Fanfic: The Last Hope [FINALIZADA] (MINI WEB) | Tema: Vondy

- Oh meu Deus. - Me levantei desesperada. - Eu... eu... - Abri a porta e saí do consultório. As lágrimas escorrendo sem parar. Não conseguia ver nada nem ninguém. Apenas conseguia ver Enzo correndo na minha frente, saudável novamente. Eu andava de um lado para o outro tentando digerir o que o médico disse.

- Dulce. - A voz de Christopher soou frágil atrás de mim. - Ei. - Ele me segurou e só então consegui focalizá-lo. Christopher estava chorando tanto quanto eu. - Você ouviu? - Assenti. Christopher me abraçou forte.

- O meu menino vai ficar bem Chris.

- Eu sei, eu sei. - Ele colou sua testa a minha. Por um instante me esqueci do mundo. Me esqueci de Brian, de Victor, de todas as coisas ruins que passei.

- Eu... ah meu Deus. - Me soltei de Christopher e saí correndo. Peguei o elevador apertei o botão e assim que a porta tornou a se abrir continuei correndo. Fui até estacionamento e me ajoelhei no chão, chorando e gritando. Deixando que toda a dor que eu sentia antes escapasse e não voltasse nunca mais. Não me importava com as epssoas me olhando como se eu estivesse doida.


De volta a sala do oncologista depois de ser resgatada no estacionamento por Brian, uma enfermeira me entregou um copo de água com açúcar. Não foi fácil tomar, já que minhas mãos tremiam muito.

- Doutor, isso é verdade? - Ele assentiu. - E quem são essas pessoas? Eu posso saber?

- Na verdade, não. As duas pessoas pediram para que não sejam reconhecidas, e é um direito delas.

- Mas como eu posso agradecer?

- Infelizmente não posso ajudar você nesse requísito. - Ele juntou os exames. - O único que posso dizer é que nenhum dos dois vivem no país, então vai demorar alguns dias até conseguirmos fazer os exames necessários e trazer o doador para cá. Enquanto isso Enzo passará pela radiografia para que tenha o corpo preparado para receber a medula. Informaremos você quando estiver tudo pronto.

- Tudo bem. - Tentei me levantar, mas minhas pernas estava fracas de mais. - Eu não consigo nem me levantar. - Deixei meu corpo amolecer na cadeira enquanto ria e chorava histericamente.

- Eu te ajudo. - Brian me ajudou a levantar. Agradeci o médico e então Brian me levou de volta ao quarto de Enzo.

- Filho. - Tornei a pegá-lo do berço. - Oh meu amor a gente conseguiu. - Enzo reclamou do abraço apertado. - A gente conseguiu filho, você vai ficar bem, você vai.

- Do que está falando Dulce? - O senhor Lewis perguntou.

- O doador. Encontramos. - eu ainda soluçava.

- Está falando sério? - Pela primeira vez vi o senhor Lewis chorar.

- Sim. Estou. Dois deles, dois senhor Lewis. - Enchi Enzo de beijos.

- E quem são eles?

- Doadores anônimos. Não querem ser reconhecidos, mas não importa, seja quem for serei eternamente grata. - Abracei meu filho mais uma vez. - E graças ao Brian.

- Porue graças a ele? - Christopher perguntou, ainda da porta. Encarei Brian e ele assentiu.

- Foi ele uem criou uma página de incentivo para o Enzo. Se não fosse ele, não teríamos tantas pessoas fazendo os exames.

- Ah, entendi. Bom, se é assim, muito obrigada Brian. - Isso saiu bem seco da boca de Christopher.

- De nada. - Brian deu de ombros. - Você ouviu a mamãe Enzo? Você vai ficar bem. - Brian apertou a bochecha de Enzo.

- Vai sim. - Entreguei Enzo a ele e me sentei.

- O que foi querida? - O senhor Lewis deu a volta e se sentou ao meu lado. - Está se sentindo bem?

- Estou sim, só estou emocionada de mais. - Acariciei a barriga que mal dava pra sentir o volume.

- E como vai esse bebezinho aí? Hum?

- Acho que bem. Preciso procurar um obstetra, tenho andado tão preocupada com Enzo que me esqueço às vezes. Sou uma péssima mãe não é?

- Não é não. O negócio é que esse bebezinho aí está bem protegido, então é normal que se preocupe mais com o Enzo, mas quando ele nascer, tenho certeza que se preocupará igual. - Ele segurou minhas mãos e depositou um beijo em cada uma delas. - Posso perguntar uma coisa?

- Pode.

- O pai do bebê, é o Brian?

- Não. - Brian respondeu depressa, de cabeça baixa. Eu realmente gostaria que ele fosse um homem decisivo. Uma hora diz que sim, outrora diz não. Franci meu cenho o encarando. - Você sabe que foi apenas no impulso Dulce. Eu estava com raiva, mas não tenho esse direito.

- Então o filho é realmente meu? - Christopher perguntou e Brian assentiu.

- Isso não quer dizer que você não tenha direito sobre o Enzo e esse bebê. É você quem está cuidando de mim agora Brian. De mim, do Enzo e desse bebê. - Soltei minhas mãos das do senhor Lewis.

- Eu prefiro que seja assim tá bom? E pra ser sincero, sei que logo você vai voltar pra esse imbecil aí. Um coração apaixonado é um desastre. Não que eu vá deixar de ver o Enzo e brincar com ele, claro que não, até porque ele não tem culpa nenhuma, mas talvêz seja melhor assim.

- Está terminando comigo? É isso?

- Prefiro a expressão deixando o caminho livre pra você.

- Pensei que estivesse disposto a lutar para me conquistar. - Desviei meu olhar. - Mas parece que ficou comigo apenas por pena Brian.

- Não foi pena Dulce. Eu realmente gosto de você e estava sim disposto a lutar. Só que agora com ele por perto vai ser impossível fazer você o esquecer. Eu vejo isso no modo como vocês se olham, ainda que haja uma pitad de dor, de rancor. - Brian colocou Enzo no berço. - Mesmo que você repita mil vezes para si mesma que nunca irá voltar com ele, que o odeia, sabe que isso não é verdade. E se é isso que fará você completamente feliz, vá em frente. Saber que você está feliz, já é um bom motivo para me fazer feliz. - Brian saiu. Eu não consegui falar nada. O único som que se ouvia era o de Enzo resmungando no berço.