Fanfic: The Last Hope [FINALIZADA] (MINI WEB) | Tema: Vondy

Eu estava ansioso por vê-lo novamente. Saber como ele estava depois de sair do hospital. Comprei presentes para o meu menino. O primeiro entre muitos, espero. Bati na porta ansioso, eperando vê-la em minha frente.

- Pode entrar. - Meu sorriso se desmanchou quando a vi na porta mas por cima de seu ombro pude ver Dulce brincando com Enzo.

- Ei Dulce. - Ela não respondeu. Estava se saindo bem em me tratar com gelo. - Hmm, eu trouxe pra ele, se você não se importa.

- Então dê a ele. - Abaxei-me perto de Enzo que estava no carpete quando ela deu de ombros. - Olha o que eu trouxe pra você garotão. - Enzo desapareceu atrás do Embrulho.

- Olha bebê. - Dulce falou enquanto Enzo mexia curiosamente no embrulho. Dulce começou a abri-lo.

- Assim não tem graça. - A interrompi. - Vamos mostrar a mamãe como se abre um presente bebê? - Peguei Enzo e o sentei entre minhas pernas, depois puxei o embrulho e o rasguei com força. Enzo instintivamente começou a gargalhar. - Sai papel, sai. - Se pra ouvir a gargalhada do meu filho eu precisava ser um bobalhão eu seria assim todas as vezes.

- São de controle remoto? - Eu não tirava os olhos de Enzo.

- Não. São de pressão. Ele ainda não tem idade para controlar.

- Acho que ele quer abrir esse.

- Então vamos montar. 

- Não tem nenhuma peça que ele possa engolir, né?

- Não. Jamais compraria algo que faria mal a ele Dulce. - Arrumei meu filho no colo. - Vamos montar o trenzinho? Hum? - Em meu colo, depois de montarmos tudo, Enzo ficou quietinho observando o trem dar voltas pela sala no trilho.

- Dulce. - Scarlete apareceu agora completamente arrumada. - Uau. Olha, eu vou dar uma volta agora, se você não precisar de mim.

- Tudo bem. Só tome cuidado ok?

- Pode deixar, qualquer coisa me liga. - Nem vi Scarlete sair. Não nos falamos muito, talvêz ela não goste de mim.

- Vocês já jantaram? - Perguntei.

- Não.

- Se quiser, posso levar vocês pra comer.

- Não quero sair com ele nesse frio Christopher. O que eu puder evitar, evitarei.

- Nem no restauraurante aqui do hotel? - Ela me olhou com cara de “voce nunca desiste?” - Ficar prendendo ele não vai ajudar em nada.

- Tudo bem, mas já já ele dorme. - Se deu por vencida. - Acabou de tomar banho e tomar a mamadeira, daqui a pouco ele desmonta em algum canto.

- Não se preocupe. 

- Vou pegar um aggasalho pra ele, não quro arriscar que ele fique resfriado, nem nada do tipo.


Dulce tem uma boa renda, tenho certeza. O hotel no qual está instalada é súper caro. Não comentei nada sobre isso. Queria saber tudo sobre ela, como ela está, se está precisando de alguma coisa.

- O que quer beber?

- Um espumante. - Seus olhos mantiveram-se no cardápio mas tenho certeza que estava prestando atenção em mim. O ciúme que ela sentia de Enzo comigo era visível a quilômetros.

- Porque tirou o vermelho do seu cabelo? Eu gostava muito. - Comentei. Ah, como eu gostava. Minha menina de cabelos de fogo.

- Como vê eu estou completamente diferente Christopher. Fisica e emocionalmente. - Ou tenta estar.

- Porque não me fala mais de você? Onde você está trabalhando?

- Prefiro não falar sobre minha vida. Quanto menos você souber, melhor. - Enzo pediu o colo dela e o entreguei a ela. O vi pegar o garfo mas deixei que ela o impedisse. Não tinha a intenção de tirá-lo dela, de roubá-lo dela. - Não meu amor, você vai se machucar. - Ele fez cara de choro quando ela tomou o garfo dele. - Sem choro, seja um bom garoto. 

- Eu entrei na empresa depois que você foi embora. - Falei, talvêz se eu falasse um pouco da minha vida, ela se abriria comigo. Sei que ela pensa que sou manipulado pelo meu pai, mas isso não é cem por cento verdade.

- Você nunca quis entrar ali, mas deixou seu pai enfiar você lá. - Enzo tentou descer do colo dela e ela o impediu. Ri dele resmungando como se estivesse discutindo com ela. - Não dá ideia Christopher.

- Ele só quer brincar. - Era engraçado.

- Acho que você não entende a gravidade da doença dele não é? Esse lugar entra e sai pessoas o tempo todo, não posso deixá-lo descer e se arriscar a pegar alguma bactéria. - A pirraça continuava e Dulce o segurava o máximo que conseguia. - Filho você não vai descer. - O colocou de pé em suas pernas fazendo-o a encarar. Vi uma vez que para se ter respeito de uma criança você precisa tratá-la de igual pra igual. - E sem pirraça, ou vai dormir sem o Floquinho. - Ela falava séria e eu tinha que me segurar pra não rir.

- Floquinho? Não era Bubu?

- Bubu. - Enzo repetiu ao me ouvir dizer essa palavra.

- É o ursinho de pelúcia dele. - Dulce estendeu a mão até a parte inferior do carrinho dele e retirou de lá um coelho de pelúcia.

- Ah. Engraçado. - Eu ri. Floquinho, quanta originalidade.

- Crianças. 

- Bubu. - Ele voltou a pedir se jogando novamente em meu colo e batendo a cabeça na mesa. Senti for pra ele. Dulce se segurou pra não rir enquanto fingia pena e eu a olhei incrédulo.

- Oh meu amor. - Beijou a cabeça dele. - Pega aí o bubu na bolsa dele. - De dentro da bolsa tirei a chupeta azul e entreguei a Enzo.

- Aqui filhão. - O olhar furioso de Dulce me fuzilou. - Desculpa. - Fiquei sem graça, mas eu tinha esse direito. Enzo era meu filho e eu já o amava. Apesar de não dizer nada, sabia que ela estava brava por isso. Enzo tornou a pedir o meu colo oque não deixou Dulce nada satisfeita e quando o peguei, rapidamente ele deitou a cabeça em meu ombro e em questão de poucos minutos ele dormiu.

- Se quiser colocá-lo no carrinho, pode por. 

Eu não coloquei. Queria aproveitá-lo o máximo que podia. Dulce não me deixava vê-lo todos os dias, e eu queria aproveitar cada tempo perdido.

Jantamos e então os levei de volta para o quarto. Enzo ainda adormecido em meus braços. Não quis soltá-lo um minuto sequer. 

- Deixa eu colocar ele no berço?

- Ele tem dormido comigo Christopher. Temo que ele passe mal durante a noite e eu não veja.

- Tudo bem, então deixa eu colocar ele na cama. - Dulce me levou até o quarto e depois de arrumar a cama para eu colocá-lo eu o deitei. Arrumei-o na cama e o olhei. - Boa noite filho. - Depositei um beijo na bochecha de Enzo. - Seja forte tá? Vai dar tudo certo. - Minha voz falhou e temi que Dulce tivesse percebido isso. Eu queria muito acreditar que tudo ficaria bem. - Eu acho que vou indo agora. - Dulce me levou até a porta em silêncio. E se nada ficasse bem? O que seria de mim?

- Christopher, por favor, não deixa ninguém saber que eu estou aqui nesse hotel. Tenho medo de que algo aconteça a ele.

- Se depender de mim, ele não saberá, prometo. - Olhei para a porta do quarto desejando no fundo da minha alma ficar ali cuidando do meu filho. - Eu preciso ir agora. E bom, falo a mesma coisa que disse a ele. Seja forte, vai dar tudo certo. - A puxei para um abraço e depositei um beijo na testa. - Boa noite, e já sabe, qualquer coisa, você me liga. Se cuida.

- Ok. Boa noite pra você também. - Dulce fechou a porta sem esperar eu pegar o elevador.

Peguei meu carro e fui para a casa. Quando entrei no apartamento vi Megan sentada no sofá vendo TV. Fechei a porta já esperando seu ataque histérico. Às vezes me arrependo de ter dado a chave do meu apartamento a ela. Quando mais quero ficar sozinho ela me aparece.

- Parece que se esqueceu que tinhamos um compromisso não é? - A voz dela atravessou meus tímpanos. A voz que eu menos desejava ouvir naquele instante. - Poxa Christopher, o que está acontecendo? - Não respondi. Coloquei a chave na mesinha e fui para o meu quarto. - Alexander. - Ela gritou. - Sinceramente, eu não entendo. Você não comparece para decidir o bufet comigo, me deixa plantada na loja do vestido. Desmarca o jantar com minha família e quando eu finalmente penso que vamos sair, só os dois você desaparece. Tentei te ligar milhões de vezes e só caiu na caixa postal. - Ela chegou por trás e me abraçou. - Eu fiz algo errado? Eu posso fazer alguma coisa? - Fechei meus olhos buscando coragem e paciência. Isso estava indo longe de mais. Já estava longe de mais.

- Eu tenho um filho. - As delicadas mãos de Megan escorregaram de meu corpo.

- Vo... você o quê? - Me virei e vi que ela se afastara.

- Isso mesmo que ouviu. Um filho lindo que eu amo Megan e não posso esconder isso de ninguém.

- Você me traiu Christopher? - Revirei meus olhos. Até parece que ela nunca soube de eu ter ficado com outra garota. Sabe que eu não a amava, ainda que tentasse ser fiel a ela. Era impossível. Ela não me completava. - Bom, não que isso seja novidade, mas, como você me apronta uma dessas? Me arruma um filho às vésperas do nosso casamento? - Seus olhos azuis, agora furiosos falharam. As lágrimas começaram a descer. Talvêz ela gostasse de mim de verdade, ou já teria contato o quão cafajeste eu era com ela e não teria me perdoado as inúmeras vezes que a traí. - Não podia ter usado pelo menos camisinha? Quem é a puta dessa vez? Sofia? Marian? Giovana? Qual delas deu o golpe da barriga em você.

- Em primeiro lugar não é nenhuma puta, e sim alguém que você nunca conheceu e que se depender de mim nunca conhecerá. - Me joguei na cama. - Se iremos nos casar, é por interesse de nossos pais. Você sabe que nunca te amei Megan. Meu coração pertence a outra mulher, sempr epertenceu.

- E você está com ela?

- Não. Infelizmente não, e acredite, se estivesse não estaríamos mais juntos.
- Você está falando sério? - Assenti friamente. - E pretende terminar com isso agora? Digo, nosso casamento? Os convites estão todos prontos, e já saiu em várias revistas sobre nosso casamento.

- Não me pergunta sobre isso agora ok? Não estou com cabeça pra nada disso. Mas quero que saiba que independente de ficar ou não com você eu não irei abandoná-lo.

- Dá dinheiro pra ela, aposto como ela vai adorar. - Senti uma fúria tão grande por isso. Levantei-me e fui até ela.

- Escuta aqui. - Segurei firmemente seu braço fino. - Ela não é como as outras garotas, ela é especial e nunca, nunca mais na sua vida repita isso.

- Ou o quê? - Ela puxou o braço com força. - Meus pais vão adorar saber disso.

- Ah é? E o que eles vão fazer? Terminar com o nosso noivado? Porque eu posso poupar o tempo deles se quiser.

- Não, não, por favor não faz isso. - Megan se jogou na minha frente ajoelhada em prantos. - Não faz isso Christopher, eu te perdoo, mas não faz isso. Eu aceito o que for, mas não termina comigo. O que eu sinto por você é muito além do que um contrato entre nossos pais, você sabe disso.

- Megan, por favor, vai embora. Eu quero ficar sozinho ok? Já estou ocupado de mais com o problema do meu filho, não enxa mais a minha cabeça.

- Problema? Ele tem algum problema?

- Sim. Foi diagnosticado com Leucemia, mas isso não interessa a você ok? Me deixa sozinho.