Fanfic: The Last Hope [FINALIZADA] (MINI WEB) | Tema: Vondy

Chegar em Nova York foi fácil. O difícil seria encontrar a Dulce. Ela não me deixou nenhum endereço ou telefone. Assim que pude comprei um loft e comecei a procurá-la.

A única coisa que sei é que Enzo estava sendo tratado em um dos melhores hospitais da cidade. Então minhas buscas começariam por eles.

Eu sempre procurava durante o dia, e pela tarde buscava algum apartamento para comprar. Algum espaçoso que meu filho pudesse correr livremente enquando brincava. Foram dias e dias procurando por eles. Os hospitais sempre tão longe um do outro.


Foi um alívio, quando depois de dias de procura, eu os encontrei. Dulce não estava brincando quando falou que ele estava em um dos melhores. Era um hospital enorme, com os melhores médicos do mundo em diversas áreas. Esse chefe dela era um cara muito rico.

Depois de muito flertar com a recepcionista ela me indicou o quarto de Enzo, e quando cheguei lá, topei com uma cena desagradável. Dulce abraçada com um cara que eu nunca vi na minha vida, isso depois de dar um beijo nele. Seria ele seu chefe? Senti uma pontada de ciúmes incontrolável no momento. Scarlete fora a primeira a me ver parado na porta feito uma estaca.


- Dulce. - Ela a chamou e Dulce se virou para a porta.

- Christopher. - Seu tom era de surpresa. - O que faz aqui?

- Onde está o Enzo? - Dulce não respondeu. - Eu estou perguntando. Cadê o meu filho? - Alterei minha voz.

- Vamos com calma aí cara, isso aqui é um hospital.

- Eu não perguntei pra você. - Fui até Dulce ignorando o cara com quem ela estava se agarrando. - Onde está o meu filho? Me disseram que ele estaria aqui, mas tudo que encontro é você se agarrando com esse cara aí.

- Cala a boca. - O cara se alterou e eu o olhei. - Você acha que é quem pra vir aqui depois de meses, ou melhor, pra vir atras dela depois de mais de dois anos e gritar assim com ela? Você não tinha nem que estar aqui. - Acho que quem não tinha que estar ali era ele.

- E quem você pensa que é? Não é ninguém. Eu sou o pai do Enzo.

- Pai? E que espécie de pai você é? O que faz e depois joga fora? Enquanto você estava lá aproveitando sua vida, o Enzo está aqui, doente. Você não é pai dele, pois só esteve presente quando a Dulce precisou ir atrás de você pra ver se era compatível, mas nem pra isso você presta Christopher. - Ele cuspiu essas palavras. Tá. E daí? O que ele tinha a ver com isso? Ele provavelmente sabe da versão da Dulce, que não é a errada, mas não faz ideia do motivo de eu ter ficado no México.

- Fala isso de mim, mas você nem é nada dele. Ele tem o meu sangue, eu quem transei com ela pra ele existir, não foi você. Enzo é meu filho.

- Não é nada. - Dulce explodiu. - Você não tem direito sobre ele, vai embora daqui. Brian é o pai do Enzo agora. Ele nem se lembra mais de você Christopher. Demorou mas eu consegui. Sabe quem ele chama de papai agora? Não é você mais. - Isso doeu tanto. Ainda mais que vê-la nos lábios de outro.

- Você teve coragem disso Dulce? - Me recusava a creditar nisso. Qundo Enzo me ver ele se lembrará de mim. Ele não pode ter me esquecido. - Eu não vou permitir isso ok? Isso não vai ficar assim. Aliás, esse seu namoradinho aí sabe que você foi ao México me procurar e que transou comigo? 

- Sim, eu sei, mas ela só o fez pelo Enzo. 

- Eu jamais voltaria a me deitar com você se não fosse extremamente necessário. - Ela estava mentindo. Eu a conhecia bem agora. - Agora vai embora, e não volta mais ok?

- Acha mesmo que vou embora? Eu volto Dulce, mas volto com um pedido de guarda do meu filho. - Saí deixando-a gritar dentro do quarto. Eu não devia ter dito isso, mas eu estava tão furioso. Tirar o Enzo dela? Eu jamais seria capaz disso. Fui até a lanchonete do hospital e pedi um suco de maracujá. Precisava me acalmar ou eu iria fazer uma besteira. Jamais na minha vida deixaria meu filho me trocar por outro.

Já mais tranquilo resolvi voltar lá. Talvêz ela também já estivesse mais calma. Quando cheguei na porta ouvi os dois conversarem.

- Ele vai ficar bem não é? - Dulce perguntou com a voz fraca. Ela estava com uma aparência tão cansada que chegava a dar pena.

- Eu ainda não desisti, e não vou deixar você desistir ok? - Ele beijou minha testa. - Vamos lá para que você possa vê-lo um pouco. Não se pode ficar na CTI muito tempo, principalmente agora que você está grávida. - Arregalei meus olhos e senti meu coração pulsar mais forte.

- Grávida? - Perguntei um pouco alto de mais.Na verdade eu queria ter continuado a ouvir a conversa sem que percebessem a minha presença.

- Pensei ter dito pra você ir embora Christopher. - Dulce não me olhou.

- Achou mesmo que eu iria embora sem ver o meu filho? - Você sempre tão ingênua não é Dulce? - Até parece que eu faria isso. Foram dias procurando por eles sem nenhuma referência. - Agora... que história é essa de você estar grávida? Quer dizer que a nossa noite junto deu certo?

- Não deu certo nada. - Foi o namorado dela que falou. - Dulce está esperando um filho meu. - Ri histéricamente. Dele? Até parece.

- E quer que eu acredite nisso? De quanto tempo você está? 

- De que isso te interessa Christopher? Já disse que o filho é meu. Dulce é minha namorada agora, não sua. É mais do que normal a gente dormir junto, e bom, se o Enzo existe porque motivos a Dulce não poderia ter um filho meu? Somos um casal com os hormônios à flor da pele e super saudáveis.

- Isso é verdade Dulce? - Perguntei, mas ela não respondeu. Isso poderia ser apenas uma resposta: O filho era meu. - Só acredito se você disse nos meus olhos que esse bebê que está esperando aí é desse idiota de olhos azuis. - Ela hesitou por um instante e respondeu.

- Sim, é verdade.  - Fingi acreditar e saí da sala. Dulce não queria que eu me aproximasse dela, isso era um fato, ma schegar a ponto de dizer que o filho era de outro? O que ela estava pensando?

Tive uma conversa longa com o oncologista de Enzo e ele me deu péssimas notícias. Uma hora depois vi que Dulce estava na lanchonete. Fiquei a olhando de longe por um tempo. Dulce estava destruida. Estava mais magra, pálida e cheia de olheiras. Nem mesmo a maquiagem disfarçava isso.

Fui até ela para tentar ter uma conversa saudável, mas sem muito êxito. Tudo que eu falava era motivo para ela me apontar e me por pra baixo. Mas chegou uma hora que tive que falar do bebê e do Enzo e isso a deixou ainda pior. Ela não queria acreditar no que eu disse mas quando caiu em si agiu feito uma criança fazendo birra. Se recusava a ouvir o que eu estava falando.

Talvêz falando pra ela parte do que havia acontecido nesse meio tempo que eu estava fora ajudasse um pouco, mas depois de ameaçar pedir exame de DNA e mentir dizendo que já havia entrado com um pedido de paternidade tudo que consegui foi ver o meu filho. Por enquanto foi o suficiente.

Quando entrei na CTI levei um choque imenso. Enzo com todos aqueles fios ligado em seu corpo tão pequeno e tão frágil. Sua pele estava diferente, seu cabelo havia caído e sua boca estava com algumas feridas e meio roxeada.

- Meu amor. - Segurei sua mão contra meu rosto. - Meu filho, você precisa ser forte. - Deixei escapar um soluço. Quer dor maior que um pai ver seu filho nesse estado? Não há. - Eu sinto tanto por você ter que passar por tudo isso, sinto mesmo. Eu daria minha vida pra estar aí no seu lugar, eu juro. - Depositei um beijo em sua mão. - Eu nunca vou me perdoar por isto. Sei que a vida está me castigando da pior maneira. Não deixa o papai meu amor. - Vendo meu filho naquele estado me dei conta deo quanto ele estava sofrendo, e me dei conta também que eu não podia perder a fé. Eu ainda o veria correndo para meus braços, me chamando de papai novamente e sorrindo. Eu nunca poderia recuperar o tempo que perdi longe dele, mas daria o meu melhor a partir do presente. Enzo era o meu filho, e uma das pessoas que eu mais amava na vida.