Fanfic: The Last Hope [FINALIZADA] (MINI WEB) | Tema: Vondy

- Christopher? - Levantei os olhos e vi Juan, um colega de faculdade à minha frente. Eu estava em uma cafeteria próxima ao meu prédio.

- Olá. Você por aqui?

- Pois é. Esperando alguém?

- Não. - Olhei mais uma vez a tela do meu celular na esperança de receber alguma ligação de Dulce. Ela estava me castigando bem me deixando sem notícias de Enzo.

- Eu fiquei sabendo o que está acontecendo com você. Que barra hein cara.

- Pos é. Hmm, Juan, você não sabe de ninguém que queira comprar um apartamento?

- Não que eu me lembre. Christopher, não quero tomar seu tempo nem nada, mas preciso te dizer uma coisa.

- Megan me procurou. - O olhei depois desviei o olhar. - Eu posso perder meu emprego por causa disso, mas prefiro isso a ter feito o que ela me pediu.

- E o que ela te pediu?

- Bom, tecnicamente ela me ameaçou. - Ergui uma sobrancelha. - Me pediu pra eu forjar um exame de gravidêz. - Arregalei meus olhos. - Ela me contou que disse a você que estava grávida, mas como não estava precisava de um exame falso, e depois arrumaria um jeito de engravidar,ou fingiria que perdeu o bebê. E que se eu não a ajudasse o seu pai se encarregaria de me fazer perder o emprego, e caso eu ajudasse, ele me faria subir financeiramente.

- Você está falando sério? - Ele assentiu. - Mas que desgraçada. - Bati minha mão na mesa fazendo o copo se mexer. - Desculpa eu só... caramba.

- Achei que precisava saber, não precisa acreditar se não quiser, mas não vá estranhar quando notar que a barriga dela não cresce.

- Juan, você me deu a melhor notícia que pude ter hoje, relaxa. - Tomei um gole de capuccino.

- Por favor, não diga a ela que te procurei. Meu emprego já está por um fio.

- Não mencionarei seu nome, fica tranquilo. - Dei um sorriso, no fundo querendo esganar Megan e meu pai juntos. A farsa dela não durou uma semana sequer.

A primeira coisa que diz quando voltei pra casa é juntar as coisas dela que estavam no meu apartamento e deixar na recepção. Deixei bem claro ao porteiro que nem ela nem meu pai tinham mais autorização de subir.


Cancelei o casamento na igreja e no civil sem sequer falar com ela. Ela teria uma bela surpresa quando chegasse com o decorador no dia seguinte e o padre lhe dissesse que o casamento havia sido cancelado. Claro que eu bloqueei o número dela e dos pais já imaginando que eles tentariam me contatar. Consigo ouvir os gritos histéricos dela na minha mente. Mas ela merecia isso. Merecia cada lágrima de crocodilo.

No dia seguinte foi preciso o porteiro chamar a polícia para tirar Megan que fez um escândalo na portaria. Eu fingi que nem estava em casa.

Um mês depois chegou uma carta para mim. A audiência havia sido marcada. Depois de quase duas horas naquela sala com o meu advogado, meu pai, o advogado dele, o juiz e todas aquelas pessoas do tribunal finalmente saiu o veredito.

Meu pai teve que pagar uma indenização milionária para Enzo e outra para Dulce. Todo o dinheiro foi direto para uma poupança que abri no nome dele sem que Dulce soubesse. Sem contar que o carro, a moto e o apartamento vieram para meu nome e Victor estava terminantemente proibido de se aproximar de Dulce e Enzo, ou ele iria para a prisão. E cinco meses de trabalho humanitário.

Sei que Dulce jamais aceitaria o dinheiro, então eu teria que arrumar uma maneira de fazê-la aceitar. Talvêz comprando um apartamento maior, ou um carro não sei. De qualquer forma o dinheiro que ela receberia seria bem menor que o de Enzo. Ele já estava com o futuro garantido.

Durante todo o tempo que estive no México arrumando minha vida, Dulce me ligou apenas uma vez para me deixar falar com meu filho. Foi tão bom ouvir a voz dele e embora eu não entendesse nada do que ele falava me senti feliz com isso. Entrei com o pedido de visto de trabalho americano. Acredito que depois que eu conseguir um emprego nos Estados Unidos eu consigo a cidadania.

- Mamãe eu quero que você more aqui. - Falei com ela que estava na cozinha me preparando o jantar. - Vou comprar a passagem amanhã para ir para os Estados Unidos.

- Tem certeza disso filho?

- É ao lado do meu filho que eu preciso ficar mamãe.

- Não quero viver longe de você filho. Vou me sentir tão sozinha.

- Eu sei, mas quem sabe você não vai pra lá depois? Vou precisar de alguém cuidando disso aqui, mas se você quiser ir também, eu vou adorar.

- Sinto tanto pelo que seu pai fez filho.

- Não sinta. Você não tem culpa de nada.

- É... eu sei.

- Eu te amo ok? Te amo muito. - Lhe dei um abraço apertado. - Esqueça aquele cara e siga em frente.

- Eu também te amo meu amor, e sempre vou apoiar você. - Ela desligou o fogão. - Terminei. Podemos comer?

- Claro. O melhor enroladinho de couve do mundo. - Ela sorriu. Nos servimos e nos sentamos no balcão da cozinha. - Porque você não vende esse apartamento? Ou aluga?

- Já pensei nisso, mas precisaria de alguém pra cuidar disso pra mim.

- Se você for vender, eu posso ficar aqui até vender e assim eu vou pros Estados Unidos, mas se for alugar vai ser mais complicado. Mas a gente dá um jeito.

- Por mim está ótimo.

- Hoje a Megan me procurou.

- Não quero saber dessa garota mamãe. Não estrague o meu jantar. - Dei uma garfada em mais um enroladinho de couve.

- Ela estava furiosa. - Minha mãe ignorou. - Tão furiosa que ela deixou escapar o que fez.

- Como assim o que ela fez?

- Ela seguiu você até o hotel onde Dulce estava e foi ela quem contou ao seu pai também. Não ao contrário como ela diss. - Claro. O que mais eu poderia esperar? Ela faria o que fosse para por a culpa em outra pessoa.Simplesmente suspirei e tomei um gole de suco. Sinceramente, eu não me impressionaria com mais nada.