Fanfics Brasil - 92° Capítulo ❖Redenção ao Amor❖

Fanfic: ❖Redenção ao Amor❖ | Tema: Vondy


Capítulo: 92° Capítulo

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Só podia ser destino. Ou uma brincadeira do universo. Tinha ficado desesperado procurando Dulce e ela foi parar justamente no mesmo lugar que eu.


Meu coração bateu descompassado. Fui nocauteado pelo amor, pela saudade e pela irritação. Dei uns passos à frente, já para abordá-la, brigar com ela, beijá-la, sem me preocupar com mais nada. Mas então estaquei, voltando a ser racional. Não estava sozinha. E eu também não, com meu filho ali perto e minha família lá dentro.


Dulce estava sentada no chão, linda, sorrindo, com muitas bonecas ao redor. Falava com uma menininha linda também, com cabelos castanhos claros, de olhos castanhos e que tinha o sorriso dela. Usava um vestido com flores e um laço na cabeça. A primeira coisa que senti foi um vontade horrível de chegar perto e a outra foi o pensamento de que as duas eram para serem minhas.


Fiquei imobilizado, passando os olhos em volta. O marido estaria ali com elas? O filho da puta sortudo? O ciúme me corroía, assim como a revolta pela injustiça de tudo aquilo. E eu, sempre tão controlado, perdi a cabeça. Não pensei em nada, só que não perderia aquela oportunidade. E, com passos largos, me aproximei.


Dulce só me viu quando estava bem perto. Lá do chão, sentada ao lado da filha, arregalou os olhos e empalideceu. Só para depois ficar vermelha, chocada, como se não acreditasse que eu estava ali. Parei e a fitei fixamente.


— Chris... – Murmurou.


— Só assim para conseguir falar com você. – Falei secamente.


Olhou rapidamente para a filha, que tinha parado de brincar e me fitava. Eu a olhei também. Era lindinha, tinha aquela mesma felicidade que eu percebia em Dul desde a primeira vez. Senti um baque por dentro, pensando que ela tinha que ter sido minha filha. Quanto tempo desperdiçado!


Tive certo medo que o outro homem ficasse com elas. Que por algum motivo Chris preferisse o marido e a vida que já tinha. Então voltei a fitar seus olhos e soube que não. Eu duvidava que pudesse olhar para outro homem como olhava para mim. Disse nervosa:


— Você... Me seguiu até aqui?


— Não. – Apontei para onde Lipe  brincava. — Vim com meu filho. E com minha família almoçar. Quem nos uniu aqui foi o destino, com pena do modo que eu fiquei depois que me largou sozinho.


Empalideceu mais, agoniada. Não sei se por minhas palavras ou por se dar conta que minha esposa e filho estavam comigo. Talvez por causa de ambas as coisas. Lançou um olhar comprido para meu filho, mas nem teve tempo de falar nada. A menininha se adiantou e perguntou para mim:


— A mamãe te deixou sozinho? Por quê?


— Maju... – Dulce mal sabia o que fazer, um pouco assustada.


Eu fitei a garotinha. Era mesmo uma graça.


— Ela estava com pressa. – Falei baixo.


— Ah! – Sorriu, como se aquilo explicasse tudo.


Eu me senti amansar com aquele sorriso. Mesmo ainda irritado, louco para levar Dul dali e não podendo, eu sorri de volta, quieto.


— Chris, depois a gente se fala. – Dul parecia suplicar para que eu fosse, angustiada, tensa. — Por favor.


— Ele está aqui? – Semicerrei os olhos.


— Não. Está viajando. – Sabia que eu falava do seu marido. Lançou outro olhar a Maju, que prestava atenção. Quase suplicou para mim: — Por favor.


— E nos falamos como? – Exigi.


— Eu... Eu vou atender o telefone. Prometo.


Fiquei dividido, sem saber se acreditava. Ela continuava assustada, incomodada com a situação, que era mesmo ingrata. Que só piorou quando senti uma mãozinha se enfiar na minha quando Lipe veio correndo para o meu lado.


— Pai, já está na hora do parabéns?


Dul nos olhava, perturbada, paralisada. Baixei os olhos para meu filho de quase seis anos, que aguardava em expectativa.


— Daqui a pouco.


— Parabéns? – Perguntou Maju, enquanto ela e Lipe se olhavam. — É seu aniversário?


— Da minha avó.


— Minha avó fez aniversário mês passado e fomos na casa dela. Meu tio Paulinho de doze anos brincou comigo e depois estouramos todas as bolas de aniversário! – Explicou a menina, animada, sorrindo.


— Eu também gosto de estourar, mas minha mãe briga comigo. – Completou Lipe. — Mas hoje nem tem bolas! Minha avó não quis festa.


Enquanto eles batiam papo em sua inocência, eu e Dul nos olhávamos. Ela estava com certo ar triste, além de tudo. E eu entendi, pois sentia o mesmo. Acho que pensamos que Lipe e Maju tinham que ser nossos filhos. Talvez fosse assim se nunca tivéssemos nos separado. Quanta coisa nós perdemos e tivemos com outras pessoas, quando desperdiçamos nosso tempo. Eu desperdicei.


Não quis ficar me martirizando por algo que não podia mais ser mudado e quis falar aquilo, mas como, com as duas crianças por testemunha? Vi seu olhar comprido para Lipe. Murmurou:


— Ele é a sua cara.


Sim, não havia nada de Amélia ali. Nem na aparência nem no jeito.


Sentia o peso de tudo sobre nós. As emoções que passavam pelo rosto dela eram as mesmas que as minhas. Havia um abismo entre mim e ela, mas eu faria uma ponte, eu o pularia, mas não voltaria pelo mesmo caminho. Tinha que ter um jeito de conversar com ela, de deixar claro que daquela vez eu não desistiria.


Ao mesmo tempo, queria simplesmente esquecer aquela merda toda e só puxá-la para meus braços. O desejo de tê-la de novo, na minha cama e na minha história, era quase doloroso de aguentar. Mas fiquei lá, segurando a mão do meu filho, de pé olhando para ela ainda sentada no chão ao lado da sua filha, que já estava de joelho e ainda puxava assunto com Lipe.


Aproveitei a distração deles e exigi:


— Quando vamos conversar?


— Logo. – Disse baixinho.


— Quando?


Mordeu os lábios e me irritei. Mas estava cheia de culpa, murmurando:


— Não fizemos o certo.


— Foda-se o certo. Quando?


Arregalou os olhos. Maju exclamou, levando a mão à boca:


— Tio, você disse palavrão!


Lipe riu, achando graça.


Eu fiquei sem ação. E foi naquela hora que, para complicar tudo, minha mãe veio até onde estávamos e parou colocando a mão no ombro de Lipe, sorrindo para nós e depois para Dulce e a filha.


— Ah, então estão aqui! Vim chamá-los de volta à mesa. Oi, boa tarde. – Cumprimentou as duas desconhecidas com simpatia.


— Oi. – Dulce murmurou. Eu nunca a tinha visto tão tímida e sem graça. Parecia morta de vergonha, como se tivesse cometido algum crime. A amante conhecendo a família do homem


casado. Tive vontade de sacudi-la, pois nossa situação era bem diferente daquilo.


— Essa é a minha vó! – Lipe explicou à Maju.


— Por que não tem balões na sua festa? – Perguntou a garotinha.


— Mas não é festa, querida. – Minha mãe sorriu para ela. – É só um almoço. Quer vir cantar parabéns também?


— Eu quero! – Levantou-se de um pulo, eufórica e sorridente.


Dulce quase ficou em pânico. Catou as bonecas rapidamente e se levantou também, agarrando a mão da filha antes que viesse para o nosso lado. Sorriu nervosa e explicou:


— Desculpe, não vai dar. Já estamos de saída.


— Ah, mas não vai demorar. – Insistiu minha mãe.


— Eu adoro parabéns e bolo! Vamos, mãe.



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Autor(a): Ally✿

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 442



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  • taina_vondy Postado em 08/06/2016 - 09:59:11

    ei cade vc vem finalizar a web..

  • gaelli Postado em 30/04/2016 - 23:38:32

    Finaliza a web!! GoxxxTo tanto

  • taina_vondy Postado em 24/04/2016 - 14:24:53

    ei cade vc vem aqui finalizar a web.... .

  • anni.vondys Postado em 15/04/2016 - 15:18:57

    ally cade vocee

  • cmsvondy Postado em 22/03/2016 - 23:31:32

    Leitora nova! Por favor continua

  • vondyvida Postado em 10/03/2016 - 11:32:34

    AH COMO EU AMO ESSA FIIIIIC! QUE LINDEZA *-* finalmente a Amelia teve o que merecia HSUAUSHAUSHUS

  • millamorais_ Postado em 29/02/2016 - 23:33:10

    Por dells muie aparece aquiiiiii já são mais de duas semanas sem capítulos novos :'(

  • isauckermann Postado em 28/02/2016 - 22:30:39

    continua

  • julliana.drew Postado em 21/02/2016 - 04:42:29

    Continua

  • millamorais_ Postado em 14/02/2016 - 11:17:44

    Céus Ally, tanta emoção. Eu tou lendo no trabalho e já chorando rsrsrs, tão lindos, tão quentes contínua gatinha, nem acredito que já estamos já reta final


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