos de muitas coisas, mas se alguém perguntasse depois sobre o quê, eu não saberia responder. Mas descreveria claramente seu sorriso, seu olhar, o modo como se deliciava e se entregava a saborear a comida, o modo como eu me sentia perto dela, cada vez mais encantado, desejo e atração me golpeando sem dó.


Em determinado momento perguntou da minha família e só falei o básico sobre meus pais e meu irmão, não de quem era filho ou sobre ser herdeiro de uma empresa famosa no Brasil, que com certeza ela já tinha ouvido falar. Não por que achasse que era interesseira, mas não queria que descobrisse sobre Amélia. Até por que Dulce estava além da minha vida cotidiana, como uma parte separada, única, só minha. Que surgiu sem qualquer planejamento e da qual eu ainda não me sentia preparado para abrir mão.


Foi uma noite muito agradável. Ficamos no barzinho até tarde, ouvindo música e conversando. Geraldo perguntou se queríamos sobremesa e perguntei se tinha mousse de maracujá.Quando disse que sim, pedi dois e nos deliciamos, embora não aguentássemos comer mais nada.


Depois que paguei a conta, Dulce se despediu do garçom com carinho, que fez questão de nos acompanhar até a porta e desejou que voltássemos mais vezes. Enquanto dirigia de volta ao prédio dela, eu pensava se me convidaria para subir, decidido a fazer que sim. O desejo beirava a superfície, meu corpo estava retesado, a vontade de tê-la em uma cama embaixo de mim era quase dolorosa.


Quando parei o carro na calçada, a rua estava vazia. E nós protegidos lá dentro pelo vidro fumê. O silêncio nos envolveu e soltei meu cinto, virando para ela. Dulce também tinha tirado seu cinto e sorriu nervosamente para mim.


— Foi uma noite maravilhosa. Perfeita. – Disse com sinceridade.


— Eu sei. Teremos mais assim.


— Tá. Menos nos finais de semana, pois vou para casa.


E eu tinha Amélia naqueles dias. Parecia que as coisas se encaixavam. Mas eu planejava de passar o resto da semana com Dulce. Não sei como, com o MBA à noite. Mas daria meu jeito.Fitei-a com desejo, meu olhar descendo até a sua boca. Na mesma hora falou apressada:


— Eu tenho que ir, Christopher.


— Não. – Uma única palavra, seca dura, cheia de significado. Arregalou um pouco os olhos, ainda mais quando segurei seu pulso. Deslizei o polegar sobre a pele macia ali e vi como prendeu a respiração, como ficou em suspenso, quase assustada. — Quero o meu beijo.



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Autor(a): Ally✿

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



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  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


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