Fanfics Brasil - Capítulo 00: Gêneses. Crônicas de um exorcista.

Fanfic: Crônicas de um exorcista. | Tema: Demônios


Capítulo: Capítulo 00: Gêneses.

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       A minha história começa a um bom tempo atrás. Eu era um jovem problemático que fazia visitas a polícia várias vezes. Eu estava no primeiro ano da faculdade, e curtia demais aquilo tudo: As festas, as garotas, o sexo. Naquela época eu não queria saber de nada, só de curtir a vida. Até que em um dia comum, como qualquer outro, tudo mudou. E começou com a chegada dela. Um bela garota, de cabelos curtos, cortados bem baixinhos, piercing no nariz, tatuagens nos braços e uma camiseta do Deep Purple, nossa, ela era a garota dos meus sonhos.


     - Tony? - Me chamava um dos meus antigos amigos - Ei, cara, tá me ouvindo?


     Ele olhou na mesma direção em que eu olhava para tentar ver o que eu via, assim que ele enxergou a garota, sacou tudo de imediato.


     - Garota nova na área! - Disse ele.


     - Cai fora, Jayden. Eu vi primeiro.


     - Tá, então vai lá falar com ela - Ele me empurrou pra cima da garota, mas com tanta força que eu cheguei a empurrar ela também.


    Ela lia o panfleto da universidade. Onde havia um mapa do campus, com legendas, e várias informações para nos situarmos no local. Graças a brincadeira idiota do Jayden, eu acabei empurrando ela sem querer, derrubando seu panfleto e a deixando com bastante raiva. 


   - Merda - Ela se abaixou pra pegar o panfleto e ainda não havia olhado pra mim - será que todo mundo nesse lugar é babaca, ou você só... - Ela parou de falar no momento que me viu. Eu também fiquei sem palavras, ao olhar aquele lindo rosto de tão perto. Era ainda mais lindo. 


   Ela, meio constrangida pelo que me disse, se levantou e pediu desculpas:


   - Olha, eu não quis dizer que você é um idiota, é só que...


   - Relxa, não precisa explicar. Afinal de contas 90% das pessoas aqui, talvez sejam idiotas mesmo.


   Nós rimos. Ficamos por alguns segundos em silêncio e eu me apresentei, antes que ela resolvesse ir embora.


   - Eu sou Antony. Mas, pode me chamar só de Tony - Estendi a mão para ela. Ela repetiu o gesto e me disse:


   - Annie Marie. 


   Ela sorriu timidamente, vi que sua bochecha ficou ficou vermelha. Ainda naquele clima que pintou entre a gente, me ofereci para lhe mostrar o campus. Annie achou uma excelente ideia.  


   


    Depois disso, dias e semanas se passaram. Estávamos namorando a um mês. Ela era tudo de bom. Tudo que sonhei para minha vida. Loira, tatuada, belissimos olhos azuis. E sem falar o quanto ela era linda por dentro. Sempre me tratou bem, apesar de ser bem valentona e grosseira com as pessas às vezes, foi muito carinhosa. Estavamos super apaixonados. E era sobre isso que eu conversava com meu amigo, Jayden, numa lanchonete que havia do outro lado da universidade. 


    - De verdade, Tony. Eu não imaginei que viveria o dia em que fosse te ver com um cabresto no pescoço - Ele ria.


    - Eu não diria que eu estou com um cabresto, mas, tem razão! Nem eu achei que um dia iria me prender em alguém - Tomei um gole do refrigerante - O negócio é que a Annie tem algo diferente... 


    - Sim, ela é francesa! - Disse ele com o copo em frente sua boca.


    - Não é isso, palhaço. Não sei explicar, ela tem algo que outras pessoas não tem. Algo que a torna única. 


    - Ai, me responde um coisa - Pronto, lá vem merda - Me falaram que os franceses não tomam banho. Como é...


    - Se terminar essa pergunta, eu te mato com esse garfo! 


    A seguia tranquilamente, Annie Marie e eu marcamos para sair numa sexta a noite e pegar um cineminha. E quando chegou a noite eu mal conseguia me contar. Eu estava realmente feliz por sair com a Annie, mas no fundo eu estava realmente animado com o que aconteceria depois do cineminha. Eu aluguei um quarto num motel e a gente ia ter nossa primeira noite de amor. Bem... primeira, não exatamente. No dia em que nos conhecemos, enquanto eu mostrava o campus para ela, "acidentalmente" levei-a para a sala do zelador e consequentemente, transamos no meio dos itens de limpeza. Tecnicamente, naquela vez não estávamos namorando e depois que começamos não fizemos amor nenhuma vez. Por tanto, era justo dizer que aquela seria nossa primeira vez.


    Arrumado e pronto para sair, fui até o quarto e avisei ao Jayden para não me esperar acordado. Ele disse pra mim, com aquela cara de palhaço, que queria todos os detalhes. Nós rimos, eu me despedi, mandei um dedo pra ele e fui embora.


    Arranquei um flor que tinha no jardim do campus e levei comigo para oferecer a Annie. Aquilo não combinava nada com a gente. Não éramos nada românticos, mas achei que a ocasião pedia por algo desse jeito.


    Sentei no banco da calçada e esperei por Annie Marie por vinte minutos. Depois desse tempo já começava a pensar coisas como: "Por que ela não veio? Eu fiz alguma coisa que mogoou ela? Não pode ser, nos damos tão bem.". Mais dez minutos se passaram e meia hora depois do horario marcado para nosso encontro, a flor que arranquei já estava em pedaços. Assim como eu estava começando a ficar também. Após quarenta minutos eu aceitei que ela não viria mais e fui embora. Minha cabeça estava cheia de coisas e eu imaginava milhares de motivos para ela não ter ido ao nosso encontro. Nenhum deles era agravél. Mesmo não estando muito longe do dormitório feminino eu não fui até lá. Pensei que se ela quisesse falar comigo, ela viria até meu quarto. Afinal, quem furou comigo foi ela. Fui para o quarto. Deitei na cama do jeito que estava vestido mesmo e fiquei pensando no por que dela não ter aparecido no nosso encontro. Depois, eu apaguei.


    Assustado e todo suado eu acordei sentindo um baita calor. Mal despertei e passei a mão no meu celular. Desbloquei ele e nada. Nenhuma mensagem da Annie. "Não é possivel - pensei - Eu dormi por quase uma hora e ela nem pra mandar uma mensagem me explicando o que aconteceu". Chega. Levantei, passei uma água no rosto, tirei meu bleiser, dobrei a mangá da minha camisa e sai. Estava tão vidrado, pensando naquilo tudo que mal percebi que o Jayden não estava lá, nem quando cheguei, nem quando sai. 


   Levei uns cinco minutos até chegar no dormitório feminino, que naquela noite estava bem estranho. Nem sinal do guarda que ficava nas portas dos dormitórios, e nem sinal de garota nenhuma. Tudo era silêncio. Estranho, geralmente aquele dormitório era tão cheio de vida e podia se ouvir as garotas por toda parte. 


   Eu entrei e fui caminhando pelo corredor escuro e deserto. As luzes do corredor, e até mesmo as luzes dos quartos das garotas estavam apagadas. A única iluminação que se tinha era da luz do poste que adentrava pelas janelas. "Que doideira, eu não sábia que o dormitório feminino era tão sinistro durante a noite". 


   Quando subi as escadas para o segundo andar, levei um puta susto. Dei de cara com três garotas que vinha descendo as escada. As três sorriam para mim como se quisessem algo bem sacana. Depois que passaram uma delas parou, mordeu os lábios e disse:


    - Seu lugar não é aqui, Antony! Você sabe disse! Mas se quiser, eu tenho um lugar pra você no nosso quarto!


    Elas riram e continuaram andando. Eu encostei por alguns instantes na parede pra me recuperar desse momento. Depois, continuei andando pelo corredor escuro, procurando pelo quarto da Annie.


    - 205, 206, 207... ah, 208! É esse.


    Algo muito estranho aconteceu um pouco antes de eu abrir aquela porta, quando toquei na maçaneta, as luzes se ascenderam e começaram a piscar sem parar e uma delas estorou. Senti o ar a minha volta ficar mais pesado, e calafrios invadiram meu corpo. Mesmo com aquelas estranhas sensações eu abri a porta, já que não estava trancada.


    - Eu não consigo ver nada.


    A situação do quarto era a mesma de todo o resto. Uma escuridão absurda. Tentei ligar a luz, mas o interruptor não funcionava. A salvação era a a luz do poste, outra vez, quando a cortina da janela balançou e saiu da frente do poste, deixando-o iluminar o interior do quarto eu vi uma garota sentada próxima a janela. Ela estava sentada no chão, reproduzindo um som esquesito que eu nunca tinha ouvido na vida. Talvez estivesse chorando, mas era bem estranho. Continuei andando devagar e consegui reconhece-la. Era Lucy, a colega de quarto da Annie.


    - Lucy? Tá tudo bem? - Ela não respondeu nada, continuou imóvel - Lucy? Fala comigo, o que houve?


    Ela nada dizia, e eu continuava seguindo em frente. Estava muito escuro, por isso eu caminhava devagar e com cuidado. Até que em um momento, pisei em algo pegajoso e escorregadio. "MAs que porra é essa?", pensei. Como sou muito curioso, passei o dedo naquela coisa e levei ao nariz para sentir o cheiro. "Não pode ser...", eu definitivamente não queria crer que meu nariz estava certo. Aquela coisa tinha cheiro de sangue.


    Então, a cortina dançou mais uma vez no ritmo do vento e deixou que a luz entrasse novamente. Mais claro, pude ver que o que estava embaixo do meu pé era realmente sangue. Eu já estava muito assustado a essa hora. Pensava no pior. Será que poderia ser esse o motivo dela não ter aparecido no nosso encontro? Eu segui o rastro de sangue que levava até a cama, e lá estava meu amigo Jayden, com o abdomêm rasgado, suas tripas e orgãos internos expostos e pindurados em seu corpo.


    - Jayden!! - Eu quase engasguei quando vi tal cena - LUCY!! QUE MERDA SIGNIFICA ISSO?


    Pela primeira vez desde que entrei naquele quarto, a Lucy parou de fazer aquele som grotesco. Eu que esperava uma resposta dela, fui surpreendido quando ela virou sua cabeça em minha direção, sem que seu corpo se mexesse. Ela girou a cabeça como se fosse uma coruja. E se já não bastasse aquela bizarrisse, seus olhos estavam totalmente negros, como a mais escura noite. Deles escorria um tipo de liquido grosso como graxa. A sua expressão não era nada humana também. Era... era algo demôniaco. Aquela não era a Lucy.


    Quando ela girou a cabeça para mim, ela sorriu demoniacamente e disse:


    - Você finalmente chegou, Antony Baroni! Estamos reservando o seu lugar no inferno - Ela tinha um voz tão grave que eu tive a impressão de estar ouvindo o próprio capeta falar comigo!


   Sem que eu conseguisse esboçar alguma reação, sentei no chão e me enconstei contra a porta, tentando descobrir se aquilo era mesmo real, ou só um horrivel pesadelo. Lucy, ou seja lá o que era aquilo, se pos de quatro e começou a engatinhar na minha direção com sua cabeça retorcida, reproduzindo aquele mesmo som agoniante de pouco tempo atrás. 


   - Sai! sai de perto de mim! Por favor, me deixa em paz!! - Era o que eu conseguia fazer, gritar!


   Ela veio se aproximando cada vez mais. Eu achei que ia morrer naquele dia. Foi então que Annie Marie entrou no quarto e atirou na cabeça de Lucy. 


   - Annie Marie? - Perguntei assustado. 


   Ela não me disse nada, apenas me agarrou pelo braço e me levantou. Depois de levar o tiro, Lucy começou a se contorcer, como se estivesse sofrendo um ataque epilético, só que mil vezes pior. Por fim, ela vomitou todo aquele liquido preto que foi evaporando no chão do quarto. E a garota ficou travada, morta em uma posição desesperadora de se ver. 


   Annie correu comigo pelo campus e me levou até meu quarto. 


   - Arrume suas coisas, precisa ir embora. 


   - Annie, o que tá acontecendo? Eu vi o Jayden morto no quarto de vocês, e a Lucy parecia um dos possúidos do Evil dead.


   - Ela estava possuida. Precisamos dar o fora, antes que culpem a gente pela morte dos dois - Ela não parava de fazer o que estava fazendo para responder minhas perguntas.


   - Possuída? Isso é sério? O que está havendo, eu fui até lá para te perguntar por que não foi no nosso encontro...


    Annie me beijou, com desejo e eu calei minha boca.


    - Eu te amo, Tony. Mas não podemos continuar juntos. mais daquelas coisas viram e você só estará seguro com seu avô.


    - Pera, você conhece meu avô? - Perguntei.


    - Rápido, Tony. Não podemos demorar. Eu vou arrumar minha coisas, Ah... uma coisa - Antes de sair ela tirou uma foto de nós dois junto, no dia em que fomos ao parque. ela rasgou no meio, dividindo nós dois - Toma. Fica com isso até o dia em que nos encontrarmos. 


     Ela ficou com a parte em que estou na foto e me deu a parta que ela está. Ela me beijou mais uma vez, e abraçou-me com força. 


     - NUnca vou te esquecer. Vou te amar para sempre Antony Baroni. 


     Em seguida, ela saiu. Eu tinha certeza de que não a veria nunca mais e mesmo assim, não consegui dizer adeus, ou um "te amo" se quer. Eu estava mudo. Não conseguia aceitar que aquilo tudo era real. Não podia ser. 


         


       No dia seguinte antes mesmo do sol nascer, eu já estava na rodoviária, esperando um onibus para a casa do meu avô. Ao fundo eu podia ver a movimentação no Campus. Viatúras da policia, ambulâncias, veicúlos de imprensa, todos queria saber o que aconteceu naquele quarto, e eu só queria esquecer. Eu só conseguia pensar na Annie Marie. QUem ela realmente era? Como sabia do meu avô. E por que só com ele eu estaria protegido?


      Naquela época eu era um garoto ingênuo e não entendia nada. Agora eu vejo toda maldade que existe no mundo, e tento pará-la a qualquer custo. Essa é a história do meu primeiro contato com um demônio. Foi assim, assustado e amedrontado, que iniciei uma jornada sem volta por um mundo sombrio e macabro. Foi assim que inicei minha vida... como um exorcista. E já adianto a vocês... daqui pra frente a coisa só começa a piorar e a ficar ainda mais bizarro. 


 


 


 


      Próximo Capitulo: Capitulo 01: O espirito Vingativo! Em breve!


 


 



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Autor(a): jony_miranda

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Comentários do Capítulo:

Comentários da Fanfic 1



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  • withbabe Postado em 12/09/2019 - 22:40:47

    continua por favor


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